Artigos relacionados com o ambiente

Para assuntos relacionados com o meio ambiente que não tenham nenhuma relação com energias.
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mauri
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Re: Artigos relacionados com o ambiente

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OCDE recomenda à Alemanha que reveja subsídios às renováveis
31.05.2012

A Alemanha constitui um exemplo de liderança mundial no aproveitamento da indústria e serviços ambientais como fonte de crescimento económico e emprego. Mas ainda não superou desafios como o da qualidade da água e do ar e tem de rever os subsídios às energias renováveis que já não estejam a ser eficientes e desincentivem o mercado de carbono.

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http://ecosfera.publico.pt/viewimages.a ... &w=230&h=0

É o que conclui a OCDE, na última avaliação do desempenho ambiental à Alemanha, hoje publicada – quatro dias depois de o país ter batido o recorde mundial de produção de energia solar, com metade do seu consumo eléctrico satisfeito por painéis solares.

É no papel de “líder do sector de bens e serviços ambientais” que o país recebe a melhor nota, com a confirmação de que consolidou numa década a sua política ambiental “ambiciosa” e uma economia verde, “fonte importante de crescimento económico e de emprego”, apoiada num sistema de subsídios atractivos. A economia verde – bens e serviços ambientais – estava avaliada entre 1,9 e 5% do PIB em 2009, consoante as definições, e dando emprego a 180 mil a 1,8 milhões de pessoas contando com o emprego indirecto.

O sector exporta um terço da sua produção, nomeadamente sistemas fotovoltaicos, turbinas eólicas e produtos de isolamento. As previsões apontam para um crescimento anual de 7,7%, podendo chegar aos 300 mil milhões de euros em 2020. No sector das renováveis, o emprego mais do que triplicou entre 2002 e 2010, garantindo actualmente mais de 370 mil postos de trabalho, assinala o mesmo documento.

A OCDE alerta, no entanto, para o facto de não ser ainda possível identificar-se o saldo líquido de emprego criado devido a actividades em declínio no mesmo sector e de ser necessária, por um lado, uma “avaliação sistemática ao impacto ambiental dos subsídios às renováveis, com vista a uma redução gradual dos que se tornaram ambientalmente perversos e económica e socialmente ineficientes”.

O relatório defende que este tipo de incentivos, num país da dimensão da Alemanha, tem efeitos sobre as políticas climáticas internacionais, nomeadamente sobre o Sistema Europeu do Comércio de Emissões, sendo necessário um ajustamento dos subsídios, de modo a que se tornem mais eficientes e que não desincentivem o comércio de licenças de emissões de dióxido de carbono, nem o impeçam de funcionar correctamente.

Uma das principais incógnitas do mercado europeu de carbono, com o fim da fase experimental e de licenças gratuitas, é a sua capacidade de atingir um patamar de preço estável e eficiente.

Embora considere que o país é um “laboratório para o crescimento verde”, a organização deixa 29 recomendações à Alemanha, destacando entre elas o fosso que ainda separa os alemães, mais de duas décadas depois da reunificação, em matéria de qualidade da água. Na parte oriental da Alemanha, a população ligada a estações de tratamento de águas residuais ronda os 80%, quando a metade ocidental está quase em 100%.

“São necessários esforços continuados para que o tratamento de águas seja maior nos ‘länder’”, refere a organização, entre as 29 recomendações que deixa aos alemães.

Antevê também que 82% da água de superfície e 36% dos lençóis subterrâneos “não vão atingir as metas da directiva-quadro da água até 2015” e que o país está a falhar os objectivos da política de biodiversidade, com os valores de ocupação de solo com edifícios e vias de transporte a crescer a um ritmo ainda três vezes superior aos valores previstos para 2020 (87 hectares por dia, entre 2007-2010, contra 30 hectares por dia em 2020). A concentração de poluentes na atmosfera também preocupa a OCDE, com algumas cidades a ultrapassarem os limites para a saúde humana, ainda que a evolução na última década tenha sido positiva e significativa. O relatório diz que os alemães, no geral, estão satisfeitos com sua qualidade de vida ambiental, mas já 30% “mostram-se desagradados com o barulho, lixo e poluição atmosférica na sua zona”.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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Quercus atribui qualidade de ouro a 290 praias, com destaque para areais do Sul
01.06.2012

O concelho de Albufeira, no Algarve, é o que tem mais praias com qualidade de ouro — 18 — segundo os critérios da Quercus. Num total de 526 zonas balneares, a associação ambientalista distingue este ano 290, mais quatro do que no ano passado. Apesar deste sinal positivo, aumentou o número de praias com qualidade “má” (seis, mais cinco do que em 2011) e diminuiu o das zonas balneares com qualidade “excelente”.

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Praia do Vale dos Homens, em Aljezur, é "ouro" mas não tem bandeira azul

Com base na informação do ex-Instituto da Água (agora integrado na Agência Portuguesa do Ambiente), a Quercus procurou as praias que cumprissem três requisitos: ter tido qualidade boa da água entre 2007 e 2009, qualidade excelente em 2010 e 2011 e ter um desempenho excelente em todas as análises realizadas na época balnear de 2011.

O resultado desta avaliação foi a atribuição do selo de “qualidade de ouro” a 290 praias (no continente e ilhas), grande parte delas (116) localizadas a sul do rio Tejo, ao contrário do que se verifica na atribuição da bandeira azul. Depois de Albufeira, Almada e Vila Nova de Gaia (com 15 cada), Vila do Bispo (12), Torres Vedras (11) e Grândola (dez) são os concelhos mais premiados.

Na lista da associação figuram apenas 11 praias fluviais, menos uma do que no ano anterior. O concelho da Pampilhosa da Serra é o que tem maior número destas praias com qualidade de ouro — duas. “Nas praias interiores, a redução da percentagem de praias com classificação ‘excelente’ é muito significativa, de 75% para 54%”, nota Francisco Ferreira, da Quercus. O dirigente alerta para a necessidade de dar “mais atenção” a estas praias, que considera “fragilizadas” devido à falta de fiscalização e às falhas ainda existentes ao nível do saneamento básico.

As praias distinguidas com “qualidade de ouro” não coincidem com as que têm bandeira azul: a Quercus distinguiu 96 praias que não foram galardoadas com bandeira. Por exemplo, em Aljezur (Algarve), apenas três das nove praias “de ouro” da Quercus têm bandeira azul. Em Almada, a diferença é ainda maior: em 15 praias “de ouro”, só cinco têm o galardão azul.

A diferença está nos critérios utilizados. A avaliação da Quercus é mais limitada, baseando-se apenas na qualidade da água das praias, mas é mais exigente neste aspecto do que a Associação Bandeira Azul — que este ano distinguiu 275 praias. Esta utiliza também critérios de informação e educação ambiental, e de segurança e conforto dos utentes.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1548417
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Portugal pode cumprir Quioto sem licenças de CO2 que custaram milhões
05.06.2012

Portugal poderá não necessitar dos créditos de CO2 que comprou, por dezenas de milhões de euros, para compensar parte dos gases com efeito de estufa que as suas fábricas e automóveis lançam para o ar.

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Renováveis ajudaram o país a reduzir emissões de CO2 nos últimos anos

Os dados mais recentes sobre as emissões mostram que o país está no caminho para cumprir o Protocolo de Quioto com relativa facilidade.

