A minha VX-1
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A minha VX-1
Bem, aqui vai o meu Diário de Bordo (o início, pelo menos)...
Por motivos profissionais no final de 2013 tive uma proposta de deixar de trabalhar perto de casa (a uns 7km) e vir para o centro de Lisboa (a +- 25km de casa)
Dado que tenho uma familia pequena (duas crianças pequenas, mais precisamente), e zero de apoios familiares, tinha de arranjar uma forma de me deslocar rapidamente (carro fora de questão) e sem grandes transtornos extras (greve de comboios e/ou metro).
Surge, então, a possibilidade mota. E eu, que de mota percebia (e percebo) abaixo de zero. Pouco mais sei que tem duas rodas, os travões são ao contrário das bicicletas e quando se rodava na manete da direita aquilo andava sozinho.
Como o orçamento também era reduzido, tinha apenas duas possibilidades:
- comprar uma scooter barata (tipo PCX)
- comprar uma mota elétrica (uma novidade para mim, até porque nunca tinha visto a reportagem da SIC, que tinha dado algum tempo antes desta decisão).
Após alguma pesquisa, decidi pela Vectrix VX-1 (alheio completamente à questão de pré-falência da empresa), pois eu até sou um tipo assim a atirar para o forte, e grande parte das outras motas elétricas me pareciam um pouco frágeis.
Vi vários anuncios sobretudo no olx, mas também encontrei muita informação que dizia que trazendo uma de Espanha compensava em muitos aspectos, essencialmente no financeiro.
Como tenho vários amigos em Espanha, resolvi pedir um favor e pedi para verem o que encontravam lá para aquelas bandas.
De todas as que viram, uma chamou-os à atenção por ter poucos km e estar a um bom preço.
Acabaram por se encontrar com o vendedor e viram a mota (não percebiam de elétricas em particular, mas de motas sim) e a mota, de 2008, pareceu-lhes estar em muito bom estado. De resto, o vendedor dizia (e segundo eles repetiu várias vezes) que a mota tinha uns 80km de autonomia.
Eu não acreditei muito, como só iria ter de fazer menos de 50km por dia, os 80km não eram de todo importantes.
Entretanto, e depois de algumas combinações, a mota lá foi comprada e um dos meus amigos trouxe-a para Portugal.
A legalização (que com tempo hei de "detalhar") demorou um pouco, e mesmo tendo recebido a mota no início de Dezembro, apenas a pude começar a utilizar na 2ª quinzena de Janeiro.
Isto traz outras questões interessantes, pois é um bom "treino" não ter absolutamente experiência nenhuma de andar de mota e começar a vir para Lisboa em pleno inverno e uma das piores alturas do ano em termos de transito!
Cedo percebi que era um verdadeiro maçarico, pois qualquer que fosse a mota - grande ou pequena, potente ou nem por isso - ultrapassava-me em qualquer reta, curva, semáforo ou cruzamento.
Os primeiros dias correram bem, as baterias aguentavam perfeitamente o trajeto (e ainda sobravam 4 a 5 traços), por isso andava (e ando, tenho de o admitir) satisfeito da vida com a minha compra.
A mota já tem prativamente 14000km, o que quer dizer que em 9 meses fiz praticamente o mesmo nº de km que a mota tinha feito em 5 anos.
bem, depois continuo esta pequena história.
Por motivos profissionais no final de 2013 tive uma proposta de deixar de trabalhar perto de casa (a uns 7km) e vir para o centro de Lisboa (a +- 25km de casa)
Dado que tenho uma familia pequena (duas crianças pequenas, mais precisamente), e zero de apoios familiares, tinha de arranjar uma forma de me deslocar rapidamente (carro fora de questão) e sem grandes transtornos extras (greve de comboios e/ou metro).
Surge, então, a possibilidade mota. E eu, que de mota percebia (e percebo) abaixo de zero. Pouco mais sei que tem duas rodas, os travões são ao contrário das bicicletas e quando se rodava na manete da direita aquilo andava sozinho.
