Relatório após 70.000 km com OV20 em Toyota Hilux

O lugar privilegiado para aqueles que optam usar óleo vegetal directamente nas viaturas.
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Fendel
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Relatório após 70.000 km com OV20 em Toyota Hilux

Mensagem por Fendel »

seguem cópia dos dados e relatório com análises técnicas de um veículo toyota hilux do pastor fuchs de curitiba pr brasil, após 70.000 km rodados com misturas de ov20.
quem quiser o relatório original em pdf com 2.4 mb é só pedir que mando...

heb[ ]s
fendel


óleo vegetal direto
em camionete de injeção eletrônica
toyota nova hilux
relatório parcial nº 2 – 70.000 km
novembro de 2008

1 – atividades de novembro de 2007 a outubro de 2008
o veículo toyota hilux,* ano 2006/2007, adquirido pela secretaria de estado da
ciência e tecnologia (seti), com recursos do fundo paraná, e cedido pelo instituto
tecnológico do paraná (tecpar) ao instituto cristão de desenvolvimento (icd), que
representa a rede evangélica paranaense de assistência social (repas) no
convênio com o tecpar, tem por finalidade exclusiva servir aos objetivos do projeto
mini-usinas comunitárias de óleo vegetal, particularmente em dois sentidos:
a) apoio às atividades de divulgação do projeto e de implantação de novas miniusinas,
e
b) testes de uso do óleo vegetal extraído a frio diretamente no motor, para comprovar
a viabilidade desse biocombustível em substituição ao óleo diesel, nesse caso
misturado no diesel à proporção de 20%, em veículo com injeção eletrônica. aliás,
segundo nosso conhecimento, esse é o único caso, no brasil, de teste de óleo
vegetal direto em motores com injeção common rail.
as atividades do projeto que contaram com o apoio decisivo da camionete foram as
seguintes:
1.1 – recebimento de visitantes nas unidades de extração de óleo vegetal na
colônia witmarsum e no centro paranaense de referência em agroecologia (cpra),
* veja as características técnicas da camionete e informações sobre o projeto mini-usinas
comunitárias de óleo vegetal no relatório parcial nº 1 (anexo1) e em www.biovegetal.com.br .
entre eles o pesquisador daniele cesano, da universidade de harward, e a equipe de
filmagem do centro de produções técnicas (cpt), de viçosa-mg.
1.2 – transporte de técnicos do projeto, principalmente visita a fabricantes de
equipamentos e para a instalação da mini-usina compacta em pitanga-pr.
1.3 – transporte de produtos e materiais: girassol, inclusive girassol orgânico,
amendoim, farelos, farinha de soja orgânica, peças para máquinas, etc.
1.4 – participação em grande número de eventos, para palestras, oficinas, minicursos,
exposições e feiras e para divulgação dos produtos das mini-usinas. dentre os
eventos destacam-se:
- encontro de experiências de óleo vegetal direto em motores, promovido pelo órgão
governamental cati, em campinas-sp (novembro de 2007),
- encontro sobre bioenergia da articulação nacional de agroenergia (ana) no rio de
janeiro (fevereiro de 2008),
- conferência sobre energias renováveis promovida pelo parque tecnológico da itaipu
em foz do iguaçu (maio de 2008),
- encontro regional de agroecologia do oeste do pr, em mal. c .rondon (junho),
- mini-curso sobre óleo vegetal combustível na semana de agronomia da ufsc, em
florianópolis (setembro de 2008).
1.5 – relatório sobre o projeto e o uso da toyota hilux na escola de governo do
estado do paraná, no dia 24 de junho.
em todas as oportunidades, para onde quer que a camionete fosse, sempre gerou
vivo interesse e admiração pelo sucesso do uso direto de óleo vegetal e pelas
vantagens para a agricultura familiar através do óleo vegetal extraído a frio. (óleos
virgens comestíveis e óleo microfiltrado como combustível).
2 – descrição e resultados dos testes efetuados no período
2.1 – injeção eletrônica
tabela 1 – dados do escaneamento da eletrônica a cada revisão
as leituras, feitas nas revisões a cada 10.000 km, por cortesia da agência toyota
sulpar ltda, continuam demonstrando, conforme a tabela 1, que o motor se comporta
dentro dos parâmetros da normalidade, ou seja, que sem nenhuma modificação ou
regulagem externa a eletrônica detecta as características diferentes do combustível,
adaptando-se automaticamente à mistura de 20%. nessa faixa de mistura no diesel,
portanto, confirma-se que se trata de um motor “flex”.
as médias de consumo também continuaram dentro da normalidade, havendo uma
leve melhora (de 11,2 para 11,72 km/l) no último período, provavelmente em virtude
de dois pneus novos colocados nas rodas dianteiras aos 64.000 km.
2.2 – óleo do cárter
a cada revisão é coletada uma amostra do óleo do cárter, marca esso tdmo semisintético,
que passa a ser analisado no laboratório de biocombustíveis do tecpar. o