O último inventário nacional, concluído em Abril, mostra que as emissões em 2010 somaram o equivalente a cerca de 70 milhões de toneladas de CO2 - o valor mais baixo desde 1996. As emissões subiram 16,8% desde 1990, quando o país pode, segundo Quioto, chegar aos 27% de aumento.

O protocolo - assinado em 1997 e que vincula os países desenvolvidos que o ratificaram a reduzirem as suas emissões - tem de ser cumprido ao longo de cinco anos, entre 2008 e 2012. Na prática, a soma das emissões nesses anos é que tem de ser comparada com cinco vezes o valor do ano-base, que para a maior parte dos países é 1990.

Para Portugal, isto significa que, em cada um dos anos entre 2008-2012, poderiam ser lançadas para o ar cerca de 76,4 milhões de toneladas de CO2, em média. Em 2008, o valor ficou acima da marca, com 77,6 milhões de toneladas. Mas em 2009 e 2010, as emissões caíram para 74,3 e 70,0 milhões de toneladas.

O país tem, para já, um saldo de 7,2 milhões de toneladas em relação à média, quase o mesmo daquilo que o Fundo Português de Carbono se comprometeu a comprar, em créditos de emissões, para o caso do resultado ser, ao contrário, deficitário.

O fundo, criado em 2006 com esta finalidade, tem contratos assinados no valor de 126 milhões de euros, que garantem créditos de emissões equivalentes a 7,6 milhões de toneladas de CO2 até 2012. Até agora, já foram entregues e já estão na conta-corrente carbónica do país 5,3 milhões de toneladas.

Com isso, não só Quioto já não é problema, como, na hora de se fazerem as contas, podem efectivamente sobrar créditos. "De facto, hoje estamos praticamente com o compromisso de Quioto assegurado", afirma o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, completando que "o cenário de cumprir Quioto sem o Fundo Português de Carbono é possível".

A situação ainda pode ser revertida, se as contas das emissões de 2011 e 2012 ficarem acima de 80 milhões de toneladas em ambos os anos - valor que não se observa desde 2006.

Quanto a 2011, embora não haja dados definitivos, algumas indicações sugerem que não terá sido um ano dramático. Segundo o índice E.Value - calculado por uma empresa de consultoria para aferir o comportamento das emissões no país -, a situação era favorável nos sectores dos transportes e da produção de electricidade, dois dos principais contribuintes para o balanço nacional de CO2.

No primeiro caso, as emissões caíram 12,9% em relação a Dezembro de 2010, em grande parte pelo menor consumo de combustível, devido aos preços elevados e à crise. Na produção eléctrica, houve um aumento de 18% nas emissões em 2011, mas contra uma queda 29% no ano anterior. Ou seja, com as renováveis em força, o saldo ainda foi mais baixo do que quando iniciou o período de cumprimento de Quioto.

Já em 2012, os primeiros meses revelam que as emissões não estão a subir tanto quanto seria de se esperar num ano seco - com pouca produção hidroeléctrica. "Só não subiu mais porque a importação de electricidade no primeiro trimestre foi muito grande", explica Rui Dinis, da E.Value. Ao se importar electricidade, as emissões são contabilizadas no país que a produz, e não em Portugal.

O presidente da APA chama a atenção, no entanto, para outros factores de risco que podem complicar o caminho de Quioto, como os fogos e a utilização da reserva de licenças do sistema de comércio de emissões, que está guardada para eventuais novas instalações industriais.

O maior ponto de interrogação está em como será contabilizada a contribuição das florestas e da agricultura como "sumidouro" de carbono - algo que ainda não está definido a nível internacional. "Nesta fase, o maior risco é o risco metodológico do cálculo dos sumidouros", diz Nuno Lacasta. Por isso, completa Lacasta, "o Fundo Português de Carbono continua a ser utilizado como uma garantia".

Se tudo correr bem, o país cumprirá Quioto só com o esforço interno, mas ficará com 5,3 milhões de toneladas de CO2 em licenças nas mãos, sem uso imediato. Segundo Nuno Lacasta, parte das licenças pode ser guardada para um segundo período de cumprimento de Quioto, que está a ser discutido internacionalmente. Mas o próprio Fundo Português de Carbono deverá ser reorientado, possivelmente ampliando outras funções que já cumpre, como a de financiar projectos de baixo carbono em Portugal.

Uma coisa parece certa: vender as licenças - contrariando o slogan do Fundo Português de Carbono, que é we buy - será mau negócio. As compras até agora foram feitas a um preço médio 10,7 euros por tonelada de CO2. A cotação tem, no entanto, caído a pique e está agora em 6,5 euros/tonelada para as licenças transaccionadas entre países desenvolvidos e 3,4 euros/tonelada para aquelas que provêm de projectos em países em desenvolvimento.

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Alqueva quer pôr turistas "a ver estrelas" no melhor céu do mundo
04.06.2012

Projecto aposta na formação dos empresários para que possam orientar os seus clientes na melhor forma de olhar os astros.

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A observação de estrelas possui um potencial elevado entre os turistas

O número de turistas tem vindo a aumentar desde Janeiro, no Alentejo, em cerca de 15 %, apenas para ver as estrelas, constelações e galáxias distantes. A procura deste produto turístico fez com que estejam a ser instalados, desde o início deste mês, mais telescópios.

A adesão das unidades de alojamento e de restauração não pára, percebendo a importância deste nicho de mercado. O céu de Alqueva foi reconhecido como o melhor do mundo, ao ser considerado como a primeira reserva a obter a certificação Starlight Tourism Destination, atribuída pela UNESCO e pela Organização Mundial do Turismo.

Nesta reserva, o visitante poderá realizar passeios pedestres e a cavalo, birdwatching e observação de estrelas, entre outras actividades nocturnas. Todas estas acções são proporcionadas pelas unidades de alojamento, de restauração e empresas de animação turística que já estão aptas a receberem os chamados "astroturistas".

A Reserva Dark Sky Alqueva é um projecto desenvolvido pela TGLA-Turismo Terras do Grande Lago do Alqueva, Genuineland-Rede de Turismo de Aldeia do Alentejo, Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva e a CCDR do Alentejo, em parceria com a Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores. Abrange seis municípios - Portel, Reguengos de Monsaraz, Alandroal, Mourão, Moura e Barrancos -, nos quais há, até ao momento, 17 espaços dotados de todos os equipamentos para observação do céu.

Embora esta reserva tenha dado os primeiros passos há cerca de um ano e meio, só agora começa a ganhar maior dimensão. Desde o início que alguns empresários avançaram logo com a aquisição de equipamento para poderem ser auto-suficientes. "Contudo, já apresentámos uma candidatura com vista a dotar os espaços de mais equipamentos, tudo num investimento que ascende aos 700 mil euros", sublinhou a presidente da Genuineland, Apolónia Rodrigues.

A seu ver, esta aposta faz todo o sentido, uma vez que a nível mundial existem 25 milhões de astrónomos amadores. "Para o observador mais experiente e especialista em objectos do céu profundo (galáxias, nebulosas e aglomerados de estrelas) são visíveis a 52 graus de declinação sul. A poluição de pouca luz e claridade do céu proporciona uma oportunidade única para observar os objectos do céu profundo e ver a lua e os planetas de forma nítida", sustentou, acrescentando que a astrofotografia também pode ser feita com êxito.