Como o orçamento também era reduzido, tinha apenas duas possibilidades:
- comprar uma scooter barata (tipo PCX)
- comprar uma mota elétrica (uma novidade para mim, até porque nunca tinha visto a reportagem da SIC, que tinha dado algum tempo antes desta decisão).
Após alguma pesquisa, decidi pela Vectrix VX-1 (alheio completamente à questão de pré-falência da empresa), pois eu até sou um tipo assim a atirar para o forte, e grande parte das outras motas elétricas me pareciam um pouco frágeis.
Vi vários anuncios sobretudo no olx, mas também encontrei muita informação que dizia que trazendo uma de Espanha compensava em muitos aspectos, essencialmente no financeiro.
Como tenho vários amigos em Espanha, resolvi pedir um favor e pedi para verem o que encontravam lá para aquelas bandas.
De todas as que viram, uma chamou-os à atenção por ter poucos km e estar a um bom preço.
Acabaram por se encontrar com o vendedor e viram a mota (não percebiam de elétricas em particular, mas de motas sim) e a mota, de 2008, pareceu-lhes estar em muito bom estado. De resto, o vendedor dizia (e segundo eles repetiu várias vezes) que a mota tinha uns 80km de autonomia.
Eu não acreditei muito, como só iria ter de fazer menos de 50km por dia, os 80km não eram de todo importantes.
Entretanto, e depois de algumas combinações, a mota lá foi comprada e um dos meus amigos trouxe-a para Portugal.
A legalização (que com tempo hei de "detalhar") demorou um pouco, e mesmo tendo recebido a mota no início de Dezembro, apenas a pude começar a utilizar na 2ª quinzena de Janeiro.
Isto traz outras questões interessantes, pois é um bom "treino" não ter absolutamente experiência nenhuma de andar de mota e começar a vir para Lisboa em pleno inverno e uma das piores alturas do ano em termos de transito!
Cedo percebi que era um verdadeiro maçarico, pois qualquer que fosse a mota - grande ou pequena, potente ou nem por isso - ultrapassava-me em qualquer reta, curva, semáforo ou cruzamento.
Os primeiros dias correram bem, as baterias aguentavam perfeitamente o trajeto (e ainda sobravam 4 a 5 traços), por isso andava (e ando, tenho de o admitir) satisfeito da vida com a minha compra.
A mota já tem prativamente 14000km, o que quer dizer que em 9 meses fiz praticamente o mesmo nº de km que a mota tinha feito em 5 anos.
bem, depois continuo esta pequena história.
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Re: A minha VX-1
Parabéns nunozorrinho pela aquisição! e DB
Sistema Para Autoconsumo Off-Gride com (2185wp) http://www.novaenergia.net/forum/viewto ... 11&t=16450
Adoro Fotografia... http://olhares.sapo.pt/ecc/
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Re: A minha VX-1
olha olha o vizinho!!! ehehehe boa bo finalmente um DB dessa menina
Ainda bem que tens estado satisfeito com a aventura em que te meteste isso sim é o mais importante e certamente começas a perceber o quanto tens poupado se fosse uma qualquer outra mota a CI (e diz lá.... dá muito gosto andar de VE)
Grande sortudo em teres lá pessoal em Espanha, começo qualquer a chatear os que conheço lá também
Vá vá venham de lá mais relatos e claro foootoooss
Ainda bem que tens estado satisfeito com a aventura em que te meteste isso sim é o mais importante e certamente começas a perceber o quanto tens poupado se fosse uma qualquer outra mota a CI (e diz lá.... dá muito gosto andar de VE)
Grande sortudo em teres lá pessoal em Espanha, começo qualquer a chatear os que conheço lá também
Isso isso venha lá isso tudoooooooooo detalhado Pois eu acho que apanhaste aquela "altura" do ano do Natal, da Passagem de Ano e já sabes que nessas alturas anda tudo maissss leeennnttoooonunozorrinho Escreveu:...
A legalização (que com tempo hei de "detalhar") demorou um pouco, e mesmo tendo recebido a mota no início de Dezembro, apenas a pude começar a utilizar na 2ª quinzena de Janeiro. ...
