PROCESSO REVOLUCIONÁRIO DE POUPANÇA DE ENERGIA

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djosesan
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PROCESSO REVOLUCIONÁRIO DE POUPANÇA DE ENERGIA

Mensagem por djosesan »

Muito se tem falado neste fórum sobre a maneira de poupar energia.
Tenho visto aqui trabalhos e montagens extraordinárias, que muito admiro e daqui envio um voto de louvor a todos aqueles que andam nestas lides.
-Desde a construção caseira de paineis fotovoltaicos – eu construí uns quantos e ainda tenho alguns a funcionar.
-Instalações autónomas com inversores de onda quadrada que não alimentam todo o tipo de aparelhos- eu tive uma instalação destas;
-Instalações autónomas com inversores de onda pura – que eu também montei e que por azar queimei o inversor por causa de o tentar ligar à rede com um sistema de relé de corte;
-Instalações on-grid, isto é ligação à rede que é o mais vantajoso – está em estudo na Assembleia da República, legislação sobre este sistema, já que o sistema que existia de produção e venda à EDP acabou- e que vai ser substituído por um sistema a que vai ser chamado de “AUTO CONSUMO”, isto é, um sistema que é ligado à nossa rede de casa, mas que não é vendida a energia à EDP, mas sim, cuja energia produzida é abatida ao nosso consumo diário; isto quer dizer que se um consumidor pagava à EDP pelo consumo de 300 kws mês, com a instalação de auto consumo vamos abatendo esse consumo de acordo com a quantidade de paineis que formos instalando, já que este tipo de instalação permite que à medida das nossas disponibilidades, vamos comprando e instalando paineis e respectivos inversores até mais não precisarmos; resta saber o que a legislação irá impor sobre as taxas que proventura a EDP irá cobrar pela instalação “ON GRID” que tenhamos montada na nossa casa.
Mas o processo revolucionário não está só aqui, nesta pequena explanação sobre a produção de energia.
Meus caros amigos, todos nós consumimos energia 24 horas por dia; Qual o maior fluxo de consumo durante essas 24 horas? Claro que é entre as 18 e as 24 horas e entre as 6 e as 9 horas da manhã; a estas horas não há sol, logo, os paineis não servem para nada; processo para obter a melhor rentabilidade dos paineis: Produzirem durante o dia carregando baterias e usando a energia acumulada nessas baterias carregadas durante o dia, durante as horas de maior consumo.
É este o sistema que tenho instalado na minha habitação, desde o principio do ano; é um sistema que ainda não está pronto, isto é, está sempre em remodelação porque há sempre um ou outro pequeno pormenor a alterar. O sistema funciona por um processo muito simples:
-Paineis fixos: metade instalados no eixo nascente/sul e outra metade no eixo sul/poente, e porquê? O preço que se gasta num sistema rotativo dá para comprar mais uns quantos paineis e o sistema não fica sujeito às intempéries (ventos fortes)
-Por cada painel ou dois paineis, um inversor de 260w ligado directamente à rede;
-Por cada dois ou três paineis ligados a um controlador que por sua ver é ligado a um banco de baterias que serão carregas durante o dia; a partir da altura que o sol se põe entra em funcionamento um relógio temporizador que liga o inversor ou inversores grid tie e é a partir daqui nós conseguimos poupar energia.
Em suma: Um sistema fotovoltaico com a nova legislação que está na forja, só talvez valha a pena ser instalado com um banco de baterias, devido ao facto de normalmente o nosso consumo habitacional ocorrer quase sempre, depois do sol posto.
Estou a alongar-me muito, mas penso que estas dicas servirão para todos nós irmos pensando porque daqui poderá sair muita luz.
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:roll:

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visitante1
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Re: PROCESSO REVOLUCIONÁRIO DE POUPANÇA DE ENERGIA

Mensagem por visitante1 »

:roll: muito bem...muito bem :!:
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JMLorenzo
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Re: PROCESSO REVOLUCIONÁRIO DE POUPANÇA DE ENERGIA

Mensagem por JMLorenzo »

djosesan Escreveu: -Por cada painel ou dois paineis, um inversor de 260w ligado directamente à rede;
-Por cada dois ou três paineis ligados a um controlador que por sua ver é ligado a um banco de baterias que serão carregas durante o dia; a partir da altura que o sol se põe entra em funcionamento um relógio temporizador que liga o inversor ou inversores grid tie e é a partir daqui nós conseguimos poupar energia. :roll:
A ver se percebi, metade dos painéis estão ligados há rede durante o dia e a outra metade carrega baterias para a noite. É isso?

