Artigos relacionados com o ambiente

Para assuntos relacionados com o meio ambiente que não tenham nenhuma relação com energias.
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Recuperadas 47 mil toneladas de materiais dos veículos entregues para abate em 2011
07.02.2012

Os 50.782 veículos em fim de vida que foram entregues para abate em 2011 permitiram reaproveitar 47 mil toneladas de materiais, a maioria metais, segundo a Valorcar, responsável pela maior rede de centros de abate de veículos em final de vida (VFV) de Portugal.

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Tubos de escape para reciclar

No ano passado foi ultrapassada a meta comunitária de reciclagem de veículos em final de vida (VFV): em média, cada VFV recebido foi reciclado em 84,6 por cento do seu peso e valorizado em 89,7 por cento, “ultrapassando largamente a meta comunitária” de reciclagem e valorização em pelo menos 80 a 85 por cento do seu peso, respectivamente, destaca.

Segundo a Valorcar, que hoje divulga os dados relativos a 2011, os VFV recebidos foram despoluídos, desmantelados e fragmentados, tendo os seus diversos componentes e materiais totalizado 47 mil toneladas.

Os metais foram o material mais reutilizado, reciclado ou valorizado (35.000 toneladas), seguidos das peças usadas (1990 toneladas), pneus (1680 toneladas), vidros (880 toneladas), baterias (692 toneladas), plásticos (265 toneladas) e óleos (241 toneladas).

Depois de, em 2009, dados do Eurostat colocarem Portugal no 9.º lugar em reutilização/valorização de VFV entre os 27 Estados-membros da União Europeia, a Valorcar destaca que “os resultados agora alcançados deixam boas perspectivas que o país continue a subir nesta tabela”.

Os centros da rede Valorcar recolheram, em 2011, 24.752 toneladas de baterias de veículos usadas, menos 5,9% do que em 2010. As baterias foram enviadas para reciclagem em quatro unidades especializadas. Aqui, é neutralizado o ácido das baterias, recuperado o plástico das caixas (polipropileno) para posterior produção de vasos de plantas, tubos de rega ou mobiliário urbano e é ainda recuperado o chumbo para produção de lingotes. De acordo com a Valorcar, cerca de 90 por cento deste chumbo é utilizado na produção de novas baterias, sendo o restante, de menor grau de pureza, encaminhado para o fabrico de munições, barreiras de protecção contra radiações, lastros de navios e contrapeso de elevadores, entre outros.

Ainda assim, o total de automóveis entregues para abate na Valorcar caiu 35,2% em 2011. A Valorcar atribuiu esta quebra à extinção do Programa de Incentivo Fiscal ao Abate de VFV, que representava mais de 30 por cento das unidades entregues, e ao recuo nas vendas de veículos novos, já que os consumidores conservam por mais tempo o mesmo automóvel. Segundo a Valorcar, esta tendência de decréscimo já se verifica desde 2008, sendo actualmente a idade média dos VFV entregues de 18,1 anos.

A Valorcar é uma entidade privada, sem fins lucrativos, cuja rede engloba actualmente 75 centros licenciados pelo Ministério do Ambiente, localizados em todos os distritos do continente e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Totalmente gratuita, a entrega de um VFV nestes centros garante um tratamento ambientalmente adequado para o veículo e assegura que os respectivos registos de propriedade e matrícula serão cancelados, sendo a única forma de deixar de pagar o Imposto Único de Circulação (segundo a Valorcar, se o veículo for abandonado ou entregue a centros não licenciados, o titular do registo continuará a pagar este imposto).

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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Vaga de frio polar fez 360 mortos na Europa
07.02.2012

A camada de ar polar que se espalhou pela Europa há quase duas semanas já fez 360 mortos. Na Ucrânia, o país mais afectado, 135 pessoas perderam a vida e a Bósnia e Itália estão a passar pelos maiores nevões das últimas décadas.

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Pessoas à espera do autocarro em Bucareste

Segundo o Ministério das Situações de Emergência na Ucrânia, 85.000 pessoas procuraram as 3300 tendas aquecidas que estão distribuídas pelo país, para dar abrigo, apoio e alimentos. As temperaturas baixaram até aos 30ºC negativos durante a noite.

A vaga de frio polar, causada por um anti-ciclone situado originalmente por cima do mar Báltico e que se espalhou pela Europa, causou a morte a 62 pessoas na Polónia, 23 na Lituânia e na República Checa, 10 na Letónia e na Sérvia, três na Croácia e na Bósnia e a uma pessoa na Estónia e a outra na Eslováquia.

Na Bósnia, as autoridades utilizaram helicópteros para transportar doentes e levar alimentos às 100 localidades isoladas pelo maior nevão de que há registo no país. Em algumas zonas, a neve atingiu uma altura de dois metros.

A vizinha Sérvia decretou no domingo à noite “situação de emergência” por causa da neve e do frio. Cerca de 70.000 sérvios vivem hoje em localidades isoladas e 5000 quilómetros de estradas estão intransitáveis.

Na Bulgária, oito pessoas morreram ontem vítimas das inundações causadas pela neve que se está a derreter no Sul do país, perto da fronteira com a Turquia. Está interrompido o trânsito entre os dois países no principal posto de fronteira, de Kapitan-Andreevo. Para os próximos dias, a Bulgária deve esperar tempestades de neve e uma descida das temperaturas até aos 17ºC negativos. Desde o final de Janeiro, o frio já matou dez pessoas neste país.

Na Hungria, doze pessoas morreram nos últimos três dias por causa da vaga de ar polar, segundo as autoridades em Budapeste. Na Roménia, onde morreram 36 pessoas, o Ministério da Educação anunciou que as escolas estarão encerradas hoje e amanhã em 11 regiões do país e em Bucareste.