A responsável lembrou que concorreram à mesma certificação locais do Chile, de Espanha, de França, da Nova Zelândia. "Todos com grandes estratégias em termos de turismo, mas nós fomos os primeiros a obter a certificação", frisou. E acrescentou: "O reconhecimento não assentou exclusivamente no facto de termos um céu escuro, magnífico, mas também pela sua transparência, por termos mais de 50% das noites sem nuvens, recursos turísticos, riqueza patrimonial e gastronómica."

Apolónia Rodrigues sublinhou ainda que as entidades parceiras pretendem criar um destino onde o motivo de atractividade seja a fruição de um céu livre de poluição luminosa, exemplificando que alguns concelhos já avançaram com medidas de diminuição da luminosidade, com a redução ou mesmo término da iluminação cénica, para que o céu fique ainda mais escuro e nele possam ser visíveis as estrelas. A Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores, explicou, tem dado formação aos empresários do turismo, sobretudo ensinamentos sobre como utilizar os telescópios. Para aqueles que já são astrónomos amadores, esta pode ser uma forma de fazerem observações sem que tenham de vir com os equipamentos "às costas".

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As margens do rio Bagmati
05.06.2012

Fumo é libertado durante a queima de lixo, enquanto uma vaca se passeia numa lixeira localizada ao longo das margens do rio Bagmati, em Kathmandu, considerado sagrado por hindus e budistas.

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Custo do aquecimento global na América Latina é de US$ 100 bi ao ano, diz BID
Estudo adverte que região sofrerá prejuízos anuais até 2050 se medidas preventivas não forem tomadas

05 de junho de 2012

Os países da América Latina e o Caribe enfrentarão prejuízos anuais de US$ 100 bilhões até 2050, caso não adotem medidas para tentar conter os danos em decorrência do aquecimento global.

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O alarme vem de um levantamento feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em conjunto com a Comissão Econômica da América Latina e o Caribe (Cepal) e a World Wildlife Fund (WWF), que será apresentado nesta terça-feira, 5, em Washington e no dia 20 na Rio+20, no Rio de Janeiro.

Para chegar ao número estimado do prejuízo, o relatório avaliou a literatura que identificou os diferentes impactos físicos e também fez cálculos próprios. “A novidade é que, pela primeira vez, temos um cálculo dos impactos físicos, utilizando uma metodologia similar e colocando custos financeiros em uma moeda que possa ser comparativa, no caso, o dólar”, disse ao Estado Walter Vergara, chefe da Divisão de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade do BID.

De acordo com Vergara, os impactos físicos podem ser reduzidos com investimentos em adaptação. Ele cita que os problemas de perda de capacidade dos reservatórios hidroelétricos no Brasil, por exemplo, podem ser compensados com ações de reflorestamento.

“Uma medida de adaptação muito simples para o Brasil é trabalhar em bacias altas, acima dos reservatórios, fazer reflorestamento e conservar os bosques para que eles consigam reter a água e diminuir o impacto físico da perda de energia. Assim você consegue diminuir a velocidade de escoamento das águas e aumentar o armazenamento no solo”, explicou Vergara.

O aumento do nível do mar também é outro impacto importante do aquecimento global. Para isso, o relatório aponta a necessidade de planejamento de infraestrutura urbana e também a construção de barreiras físicas.
O relatório ainda aponta os prejuízos nas lavouras agrícolas na América Tropical, Brasil, Bolívia e norte da Argentina em decorrência das condições climáticas. “Nas áreas onde era possível plantar soja, por exemplo, será necessário encontrar sementes que consigam se adaptar às mudanças de temperatura.”

Segundo Vergara, o relatório ainda faz os cálculos do custo financeiro associado à diminuição rápida de emissões de gases na América Latina. “A gente calcula que será necessário investir outros US$ 110 bilhões por ano para reduzir as emissões do estágio de hoje para 2 toneladas per capita para o ano 2050. Essa é a única forma para que o planeta não esquente mais do que 2ºC neste século”, finalizou.

Veja entrevista na íntegra:

1 - O relatório aponta as perdas de US$ 100 bilhões por ano. De que forma chegaram a essa conclusão?

O relatório fez uma avaliação da literatura científica que identificou os diferentes impactos físicos. E conseguimos também na literatura fazer uma relação entre os impactos físicos e custos associados. Para alguns impactos conseguimos as informações na literatura, para outros nós fizemos os cálculos. A novidade do estudo consiste em que pela primeira vez temos feito um cálculo de muitos impactos físicos, utilizando uma metodologia similar e colocando os custos financeiros em uma moeda que possa ser comparativo. Os custos foram calculados para dólares. Em resumo, fizemos uma avaliação de todo impacto físico com base na literatura e colocamos tudo em uma forma que fosse compatível para toda região.

2 - Quanto tempo demorou o levantamento?

Não demorou muito. O relatório começou a ser feito em dezembro de 2011 e conseguimos finalizá-lo agora, no início de junho.

3 - Os dados serão apresentados na Rio+20?

Sim, será apresentado no dia 20 de junho na Rio+20, num evento especial no Hotel Barra Windsor, às 9h.

4 - O relatório aponta que os investimentos em adaptação significariam 10% dos prejuízos de US$ 100 bilhões ao ano. Que tipo de ações seriam necessárias para reduzir os impactos ambientais?

Depende dos impactos. Por exemplo: o derretimento dos glaciares, nos Andes, trazem um prejuízo financeiro muito alto para as populações locais. Mas o derretimento pode ser compensado com algumas ações de adaptação para conservar a retenção da água no solo, nas montanhas, e também a construção de reservatórios de altura para aumentar a capacidade de armazenamento dessa água. No Brasil, temos um problema muito grave que é a perda de capacidade dos reservatórios hidroelétricos.

5 - O estudo inclui uma avaliação dessa perda, e haverá uma perda da capacidade de geração de eletricidade. O que pode ser feito?

Se você não faz adaptação, os impactos físicos vão repercutir num prejuízo de disponibilidade de energia elétrica no Brasil. Nesse caso, uma medida de adaptação muito simples é trabalhar em bacias altas, acima dos reservatórios, fazer reflorestamento, conservar os bosques nessas áreas para que eles consigam reter a água e diminuir o impacto físico da perda de energia firme. Se você consegue conservar os bosques e reflorestar nas partes altas, você consegue diminuir a velocidade de escoamento das águas. Quando chove muito forte a água vai transbordar, não vai ter capacidade de armazenamento adequada, e com a conservação dos bosques você consegue diminuir o escoamento e armazenar no solo. Isso aumenta a capacidade dos reservatórios de manter a água para geração de eletricidade. Com a mudança climática, tem chuvas muito intensas. Essa água escorre e chega no mar rapidamente.

6 - Esse tipo de ação é suficiente para diminuir o impacto do aquecimento?

O aquecimento vai acontecer. O que você precisa é se adaptar com medidas de ação para diminuir o impacto físico. Tem outras medidas de adaptação que talvez sejam mais fáceis de discutir. O aumento do nível do mar, por exemplo, vai ter um impacto em toda a costa do Brasil e da América Latina porque vai atingir cidades costeiras e estradas que ficam ao lado do mar. Muitas áreas poderão ser inundadas. O que fazer? São duas opções: você pode planejar a longo prazo e fazer novas obras de infraestrutura terra adentro, mais longe do mar. É uma medida de adaptação que vai prevenir prejuízos futuros.

Mas você pode dizer que não pode mudar uma cidade, nem mudar o local de uma rodovia. Outra medida seria construir uma defesa física para que essas cidades ou essas rodovias não sejam afetadas pelo aumento do nível do mar.