Acho que para isso o inversor grid tie não deve ter mais de 500W. Me explico:
Um grid tie vai sempre tentar dar o máximo de potencia enquanto estiver a ser alimentado, se o sistema for de 24V das 18h às 24h são 6h x 500W = 3000W/24V = 125A isto só para a noite.(no meu caso isto equivalia a 40% de descarga das baterias)
Das duas uma, ou se tem um bom banco de baterias ou elas não vão durar muito.

Eu já tive um sistema grid tie e antes de passar para o isolado também me passou pela cabeça o grid tie temporizado com baterias (por acaso o relógio temporizador ainda esta montado no sistema atual) mas enquanto não houver uma lei de auto consumo não estou para dar energia de borla há EDP. E é preciso ver que lei vai sair dali.
A Green Power já ultrapassou os 200KW mês (no verão) :mrgreen: .


CrOhN
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Re: PROCESSO REVOLUCIONÁRIO DE POUPANÇA DE ENERGIA

Mensagem por CrOhN »

Apesar de ser de louvar o esforço de se experimentar várias soluções de "poupança de energia", está a dar-se a ideia, de que usando baterias se está a poupar o que quer que seja.

Já aqui foi provado neste forum, que usando baterias, o que poupam, nem para o custo das baterias dá. Quanto mais para tudo o resto!

Concordo que seja interessante, estamos a experimentar possíveis soluções, etc, etc... Mas poupar! Não me parece.

Em relação ao dar energia de borla à EDP. Com o meu grid-tie, este ano já dei cerca de 40KW/h, sendo que, além de os ter dado, ainda tenho que os pagar, porque a parte analógica andou para trás, mas o digital, andou para a frente. Isto traduzido em euros, resulta em cerca de 7 eur. Na minha opinião, é um valor que eu "tolero" bem. E em momento nenhum, por causa deste valor, justificaria andar a inventar com baterias, carregadores, etc, etc...

Quanto à oferta de energia, reconfigurei a orientação dos paineis, de forma a distribuir a produção ao longo do dia. Desta forma reduzo, e muito, os picos em que estaria a injectar na rede.


Imagino que o que vier de legislação em termos de auto-consumo não seja nenhuma revolução, e não será nenhum "mar de rosas", porque mexer em interesses instalados, é complicado. Mesmo estando nós a falar de energia solar (a energia electrica produzida a partir de paineis fotovoltaicos, representa muito pouco no conjunto da energia produzida no país). Mas também acho que, qualquer coisa será melhor do que o que temos neste momento.


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djosesan
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NET METERING - AUTO CONSUMO DE ENERGIA

Mensagem por djosesan »

2013-05-15
Governo prepara sistema de net-metering “ajustado”
Partilhe no FacebookO Governo está a estudar uma alternativa aos actuais sistemas de micro e mini geração que se aplicam à energia fotovoltaica e que se traduzirá num modelo de net-metering “ajustado”. Num seminário organizado na semana passada pela APESF (Associação Portuguesa de Empresas do Sector Fotovoltaico), Pedro Cabral, Director-geral de Energia, não revelou pormenores, uma vez que “o processo se está a iniciar agora”, mas explicou que o novo esquema “permitirá garantir tratamento equilibrado entre os consumidores produtores e não produtores”.

Segundo o responsável, “o ideal era que o novo sistema estivesse a funcionar no final deste ano, mas isso não significaria um corte radical com os regimes actuais”, deixando no ar a possibilidade de o regime bonificado se manter em 2014. Antes de o novo sistema entrar em vigor, este será alvo de consulta pelas partes interessadas, assegurou Pedro Cabral.

