Presidente da Iberol acusa Ferreira de Oliveira

[luimio]

presidente da iberol acusa ferreira de oliveira de não querer fábrica de bioetanol em portugal

o presidente da iberol, joão rodrigues, acusou hoje o presidente-executivo da galp energia, ferreira de oliveira, de não querer uma fábrica de produção de bioetanol em portugal porque isso vai aumentar o excedente de gasolina.

joão rodrigues comenta assim as declarações de ferreira de oliveira no parlamento, na terça-feira, onde afirmou que o governo deve canalizar para os agricultores o apoio dado à produção de biocombustíveis.

a iberol é uma das empresas portuguesas que se dedica à produção de biodiesel a partir da soja, prevendo produzir este ano um total de 94 milhões de toneladas.

ferreira de oliveira afirmou ainda na comissão eventual de acompanhamento das questões energéticas que portugal não vai conseguir cumprir a meta de incorporação de 10 por cento de biocombustíveis no combustível convencional, em 2010, sem recurso à importação.

o presidente executivo da galp energia afirmou ainda que gostaria que a política de subsídios aos combustíveis não fosse um instrumento de distorção da concorrência.

o presidente da iberol, em declarações à lusa, acusa o presidente da galp energia de não querer em portugal uma unidade de produção de bioetanol, a partir do milho, mas de não o admitir publicamente, porque isso iria aumentar ainda mais o excedente de gasolina da galp.

joão rodrigues critica também as afirmações de ferreira de oliveira relativamente à isenção de isp dada aos produtores de biocombustíveis.

“se há um subsídio ao biodiesel é para que o preço do combustível na bomba não suba e porque o objectivo é reduzir as emissões de gases poluentes para a atmosfera”, afirmou.

o empresário defende ainda que a indústria de óleo vegetais “e uma das mais competitivas do país” e que, ao contrário da galp, “que é monopolista”, é uma indústria aberta à concorrência.

joão rodrigues disse também que nunca esteve nos objectivos do governo que portugal fosse auto-suficiente em termos de produção agrícola para biocombustíveis.

“o que se procura é que a agricultura portuguesa também produza e dê a sua contribuição, mas o país terá sempre que importar”, afirmou.

expresso

[RED BARON]

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o presidente da iberol, joão rodrigues, acusou hoje o presidente-executivo da galp energia, ferreira de oliveira, de não querer uma fábrica de produção de bioetanol em portugal porque isso vai aumentar o excedente de gasolina.

de facto, a ser verdade, uma boa desculpa o petroleo está tão barato que mesmo que portugal queira reduzir as importações os países produtores oferecem 2 barris a quem comprar um...

e depois o que é que se vai fazer com a gasolina que sobra??

hó meu meu deus.... mas estámos na idade do rei artur e dos cavaleiros da távola redonda ou ainda pensam que os portugueses
são todos totós a embarcar nestas desculpas.

[RED BARON]

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se sobrar muita posso ajudar a gastá-la, nem precisam de chamar uma empresa de recolha de residuos.

[manuel]

não é assim tão linear a questão. devido às características particulares do nosso mercado, as refinarias portuguesas são sobre-produtoras de gasolina e deficitárias em gasóleo.

[RED BARON]

boas manuel.

obrigado pelo esclarecimento.
do meu ponto de vista a solução pode ser encontrada a curto prazo e sempre apontada às novas energias com reduç~es nas emissões de co2.

senão vejamos:

1-apoiar o consumo de biodiesel para diminuir o consumo de gasoleo provoca uma diminuição do subproduto gasolina dando lugar a uma menor dependência do petróleo.

2-introdução no mercado de veiculos a alcoól a preços convidativos e com baixas cargas fiscais no combustivel iria promover a substituição da gasolina pelo alcoól contribuindo deste modo para a substituição progressiva dos carros a diesel por carros a alcoól .
assim, menos carros a diesel = a menos diesel a ser consumido= a menos sobra de gasolina......

eu sei que é mais fácil dizer que fazer...
que é mais fácil dizel mal que apresentar soluções.
o que me entristece é a resposta pronta que os politicos e industriais tem sempre na ponta da lingua como se as coisas nunca tivessem outra solução....

e mais não digo ..... por agora...

[Chemistry]

mas as taxas de incorporação terão mais cedo ou mais tarde que ser cumpridas.

poderá se pôr a questão da substituição do combustível de base petróleo por biocombustível? no pequeno-médio prazo o que se pretenderá é não subtituir o combustível pois implica actuar também na frota rodoviária. o modelo que o brasil já apresenta em relação ao álccol dificilmente se reproduzirá aqui em portugal.

por isso penso que neste momento o importante é cumprir as taxas de incorporação. é claro que infelizmente as coisas funcionam à velocidade imposta por certas entidades e pessoas!!

[orbis]

é verdade que o excesso de gasolina é um problema. o mercado consome maioritariamente gasóleo, mas para o produzir tem de se produzir também gasolina, butano, propano, etc.
normalmente, o excesso de gasolina tem sido canalizado para o mercado americano. contudo, lá o bioetanol está a avançar, pelo que a receptividade para importar gasolina está a começar a diminuir.