Isso é que é somar Km!! tendo em conta que vens quase sempre em AE penso que tás com boas autonomias dirianunozorrinho Escreveu:... A mota já tem prativamente 14000km, o que quer dizer que em 9 meses fiz praticamente o mesmo nº de km que a mota tinha feito em 5 anos. ....
Vá vá venham de lá mais relatos e claro foootoooss
Queimo, mas apenas electrões....
SW Predator GTI 40ah - "Taser" - 3100km + Vectrix Vx-1 "Cavalo Branco" - 63000Km
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Re: A minha VX-1
Outra Vectrix de nuestros hermanos!
A minha foi importada de Barcelona, pelo que sei bem que ainda temos umas voltas a dar até ter matrícula Tuga... ...e seria tão fácil de simplificar o processo de legalização!
A minha foi importada de Barcelona, pelo que sei bem que ainda temos umas voltas a dar até ter matrícula Tuga... ...e seria tão fácil de simplificar o processo de legalização!
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Re: A minha VX-1
Os.meus parabéns pela escolha.
Se fores a av de.Roma, avisa...
Força com o diario de bordo e já agora lê muito com os diarios de bordo para evitares cometeres erros de outros...
Fico a espera...
Obrigado pela partilha
Se fores a av de.Roma, avisa...
Força com o diario de bordo e já agora lê muito com os diarios de bordo para evitares cometeres erros de outros...
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40595 a bordo de uma Vectrix.
Procuro pontos de carga para veículos eléctricos, contacte-me! 915001177
Mapa dos pontos de carga
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Re: A minha VX-1
Só um aparte, ontem fiquei pior que estragado com isto!
estive a escrever pormenorizadamente (do que me lembro de há + de 10 meses) todo o (penoso) processo de legalização da mota e, quando faço enviar... timeout... perdi tudo.
mas hei-de escrever tudo novamente...
estive a escrever pormenorizadamente (do que me lembro de há + de 10 meses) todo o (penoso) processo de legalização da mota e, quando faço enviar... timeout... perdi tudo.
mas hei-de escrever tudo novamente...
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Re: A minha VX-1
nunozorrinho Escreveu:Só um aparte, ontem fiquei pior que estragado com isto!
estive a escrever pormenorizadamente (do que me lembro de há + de 10 meses) todo o (penoso) processo de legalização da mota e, quando faço enviar... timeout... perdi tudo.
mas hei-de escrever tudo novamente...
xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii páaaaa essa nunca me aconteceu mas váaaa não vale desistir ainda pra mais com tao interessante conteudo nem que escrevas primeiro no Word e depois aqui ihihih
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Re: A minha VX-1
Vá lá, já me sinto melhor....já me aconteceu....
MP+AC
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Re: A minha VX-1
2ª tentativa...
Título deste episódio: A legalização...
Primeiro convém dizer que antes de ponderar sequer importar a mota andei a pesquisar sobre os processos de legalização. E a verdade é que consultando os sites “interessados” – IMTT e alfândegas – tudo parece relativamente simples. Basta levar um papel da alfandega ao imtt, depois voltar à alfandega por duas vezes e por fim regressar ao imtt.
Na verdade, não há lado nenhum onde digam isso, antes pelo contrário. Apenas nos apresentam uma lista de documentos que se têm de apresentar e ponto final.
Posto isto, resolvo avançar para a conversa com alguns amigos de Espanha (Madrid) para verem o que arranjavam, até porque já tinha visto em alguns fóruns que se arranjavam lá vectrix a preços mais apetecíveis que cá (não me parece que tenha a ver com em PT quererem ganhar mais €€ com a venda das suas, é só uma questão de concorrência. Em Espanha há muitas mais à venda em 2ª mão, e só por isso o preço já baixa).
Depois de a mota cá chegar, iniciei o processo de “ajuntamento” da papelada e fui para a primeira etapa: alfândega.
Chegando lá (já meio fora de horas, mas uma senhora simpática ainda me atendeu) digo ao que vou e apresento os documentos.
Eu não tinha os documentos originais da mota, pois tinham ficado retidos em Espanha por se ter dado baixa da matrícula para exportação (imposição legal em Espanha). Tinha, sim, uma cópia.
