rcardoso Escreveu:É fácil para mim. A degradação da bateria do meu telemóvel nota-se pela diferença de tempo de utilização que tinha quando o comprei, para o que tenho hoje. Não preciso que haja algo a dizer-me que perdi 10 ou 50% da capacidade de carga. Aliás, até tenho um PC que se desliga por falha na bateria, quando indica ter 70% de carga. Tem de estar sempre ligado à corrente... Portanto, informação por software, pode ser menos válida que a obtida por experiência no terreno, no dia-a-dia.
Estás errado rcardoso. Essa é uma visão redutora.
Imagina que tens dois carros (não vamos falar de marcas nem modelos para não voltares a colocar a questão do "fanboy" ou outras análogas que não interessam nada).
Pressupostos:
- Ambos têm um pack de baterias de 24kWh completamente iguais;
- Um deles só permite usar 18kWh úteis. O outro permite utilizar sempre tudo o que é possível;
- Ambos circulam na mesma zona e fazem os mesmos trajetos diários.
Ao fim de um ano, ambos apresentam o mesmo índice de degradação.
O utilizador do que permite utilizar apenas 18kWh não nota qualquer degradação e diz a toda a gente que o carro faz o mesmo número de km do que em novo.
O utilizador do que permite utilizar tudo, nota que já faz menos alguns km e diz a toda a gente que a bateria degradou.
Ao fim de cinco anos, ambos continuam com o mesmo índice de degradação, mas
O utilizador do que permite utilizar apenas 18kWh não nota qualquer degradação e diz a toda a gente que o carro faz o mesmo número de km do que em novo.
O utilizador do que permite utilizar tudo, vê perfeitamente que já faz muito menos km e diz a toda a gente que a bateria degradou imenso.
Percebeste a diferença?
Esta é uma das formas de esconder a degradação. Com o tempo vais encontrar outras bem como técnicas e soluções utilizadas para a prevenir.
No caso concreto deste veículo do labutes é possível saber tudo sobre ele, nomeadamente que não esconde capacidade da bateria por utilizar. Nos outros não consegues saber quase nada (ou nada mesmo na larga maioria).
Neste cenário sem quaisquer dados concretos de suporte acerca dos outros veículos, não aceito ver aqui e em outros locais escrito o que se escreve acerca da degradação destas baterias. Já sabemos que as primeiras no mk1 têm um índice de degradação mais elevado do que as do mk2 e que agora no MY2016 será ainda muito menor. Mas só sabemos isso na Nissan - está tudo explorado e tudo à vista.
Para fazerem a comparação com os outros e serem justos, têm que colocar à vista os mesmos parâmetros.
Percebes agora porque é que não posso aceitar que escrevas isto sem teres quaisquer dados reais concretos (para além de algumas alarvidades que vais lendo, nomeadamente no facebook):
rcardoso Escreveu:...Os restantes fabricantes até poderão estar distantes, mas a degradação das baterias não é tão acentuada...
Mas o que interessa é que os outros venham todos em força para o mercado dos elétricos. Não só para virmos a saber mais sobre eles mas essencialmente porque é urgente muito mais concorrência. No caso da Nissan é evidente que tem tudo preparado pelo menos até aos 60kWh e só se vai mexendo devagarinho e na medida do estritamente necessário para estar sempre e apenas um pouco à frente do pelotão...