7 - Que tipo de defesa física, por exemplo?

Bom, a rodovia poderia ser levantada. Ficar mais alta. A cidade é muito mais complexo e vai precisar de defesas físicas como está acontecendo na Holanda, por exemplo, onde temos barreiras de contenção para impedir a entrada do mar na cidade. Isso possivelmente vai ser necessário por aqui.


8 - Se a América Latina e o Caribe contribuem só com 11% das emissões, por que são regiões tão vulneráveis?

Porque o aquecimento é um fenômeno global. Se um país produz muitas emissões, essas emissões vão afetar todo o planeta, não importa se estamos no Brasil ou no Vietnã.

9 - Quais são os principais prejuízos para esses países?

Um bom exemplo é a produção agrícola na América Tropical, Brasil, Bolívia, norte da Argentina. Todos eles vão sofrer com o aquecimento porque por um lado as condições climáticas mudam e a lavoura agrícola terá de se adaptar. Naquela área onde era possível plantar soja, por exemplo, terá de mudar e encontrar sementes que consigam se acomodar às mudanças de temperatura e umidade que vão ser resultado das novas condições climáticas.

Os prejuízos são muitos e o relatório aponta essa queda de produção agrícola, queda da produção de energia elétrica, inundação das áreas costeiras, branqueamento dos corais, o derretimento dos glaciais. Muitos impactos físicos.

10 - Em quanto tempo acredita-se que haverá esse aumento do nível do mar?

A literatura científica conclui que nesse século o nível do mar pode aumentar mais de um metro, quase dois metros. Essa é a literatura mais recente. Então, quando vai acontecer ninguém sabe, mas nós esperamos o aumento de um metro ainda neste século.

11 - Em quanto tempo o senhor acha que esse investimento deveria ser feito para reduzir os danos?

A minha sugestão é que esses investimentos em adaptação tem de ser feitos o mais cedo possível porque o processo de adaptação toma muito tempo. Imagine um país como a Guiana, em que a capital está um pouco abaixo do nível do mar. Imagine que o nível do mar vai aumentar e se as pessoas que moram na área costeira desse país não se prepararem com antecipação, vão sofrer muito com as consequências. Os países têm de iniciar os processos de adaptação agora mesmo. Já. Ontem. Precisam planejar com muito tempo e identificar quais são as ações mais efetivas para reduzir os danos da mudança climática.

12 - Mas esses países são mais pobres, estão em desenvolvimento. Como adequar esse tipo de investimento à realidade de cada país?

Os países da América do Sul e da América Latina em geral são países que têm muitas prioridades de investimento em saúde, educação, habitação, todas as coisas essenciais para o desenvolvimento. Esses países tem muitas necessidades nessas áreas. Os prejuízos da mudança climática serão uma demanda adicional para os poucos recursos financeiros que esses países têm hoje. Por isso esse é um desafio muito importante para o desenvolvimento futuro. Como colocar o dinheiro que tem muitos usos básicos nessas ações, o que podemos fazer? Eu não sei a resposta para essa questão, mas o que eu posso dizer é que sem o processo de adaptação os prejuízos serão ainda maiores.

Uma coisa muito importante para evitar prejuízos ainda maiores ao planeta como um todo é reduzir as emissões rapidamente. O relatório faz um cálculo dos custos financeiros associados à diminuição rápida de emissões na América Latina. E a gente calcula que será necessário investir outros US$ 110 bilhões por ano para reduzir as emissões da América Latina do estágio de hoje para 2 toneladas per capita para o ano 2050. O cálculo que a gente fez é a única forma para ter uma chance de manter a temperatura para não mais de 2º para cima da temperatura normal. Para que o planeta não se esquente mais do que 2º neste século. Para fazer esse esforço, para reduzir as emissões, a gente fez o cálculo e os países da América Latina teriam de investir US$ 110 bilhões ao ano - coincidentemente a mesma figura do prejuízo estimado, de ao redor de US$ 100 bilhões ao ano.

http://www.estadao.com.br/noticias/vida ... 2294,0.htm
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Re: Artigos relacionados com o ambiente

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Aves da Amazónia estão cada vez mais ameaçadas
08.06.2012

Perto de 100 espécies de aves da Amazónia estão em maior risco de extinção do que se supunha, segundo a mais recente actualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

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“Tínhamos subestimado o risco de extinção a que muitas espécies de aves da Amazónia estão sujeitas ", diz o Leon Bennun, director de Política, Ciência e Informação da BirdLife Internacional, a organização não-governamental responsável pelas projecções com base nas quais foi actualizada a Lista Vermelha no que toca às aves. "No entanto, dado o enfraquecimento recente da legislação florestal brasileira, a situação pode ser ainda pior do que estudos recentes têm previsto", acrescenta Bennun, referindo-se ao polémico Código Florestal, aprovado no mês passado e que tem sido criticado por ambientalistas.

Nas estatísticas da BirdLife em 2012, estão identificadas 10.064 espécies de aves, das quais 130 já se encontram extintas e 1313 estão em risco de extinção.

A actualização de 2012 resulta de uma revisão abrangente, realizada a cada quatro anos. Algumas espécies passaram de estatutos mais baixos de ameaça para o mais alto - “criticamente em perigo”.

Além dos trópicos, há notícias preocupantes também no Norte da Europa, onde um milhão de patos-rabilongos (Clangula hyemalis) desapareceram nos últimos 20 anos, elevando o seu estatuto de risco para a categoria de “vulnerável”.

"Esses números são assustadores. Temos certeza de que as aves não se moveram para outro local, sendo que os números representam uma quebra real da população", diz Andy Symes, Diretor do Programa Global de Espécies da BirdLife. "A natureza generalizada do declínio aponta para que esteja provavelmente relacionado com alterações ambientais em grande parte do Árctico e regiões sub-árcticas onde esta espécie nidifica ", completa Symes.

No entanto, nem tudo são más notícias, nas Ilhas Cook, no Pacífico, a sustentada recuperação de uma das aves mais raras do mundo – da espécie Pomarea dimidiata –, levou a que a sua população aumentasse dez vezes, embora seja de apenas 380 indivíduos.

"Tais sucessos mostram as recuperações notáveis que são possíveis quando o esforço e dedicação de ambientalistas e comunidades locais são apoiados por políticos e comunidades, com recursos adequados", diz Stuart Butchart, coordenador da BirdLife Global Research.

Em Portugal, o priolo (Pyrrhula murina), uma espécie limitada à floresta laurissilva do Nordeste da Ilha de S. Miguel, melhorou recentemente o seu estatuto de ameaça - de "criticamente em perigo" para “em perigo” – na actualização de 2010. Os trabalhos liderados pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves na conservação da espécie levaram a uma duplicação da população. Os mesmos resultados ainda não foram alcançados, porém, no que toca na pardela-do-mediterrâneo (Puffinus mauretanicus).

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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O problema das emissões chinesas
11.06.2012

Homem passa frente a uma central de produção de electricidade, a partir do carvão, em Pequim. As emissões de dióxido de carbono da China poderão ser quase 20% superiores ao que se estimava, segundo uma análise oficial das autoridades chinesas, divulgada a 10 de Junho.

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http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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Fórum português leva ideia de agência mundial da água à Rio+20
13.06.2012

Criar uma Agência Mundial da Água em Lisboa é uma das quatro recomendações que serão levadas à conferência Rio+20 pelo Fórum Mundial Lisboa 21, iniciativa que reúne dezenas de instituições para debater os desafios do Ambiente, foi anunciado nesta terça-feira.