Na alfândega dizem-me que os procedimentos entre importar carros e motas são diferentes: para importar carros são necessários os documentos originais do carro para apresentação na alfândega; para motas, é para apresentar no IMTT (porquê? Não sei e nem me preocupei em perguntar). Mas saí de lá com a única coisa que podia... um impresso que me custou pouco mais de 1€, salvo erro. Este impresso é necessário para dar entrada do processo no IMTT.
Saí relativamente contente (embora preocupado com a questão dos documentos originais da mota). Próxima etapa: IMTT.
Já alguém me tinha dito que para ir ao IMTT é preciso tirar um dia de férias ou, na “melhor das hipóteses”, passar parte da madrugada para poder ter uma das primeiras senhas, que a meio da manhã já não são distribuídas.
Mas como às vezes o pessoal exagera, lá fui um dia perto da hora do almoço até ao IMTT... Afinal não tinham exagerado!
E eu, que precisava da mota o mais rapidamente possível, ainda estava a trabalhar perto de casa e não tinha forma de tirar dias de férias (simplesmente porque já os tinha gasto todos), acabei por contratar os serviços de uma empresa que, entre outras coisas, faz este trabalho de tratar de documentação por nós, admitindo que lhes damos tudo já preenchido (obviamente!).
Ora bem, no dia seguinte, pelas 11 da manhã, lá me liga o rapaz a dizer... nada feito! É que eu não tinha nem o Certificado de Conformidade nem homologação do fabricante/representante.
E onde é que eu ia arranjar isto? Liguei para Espanha para que falassem com o vendedor e este disse que tinha entregue toda a papelada que tinha da mota quando a entregou... Basicamente, certificado de conformidade “missing in action”.
A alternativa era a homologação, que entretanto descobri que podia ser “adquirida” (fantástico) utilizando exatamente o mesmo formulário que o IMTT disponibiliza para as restantes ações de atribuição de matrícula... Só precisam é que alguém diga nesse mesmo formulário que a mota está homologada.
Como o representante da mota em PT é a Masac (é ou era?), toca de entrar em contacto com eles para ver se tratavam disso. Foram prestáveis o suficiente para que tudo se passasse rapidamente (descontando os tempos gastos no envio da correspondência para lá e para cá, pois isto só pode ser tratado com os originais). Também, e diga-se de passagem, eu também seria prestável se cobrasse 100€ para carimbar um papel. Não estou a criticar o preço, só o resultado final.
Afinal, vai daí e no processo de homologação há todo um critério de pesquisa associado que desconheço e que faz justificar o preço...
Bem, recebida a homologação, toca de voltar ao IMTT, desta vez já com tudo o que tinha sido pedido (bem, menos os documentos originais. Entretanto tinha ligado para Espanha para pedir uma certificação das cópias).
A pessoa que atendeu quem lá foi disse algo do tipo “Não, não! Não é aqui que tem de vir. Como tem a documentação toda, agora tem é de ir à alfândega para dar início ao processo”. (sem comentários...)
Toca de ir à alfândega o mais rapidamente possível, pois recordo-me que estávamos perto do Natal ou do Ano Novo e o governo tinha dado tolerância de ponto da parte da tarde. Cheguei perto da hora de fechar, mas ainda consegui senha. Infelizmente, a senhora que responsável por estes processos estava extremamente ocupada com um telefonema pessoal (nada preocupante, pela expressão da cara dela), pelo que acabei por ser atendido por outra pessoa que fez o favor de me atender (sem dúvida que foi simpática, e eu também o seria se estivesse a despachar o ultimo tipo que lá estava para poder ir para casa antes da hora ).
Resultado final: processo iniciado! Aguardar 24h (no meu caso mais por causa da tolerância de ponto) para ir buscar... mais um papel para entregar no IMTT.
Obviamente que o processo de levantar um papel também tem os seus percalços, não é verdade? Chego, tiro a senha correspondente (que um senhor que deve ser altamente batido nisto me indicou) e lá vou eu. Ora quem é que me atendeu? A senhora do telefone!