Frio também mais a Sul

A camada de ar polar deslocou-se mais para Sul. Em Itália já morreram 21 pessoas. As temperaturas continuam muito baixas no Norte, com 10ºC negativos em Milão, e a neve estende-se ao Sul, a Nápoles. A electricidade está a faltar em várias cidades na região de Roma, que declarou estado de catástrofe natural e onde o alerta meteorológico se vai manter até sexta-feira. A capital italiana vive o seu maior nevão dos últimos 27 anos.

França, onde já morreram quatro pessoas, está sob a ameaça de um grave corte de electricidade. Em algumas regiões, como Mulhouse e Reims, os termómetros chegaram aos 20ºC negativos.

A Suíça registou, na noite de domingo, um novo recorde de frio para este ano, com 35,1ºC negativos em Samedan, no cantão de Grisons. O frio polar na Suíça está a perturbar a circulação de comboios.

No Reino Unido, o trânsito já está a regressar à normalidade no aeroporto em Heathrow. No domingo, a acumulação de neve tinha levado à anulação de centenas de voos.

O tempo frio obrigou ao aumento da procura de gás natural e, segundo a porta-voz da Comissão Europeia para a Energia, Marlene Holzner, as importações subiram na Roménia, Alemanha e Itália. No sábado, a russa Gazprom anunciou a normalização do fornecimento de gás à Europa, depois de ter baixado a exportação “durante alguns dias”, por causa do aumento da procura interna.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1532610
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Erva marinha do Mediterrâneo tem 100.000 anos de idade
Cientistas da Universidade do Algarve descobrem ser vivo mais velho da Terra

10.02.2012

O ser vivo mais velho da Terra que se conhece vive mesmo ao lado da Península Ibérica, é uma erva marinha que cresce no Mediterrâneo e pode ter mais de 100.000 anos, de acordo com uma equipa de cientistas que integra investigadores da Universidade do Algarve. A descoberta foi publicada nesta semana na revista Public Library of Science One.

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A erva marinha chamada Posidonia oceanica não é uma alga, mas sim uma angiospérmica, ou seja, pertence ao grupo das plantas que dão flores, e é endémica do mar Mediterrâneo.

A planta tem folhas curtas que podem crescer até ao metro e meio, e apesar de ter flores e reproduzir-se sexualmente, utiliza na maior parte das vezes indivíduos clones para se ir dispersando. O seu crescimento é muito lento, demorando 600 anos para cobrir um espaço de 80 metros nas pradarias subaquáticas do Mediterrâneo.

A equipa liderada por Ester Serrão, do Centro de Ciências do Mar, da Universidade de Algarve, que contou com investigadores de Espanha, analisou a nível genético os espécimes desta planta que vivem em 40 pradarias aquáticas ao longo de 3500 quilómetros do mar Mediterrâneo.

Os resultados revelaram que muitos espécimes são clones uns dos outros, alguns com dezenas de milhares de anos. Um pedaço de erva com 15 quilómetros de largura, que fica ao pé da ilha espanhola Formentera, poderá ter mais de 100.000 anos.

Esta descoberta demonstra a robustez de um genoma capaz de se adaptar a diferentes habitats, ao longo do tempo. Mas também pode ser a razão do declínio desta planta, cujo genoma poderá não aguentar as rápidas mudanças climáticas recentes: nos últimos 100 anos, a área de distribuição da Posidonia oceanica diminuiu em 10%.

http://www.publico.pt/Ci%EAncias/cienti ... cosfera%29
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Já há listas de espera para hortas nas cidades
13-02-2012

Só na Área Metropolitana do Porto há 1900 pessoas a aguardar por um talhão de 25 metros quadrados em terrenos municipais.

Segundo o Jornal de Notícias, são cada vez mais aqueles que junto das autarquias e das juntas de freguesia solicitam um palmo de terra para fazer a a sua horta.

Este fenómeno urbano tem ganho relevância nos últimos anos e, com o agudizar da crise económica, uma procura em crescendo.

http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... 0e%20MEDIA
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Um em cada cinco europeus morre de doenças associadas ao ambiente
15 de Fevereiro de 2012

Um em cada cinco cidadãos europeus morre devido a doenças associadas ao meio ambiente, indica um relatório elaborado pelo Centro Europeu para o Ambiente e Saúde (ECEH, em inglês) apresentado esta terça-feira em Bona, na Alemanha.



O documento indica que cada europeu perde 8,6 meses de esperança média de vida por respirar ar contaminado por poluentes com níveis acima dos máximos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O ruído originado pelo tráfego gera perdas de cerca de um milhão de anos de vida saudável aos cidadãos ocidentais, enquanto as habitações sem condições causam 100 mil mortes anuais na Europa.

Os cidadãos mais pobres são também os mais vulneráveis aos perigos ambientais. O relatório sublinha que, apenas na União Europeia (UE), cerca de 80 milhões de pessoas vivem em situação económica de relativa pobreza, com rendimentos inferiores a 60% do valor médio no seu país. Muitas destas pessoas residem em casas húmidas, sem calor suficiente e com instalações sanitárias desadequadas.

Por exemplo, refere o texto, quase sete milhões de cidadãos da UE não têm instalações sanitárias em casa. Outros 16 milhões não têm dinheiro para uma calefacção eficaz dos seus lares.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=558649
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Inglaterra prepara-se para a pior seca dos últimos 36 anos
16.02.2012

O Governo britânico chamou de emergência empresas do sector da água, agricultores e instituições de protecção da vida selvagem para uma reunião que prepare a região para a pior seca dos últimos 36 anos.

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Bishop lembrou que está a chegar ao fim o segundo Inverno seco consecutivo

A zona Sul e Este de Inglaterra estão entre as zonas mais afectadas pela falta de água e a menos que chova bastante até Abril as autoridades terão de restringir os consumos.

O responsável pelos recursos hídricos da Agência de Ambiente britânica, Trevor Bishop, admitiu à BBC que se está a preparar “para o pior”. “Estamos a chegar ao fim do segundo Inverno seco consecutivo e isso é muito pouco normal”, disse Bishop. “A situação ainda não é tão grave como em 1976 mas está muito perto.”