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Preparação da Conferencia Rio+20

Na mala dos representantes do Fórum Mundial Lisboa 21 que estarão presentes na Rio+20, conferência que decorrerá de 20 a 22 de Junho, seguem também as recomendações de criar de um centro Mundial de Desenvolvimento Sustentável, incluir a Cultura como um quarto pilar da Sustentabilidade – além da Economia, Ambiente e Sociedade – e promover a alteração de paradigma sobre qual está construído o mundo.

Estas sugestões, apresentadas ontem na Universidade Católica de Lisboa, são o resultado dos trabalhos do Fórum que reuniu cerca de 650 pessoas em Outubro de 2011 na Sociedade de Geografia de Lisboa e que tem um organismo semelhante em Espanha, o Fórum Soria 21 para o Desenvolvimento Sustentável.

Don Amalio de Marichalar, presidente do Fórum espanhol, esteve presente no evento de ontem em Lisboa e considerou que a possível integração da Cultura como pilar da sustentabilidade “é reforçada pelas ligações [internacionais] que podem ser criadas através da língua portuguesa”. O responsável defendeu ainda Portugal como uma boa escolha para a localização da Agência Mundial da Água, e não deixou de sublinhar os exemplos de sustentabilidade, a pequena escala, em terras lusas.

“É preciso o envolvimento da sociedade civil e das empresas na avaliação do seu capital natural como estratégia diferenciadora”, disse o secretário de Estado do Ambiente, Pedro Afonso de Paulo, também presente no Fórum. “Aproximamo-nos de uma ruptura de ecossistemas, do actual modelo de desenvolvimento e dos choques energético, das matérias-primas e da segurança alimentar. Água, energia e segurança alimentar, a par das tensões geopolíticas e da crise mundial, podem ser foco de conflitos no futuro. E tal pode acontecer num prazo de 15 a 20 anos”, comentou.

Para o secretário de Estado do Ambiente, a “Cimeira Rio+20, onde o Fórum marcará presença, não é uma conferência ambiental, mas sim de debate para o desenvolvimento do novo modelo económico”. Tanto mais que, lembrou, “estamos tão focados na crise económico-financeira que não vemos que o mundo se aproxima de uma outra ainda maior. O actual nível de tecnologia e desenvolvimento económico não vai permitir manter os níveis de bem-estar de hoje”.

O Fórum Mundial Lisboa 21, criado para promover a consciência ambiental para a sustentabilidade – nomeadamente nas áreas da água e energia –, vai voltar a reunir-se em Novembro, desta vez no Porto. O encontro será dedicado às cidades e ao desenvolvimento sustentável, procurando aplicar as conclusões da conferência Rio+20.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1550140
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Petrobrás oculta vazamento no Golfo do México
13 de junho de 2012

A Petrobrás se envolveu em um incidente no Golfo do México no domingo, mas ocultou o fato de seus acionistas e da imprensa. Segundo dados da Guarda Costeira dos Estados Unidos, houve um vazamento de 1,7 mil litros de tolueno (um solvente) e 3,7 mil litros de inibidor asfáltico, substância que a Petrobrás não diz do que se trata.

O incidente ocorreu por volta de 12h30 de domingo, a 2,7 mil metros de profundidade, no Campo de Chinook e levou a Petrobrás a abrir sindicância para apurar as causas do ocorrido. Segundo a empresa, "foi detectado pequeno vazamento de fluido hidráulico, durante o comissionamento do sistema submarino".

Segundo David Zee, professor de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a região sofre com o acúmulo de outros vazamentos e, ainda que em pequena dimensão, o incidente da Petrobrás deveria ter sido notificado publicamente e a empresa precisaria ter adotado medidas para compensar a fauna marinha.

De acordo com o professor, o tal inibidor asfáltico indica algo com "propriedades químicas bem agressivas".

http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 5547,0.htm
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Austrália cria a maior rede mundial de áreas marinhas protegidas
14.06.2012

Um terço das águas territoriais australianas serão áreas marinhas protegidas, com restrições à pesca e à exploração petrolífera e de gás natural, anunciou o Governo nesta quinta-feira. Esta será a maior rede de áreas marinhas protegidas do mundo.

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Tony Burke na conferência onde anunciou a criação da rede de reservas marinhas

O anúncio foi feito nesta quinta-feira de manhã pelo ministro do Ambiente australiano, Tony Burke, que revelou os mapas das regiões marinhas a proteger, incluindo o Mar de Coral. No total, serão 3,1 milhões de quilómetros quadrados, ou seja, mais de um terço das águas territoriais australianas. Assim, a rede de áreas marinhas protegidas daquele país vai passar das actuais 27 para 60, reforçando a protecção a vários animais. Nela estima-se que vivam 45 espécies de baleias e golfinhos, seis espécies de tartarugas marinhas e 4000 espécies de peixes, segundo a Fundação Australiana para a Conservação.

“Já é tempo de o planeta mudar quanto à protecção dos nossos oceanos”, disse Burke no anúncio dos planos, citado pela rádio australiana ABC. “E a Austrália está hoje a liderar esse caminho.”

Agora, esta rede de reservas tem pela frente 60 dias de consulta pública.

“Esta nova rede de reservas marinhas vai ajudar a garantir que o ambiente marinho e toda a vida que alberga continuem de boa saúde, férteis e resistentes, para as próximas gerações”, acrescentou.

Para que o projecto saia do papel, o Governo australiano vai pagar até 100 milhões de dólares australianos (79,4 milhões de euros) em compensações aos pescadores comerciais que serão impedidos de operar em alguns dos novos parques marinhos. “Ao longo dos próximos meses, o Governo vai organizar encontros para ouvir a indústria pesqueira sobre as modalidades” das compensações, disse o ministro.

A rede marinha vai afectar também o sector da exploração petrolífera e de gás natural. “Em todo o Mar de Coral há uma proibição à exploração”, disse o ministro do Ambiente, acrescentando que existem outras reservas onde esta actividade também será excluída.

A indústria pesqueira já reagiu. “Esta é uma notícia terrível e aqueles que vão sofrer mais são as comunidades piscatórias”, disse Dean Logan, responsável da Aliança Marinha australiana, que representa os pescadores. Segundo Logan, a criação destas reservas vai levar ao desaparecimento de 36.000 postos de trabalho.

A Fundação Australiana para a Conservação saudou a decisão do Governo australiano, considerando-a “histórica” e algo que vai tornar o país “líder mundial na protecção dos oceanos”. Ainda assim, a fundação salientou, em comunicado, que várias zonas vão continuar ameaçadas pela exploração humana dos recursos naturais. “A rede de parques proíbe a exploração de petróleo e gás natural no Mar de Coral. Mas a maior região do Nordeste continuará vulnerável”, disse o director da fundação, Don Henry.

“Vamos continuar a trabalhar com os governos, a comunidade e todos os participantes para melhorar a protecção das zonas que ainda não estão abrangidas” por esta iniciativa, acrescentou.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1550319
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Greenpeace lança campanha para salvar o Árctico
21.06.2012

Salvar o Árctico da pesca industrial e da exploração petrolífera é o mote de uma das mais ambiciosas campanhas de sempre da Greenpeace, lançada nesta quinta-feira na Rio+20. Mais de cem personalidades de todo o mundo, incluindo actores, cineastas e músicos apoiam a iniciativa.