Eu - Venho levantar um papel para legalização de uma mota, que já deverá estar pronto desde ontem (não fui logo no dia porque não podia).
Senhora da alfândega – Como é que se chama?... Não tenho cá nada em seu nome! (isto sem procurar)... onde é que tratou disto?
Eu – foi com uma colega sua umas filas mais lá para a frente
S.A. – Então é com ela que tem de tratar
(não estava lá).
Resolvo perguntar a uma outra senhora onde é que deveria levantar o tal papel que, por telefone, já me tinham dito que estava pronto. A senhora a quem perguntei perguntou-me onde é que eu tinha tratado das coisas, respondi-lhe que tinha sido na fila xx (não me lembro) porque esta outra não estava disponível, mas que era para levantar o tal papel para dar entrada do processo no IMTT.
A senhora olhou para mim, desviou-se um pouco (sem sequer ter de se se levantar da cadeira, diga-se) e virou-se para a do telefone e disse-lhe: Ó “não sei quantas”, vê lá se não tens aí documentação em nome deste senhor...
Qual não é o espanto da outra que, ao se simplesmente virar para trás, encontra os meus papeis! E eram mesmo os que estavam no topo de uma pilha que ela tinha com os processos concluídos, vejam lá.
Bem, alfândega concluída, de vez!
Regresso ao IMTT, desta vez com toda a papelada.
Dão-se ao luxo de dizer que não tinha de ter pedido ao representante pela homologação, porque eles poderiam tratar de tudo (teria sido mais caro).
Por especial favor, dado que não tinha os documentos originais (e devidamente explicado o motivo para não os ter), deram entrada do processo para finalização, com a ressalva de que se não fosse contactado nas 4 semanas seguintes, que o processo estaria concluído.
Ora, antes das 4 semanas lá recebo uma carta do IMTT a falar da falta dos documentos originais. Felizmente que nessa carta estava a indicação de que necessitavam dos originais ou, em falta destes, de uma declaração das autorizadas espanholas de que tinham ficado lá retidos.
Voltei a contactar o gabinete que tratou do processo de compra e venda e conseguiram enviar-me uma declaração com esta informação.
Salvo erro, esta declaração podia ser enviada por correio, por isso foi o que fiz.
Enfim... processo terminado!
Bonito, não?
Título deste episódio: A legalização...
Primeiro convém dizer que antes de ponderar sequer importar a mota andei a pesquisar sobre os processos de legalização. E a verdade é que consultando os sites “interessados” – IMTT e alfândegas – tudo parece relativamente simples. Basta levar um papel da alfandega ao imtt, depois voltar à alfandega por duas vezes e por fim regressar ao imtt.
Na verdade, não há lado nenhum onde digam isso, antes pelo contrário. Apenas nos apresentam uma lista de documentos que se têm de apresentar e ponto final.
Posto isto, resolvo avançar para a conversa com alguns amigos de Espanha (Madrid) para verem o que arranjavam, até porque já tinha visto em alguns fóruns que se arranjavam lá vectrix a preços mais apetecíveis que cá (não me parece que tenha a ver com em PT quererem ganhar mais €€ com a venda das suas, é só uma questão de concorrência. Em Espanha há muitas mais à venda em 2ª mão, e só por isso o preço já baixa).
Depois de a mota cá chegar, iniciei o processo de “ajuntamento” da papelada e fui para a primeira etapa: alfândega.
Chegando lá (já meio fora de horas, mas uma senhora simpática ainda me atendeu) digo ao que vou e apresento os documentos.
Eu não tinha os documentos originais da mota, pois tinham ficado retidos em Espanha por se ter dado baixa da matrícula para exportação (imposição legal em Espanha). Tinha, sim, uma cópia.
Na alfândega dizem-me que os procedimentos entre importar carros e motas são diferentes: para importar carros são necessários os documentos originais do carro para apresentação na alfândega; para motas, é para apresentar no IMTT (porquê? Não sei e nem me preocupei em perguntar). Mas saí de lá com a única coisa que podia... um impresso que me custou pouco mais de 1€, salvo erro. Este impresso é necessário para dar entrada do processo no IMTT.