objetivo é detectar se há vestígios de óleo vegetal ou alterações físico-químicas (p.
ex., polimerização) no óleo lubrificante, o que acusaria um desgaste interno, p. ex.,
dos anéis, e poderia demandar, entre outras medidas, trocas mais freqüentes do óleo.
até o presente as análises não constataram nenhuma irregularidade ou alteração, o
que se constitui em um dado bastante positivo (cf. anexo 1).
2.3 – emissões
o teste de emissões no leme/lactec foi realizado em junho, com vários
contratempos que, entre outros, retardaram o fornecimento do respectivo certificado.
o laudo sobre esse certificado, emitido pelo prof. josé carlos laurindo do tecpar
(anexo 3), resume, em sua tabela ii, os dados de 3 ensaios com ov20, comparados
com 1 ensaio com diesel metropolitano, atestando redução de 3,65% no nox e 16,72
% na fumaça, e aumentos dos demais componentes (hidrocarbonetos livres: 37,5%,
monóxido de carbono: 80,53%, gás carbônico: 1,7%, gás metano: 66,67%,
hidrocarbonetos sem metano: 38,75%). vale ressaltar que o teste do leme/lactec
não aferiu as emissões de enxofre, que poderiam render o dado mais interessante, já
que óleos vegetais não contêm enxofre digno de nota.
em sua conclusão, o prof. laurindo atribui os aumentos de emissões à compensação
feita pelo software na regulagem do motor. afinal, o software não foi programado
especificamente para essa mistura, o que, segundo o professor, limita sua eficiência
(causando algumas emissões maiores, ainda que abaixo do regulamentado), mas
sem comprometer a funcionalidade do motor. isso é razão para que se mantenha o
teste, “para verificar possíveis mudanças de comportamento ao longo da vida útil do
motor”.
2.4 – desdobramento
em vista de produção de óleo de girassol na mini-usina sediada no centro
paranaense de referência em agroecologia (cpra), o projeto fez a doação de 900
litros para um ensaio com um trator do cpra da marca case new holland (cnh), dos
mesmos tratores viabilizados para agricultores familiares pelo programa “trator
solidário” do governo paranaense. o ensaio é supervisionado conjuntamente pelo
tecpar e por técnicos da cnh. a mistura do combustível também é de 20%, mas,
ao contrário do caso da hylux, foram feitas as análises dessa mistura pelo tecpar
antes de se iniciar o teste. tratava-se de óleo de girassol com acidez elevada, já
impróprio para o consumo humano (o mesmo usado por longo período na camionete
hylux). na mistura, a acidez diminuiu significativamente. pelas informações do catisp,
a acidez do óleo vegetal por sua vez neutraliza também a alcalinidade elevada,
comum no diesel brasileiro. certamente o relatório desse ensaio com o trator será de
grande valia, não apenas como comparativo, mas também para comprovar a
viabilidade dos óleos vegetais em motores.
3 – perspectivas
3.1 – continuar o teste, como recomenda o prof. laurindo, para verificar possíveis
alterações ao longo da vida útil do motor, que deve ser de no mínimo 300 mil km.
3.2 – prosseguir nas análises periódicas do óleo lubrificante.
3.3 – um eventual novo teste de emissões poderá realizar também a aferição das
emissões de enxofre e a comparação com outro veículo de características
semelhantes movido somente a diesel.
3.4 – seria interessante, havendo os meios para tal, iniciar um teste com outro veículo
de injeção eletrônica, mas com uma mistura maior, p. ex., ov40.
reiteramos nossos agradecimentos aos que apóiam essa exitosa experiência,
particularmente ao sr. governador do paraná, roberto requião.

p. werner fuchs
coordenador do projeto mini-usinas comunitárias de óleo vegetal
tel.: 41-30136792 e 96121915 – e-mail: [email protected]
www.biovegetal.com.br
----- original message -----

from: "werner fuchs" <[email protected]>
to: "fendel" <[email protected]>; "gernold schartner" <[email protected]>; "paulo roberto lenhardt" <[email protected]>
sent: tuesday, november 11, 2008 12:09 pm
subject: hilux 70 mil km


estimados,
confiram relatório anexo
cordial abraço
p. werner fuchs
energias descentralizadas e definitivas.


visitante
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Re: Relatório após 70.000 km com OV20 em Toyota Hilux

Mensagem por visitante »

vivam ...

eu acho que portugal deveria importar gasoleo do brasil tal a quantidade de veiculos com mais de 15 anos a motorização diesel que por cá circula..
felizmente existe ov ou ovu.. ...(sem adaptação nada de exageros...)

abraços
[***************]

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Fendel
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Re: Relatório após 70.000 km com OV20 em Toyota Hilux

Mensagem por Fendel »

o gasóleo daqui do brasil, é monopólio da porcobráis e é o pior do mundo...
tem até 4000 ppm de enxôfre (azoto)...
energias descentralizadas e definitivas.

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