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Um balão em forma de urso polar no Rio de Janeiro, no lançamento da campanha

A primeira lista de pessoas que apoiam a campanha tem cem nomes, entre eles os dos actores Hugh Grant, Jude Law, Emily Blunt, Javier Bardem, Penelope Cruz, Robert Redford, Jeremy Irons, dos empresários Richard Branson e David de Rothschild, dos realizadores Pedro Almodôvar e Stephen Frears, os músicos Paul McCartney, Annie Lennox, Bryan Adams e a estilista Vivienne Westwood.

O objectivo da Greenpeace é chegar a um milhão de pessoas. A campanha foi lançada hoje porque 21 de Junho é o dia mais longo do ano no Árctico, com 24 horas de Sol.

“Actualmente, o enorme espaço em redor dos pólos pertence a todos nós, porque a lei internacional o define como alto mar”, explica a Greenpeace. Mas como a temperatura está a subir e o gelo a derreter, os países com costa para o Árctico avançam com as suas reivindicações territoriais sobre o fundo do mar, “para abrir a porta aos gigantes do petróleo”.

“As alterações climáticas estão a causar o degelo, a destruir o habitat de ursos polares e a tornar acessíveis reservas de petróleo. Em vez de ver nisto um sinal de alarme para a Humanidade, as nações do Árctico estão a preparar-se para apanhar o que resta e dividi-lo entre si”, escreve a organização, em comunicado.

Segundo Kumi Naidoo, director-geral da Greenpeace Internacional, “o Árctico é alvo de ataques e precisa que façamos alguma coisa para o proteger”. “Uma proibição das explorações offshore e à pesca não sustentável seria uma grande vitória”, acrescentou.

Rodion Sulyandziga, vice-presidente da Raipon (associação dos povos indígenas do Norte), salientou que a exploração petrolífera no Árctico poderá “pôr em perigo a existência e a sobrevivência dos povos indígenas”.

Segundo a Greenpeace, a companhia Shell prepara-se para realizar nas próximas semanas perfurações exploratórias em dois locais no oceano, perto do Alasca. O gigante russo do petróleo, Gazprom, também deverá fazer o mesmo este ano.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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Águas residuais e poluição podem levar Portugal a tribunal
21.06.2012

A qualidade da água na Ria Formosa e as águas residuais em Portugal estão na mira da Comissão Europeia, mas não pelas melhores razões. Nesta quinta-feira, Bruxelas avisou que pode levar o país a tribunal se, dentro de dois meses, a legislação não for cumprida.

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A Comissão diz que Portugal deve assegurar o bom estado ecológico de toda a Ria Formosa

Portugal ainda tem 77 zonas urbanas com um tratamento insuficiente das águas residuais, segundo uma nota da Comissão Europeia.

À luz da Directiva Águas Residuais Urbanas – de 1991 e alterada em 1998 e em 2003 –, os Estados membros devem garantir um tratamento secundário biológico ou equivalente antes de lançarem as águas para os sistemas colectores. O objectivo é “proteger o Ambiente dos efeitos nefastos das descargas das águas residuais urbanas” e de determinados sectores industriais. Para isso, são fixados critérios para a recolha, tratamento e descargas dos efluentes.

Em 2007, nem todo o trabalho estava feito e existiam em Portugal cerca de 200 localidades com tratamentos “inadequados”. Dois anos depois, Bruxelas enviou a Lisboa uma notificação formal e, desde então, o país “tem feito melhoramentos”, segundo a mesma nota de Bruxelas.

Mas hoje voltou a lançar um aviso, desta vez com um parecer fundamentado, “por recomendação do comissário responsável pelo Ambiente, Janez Potočnik”. “As águas residuais não tratadas podem estar contaminadas com bactérias e vírus perigosos, representando um risco para a saúde pública”, lembrou a Comissão.

Bruxelas emitiu outro parecer fundamentado, mais concretamente sobre a poluição da água na Ria Formosa. “Os níveis específicos de poluição da água que a Directiva Águas Conquícolas [onde vivem moluscos bivalves e gastrópodes - como ostras, mexilhões, berbigões, vieiras e amêijoas] estipula foram excedidos em toda a zona da Ria”, segundo a Comissão Europeia.

Em resposta às preocupações da Comissão, Portugal forneceu informações sobre os projectos destinados a assegurar o desenvolvimento sustentável da Ria. “A Comissão constatou que as medidas contempladas por estes projectos se destinam principalmente a desenvolver a actividade económica e a comercialização de moluscos, e não especificamente a tornar a qualidade das águas conquícolas conforme com as normas estipuladas”, concluiu.

Bruxelas acrescentou que Portugal “deve também incorporar medidas tendentes a assegurar o bom estado ecológico global da Ria Formosa”.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1551421
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UNESCO pede a Portugal para abrandar “significativamente” construção da barragem de Foz Tua
27.06.2012

O Comité do Património Mundial da UNESCO pediu hoje ao Estado português para “abrandar significativamente” a construção da barragem de Foz Tua até à realização de um estudo sobre os impactos da hidroeléctrica no Alto Douro Vinhateiro.

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Assunção Cristas considerou que a barragem não causa grande impacto na paisagem

O comité da UNESCO está reunido em São Petersburgo, na Rússia.

Segundo disse à agência Lusa fonte do gabinete de imprensa da organização, o comité decidiu hoje pedir a Portugal “que abrande significativamente o trabalho na barragem, enquanto está a ser realizado um estudo sobre o seu impacto no local”.

O texto final desta decisão, segundo a fonte, só estará disponível no final do encontro, agendado para 6 de Julho.

No entanto, sabe-se já que o caso do Alto Douro Vinhateiro (ADV) voltará a ser analisado no próximo encontro da UNESCO, em 2013.

A proposta que estava em cima da mesa neste encontro recomendava a suspensão da construção da Barragem de Foz Tua, que se encontra em obra há 15 meses, entre os concelhos de Alijó e Carrazeda de Ansiães.

A obra começou pouco depois de uma passagem pelo Douro da ICOMOS, órgão consultivo da UNESCO, uma situação que fez com que o comité colocasse em causa o comportamento do Governo português ao longo do processo.

A ICOMOS considerou “grave” e “irreversível” o impacto da hidroeléctrica sobre o património mundial e, por isso, aconselhou a paragem das obras até à visita de uma missão conjunta ao local.

Recentemente, a ministra do Ambiente, Assunção Cristas, defendeu que a barragem de Foz Tua é compatível com a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade e afastou a possibilidade de suspender as obras por falta de verbas.

“Íamos a tempo de parar, se tivéssemos no nosso bolso os montantes para pagar as indemnizações necessárias, que são de várias centenas de milhões de euros”, disse Assunção Cristas no Parlamento.

O Partido Ecologista “Os Verdes” anunciou que enviou um contributo para o debate sobre o Douro, que decorreu em São Petersburgo. A dirigente Manuela Cunha explicou à Lusa que o documento se assume como um contraditório aos argumentos do Governo.

A responsável afirmou que o Património Mundial “não é compatível” com a barragem e salientou que ainda não existe ou está pronto o projecto de compatibilização da central hidroeléctrica com a paisagem, que a EDP encomendou ao arquitecto Souto Moura.

Não existe também, acrescentou, “nenhum estudo de impacte ambiental das consequências desse projecto”.