Saí relativamente contente (embora preocupado com a questão dos documentos originais da mota). Próxima etapa: IMTT.
Já alguém me tinha dito que para ir ao IMTT é preciso tirar um dia de férias ou, na “melhor das hipóteses”, passar parte da madrugada para poder ter uma das primeiras senhas, que a meio da manhã já não são distribuídas.
Mas como às vezes o pessoal exagera, lá fui um dia perto da hora do almoço até ao IMTT... Afinal não tinham exagerado!
E eu, que precisava da mota o mais rapidamente possível, ainda estava a trabalhar perto de casa e não tinha forma de tirar dias de férias (simplesmente porque já os tinha gasto todos), acabei por contratar os serviços de uma empresa que, entre outras coisas, faz este trabalho de tratar de documentação por nós, admitindo que lhes damos tudo já preenchido (obviamente!).
Ora bem, no dia seguinte, pelas 11 da manhã, lá me liga o rapaz a dizer... nada feito! É que eu não tinha nem o Certificado de Conformidade nem homologação do fabricante/representante.
E onde é que eu ia arranjar isto? Liguei para Espanha para que falassem com o vendedor e este disse que tinha entregue toda a papelada que tinha da mota quando a entregou... Basicamente, certificado de conformidade “missing in action”.
A alternativa era a homologação, que entretanto descobri que podia ser “adquirida” (fantástico) utilizando exatamente o mesmo formulário que o IMTT disponibiliza para as restantes ações de atribuição de matrícula... Só precisam é que alguém diga nesse mesmo formulário que a mota está homologada.
Como o representante da mota em PT é a Masac (é ou era?), toca de entrar em contacto com eles para ver se tratavam disso. Foram prestáveis o suficiente para que tudo se passasse rapidamente (descontando os tempos gastos no envio da correspondência para lá e para cá, pois isto só pode ser tratado com os originais). Também, e diga-se de passagem, eu também seria prestável se cobrasse 100€ para carimbar um papel. Não estou a criticar o preço, só o resultado final.
Afinal, vai daí e no processo de homologação há todo um critério de pesquisa associado que desconheço e que faz justificar o preço...
Bem, recebida a homologação, toca de voltar ao IMTT, desta vez já com tudo o que tinha sido pedido (bem, menos os documentos originais. Entretanto tinha ligado para Espanha para pedir uma certificação das cópias).
A pessoa que atendeu quem lá foi disse algo do tipo “Não, não! Não é aqui que tem de vir. Como tem a documentação toda, agora tem é de ir à alfândega para dar início ao processo”. (sem comentários...)
Toca de ir à alfândega o mais rapidamente possível, pois recordo-me que estávamos perto do Natal ou do Ano Novo e o governo tinha dado tolerância de ponto da parte da tarde. Cheguei perto da hora de fechar, mas ainda consegui senha. Infelizmente, a senhora que responsável por estes processos estava extremamente ocupada com um telefonema pessoal (nada preocupante, pela expressão da cara dela), pelo que acabei por ser atendido por outra pessoa que fez o favor de me atender (sem dúvida que foi simpática, e eu também o seria se estivesse a despachar o ultimo tipo que lá estava para poder ir para casa antes da hora ).
Resultado final: processo iniciado! Aguardar 24h (no meu caso mais por causa da tolerância de ponto) para ir buscar... mais um papel para entregar no IMTT.
Obviamente que o processo de levantar um papel também tem os seus percalços, não é verdade? Chego, tiro a senha correspondente (que um senhor que deve ser altamente batido nisto me indicou) e lá vou eu. Ora quem é que me atendeu? A senhora do telefone!
Eu - Venho levantar um papel para legalização de uma mota, que já deverá estar pronto desde ontem (não fui logo no dia porque não podia).
Senhora da alfândega – Como é que se chama?... Não tenho cá nada em seu nome! (isto sem procurar)... onde é que tratou disto?
Eu – foi com uma colega sua umas filas mais lá para a frente
S.A. – Então é com ela que tem de tratar
(não estava lá).
