140 milhões para produzir bioetanol em Idanha-a-Nova

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luimio
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140 milhões para produzir bioetanol em Idanha-a-Nova

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140 milhões para produzir bioetanol em idanha-a-nova

projecto de interesse nacional

a fábrica de produção de bioetanol prevista para idanha-a-nova vai ser candidatada à agência portuguesa de investimento como projecto de interesse nacional (pin). o investimento pertence à multinacional global green


a multinacional global green prepara-se para apresentar à agência portuguesa de investimento (api) o projecto de construção de uma fábrica de produção de bioetanol, a partir de cana-de-açúcar e sorgo sacarino, em idanha-a-nova. além da fábrica, o projecto prevê uma unidade de produção de energia eléctrica, através de biomassa, e um centro de investigação de agricultura científica e tecnológica, numa área de 40 hectares. “trata-se de um investimento da ordem dos 140 milhões de euros, que será submetido à api como projecto de interesse nacional (pin)”, disse ao diário xxi, luís manso, investidor da global green.
o projecto ainda não foi submetido, porque os accionistas aguardam a conclusão das negociações entre a câmara de idanha, ministério da agricultura e a empresa lazer & floresta para a compra dos terrenos pela autarquia. segundo álvaro rocha, presidente da autarquia, os terrenos para a construção da fábrica e da central eléctrica estão negociados com a empresa. “sei que o conselho de administração aceitou a nossa proposta e estou à espera que o digam por escrito para fazermos o contrato”, afirmou ao diário xxi.

autarca garante terrenos
os terrenos para instalação da fábrica são terrenos de sequeiro, fora do perímetro do regadio da campina de idanha. “são 40 hectares com aptidão florestal, onde estão plantados eucaliptos”, adiantou álvaro rocha, que se viu na contingência de negociar a compra dos terrenos para evitar a mudança de local do investimento. “a zona industrial que existe é pequena para instalar a fábrica e o senhor presidente procurou alternativas que beneficiem os agricultores, minimizando-lhes as distâncias até à fábrica para entregarem a matéria-prima”, acrescentou luís manso.
a câmara de idanha está também a negociar com o ministério da agricultura a aquisição da herdade da ribeira do freixo, localizada próximo da futura fábrica, para a global green ali instalar o centro de investigação de agricultura científica e tecnológica.

terceiro projecto do género
o projecto de construção da fábrica de bioetanol será o terceiro, a nível nacional, a submeter à api. os outros dois, localizados no litoral, prevêem a transformação de milho para a produção daquele biocombustível.

cana-de-açúcar dá-se bem na região
cinco pequenas garrafas com o rótulo "global green - bioetanol da beira interior, portugal" foram já apresentadas às autoridades, empresários e agricultores de idanha, área onde foi plantada a cana-de-açúcar. a plantação ocupou quatro hectares de terreno, na herdade da lomba do botelho, com 330 hectares, pertencentes a um empresário e agricultor da região, e "resistiu à geada", destacou ao diário xxi, josé monteiro, director da escola superior agrágria do instituto politécnico de castelo branco. "não é verdade que não seja possível fazer cana-de-açúcar na nossa região, com o frio que existe aqui. este exemplo prova o que já é possível fazer, desde a plantação, extração e fermentação até ao produto final", acrescentou.
josé monteiro garante que é possível produzir álcool "tanto numa escala pequena, como numa escala maior", sublinhando ser necessário ter mais plantações disponíveis.

larga área de abrangência
“é viável produzir álcool para fins industriais na zona da cova da beira, campina de idanha e, eventualmente, na zona sul de castelo branco", afirmou o responsável, que está a realizar um doutoramento na universidade de agricultura da republica checa (praga) desde o final do ano passado e que deve estar concluído no prazo de cinco anos. o director da esa está a dar apoio técnico à exploração da lomba do botelho “para procurar comprovar técnica e cientificamente” os dados fornecidos por dilipcumar dulobdas, agricultor indiano de ascendência portuguesa instalado em idanha desde os anos 90 e que garante ter produzido 120 toneladas de cana-de-açúcar por cada hectare plantado.

a produção que começou por questões religiosas
a produção de cana-de-açúcar utilizada no bioetanol começou na propriedade de dilipcumar dulobdas, primeiro por uma questão religiosa. "sou hindu, necessitava de cana para as minhas cerimónias. a partir da necessidade religiosa, nasceu a perspectiva de um negócio", afirmou o agricultor. o indiano disse ainda acreditar que os agricultores da cultura do tabaco, cuja produção decaiu nos últimos anos e deverá terminar até 2009, irão "render-se ao cultivo da cana-de-açúcar".


as estimativas
a global green estima produzir anualmente 80 mil toneladas de bioetanol, o equivalente a 100 milhões de litros. para atingir esses valores, é necessário plantar cana-de-açúcar “pelo menos em sete mil hectares de terreno”, disse luís manso ao diário xxi. um valor que “fica abaixo da capacidade existente” em termos da disponibilidade de terrenos, estimados em mais de 10 mil hectares, entre regadios públicos e privados, existentes em idanha, castelo branco e vila velha de ródão, além dos concelhos que integram o regadio da cova da beira, onde estarão disponíveis, quando concluído em 2010, 14 mil hectares

http://www.diarioxxi.com


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luimio
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Global Green vai produzir bioetanol em Idanha-a-Nova

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global green vai produzir bioetanol em idanha-a-nova

a global green, uma plataforma internacional criada para promover os biocombustíveis e as energias renováveis, quer estrear-se em portugal com a construção de uma unidade de produção de bioetanol em idanha-a-nova, num investimento de 140 milhões de euros.

o objectivo é aproveitar as antigas terras de produção de tabaco para fazer crescer cana-de-açúcar e tirar partido da experiência para lançar projectos semelhantes noutros países europeus.

«temos vindo a estudar uma variedade de cana que é originária da região da papua nova guiné e que, apesar de nos encontrarmos fora das latitudes habituais desta produção, está a revelar resultados bastante positivos», explica ao jornal água & ambiente josé monteiro, investigador da escola superior agrária de castelo branco, uma das entidades ligadas a este projecto, que contou também com o apoio da comunidade científica da índia.

o projecto já foi apresentado ao governo mas ainda não recebeu «luz verde» para avançar. os promotores querem que a fábrica possa estar a funcionar ainda em 2008. a produção da cana-de-açúcar, que já começou a nível experimental numa área com quatro hectares, deverá avançar ainda já ano.

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