Em Janeiro, peritos da Agência de Ambiente britânica alertaram que os níveis de água no solo estavam tão baixos que seria preciso o dobro da precipitação para a recuperação dos caudais dos rios. Aquela agência já procedeu a uma oxigenação dos rios e à transferência de peixes que tinham ficado presos em charcos isolados. Em algumas zonas, os agricultores foram proibidos de captar água dos rios.

Na segunda-feira, o Departamento do Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) convocou uma reunião para decidir o que fazer. A secretária de Estado do Ambiente, Caroline Spelman, vai reunir-se com companhias do sector da água, que já estão a encorajar os consumidores a reduzir a água que gastam, e outros grupos preocupados com a situação. Esta semana, o Centro para a Hidrologia e Ecologia revelou que a precipitação média até ao momento neste Inverno é a mais baixa desde 1972.

Participarão na reunião empresas do sector da água, a Agência de Ambiente, a British Waterways, o Met Office (Instituto de Meteorologia britânico) e organizações de agricultores e de ambientalistas.

“Toda a nossa actividade vai ser cuidadosamente coordenada para que sejamos capazes de minimizar os efeitos da disponibilidade imprevisível da água e apoiar as pessoas para fazerem poupanças nos consumos”, disse Spelman citada pela BBC.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1534041
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Acidez dos oceanos aumenta a um ritmo sem precedentes desde há 300 milhões de anos
01.03.2012

As emissões de dióxido de carbono estão a elevar a acidez dos mares e oceanos a um ritmo sem precedentes desde há 300 milhões de anos, que, a manter-se, impedirá a vida marinha em poucas décadas, revela um estudo.

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Os corais são muito afectados por causa da acidez dos oceanos

A investigação, que a revista científica Science publica na sexta-feira, refere que a química marinha sofreu “profundas alterações” nos últimos 300 milhões de anos, embora nenhuma “tão rápida, grande e global” como a de hoje.

A acidez marinha produz-se à medida que o dióxido de carbono emitido pela actividade humana - originada fundamentalmente pela queima de combustíveis fósseis - é absorvido pelos mares e oceanos.

Um terço das emissões vai directamente para os oceanos e mares, que se tornam progressivamente tanto mais ácidos quanto mais frias são as suas águas.

A acidez, que prejudica muitas formas de vida marinha, interfere, sobretudo, com o desenvolvimento das espécies com carapaça ou esqueleto de carbonato cálcico, como corais e moluscos.

Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Alemanha e Holanda examinou, para a investigação, centenas de estudos paleoceanográficos, incluindo de fósseis de sedimentos marinhos.

Em declarações à agência Efe, Carles Pelejero, investigador do Instituto de Ciências do Mar espanhol, advertiu que a acidez dos oceanos já está a afectar algumas espécies de fitoplâncton próprias de altas latitudes, que são a base principal da dieta dos salmões e das baleias.

De acordo com o investigador, “as águas de altas latitudes, como as do Oceano Glacial Árctico e Antárctico, que são muito frias e, por isso, muito ácidas e ricas em dióxido de carbono, atingirão, numa ou duas décadas, condições químicas que impedirão que os organismos com carapaça sobrevivam”.

Actualmente, a zona mais afectada, segundo Carles Pelejero, é a costa oeste do Pacífico, onde os criadores de ostras observaram que a fertilidade e o crescimento dos moluscos estão cada vez piores.

http://www.publico.pt/Ci%EAncias/acidez ... cosfera%29
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A maior reserva marinha do mundo
01.03.2012

Uma coligação de organizações de conservação da natureza, a Antarctic Ocean Alliance, apelou esta semana à criação da maior reserva marinha mundial no Mar de Ross, na Antárctida. Esta aliança quer proteger o ecossistema da pesca à escala industrial. Foto: Rob Robbinson/Antarctic Ocean Alliance/AFP

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Uma coligação de organizações de conservação da natureza, a Antarctic Ocean Alliance, apelou esta semana à criação da maior reserva marinha mundial no Mar de Ross, na Antárctida. Esta aliança quer proteger o ecossistema da pesca à escala industrial. Foto: Rob Robbinson/Antarctic Ocean Alliance/AFP

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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Governo regional dos Açores propõe proibição do cultivo de transgénicos
05.03.2012

A preservação de uma imagem de “respeito pela natureza” e a garantia do direito dos produtores regionais à agricultura tradicional ou biológica fundamentam a proposta do governo açoriano de proibição de cultivo de transgénicos nas ilhas.

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Segundo alega o Executivo na iniciativa legislativa entregue ao Parlamento regional, a que a agência Lusa teve ontem acesso, a elevada fragmentação das explorações agrícolas e as especiais condições climáticas do arquipélago, ao favorecerem a actividade dos agentes polinizadores tornam “impossível o controlo da disseminação dos organismos geneticamente modificados (OGM)”.

Por isso, “a introdução de culturas de OGM coloca em causa o direito dos agricultores [da Região] praticarem modalidades de agricultura tradicional ou agricultura biológica”, com “perda da diversidade de variedade agrícolas, ornamentais e florestais que caracterizam os Açores”, argumenta a proposta do governo regional.

Sobre a salvaguarda da imagem da região enquanto respeitadora da natureza, o projecto do Executivo açoriano, que visa declarar o arquipélago como zona livra de cultivo de transgénicos, sublinha que tal seria “dificilmente compatível com a coexistência, no mesmo território e nos mesmos processos produtivos, da utilização agronómica de organismos geneticamente modificados”.

Realça, igualmente, as “dúvidas ainda existentes sobre as interferências dos OGM no equilíbrio dos ecossistemas e na contaminação da cadeia alimentar”, realçando que podem “comprometer a imagem e os certificados de qualidade dos produtos açorianos, em particular a carne de bovino e os lacticínios”.

A decisão do governo regional de avançar com a proibição de cultivo de transgénicos nas ilhas foi objecto de uma carta dirigida ao Parlamento pelo embaixador do Estados Unidos em Lisboa, na qual o diplomata expressava “preocupação” face à medida.

