Excesso de confiança nos cálculos
Enviado: quinta jan 03, 2019 1:42 pm
Boa tarde.
Ao longo do tempo (e de pesquisas) tenho verificado um excesso de zelo, ou mesmo de confiança, nos cálculos de rentabilidade dos painéis solares. Vejamos:
No meu caso particular, instalei um sistema de 1500W. Se formos optimistas, posso chegar aos 1200W de produção num excepcional dia de Sol, mas isto é apenas o pico - em média, vamos pressupôr que ao longo do dia consigo uns 800W.
O que tenho verificado para as simulações é que se contabiliza a produção total vs. consumo total, esquecendo os valores instantâneos. Por exemplo, um ciclo de lavagem da minha máquina da loiça pode consumir até 0,80kWh nas 2 horas de ciclo de lavagem mas, e esta é a nuance que não vejo em lado nenhum, ao longo do ciclo apenas 0,10kWh foram utilizados pelos motores (que consomem uns 30 ou 40W) e os restantes 0,70kWh pela resistência, que chega aos 2,4kW. Sucede então que a resistência está a consumir da rede um excedente de 1,6kW (assumindo os tais 800W) e, como tal, a poupança não terá sido a totalidade do ciclo mas apenas os tais 0,10kWh (ou, vá lá, 0,20kWh).
E o mesmo ocorre para um aquecedor, para a Bimby, para um microondas. Se o consumo instantâneo de um ou vários equipamentos exceder a produção, não há retorno, ponto. Bem que se podem produzir 8kWh por dia, que aquela máquina da loiça custou dinheiro.
Antes de comprar o sistema de produção dimensionei-o às minhas necessidades. Terei um retorno garantido, não há dúvidas. Mas a ginástica de consumos tem de ser feita a todo o momento (ligo a máquina num dia de Sol ou à noite no bihorário? ligo os aquecedores refractários à noite ou ligo-os alternadamente durante o dia? Baixo a voltagem do termoacumulador com um regulador de tensão para que consuma 1000W em vez dos 2000W?).
Segue uma amostra do Excel que me ajudou a dimensionar o sistema e o retorno que espero obter. Não fiz a aquisição por dinheiro, há preocupação ambiental. Mas não é o derradeiro maná dos céus. O retorno de 6,4 anos parte apenas do pressuposto que utilizo optimamente uma grande percentagem da energia instantânea que produzo.
Ao longo do tempo (e de pesquisas) tenho verificado um excesso de zelo, ou mesmo de confiança, nos cálculos de rentabilidade dos painéis solares. Vejamos:
No meu caso particular, instalei um sistema de 1500W. Se formos optimistas, posso chegar aos 1200W de produção num excepcional dia de Sol, mas isto é apenas o pico - em média, vamos pressupôr que ao longo do dia consigo uns 800W.
O que tenho verificado para as simulações é que se contabiliza a produção total vs. consumo total, esquecendo os valores instantâneos. Por exemplo, um ciclo de lavagem da minha máquina da loiça pode consumir até 0,80kWh nas 2 horas de ciclo de lavagem mas, e esta é a nuance que não vejo em lado nenhum, ao longo do ciclo apenas 0,10kWh foram utilizados pelos motores (que consomem uns 30 ou 40W) e os restantes 0,70kWh pela resistência, que chega aos 2,4kW. Sucede então que a resistência está a consumir da rede um excedente de 1,6kW (assumindo os tais 800W) e, como tal, a poupança não terá sido a totalidade do ciclo mas apenas os tais 0,10kWh (ou, vá lá, 0,20kWh).
E o mesmo ocorre para um aquecedor, para a Bimby, para um microondas. Se o consumo instantâneo de um ou vários equipamentos exceder a produção, não há retorno, ponto. Bem que se podem produzir 8kWh por dia, que aquela máquina da loiça custou dinheiro.
Antes de comprar o sistema de produção dimensionei-o às minhas necessidades. Terei um retorno garantido, não há dúvidas. Mas a ginástica de consumos tem de ser feita a todo o momento (ligo a máquina num dia de Sol ou à noite no bihorário? ligo os aquecedores refractários à noite ou ligo-os alternadamente durante o dia? Baixo a voltagem do termoacumulador com um regulador de tensão para que consuma 1000W em vez dos 2000W?).
Segue uma amostra do Excel que me ajudou a dimensionar o sistema e o retorno que espero obter. Não fiz a aquisição por dinheiro, há preocupação ambiental. Mas não é o derradeiro maná dos céus. O retorno de 6,4 anos parte apenas do pressuposto que utilizo optimamente uma grande percentagem da energia instantânea que produzo.