Manuela Cunha acusou ainda o Governo de “falta de informação” sobre o processo e de “nunca ter dado conhecimento das respostas dadas à UNESCO” sobre o ADV.

O Douro foi distinguido como Património Mundial da Humanidade em 2001.

Assunção Cristas referiu que a barragem ocupa apenas 2,9 hectares do ADV, o que representa 0,001 por cento do total da área, pelo que considerou que aquela infra-estrutura não causa grande impacto na paisagem.

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Governo diz que Portugal pode reduzir CO2 em 60% até 2050
02.07.2012

Portugal tem as condições necessárias para reduzir em 60% as suas emissões de gases com efeito de estufa até 2050, revela o Roteiro Nacional de Baixo Carbono, apresentado nesta segunda-feira pelo Ministério do Ambiente.

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Os Transportes representam um dos maiores potenciais de redução de emissões

O estudo, que levou ano e meio a ser elaborado, baseou-se em dois cenários para concluir que o país pode reduzir entre 50% a 60% as suas emissões de gases com feito de estufa (GEE) até 2050, em relação aos dados de 1990, numa trajectória custo-eficiente. Este poderá ser o contributo português para o esforço da União Europeia, que quer conseguir uma redução de 85% a 90% das emissões até 2050. Estas metas são necessárias se o mundo quiser limitar aos 2ºC o aumento da temperatura global até ao final do século.

Todos os sectores de actividade têm potencial de redução de emissões, revela o roteiro, mas a produção de electricidade, os edifícios e transportes são aqueles que poderão dar um maior contributo.

Os transportes representam um dos maiores potenciais de redução de emissões. Este sector pode reduzir entre 64% e 85% os seus GEE até 2050, nomeadamente através da mobilidade eléctrica e dos biocombustíveis. O roteiro refere também o sector de produção de electricidade, capaz de reduções entre os 71% e os 82%, sobretudo graças à maior aposta nas energias renováveis, e a indústria, com reduções de 33% a 35%. A análise feita pelo roteiro, documento previsto numa Resolução de Conselho de Ministros de 26 de Novembro de 2010, diz ainda que o sector dos resíduos tem um potencial de redução das emissões de 39% a 53%, isto se acabar a deposição do lixo nos aterros em 2030 e se forem concretizados modelos para valorizar os detritos do país.

Segundo Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, a redução das emissões em nome de uma economia mais eficiente – que produza mais gastando menos recursos – terá impactos económicos que, “regra geral, serão pouco significativos”. As análises do roteiro mostram que, para o sector energético, os custos adicionais do baixo carbono, por ano, e em média a 40 anos, são de 70 a 380 milhões de euros, com uma meta de redução de 60% de emissões. A maior parte deste montante corresponde a novos investimentos (média anual de 28 a 253 milhões de euros). “Estes custos incluem investimentos inevitáveis (...) sem os quais poderá haver perda de competitividade”, refere o roteiro.

Além disso, Nuno Lacasta lembrou que o país “não parte do zero porque conseguiu reduções [de emissões] superiores a 20%” e acrescentou que uma economia de baixo carbono trará benefícios como a melhoria da qualidade do ar e a criação de empregos “verdes”.

Para o secretário de Estado do Ambiente, Pedro Afonso de Paulo, esta é “a visão para 2050 do desenvolvimento de Portugal”, um país “especialmente exposto às alterações climáticas, de que são provas a seca e a erosão das zonas costeiras”. Por isso, disse, “precisamos preparar a transição das nossas economias o quanto antes”, até porque “já existem as tecnologias, faltam é políticas públicas alinhadas”.

“Este é um caminho que acreditamos ser possível e este estudo demonstra isso”, disse a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), Assunção Cristas, na cerimónia de apresentação do documento, na representação da Comissão Europeia em Portugal. Ainda assim, “é um caminho exigente, que implica a mudança de paradigmas”.

Segundo Assunção Cristas, este roteiro – que entra agora em discussão pública – é apenas um trabalho de projecções e cenários que aponta o caminho a seguir. Mas lembrou que já estão no terreno medidas concretas, nomeadamente na área da eficiência no uso da água e na eficiência energética. “O que vai acontecer agora é que vamos intensificar os nossos esforços em outras áreas, no contexto deste roteiro”.

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Cabras vão ajudar a prevenir incêndios florestais em Vila Pouca de Aguiar
04.07.2012

Um rebanho de cabras vai ser utilizado para reduzir os riscos de incêndios florestais no planalto de Jales, em Vila Pouca de Aguiar, no âmbito de um projecto da associação Aguiarfloresta.

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Os incêndios florestais todos os anos criam problemas à pastorícia.

Já não é uma ideia nova em Portugal, mas este é o primeiro caso em que a ideia avança para a implementação. O uso de cabras, trata-se de mais uma ferramenta complementar na redução de riscos de incendios florestais, não dispensando outras intervenções.

“A técnica é mais eficaz como manutenção em áreas que foram tratadas com outras técnicas, como a limpeza de matos através das equipas de sapadores florestais ou o uso do fogo controlado”, disse Paulo Fernandes, investigador e elemento do Grupo de Fogos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em declarações à Lusa.

Um primeiro rebanho de 50 cabras vai pastorear uma área de 90 hectares, no planalto de Jales. Os animais, através da ingestão da biomassa, reduzem o combustível para um incêndio.

“Vamos fazer um tipo de pastoreio mais dirigido, em que vamos usar os animais em locais estrategicamente identificados como sendo favoráveis à redução do número de ocorrências e também à limitação da expressão do fogo”, frisou Duarte Marques, da Associação Florestal e Ambiental de Vila Pouca de Aguiar, em declarações à Lusa.

A opção pelo gado caprino deve-se ao facto de se tratar de animais mais robustos, que se adaptam a ambientes mais agrestes, ajustados a territórios de montanha e que consomem tipos de vegetação que a maioria dos outros animais não consome.

A Aguiarfloresta está ainda a trabalhar com os pastores daquela região, de forma a integrá-los também na gestão do território e defesa da floresta e, ao mesmo tempo, valorizar a pastorícia.

Um projeto ibérico intitulado Self-Prevention,com o mesmo objectivo, foi criado em 2010, para implementação nas zonas raianas dos distritos da Guarda, Bragança, Zamora e Salamanca. No entanto, as entidades responsáveis pelo projeto em Portugal confessaram em declarações ao Público, que "ainda se encontram à espera de fundos".

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Junho trouxe menos chuva e mais calor do que o normal
06.07.2012

Temperaturas acima da média e níveis de precipitação mais reduzidos traçam o perfil climatológico do mês de Junho, divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto de Meteorologia. O país tem 80% do território em seca extrema e severa.

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Junho foi classificado como seco a extremamente seco

Em Junho, a temperatura máxima do ar (26,6ºC) esteve 1,24ºC acima da média para este mês (em relação ao período 1971-2000) e a mínima (14,03ºC) foi 0,89ºC mais elevada, segundo o Boletim climatológico mensal do Instituto de Meteorologia (IM).

Os dias mais quentes foram 25 e 27, onde os termómetros ultrapassaram os 40ºC na região Sul e no interior do Norte e Centro. O IM explicou a situação com “uma massa de ar muito quente e seca”.

O mês de Junho trouxe menos chuva do que o normal. Segundo o IM, o valor médio da quantidade de precipitação (14 milímetros) em Portugal continental foi inferior ao valor médio (32,2mm). Por isso, Junho foi classificado como seco a extremamente seco, à excepção do Minho e Douro Litoral, onde foi normal.