O Executivo açoriano contestou a iniciativa do embaixador, que uma fonte governamental considerou “imprópria” por “exorbitar as funções de um representante diplomático”.

O presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, também coloca reservas à proposta do Executivo, considerando ser “hipócrita” e lesiva dos interesses dos produtores regionais a proibição da cultura de organismos geneticamente modificados.

Nesta matéria “há muita hipocrisia porque não se pode querer tornar a região livre da produção de transgénicos quando se continuam a importar alimentos que usam organismos transgénicos na sua produção, como a carne, produtos enlatados, soja e outros”, sustenta o dirigente agrícola.

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Peniche tem projecto que aproveita energia das correntes marítimas
04.03.2012

Mais do que a produção, o objectivo da instalação, que tem o apoio da União Europeia, visa desenvolver uma tecnologia que possa expandir este tipo de energia que é renovável e limpa.

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Os Estaleiros de Peniche podem desempenhar um importante papel nesta área de actividade

Aproveitar as correntes submarinas do fundo do mar para produzir energia eléctrica é o objectivo do projecto Waveroller, de tecnologia finlandesa, que vai instalar no mar de Peniche uma plataforma com três módulos capazes de produzir 300 kilowatts-hora (KWh).

O software e grande parte do hardware são, obviamente, finlandeses. Os portugueses têm a seu cargo os trabalhos de montagem final e preparação da fixação da estrutura ao fundo do mar, que é da responsabilidade dos Estaleiros Navais de Peniche.

Os trabalhos estão em curso desde Janeiro e, em Maio, deverá ser depositado a três milhas (cerca de 5km) da praia da Almagreira (Baleal), a uma profundidade de 25 a 30 metros, a estrutura sobre a qual assentam três asas que se movem ao sabor das correntes, e que estará ligada a terra por um cabo submarino pelo qual será transportada a energia eléctrica que será injectada na rede da REN/EDP.

A receita assim obtida será residual, como residual é também a quantidade produzida. Trezentos KWh é menos de 10% da capacidade de um moinho eólico, mas Carlos Mota, administrador dos Estaleiros Navais de Peniche, recorda que isto é pura I&D (investigação e desenvolvimento) e que não é por acaso que se trata de um projecto financiado pela Comissão Europeia, através do 7º Programa-Quadro.

O objectivo é, pois, experimentar, aperfeiçoar, optimizar, de modo a que mais tarde se possa produzir mais e melhor tecnologia e expandir esta fonte de energia, que é renovável e limpa, porque não tem quaisquer impactos ambientais negativos. Nem sequer paisagísticos, porque os equipamentos estão no fundo do mar.

Denominado Surge - Simple Underwater Renewable, o projecto tem como parceiros a AW Energy Oy, que lidera, e a Multimart Oy e a ABB Oy, todos finlandeses. A parte portuguesa é composta pela Câmara Municipal de Peniche, Estaleiros Navais de Peniche, Instituto Hidrográfico, Centro de Energia das Ondas e a empresa do grupo Lena Eneólica. Há ainda um parceiro alemão (Bosch Rexroth) e outro belga (Instituut voor Infrastructuur).

António José Correia, presidente da Câmara de Peniche, eleito pela CDU, disse ao PÚBLICO que foi contactado pelos finlandeses em 2006. "Eles tinham uma ideia de que a costa desta zona tinha condições interessantes para acolher este tipo de projectos e eu disse que faria sentido utilizar as competências locais na área dos estaleiros e no mergulho", lembrou. A autarquia tem actuado também como "agente facilitador" na ligação com a administração central, procurando obter as autorizações e licenciamentos necessários numa área sobre a qual não há praticamente legislação por ser muito inovadora.

Mais 25 mil horas

Para os Estaleiros Navais de Peniche, que sofreram nos últimos meses uma quebra nas encomendas, este projecto não é um negócio da China, mas representa, ainda assim, 25 mil horas de trabalho. Mais importante, contudo, é que, se isto resultar, esta empresa poderá vir a ser o embrião de um cluster idêntico ao que é hoje o da energia eólica.

Para 2013 os finlandeses projectam instalar uma versão pré-comercial com uma capacidade de 5 MWh, ou seja, 17 vezes mais do que a da plataforma agora em construção.

Os estaleiros penichenses são a maior empresa privada de construção naval do país e tiveram em 2011 um volume de negócios de 15 milhões de euros, mas o seu administrador não quis divulgar os resultados líquidos, limitando-se a enfatizar que, "apesar do momento de recessão económica, foram positivos na ordem das centenas de milhares de euros".

A empresa de construção naval conta, actualmente, com 120 trabalhadores, mas ainda no Verão passado eram 220. Carlos Mota explica que esta redução se deveu à também quebra do volume de trabalho que ocorreu no segundo semestre de 2011.

Notícia corrigida às 13:08. Corrigidas as nomenclaturas Kilowatt e não quilowatt. E a percentagem no quarto parágrafo de 1% para 10%
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Tempestade
05.03.2012

Gaivotas voam durante uma tempestade junto ao porto ucraniano de Sevastopol, no Mar Negro. Foto: Gleb Garanich/Reuters

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Gaivotas voam durante uma tempestade junto ao porto ucraniano de Sevastopol, no Mar Negro.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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BP vai pagar quase 6 mil milhões em indemnizações a pescadores e privados
03.03.2012

A BP chegou a um acordo de 7,8 mil milhões de dólares (quase seis mil milhões de euros) para resolver as reivindicações dos pescadores e outros privados prejudicados pelo derrame de petróleo no Golfo do México em 2010.

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O derrame começou a 20 de Abril de 2010

O acordo, conseguido antes do início do julgamento, previsto para segunda-feira, não afecta, contudo, o que está previsto em pagamentos em multas e reivindicações das diversas regiões afectadas pelo derrame.

“Desde o início do problema, a BP tem trabalhado para cumprir as suas obrigações para com as comunidades do Golfo do México”, disse, em comunicado, Bob Dudley, director-executivo da empresa.

