boas,
encontrei uma empresa que fabrica resistências de vários formatos e revestimentos, que pode bem servir para o que se pretende:
maxiwatt
http://www.resistencias.com/por/protecciones.php
http://www.resistencias.com/por/micawatt.php
já agora chamo a atenção para um facto:
- em fenómenos de transferência de calor entre corpos (sólido e líquido neste caso), a temperatura que o mais frio atinge é dependente da diferença inicial de temperatura entre os corpos (dti), da área de superfície de contacto (ac) e da velocidade (v), entre um e outro.
do pessoal que tem permutadores (sejam eléctricos ou hidráulicos) e instrumentação de medida, já alguém fez um estudo do ganho de temperatura do óleo em função das três variáveis, para os kits que instalaram ou para os sistemas de aquecimento dos tubos de injecção?
isto porque o facto de, embora a superfície metálica esteja a 100ºc (por ex.) a temperatura do óleo a sair do permutador ou tubo de injecção é, de certeza, menor. e tanto mais menor quanto maior for dti (embora maior dti implique maior ganho energético), quanto menor ac e quanto maior v. estas três variáveis levam a uma relação de ganho a que se chama rendimento energético (ou calórico) do permutador que, no caso dos permutadores hidráulicos, pode andar pelos
55% apenas.
assim, quando pensamos em atingir uma temperatura no óleo na ordem de 70ºc, poderemos necessitar de colocar termocontactores a desligar por volta dos 90ºc, por exemplo.
mas, perfeito, perfeito, seria que o pessoal que tem acesso aos equipamentos ou que os vende/instala, fizesse este estudo que proponho. depois podemos criar uns ábacos muito úteis para saber o que andamos realmente a fazer. é que as referências energéticas em kw que aparecem em muitos permutadores que vejo à venda na net, não querem dizer nada, mesmo nada! depende sempre das três variáveis referidas.
mas se medir dti e ac é facílimo, já o valor de v no interior do permutador pode ser difícil ou mesmo impossível (se se tratar de um filtro de óleo, por ex.). então proponho que em vez de v se meça o caudal q, deitando o óleo para dentro de uma vasilha calibrada, medindo o tempo do teste.
parâmetros a controlar:
tp' - temperatura média do aquecedor (tubo injector, filtro de gasóleo, permutador)
toi - temperatura do óleo inicial (à entrada)
tof - temperatura do óleo final (à saída)
ac - área de contacto do permutador. no caso de um tubo: ac=pi.d.l
q - caudal de óleo
dos parâmetros acima, fazer variar tp', toi e q (não esquecer que dti=tp'-toi)
note-se que o permutador/aquecedor não tem uma temperatura uniforme em toda a sua superfície. daí que se mede o valor médio tp' e não um valor pontual. terá, então, que se colocar a sonda no ponto que se considerar mais representativo da média. proponho que se faça um teste de medição
na superfície do permutador junto à entrada e à saída do óleo e se procure, em seguida, o ponto que representa a média entre esses dois.
para se medir a temperatura do óleo, as sondas têm que ser colocadas em contacto directo com ele!
não basta medir a temperatura da superfície do tubo antes e após o aquecedor, pois estamos em situação de permutação novamente! medindo a temperatura do tubo à entrada da bi implica que o óleo esteja ainda mais quente e poderemos ter temperaturas reais de 80ºc quando estamos a medir 70ºc apenas! e lá se vai a bi para o galheiro.
penso que este estudo será essencial para o que o manuelcar propõe, mas também para aferir os outros pré-aquecedores. podemos pensar que o óleo está a entrar nos injectores a 130ºc quando está a 100ºc, por exemplo.
é um teste muito exigente, mas temos que passar da carolice para o engenho.
dentro de pouco tempo (um mês) estarei preparado com o equipamento necessário para fazer os testes (estou a criar um departamento de energia solar na minha empresa e irei montar um pequeno laboratório de testes). se ninguém os fizer até lá, posso fazê-los gratuitamente a quem quiser, desde que me enviem as vossas "invenções" ou pré-aquecedores, com a condição de todo o "know-how" ser partilhado aqui abertamente.
cumps