Resolvo perguntar a uma outra senhora onde é que deveria levantar o tal papel que, por telefone, já me tinham dito que estava pronto. A senhora a quem perguntei perguntou-me onde é que eu tinha tratado das coisas, respondi-lhe que tinha sido na fila xx (não me lembro) porque esta outra não estava disponível, mas que era para levantar o tal papel para dar entrada do processo no IMTT.
A senhora olhou para mim, desviou-se um pouco (sem sequer ter de se se levantar da cadeira, diga-se) e virou-se para a do telefone e disse-lhe: Ó “não sei quantas”, vê lá se não tens aí documentação em nome deste senhor...
Qual não é o espanto da outra que, ao se simplesmente virar para trás, encontra os meus papeis! E eram mesmo os que estavam no topo de uma pilha que ela tinha com os processos concluídos, vejam lá.
Bem, alfândega concluída, de vez!
Regresso ao IMTT, desta vez com toda a papelada.
Dão-se ao luxo de dizer que não tinha de ter pedido ao representante pela homologação, porque eles poderiam tratar de tudo (teria sido mais caro).
Por especial favor, dado que não tinha os documentos originais (e devidamente explicado o motivo para não os ter), deram entrada do processo para finalização, com a ressalva de que se não fosse contactado nas 4 semanas seguintes, que o processo estaria concluído.
Ora, antes das 4 semanas lá recebo uma carta do IMTT a falar da falta dos documentos originais. Felizmente que nessa carta estava a indicação de que necessitavam dos originais ou, em falta destes, de uma declaração das autorizadas espanholas de que tinham ficado lá retidos.
Voltei a contactar o gabinete que tratou do processo de compra e venda e conseguiram enviar-me uma declaração com esta informação.
Salvo erro, esta declaração podia ser enviada por correio, por isso foi o que fiz.
Enfim... processo terminado!
Bonito, não?
Última edição por nunozorrinho em sexta out 10, 2014 3:04 pm, editado 1 vez no total.
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Re: A minha VX-1
ui ui um pouco mais "complicado" que outra que já li por cá mas mas mas já rola e com muitos Km's por cá eu continuo a dizer que tiveste azar na "altura do ano"
Obrigado pela explicação e agora venham de lá os relatos e fotos da dita
Obrigado pela explicação e agora venham de lá os relatos e fotos da dita
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Re: A minha VX-1
De facto havia uma Srª simpática e prestável (Maria Manuel Ferreira Santos) e havia a "outra"... ...eu num curto espaço de tempo completei 2 processos na Alfândega de Lisboa (Conversão Comercial Ligeiro para Ligeiro Passageiros e Legalização da Vectrix) e nos 2 processos tive a sorte de ser a funcionária certa a tratar-me deles... ...também senti-me revoltado por ver despachantes a terem atendimento prioritário e por ver a maioria das funcionárias comportar-se como gente mui importante... ...a maioria delas podiam e deveriam ser substituídas por um programa informático!
No meu caso pedi ao vendedor para me conseguir o CoC através do importador Espanhol, porque a MASAC, representada pela Srª Tânia Petronilho, respondeu-me o seguinte:
No meu DB relato a minha interacção com o duo IMTT/Alfândega...
https://www.novaenergia.net/forum/viewt ... &start=105
No meu caso pedi ao vendedor para me conseguir o CoC através do importador Espanhol, porque a MASAC, representada pela Srª Tânia Petronilho, respondeu-me o seguinte:
Ainda insisti com um 2º e-mail, mas a dita Srª não se deu ao trabalho de responder... mesmo tendo perguntado se tinham unidades usadas para venda, pois estava interessado...Bom dia,
Agradecemos, desde já, o seu contacto.
Sugerimos que solicite o Certificado de Conformidade (COC) ao importador/representante da marca no país onde vai adquirir a sua moto.
Lamentavelmente não o podemos ajudar nesta questão, uma vez que apenas possuímos os COC dos veículos que importámos.