A 30 de Junho, a situação de seca meteorológica mantinha-se quase inalterada em relação ao último boletim divulgado pelo IM, com 56% do território em seca extrema, 24% em seca severa, 16% em seca moderada e 4% em seca fraca.

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Gronelândia proibida de caçar baleias
06.07.2012

A partir do final deste ano, a Gronelândia vai deixar de caçar baleias, depois de nesta quinta-feira a Comissão Baleeira Internacional ter rejeitado o pedido da Dinamarca para aumentar as quotas.

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Uma baleia-de-bossa ao largo da costa mexicana

A Dinamarca propôs, na 64.ª reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI), que termina nesta sexta-feira no Panamá, autorização para os povos indígenas da Gronelândia caçarem 1326 baleias entre 2013 e 2018. Assim, todos os anos, os povos indígenas propõem-se caçar 10 baleias-de-bossa (Megaptera novaeangliae), 19 baleias-comuns (Balaenoptera physalus), 190 baleias-anãs (Balaenoptera acutorostrataBalaena mysticetus).

Apesar de a CBI ter em vigor uma moratória à caça comercial desde 1986, atribui quotas anuais aos povos indígenas, como no Alasca e Sibéria. Nesta quarta-feira, foi aprovado o prolongamento da caça nestas regiões e em São Vicente e Granadinas (nas Caraíbas), por seis anos.

Mas a proposta da Dinamarca não foi aprovada, tendo recebido 25 votos a favor, 34 contra e três abstenções. Os delegados e representantes das organizações ecologistas dizem-se preocupados com o aumento da venda de carne de baleia na Gronelândia. Isto, dizem, demonstra que se trata de uma caça comercial disfarçada e não de uma prática tradicional destinada ao consumo indígena, autorizado pela CBI.

Agora, quando as suas quotas expirarem, no final de 2012, a Gronelândia deixará de estar autorizada a caçar baleias. “Vamos regressar a casa e reflectir naquilo que faremos no futuro”, disse o delegado dinamarquês, Ole Samsing, aos jornalistas.

Entre os países que votaram contra estão os restantes membros da União Europeia (UE), bloco que tem assumido uma posição pró-conservação, contrastando com a Dinamarca, e onde os cetáceos estão protegidos pela Directiva Habitats, de 1992.

“A Dinamarca opôs-se, mais uma vez, à posição pró-conservação da UE e, sem ter consultado de forma apropriada os outros Estados-membros, apresentou uma proposta para um aumento das quotas de caça à baleia para a Gronelândia. Qualquer que tenha sido a razão, este acto unilateral causou irritação na UE”, disse Chris Butler-Stroud, presidente da organização Whale and Dolphin Conservation Society (WDCS), num artigo de opinião publicado no site Euroactiv.

As divisões internas da UE no dossier baleeiro não são de hoje. Por exemplo, em Junho de 2009, na 61ª reunião anual da CBI realizada no Funchal, a Dinamarca apresentou um pedido para uma quota adicional de dez baleias-de-bossa para serem caçadas na Gronelândia. Mas a votação acabou por ser adiada.


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Pinguins da Patagónia perdidos nas praias do Rio de Janeiro
07.07.2012

Cerca de 40 pinguins, pelo menos, foram vistos e resgatados nas praias do Rio de Janeiro. As aves marinhas da Patagónia, no Sul do continente, normalmente viajam até ao Sul do Brasil, mas estas acabaram por nadar até à orla costeira da “cidade maravilhosa”.

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Um pinguim nada na costa do Rio de Janeiro

Os pinguins da espécie Spheniscus magellanicus, conhecidos como pinguim-Magalhães deram à costa nestes últimos dias e foram resgatados pelos bombeiros no Rio de Janeiro.

Por terem viajado muitas mais centenas de quilómetros do que o habitual, os pinguins emagreceram e estão muito cansados. Os bombeiros levaram-nos para instituições de acolhimento como a Patrulha Ambiental, da Secretaria municipal de Meio Ambiente. Três dos pinguins recolhidos não chegaram vivos às instituições de acolhimento, avança o site da Globo.

Nos centros, as aves têm sido vigiadas e alimentadas. Apesar disso, dificilmente irão voltar para o seu habitat natural. As associações ainda vão decidir o destino final destes pinguins.

O pinguim-Magalhães vive no Sul da América do Sul, na região da Patagónia que abarca o Sul do Chile e da Argentina. Este fenómeno, dos pinguins desviarem-se das rotas normais de migração, não é inédito. Os pinguins mais jovens perdem-se no meio do mar e acabam levados pelas correntes marítimas.


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Re: Artigos relacionados com o ambiente

Mensagem por mauri »

Mais de 85% dos recifes do Triângulo de Coral da Ásia estão ameaçados
09.07.2012

Mais de 85% dos recifes do Triângulo de Coral, na Ásia, estão a ser directamente ameaçados pelo Homem, através da pesca em excesso, poluição e desenvolvimento costeiro, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira.

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Cientistas alertam para vulnerabilidade dos recifes de coral e propõem medidas para evitar a pesca excessiva

Se acrescentarmos o branqueamento dos corais, provocado pelo aumento da temperatura da água dos oceanos, a percentagem de recifes ameaçados ultrapassa os 90%. Este valor é bastante superior à média global, que é de 60%, refere o estudo lançado no XII Simpósio Internacional sobre Recifes de Coral que decorre em Cairns, na Austrália, até sexta-feira.

“Ao longo da região do Triângulo de Coral, as comunidades costeiras dependem dos recifes de coral para comer, para o seu bem-estar e para se protegerem das ondas durante as tempestades. Mas as ameaças aos recifes nesta região são incrivelmente elevadas”, diz Lauretta Burke, investigadora do Instituto Mundial de Recursos e uma das autoras do relatório “Recifes em risco revisitados no Triângulo de Coral”.

O Triângulo de Coral, com 5,7 milhões de quilómetros quadrados partilhados por seis países – Filipinas, Malásia, Indonésia, Timor-Leste, Papuásia-Nova Guiné e Ilhas Salomão –, contém cerca de 30% dos recifes de coral existentes no mundo e dá abrigo a mais de 3000 espécies de peixes. Segundo o documento, mais de 130 milhões de pessoas que vivem nesta região dependem dos ecossistemas dos recifes para garantir alimentação, emprego e as receitas do turismo.

O relatório refere ainda que cinco dos seis países do Triângulo de Coral estão no topo da lista dos países mais vulneráveis aos impactos sociais e económicos da perda dos serviços associados à existência dos corais. O estudo alerta também para a vulnerabilidade e falta de protecção dos recifes de coral: apenas 16% dos recifes da região do Triângulo de Coral estão inseridos em áreas protegidas, um valor abaixo da média mundial (28%).

Os autores do estudo recomendam um reforço da protecção daquela zona, identificando como mais urgentes as medidas que permitam evitar a sobrepesca e a pesca destrutiva.

O relatório, que foi elaborado pelo Instituto Mundial de Recursos em parceria com organizações ambientais, como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), vai servir de base à concretização dos planos de acção lançados pelos seis países do Triângulo de Coral, com vista a uma melhor gestão dos recifes de coral.

O simpósio que decorre na Austrália realiza-se de quatro em quatro anos e conta com a participação de cerca de 2500 cientistas de 80 países, entre os quais Portugal, Espanha, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Panamá e Venezuela.


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