Antes o Washington Post tinha revelado o estabelecimento do acordo, mas não os montantes envolvidos. Por sua vez, o Wall Street Journal tinha estimado que um acordo implicaria o pagamento pela BP de 14 mil milhões de dólares (10,6 mil milhões de euros) para compensar os milhares de pessoas afectadas pelo derrame, de forma a completar o fundo de 20 mil milhões de dólares (15 mil milhões de euros) prometido pela petrolífera em Agosto de 2010.

Até ao momento, a companhia já efectuou gastos de 7500 mil milhões de dólares (5682 mil milhões de euros) com operações de limpeza e compensações financeiras. O derrame começou quando a plataforma se desmoronou e afundou no mar a 20 de Abril de 2010 num acidente em que morreram 11 pessoas e provocou o derrame de mais de quatro milhões de barris de petróleo ao longo dos 85 dias que foram necessários para tapar o poço.

São várias as empresas e particulares que acusam a BP e as companhias Transocean e Halliburton que com ela exploravam o poço Macondo, no Golfo do México, de terem negligenciado os sinais antes da catástrofe.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1536196
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Ciclovias e carros eléctricos dão a Bolonha prémio europeu
07.03.2012

Com 130 quilómetros de ciclovias, uma rede de pontos de recarga para carros eléctricos e uma ampla zona pedestre, a cidade italiana de Bolonha ganhou o prémio da Semana Europeia da Mobilidade de 2011.

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Larnaca criou um banco de bicicletas para facilitar a manutenção e a reutilização dezes meios de transporte

Bolonha deixou impressionado o júri da Semana Europeia da Mobilidade 2011 com a forma como viveu o Dia Europeu Sem Carros, alargado a um fim-de-semana.

A cidade italiana instalou uma série de pontos de recarga para veículos eléctricos e adoptou um plano de expansão da rede urbana de ciclovias para 130 quilómetros, segundo um comunicado da Comissão Europeia, divulgado terça-feira. Durante a Semana da Mobilidade foi criada no centro da cidade uma extensa zona pedestre, aberta a artistas de rua, vendedores a retalho e associações desportivas e visitada por mais de 60.000 pessoas.

Para promover a mobilidade sustentável, Bolonha promoveu passeios de bicicleta, acções de formação para ciclistas e demonstração de reparações de bicicletas, jogos, passeios e uma exposição de veículos eléctricos.

O painel independente de peritos no domínio da mobilidade decidiu ainda distinguir as cidades de Larnaca (Chipre) e Zagreb (Croácia) com menções honrosas. A primeira criou um “banco de bicicletas” para facilitar a manutenção e a reutilização destas e promoveu exposições, conferências e comprometeu-se a tornar uma das artérias do centro em zona pedestre. Zagreb lançou um projecto para melhorar a sua infra-estrutura de transportes sustentáveis.

“Com as cidades e os seus habitantes a sofrerem cada vez mais com o tráfego congestionado e a poluição, é particularmente oportuno passar dos veículos particulares para outros meios de transporte”, disse o comissário europeu responsável pelo Ambiente, Janez Potočnik. “As cidades de Bolonha, Larnaca e Zagreb encontraram formas criativas de tornar permanentemente mais sustentáveis as suas infra-estruturas de transportes. Faço votos para que inspirem outras cidades nesse sentido.”

Este ano, a Semana Europeia da Mobilidade decorrerá de 16 a 22 de Setembro e o tema será “Mobilidade na direcção certa”. Em 2011 o evento contou com a participação de 2268 cidades de todo o mundo.

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Voluntários vão ajudar sapos e salamandras do Alvão a atravessar a estrada
08.03.2012

É um ritual de sobrevivência com milhões de anos aquele que, nesta altura, leva os anfíbios a sair da hibernação e a procurar zonas de água para reprodução. No Alvão, há uma estrada no seu caminho. Dezenas de voluntários vão torná-la menos ameaçadora.

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Os anfíbios têm que atravessar uma estrada até aos charcos temporários e turfeiras perto da barragem do Alvão

Nos dias 9 e 10 de Março, dezenas de cidadãos de Vila Real vão construir um muro com 40 centímetros de altura, dos dois lados da estrada nacional EN313 – que liga Vila Real a Lamas de Olo –, num troço de 1400 metros. “Esta estrada já tem uma série de passagens hidráulicas por baixo da estrada. Aquilo que vamos fazer é construir um murete que conduza os anfíbios até essas passagens, para diminuir a mortalidade acidental por atropelamento, que no ano passado foi muito elevada”, disse ao PÚBLICO Carlos Lima da Divisão de Planeamento da Câmara Municipal de Vila Real. A iniciativa “Salvemos os Sapos” já tem confirmadas 50 pessoas para sexta-feira mas as inscrições ainda estão abertas.

“Nesta altura do ano, havia voluntários a transportar manualmente os animais de um lado para o outro da estrada. Mas isso não funcionava”, comentou. A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) monitorizou aquele troço da EN313 e concluiu que a mortalidade acidental por atropelamento é “muito elevada”, acrescentou Carlos Lima. Especialmente para o sapo-comum (Bufo bufo), o sapo-corredor (Bufo calamita) e a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), esta última espécie endémica da Península Ibérica e classificada como Vulnerável pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.

Agora será construído no troço mais sensível da estrada um murete de betão, coberto com pedras locais para melhor integração na paisagem. Mas esta intervenção já está em contagem decrescente. “Não temos muito tempo”, disse Carlos Lima, que lembrou que os animais estão prestes a começar a migração de zonas mais elevadas, e secas, onde passaram o Inverno, em hibernação, até aos charcos temporários e turfeiras perto da barragem do Alvão para se reproduzirem.

A iniciativa surge no âmbito do projecto SeivaCorgo – uma das vertentes do Programa da Biodiversidade de Vila Real – e conta com a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade e Parque Natural do Alvão e com o co-financiamento do Programa Operacional Regional do Norte (ON2).

O Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal, de 2010, lista 17 espécies de anfíbios, espécies especialmente sensíveis às alterações climáticas e às perturbações nos padrões de precipitação. Carlos Lima informou que, por enquanto, a seca que afecta todo o território de Portugal Continental, ainda não está a ter efeitos nas populações de anfíbios daquele concelho. “Na última saída de campo que fizemos, os charcos temporários estavam, pelo menos, húmidos. E a barragem do Alvão tem níveis de água assinaláveis”, constatou.

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89% da população mundial já tem acesso a água potável
06.03.2012

Nos últimos 20 anos, mais de dois mil milhões de pessoas passaram a ter acesso a água potável, um número que permite cumprir o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio, anunciou nesta terça-feira a ONU.

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A Unicef considera que esta notícia é especialmente importante para as crianças

A meta, que deveria ser cumprida até 2015, era reduzir para metade o número de pessoas no mundo que não têm acesso a água potável. Hoje, graças a investimentos na melhoria de condutas e na protecção de poços, essa meta foi alcançada, revelou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Um relatório da Unicef (Fundo da ONU para as Crianças) e da OMS concluiu que, no final de 2010, 89% da população mundial – ou seja, 6100 milhões de pessoas – tinha acesso a água potável, acima da meta de 88% até 2015. O documento estima que, em 2015, a percentagem será de 92%.

Os maiores progressos foram conseguidos na Índia e na China, países que representam, juntos, 46% da população dos países em desenvolvimento. Segundo o relatório, de 1990 a 2010, 522 milhões de pessoas passaram a beber água potável na Índia e 457 milhões de pessoas na China.

Este é um “grande feito para os povos do mundo”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acrescentando que este é um dos primeiros Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDG, sigla em inglês) a serem atingidos. “Os esforços para aumentar o acesso a água potável demonstram que os objectivos [que a comunidade internacional definiu em 2000 para reduzir a pobreza até 2015] não são um sonho, mas uma ferramenta vital para melhorar a vida de milhões de pessoas”, disse Ban Ki-moon num comunicado.

“Para as crianças estas notícias são especialmente boas”, comentou o director-executivo da Unicef, Anthony Lake. “Todos os dias, mais de 3000 crianças morrem de desidratação causada por diarreia. Alcançar esta meta significa salvar vidas de muitas crianças”, acrescentou.

Mas o relatório alerta que ainda muito está por fazer e reconhece que existem "enormes disparidades" no acesso à água de boa qualidade. Na América Latina, Caraíbas, Norte de África e em muitas regiões da Ásia a melhoria da qualidade da água é hoje de 90%, mas a situação não é tão boa na África sub-saariana, com os seus 61%. Na verdade, apenas 19 dos 50 países desta região têm probabilidades de cumprir as metas para 2015. E ainda que o acesso a água potável nos países em desenvolvimento chegue hoje aos 86%, nos ditos "países menos desenvolvidos" essa percentagem é de 63%.

O responsável da Unicef salientou ainda que 11% da população mundial – ou 783 milhões de pessoas – ainda não tem acesso a água potável.

Quanto ao saneamento básico, os progressos são bem mais lentos e tudo indica que não serão suficientes. De acordo com o relatório, 2500 milhões de pessoas ainda não têm saneamento básico. De 1990 a 2010, a percentagem de pessoas com saneamento básico no mundo passou de 49% para 63%, o que representa um aumento de 1800 milhões de pessoas. Mas, ao ritmo actual de progressos, a percentagem deverá subir apenas até aos 67%. A meta é de 75%. "A menos que consigamos acelerar os trabalhos, a meta para o saneamento básico só será alcançada em 2026", escreve o relatório.

Em Setembro de 2000, os líderes mundiais adoptaram a Declaração do Milénio, que incluiu oito grandes questões: pobreza e fome, ensino primário universal, igualdade de género, mortalidade infantil, saúde materna, doenças graves, sustentabilidade ambiental e parceria global para o desenvolvimento.

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Japão termina época de caça à baleia sem cumprir quotas
09.03.2012

O Japão anunciou nesta sexta-feira o fim da sua campanha anual de caça à baleia na Antárctida, com apenas um terço do número de cetáceos que contava capturar (267), por causa de “actos de sabotagem” ecologistas.

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Navio ecologista “Bob Barker” (à esquerda) colide com o navio “Yushin Maru 3” em águas da Antárctida

A Agência de Pescas nipónica disse que a frota já está de regresso ao Japão, “conforme o previsto”, mas reconheceu que as capturas foram bem inferiores aos objectivos fixados.

Os baleeiros, que partiram do Japão em Dezembro, capturaram 266 baleias-anãs (Balaenoptera acutorostrata) e uma baleia-comum (Balaenoptera physalus), especificou a agência, números bem longe dos 900 animais que contavam matar.

“As capturas foram bem inferiores ao que estava previsto devido às condições meteorológicas e a actos de sabotagem perpetrados por activistas”, segundo a agência.

Os activistas da associação de defesa do Ambiente Sea Shepherd, com sede nos Estados Unidos, perseguiram, como nos últimos anos, a frota japonesa nas águas da Antárctida, a bordo dos seus próprios navios. O seu objectivo é impedir ao máximo a caça às baleias e para isso lançaram bombas de mau cheiro para as embarcações e bloquearam as hélices dos navios nipónicos com cabos.

Oficialmente, as actividades da frota nipónica na Antárctida destinam-se a “investigação científica”, uma excepção prevista pela Comissão Baleeira Internacional, que proíbe a caça comercial às baleias desde 1986. As autoridades japonesas afirmam que esta pesca faz parte da sua cultura mas não esconde que a carne de baleia acaba nos supermercados.

A organização Sea Shepherd anunciou no seu site que também vai interromper a campanha contra a caça às baleias, por este ano. “Esta foi uma campanha coroada de sucesso. Não tanto como no ano passado mas melhor do que nos outros anos”, comentou o fundador da Sea Shepherd, Paul Watson.