No meu DB relato a minha interacção com o duo IMTT/Alfândega...
https://www.novaenergia.net/forum/viewt ... &start=105
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Re: A minha VX-1
Não tem só ver com isso, as vectrix em Espanha beneficiavam (como todos os veículos elétricos) de um incentivo do estado que as deixava 2000 euros mais baratas em novas, esse custo reflete-se no valor delas em segunda mão, isto pode-se chamar concorrência desleal com os representantes em Portugal, que viriam a sofrer com isso.nunozorrinho Escreveu:Posto isto, resolvo avançar para a conversa com alguns amigos de Espanha (Madrid) para verem o que arranjavam, até porque já tinha visto em alguns fóruns que se arranjavam lá vectrix a preços mais apetecíveis que cá (não me parece que tenha a ver com em PT quererem ganhar mais €€ com a venda das suas, é só uma questão de concorrência. Em Espanha há muitas mais à venda em 2ª mão, e só por isso o preço já baixa).
Já agora em quanto ficou a legalização ??
E Boa Sorte com ela....
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Re: A minha VX-1
Creio que o desconto era maior... confirma no DB da Vectrix em Barcelona, porque o proprietário inicial (paulo.oliveira) menciona o desconto.jmal Escreveu: Não tem só ver com isso, as vectrix em Espanha beneficiavam (como todos os veículos elétricos) de um incentivo do estado que as deixava 2000 euros mais baratas em novas, esse custo reflete-se no valor delas em segunda mão, isto pode-se chamar concorrência desleal com os representantes em Portugal, que viriam a sofrer com isso.
EDIT
Fui ver o que lá estava escrito e não erraste por muito... errei mais eu...
Preço base + Iva = 10372€
Subvenção do estado por compra de veículos eléctricos = -2197€
Ele acaba por dizer ao longo do texto.jmal Escreveu: Já agora em quanto ficou a legalização ??
No meu caso, foi:
81,07€ (CoC)
1,20€ (impresso na alfândega)
45€ (taxa no IMTT)
46,80€ (registo online no IRN)
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Re: A minha VX-1
Um texto todo seguido com poucos espaços, torna a leitura cansativa.
Sistema Para Autoconsumo Off-Gride com (2185wp) http://www.novaenergia.net/forum/viewto ... 11&t=16450
Adoro Fotografia... http://olhares.sapo.pt/ecc/
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Re: A minha VX-1
Sim, mas pelo que li houve despesas com empresa de documentação.
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Re: A minha VX-1
Correcto e isso não foi referido...jmal Escreveu:Sim, mas pelo que li houve despesas com empresa de documentação.
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Re: A minha VX-1
jmal Escreveu:Sim, mas pelo que li houve despesas com empresa de documentação.
Se estás a falar do tal gabinete de Gestoria, não cobraram nada adicional.
em preços, onde vejo a maior variação (não me recordo do valor do IRN, mas não deve fugir disso) é em ter tido necessidade de usufruir dos serviços da tal empresa que foi ao IMTT por mim.
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Re: A minha VX-1
Quanto te cobrou essa empresa que foi ao IMTT por ti ? ( é sobre esse custo que foi feita a pergunta )nunozorrinho Escreveu:em preços, onde vejo a maior variação (não me recordo do valor do IRN, mas não deve fugir disso) é em ter tido necessidade de usufruir dos serviços da tal empresa que foi ao IMTT por mim.jmal Escreveu:Sim, mas pelo que li houve despesas com empresa de documentação.
Já agora, anexo as instruções do IMTT sobre este assunto.
- Anexos
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- IMTT - Importacao Veiculos da UE.pdf
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Re: A minha VX-1
É preciso ter em consideração que foram ao IMTT umas 3 vezes. têm um preçário por tempo gasto.zeuz Escreveu: Quanto te cobrou essa empresa que foi ao IMTT por ti ? ( é sobre esse custo que foi feita a pergunta )
Não tenho bem a certeza dos valores finais, pois fui pagando de cada vez que ele lá ía, mas tenho a certeza que não ultrapassou os 60-80€
sobre o resto, paguei mais do que tu pela homologação, pois a Masac cobra 100€ (acho que já tinha referido), e não tive mais custos adicionais.