[jmal]

pois claro, quanto a mim era muito bom que houvesse excedente de gasolina, assim podiam baixar o preço da gasolina, como já deviam ter feito á muitos anos porque a gasolina é menos poluente, baixando o preço o mercado aumenta.

[orbis]

porque é que pensas que a diferença de preços entre gasolina e gasóleo nunca foi tão baixa?
a gasolina é menos poluente (em termos de emissões de co2) mas como os motores diesel têm um rendimento superior, as emissões destes acabam por ser inferiores para a mesma energia produzida e constituem uma forma mais racional de usar a energia.

[jmal]

sim, mas talvez seja um bom motivo para adicionar o etanol na gasolina e fica a coisa mais balanceada, e os motores a gasóleo também são mais caros em manutenção.

[katzilla]

para ter bioetanol teremos de importar do brasil, isto é trocar importação de um produto por outro.
não estou a ver o brasil autorizar exportação de etanol para portugal, sabendo que no final de 2007 cancelaram todos os projectos (inclusive da galp) em exportação de materia prima para portugal.
eles afinal não são parvos, chegaram á conclusão que primeiro têm de se auto-sustentarem e só depois é que sobra para exportação.

[jmal]

mas nós também temos muitos terrenos para produzir etanol, ainda à dias falei com um engenheiro agrícola que está nessa área cá em pt, em breve ele será mais um membro aqui do fórum, falei-lhe do fórum.

[katzilla]

pois, aí está, eu sou contra plantação de uma cena para utilizar nos motores. não é por nada, apenas acho que essas terras estariam melhor com batatas, couves etc.
já se viu os efeitos na economia mundial dessas practicas.

[jmal]

sim, realmente é, mas que efeitos são esses.

[katzilla]

aumento do preço de produtos base de bens essenciais, como a farinha para fazer pão.

[jmal]

por causa do transporte, penso, outra razão não faz sentido.

[katzilla]

nada disso
imagina uma aldeia com 50 agricultores que sustentam uma aldeia com os seus produtos.
agora imagina que aparece um comprador de milho e os alicia a plantar apenas milho para fazer bio.
ganham algum dinheiro com o milho para bio mas deixam de ser autosuficientes terão de pagar pelos produtos que anteriormente plantavam.
cria-se uma bola de neve.
aumenta o consumo de produtos agriculos e assim também os seus preços porque são menos agricultores a produzirem-na.
agora imagina ésta situação a nivel planetária, como é o caso acualmente.
...

[RED BARON]

o aumento da procura leva sempre ao aumento dos preços.

quando a procura é superior à oferta, quem compra oferece sempre mais um pouco para garantir a matéria prima para a sua industria. os produtores agradecem ganhar mais uns cobres.
quem fica a perder é o consumidor porque compra o pão e o oleo mais caro.
a compensação deveria ser um combustivel mais barato ( onde é que ele está?) ...... fica apenas com um ambiente mais limpo.

esta politica torna-se injusta socialmente porque obriga pobres e ricos a contribuir de igual forma quantitativa per capita e não de acordo com os seus rendimentos.
de outro modo:
se aumentar um bem de luxo ( um carro), o rico paga mas o pobre anda a pé.
quando se trata do pão o rico e o pobre tem que comer de igual forma.

[jmal]

ok, fiquei esclarecido mas não convencido, mas isso já não tem a ver convosco. obrigado a ambos.

[Chemistry]

penso que o essencial é produzir e incentivar a plantação do que quer que seja. existem hectares e hectares de terra pelo país fora sem qualquer tipo de uso e principalmente no alentejo. e tem de haver incentivos para tal pois a importção destes não é solução para a produção de biocombustíveis.

é com iniciativas que se dinamiza o mercado, e o sector agrícola poderá sair beneficiado com tudo isto.

cito.

o comité do desenvolvimento rural (composto por representantes dos 27 estados-membros) emitiu um parecer positivo relativamente aos programas de desenvolvimento rural da bélgica (wallonie), estónia, frança (martinique, réunion), alemanha (3 länder), grécia, itália (4 regiões), portugal (continente e açores), eslováquia e espanha (navarra) para o período 2007-2013.

estes programas são definidos para garantir infra-estruturas, criar novas oportunidades de rendimento para as regiões rurais, promover o crescimento e combater o desemprego. a comissão ainda tem de adoptar formalmente os programas nas próximas semanas. a aprovação dos programas para outros países e regiões prosseguirá nos próximos meses.

"a adopção dos programas de desenvolvimento rural continua" referiu mariann fischer boel, comissária responsável pela agricultura e pelo desenvolvimento rural. "uma política de desenvolvimento rural é vital para o futuro das nossas zonas rurais. estes fundos ajudam o sector a diversificar-se, além de financiarem projectos ambientais cruciais e apoiarem a criação de empregos fora da actividade agrícola."

espero que toda a dinâmica que possa ser originada nos leve mesmo, contrariamente ao previsível, a menores preços em todos os bens essenciais, mas que essencialmente tenhamos cá a "nossa produção" de bios