O Governo australiano emitiu um comunicado em que saúda a suspensão da caça pela frota japonesa. “As actividades baleeiras japonesas são contrárias à legislação internacional”, declara o Governo.

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Albatrozes e outras aves marinhas estão em declínio
09.03.2012

Se maltratar os albatrozes é uma fonte de má sorte, como a lenda do marinheiro diz, então o último relatório sobre o estatuto das aves marinhas põe o mundo em maré de azar. Uma revisão do estado deste grupo de aves publicada de animais Bird Conservation International mostra que das 346 espécies de aves marinhas que existem, 97 estão globalmente ameaçadas e 10% estão perto de ficarem ameaçadas.

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Um albatroz

“As principais ameaças no mar são causadas pela pesca comercial (devido à competição e mortalidade causada pelas artes de pesca) e pela poluição, enquanto em terra, as espécies invasoras e predadoras, a degradação do habitat e a perturbação humana são as ameaças mais representativas”, explica o resumo da investigação liderada por John Croxall, responsável do Programa Global de Aves Marinhas da BirdLife.

Quase metade das espécies está em declínio. Os albatrozes são o grupo de aves mais ameaçado, 17 das 22 espécies estão actualmente ameaçadas de extinção.

“As aves marinhas são um grupo diverso com distribuição mundial e como predadores de topo são um indicador valioso da saúde marinha”, disse o professor John Croxall, num comunicado da Bird Life International.

O artigo oferece algumas soluções para reverter este declínio, como a protecção dos locais onde as aves marinhas se agrupam tanto em terra, onde se reproduzem, como no mar, onde se alimentam.

A organização já identificou vários locais importantes no mar e irá publicar um inventário sobre estes locais. Uma das apostas é a criação de uma rede de áreas marinhas protegidas.

“As principais ameaças no mar são causa ... cosfera%29
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Habitantes de Kiribati querem ir todos para as Fiji
10.03.2012

Kiribati, um pequeno país formado por 32 atóis e uma ilha-vulcão no Oceano Pacífico, quer mudar-se para as Fiji. O Beretitenti (Presidente) está a negociar a compra de 20km2 nas Fiji para mudar para lá toda a população.

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Nikumaroro, um dos 32 atóis que formam o Kiribati

Se os 103 mil habitantes já viviam apertados, em 811 km2, vão passar a viver ainda mais juntos.

Não se trata de um capricho dos governantes em Tarawa (a capital). Kiribati vai desaparecer devido à subida das águas provocada pelas alterações climáticas. Pensaram então em deslocar toda a gente para a maior e mais montanhosa das ilhas do arquipélago das Fiji, Viti Levu, explicou Filimoni Kau, o secretário das Terras e Recursos Naturais.

Filimoni Kau, que falou com a agência espanhola EFE por telefone, disse que as negociações ainda não terminaram. Os terrenos pertencem a um conjunto de igrejas que pedem pelos 20 quilómetros quadrados 7,5 milhões de euros.

“O nosso povo terá de ser deslocalizado quando as marés chegarem às povoações e às casas”, anunciara na semana passada o Presidente, Anote Tong, num discurso ao país.

Várias dezenas de pessoas já se mudaram, tornando-se refugiados climáticos, um estatuto que é reconhecido pelas Nações Unidas. Muitos dos já afectados vivem num acampamento provisório montado na capital. A subida das águas não é a única ameaça a Kiribati — também se regista uma crescente salinização dos aquíferos (as reservas de água doce). A água salgada contaminou os poços, o que quer dizer que não há água suficiente para os habitantes, para os animais e para as plantações; a população sobrevive cada vez mais de uma dieta de arroz e enlatados.

Se o acordo com as Fiji se concretizar, a população não será levada toda de uma vez para a sua nova terra. Terão de ser negociados muitos ítems. Por exemplo: serão refugiados, imigrantes, kiribatis? Poderão encontrar emprego sem ser tratados como indivíduos de segunda classe? “Teremos de ser imigrantes qualificados, gente que tem um lugar na comunidade”, disse Tong, que chegou a ponderar (porque quando as águas engolem um país nenhuma hipótese deve ser posta de lado) a possibilidade de Kiribati passar a ser um país sobre uma gigantesca plataforma sobre o mar, ou de construir muros altíssimos à volta de todas as ilhas habitadas. Há quatro anos que o Governo deste país que vive da exportação de peixe e do turismo negoceia com ilhas vizinhas a possibilidade de compra ou aluguer de terreno para alojar os seus 103 mil habitantes.

Kiribati não é o único arquipélago do Pacífico ameaçado pela subida das águas. A mesma ameaça paira sobre as Ilhas Marshall e sobre Tuvalu. Segundo os dados divulgados pelo Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas, o nível dos oceanos poderá subir de 18 a 59 centímetros até o fim do século.

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Governos comprometem-se a acelerar acesso à água e ao saneamento no mundo
13.03.2012

Ministros de cerca de 130 países comprometeram-se, nesta terça-feira, a acelerar a disseminação do acesso a água potável e ao saneamento em todo o mundo.

Numa declaração de 32 pontos, aprovada no segundo dia do Fórum Mundial da Água, que se realiza esta semana em Marselha, França, os representantes governamentais renovaram ou lançaram promessas de acção em áreas diversas, dos serviços da água à sua relação com a economia, dos desafios das alterações climáticas ao financiamento dos países mais pobres.

“Comprometemo-nos a acelerar a integral implementação das obrigações dos direitos humanos relacionadas com o acesso à água potável e segura e ao saneamento”, lê-se no documento, que enquadra esta intenção como parte dos esforços para “superar a crise da água a todos os níveis”.

Nas últimas duas décadas, houve uma evolução substancial na população servida por serviços básicos de água – mais dois mil milhões com acesso a água potável e mais 1,8 mil milhões com condições básicas de saneamento. Mas ainda há 780 milhões de pessoas não servidas por água segura e 2,5 mil milhões sem saneamento.