O Director-geral de Energia referiu que não se tratará de uma “taxação” sobre o auto-consumo, mas que, “ao isentar o produtor/consumidor, estamos a introduzir uma distorção do mercado” e tal não pode acontecer. “O detentor do sistema tem de suportar o custo de acesso à rede. É preciso garantir a racionalidade na repartição dos custos da infra-estrutura da rede sem comprometer o business case da produção descentralizada”, esclareceu. “Temos de evitar onerar os consumidores que não participam nestas tecnologias”, disse, “não podemos promover incentivos à mini e micro que afectem as pessoas que estão afastadas deste processo”.

A APESF recebeu com bom grado a notícia da possibilidade de continuar a haver regime bonificado em 2014 e da preparação de um diploma para o net-metering. Para Alexandre Cruz, presidente da APESF, embora sem conhecer os pormenores do novo modelo, o facto de ser um net-metering “ajustado” não levanta preocupações. “Entendemos o ‘ajustado’ como um net-metering que não o é na plenitude do conceito, mas nenhum o é, não conheço nenhum net-metering que não seja ajustado”, explica. “É um ajuste normal e, na altura certa, vamos negociá-lo como associação”, assegura.

A proposta de um novo modelo surge no seguimento da decisão de fundir os regimes de micro e mini geração, prevista na revisão do Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER).

No sistema de net-metering, o consumidor utiliza a electricidade gerada por tecnologias renováveis na sua habitação, e, quando há um excedente, este é enviado para a rede para abastecer outros edifícios. Esse excedente é registado através de um contador decrescente e que vai representar um crédito na factura energética. Em alguns casos, se a geração de electricidade for superior ao consumo, as empresas distribuidoras podem mesmo pagar por ele.


Shiny
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Re: PROCESSO REVOLUCIONÁRIO DE POUPANÇA DE ENERGIA

Mensagem por Shiny »

Cá por mim com esta pseudo lei que vem aí, o estado pretende, como sempre, meter a mão no bolso comalgum tipo de imposto na factura da electricidade, como aquele que existe do audiovisual.

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david_neves
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Re: PROCESSO REVOLUCIONÁRIO DE POUPANÇA DE ENERGIA

Mensagem por david_neves »

Shiny Escreveu:Cá por mim com esta pseudo lei que vem aí, o estado pretende, como sempre, meter a mão no bolso comalgum tipo de imposto na factura da electricidade, como aquele que existe do audiovisual.

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O Director-geral de Energia referiu que não se tratará de uma “taxação” sobre o auto-consumo, mas que, “ao isentar o produtor/consumidor, estamos a introduzir uma distorção do mercado” e tal não pode acontecer. “O detentor do sistema tem de suportar o custo de acesso à rede. É preciso garantir a racionalidade na repartição dos custos da infra-estrutura da rede sem comprometer o business case da produção descentralizada”, esclareceu. “Temos de evitar onerar os consumidores que não participam nestas tecnologias”, disse, “não podemos promover incentivos à mini e micro que afectem as pessoas que estão afastadas deste processo”.
Nao duvides, Portugal nunca vai deixar de ser um país de tachos vem ai uma taxa como houve para os carregamentos rapidos nas auto estrada.
Decerto que pagas o iva quando investes nas energias depois tens milhares de euros parados sem garantias e com uma validade. Nao acredito em subsidios nas renovaveis mas o minimo que podiam fazer era os produtores nao pagarem uma taxa extra, quando poupamos o ambiente,reduzimos a dependencia estrangeira, estimulamos o consumo.
Sem uma taxa extra o que ia acontecer é que o teu vizinho ia olhar para ti, ha tu só pagas aluguer de contador? Ele nao ia ser parvo e começava tambem a produzir.
Se gasto 60kw mes, se tenho que pagar uma taxa por produzir mais vale vender as energias ou comprar 1600euros de baterias (13.3 euros/mes se as baterias durarem 10anos ou 8.8euros/mes se durar 15anos ) falta descobrir o tamanho da fava.
Diz o ladrão,isto é um assalto!:
Espertos como são os políticos, o P.M. tenta safar-se:
-Calma, não sabe quem eu sou? Eu sou o Passos Coelho
O ladrão responde:
- Nesse caso, passe para cá o meu $$$$

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