Em 2000, a comunidade internacional adoptou, como uma das Metas do Desenvolvimento do Milénio, o compromisso de reduzir à metade a população não servida nestas duas áreas até 2015. Em relação à água potável, a meta foi cumprida em 2010, mas quanto ao saneamento ainda há um atraso significativo.

Outros desafios colocam-se no futuro próximo, segundo o sexto Relatório Mundial sobre Água e Desenvolvimento, divulgado pela ONU em Marselha. O aumento da produção agrícola, para alimentar uma população crescente, vai incrementar o consumo de água para a rega em 19% até 2050, segundo o relatório.

Por outro lado, a população urbana deverá aumentar de 3,4 mil milhões em 2009 para 6,3 mil milhões em 2050, agravando potenciais problemas quanto ao saneamento entre os habitantes mais pobres, segundo o relatório da ONU.

A poluição das fontes de água e as modificações nos ciclos hidrológicos, previstas com as alterações climáticas, também estão na mira das preocupações do relatório.

A declaração ministerial aprovada em Marselha não contém novas metas concretas. Mas o tema voltará à mesa de negociações na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que se realiza no Rio de Janeiro, em Junho – 20 anos depois da Conferência Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92.

Uma dos pontos centrais em discussão no Rio será um eventual roteiro para a adopção de metas para o desenvolvimento sustentável, a partir de 2015 – quando expiram as Metas do Desenvolvimento do Milénio.

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Cientistas detectam “revolução” invisível das acácias contra plantas nativas
13.03.2012

Não são precisas muitas acácias para alterar um ecossistema. Apenas uma pode alterar os solos, através de interacções invisíveis, e a uma distância muito maior do que o pensado, segundo cientistas portugueses e alemães, num artigo a publicar amanhã na revista Ecological Letters.

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Camarinha em segundo plano e, atrás, antes dos pinheiros, a acácia

As estratégias de sobrevivência da acácia (Acacia longifolia), originária do Sul da Austrália e da Tasmânia, foram reveladas numa duna costeira de Pinheiro da Cruz, no concelho de Grândola, por investigadores do Centro de Biologia Ambiental da Universidade de Lisboa e do Departamento de Ecologia Experimental e de Sistemas da Universidade alemã de Bielefeld.

A espécie, trazida para Portugal para fins ornamentais e para fixar os solos, tornou-se numa ameaça descontrolada e uma dor de cabeça para associações florestais, municípios, empresas e particulares. E não é por desfear a paisagem; a árvore compete com as plantas nativas pelos recursos, nomeadamente pela água, e altera o funcionamento do solo.

Agora, as duas universidades acreditam que podem ajudar a fazer a diferença no combate à exótica que a Universidade de Coimbra acredita ser a mais agressiva em solo de Portugal Continental.

“Pela primeira vez usámos isótopos de azoto para identificar o padrão especial de influência da acácia no sistema circundante”, disse Cristina Máguas, do Centro de Biologia Ambiental, ao PÚBLICO.

Os investigadores ficaram surpreendidos com a descoberta. “Assim que uma simples acácia se instala numa zona, e antes de nos apercebermos que está em curso uma invasão desta espécie exótica, a planta deixa imediatamente a sua marca no sistema e altera-o para seu próprio benefício”, acrescentou. As alterações, invisíveis para quem olha a paisagem, foram detectadas graças à utilização dos isótopos estáveis de azoto.

De acordo com Cristina Máguas, as dunas são normalmente pobres em nutrientes e as plantas nativas estão bem adaptadas. Ora, a acácia “está associada ao enriquecimento do solo em azoto” e “a incorporação do azoto fornecido por si reflecte-se nos tecidos das outras plantas”, explica um comunicado da Universidade de Lisboa. Para detalhar a interacção “invisível” entre as acácias e as outras plantas, os cientistas mapearam numa área de duna com poucos metros de extensão a abundância de azoto utilizando a camarinha Corema album, arbusto endémico. Para isso, explicam, mediram a quantidade de azoto nas folhas desse arbusto e notaram que esta quantidade aumenta significativamente com a proximidade da acácia.

Preparar o palco

Aquilo que mais surpreendeu os investigadores foi a distância alcançada por estas interacções. Normalmente não seriam consideradas ainda “invadidas” por acácia. “O enriquecimento em azoto nas folhas da camarinha foi detectado a uma distância superior a três vezes a área ocupada pelas acácias”, dizem. “É como se a planta preparasse o palco – neste caso o solo – para a sua própria chegada, conseguindo condições que a favorecem competitivamente.”

Questionada sobre se o aumento dos níveis de azoto no solo não iria beneficiar também as espécies de plantas nativas, Cristina Máguas reagiu prontamente. “A curto prazo pode ter benefícios, porque se trata de nutrientes. Mas a médio e longo prazo... nunca.” À medida que as acácias se multiplicam e cobrem o ecossistema “vão abafando o espaço das outras plantas”.

A investigadora do Centro de Biologia Ambiental da Universidade de Lisboa, acredita que esta metodologia dos isótopos de azoto permitirá “fazermos um diagnóstico precoce do problema, em tempo muito útil para a recuperação do sistema”.

“Este método é importante para a conservação pois permite identificar precocemente os efeitos associados às invasões por plantas fixadoras de azoto” e ainda “monitorizar a persistência destes efeitos em processos de erradicação”.

Cristina Máguas adiantou ao PÚBLICO que ainda há trabalho para fazer. “Para o futuro queremos transpor esta metodologia para qualquer ponto do globo e depois para uma escala muito maior”. A investigadora salientou as possibilidades das imagens de satélite. “Gostaríamos de conseguir cruzar os dados obtidos através da metodologia que utilizámos com as imagens de satélite para ficarmos com uma ideia à escala regional ou mesmo global”, acrescentou.

Estima-se que a Europa gasta por ano cerca de dez mil milhões de euros para travar as espécies invasoras, como a acácia mas também como o jacinto-de-água ou o lagostim-do-Louisiana.


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