Fiat Panda movido a Hidrogénio

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EnergiaDiesel
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Fiat Panda movido a Hidrogénio

Mensagem por EnergiaDiesel »

a par do metano (in http://novaenergia.net/forum/viewtopic.php?t=1110), a fiat também avança com o hidrogénio no pequeno citadino

in http://turboonline.clix.pt/default.asp? ... tid=326919

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serges
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Mensagem por serges »

esta parte é que é pena
depois do projecto iniciado em 2001 com o seicento “elettra h2 fuel cell” e sucessivamente com o seicento hydrogen, o panda hydrogen tem o apoio do minsitério do ambiente italiano e, segundo a fiat, a sua produção em série nunca deverá acontecer antes do ano 2020.
honestamente até 2020 já teremos veiculos muito melhores que isto mais um grão de areia... esperemos que façam algo melhor entretanto pois panda electrico já existe tem a mesma performance, menos autonomia 130km e mais tempo de arranque 13seg, e já está a venda...
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serges
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Mensagem por serges »

creio que melhor resposta que esta é:

rx-8 hydrogen re
em vez de usar hidrogénio para gerar electricidade a partir de uma célula de combustível a mazda utiliza-o directamente no motor renesis do rx-8.
a ideia não é nova e a bmw já tinha apostado no hidrogénio como alternativa aos combustíveis tradicionais, nomeadamente a gasolina que pode continuar a ser utilizada, bastando para isso comutar a alimentação.
numa altura em que a solução do hidrogénio não é consensual no meio científico, pelas razões referidas pelo professor joaquim delgado em artigo publicado na anterior edição da turbo, parece-nos interessante analisar as razões que levaram a mazda a apostar nesta tecnologia.
de acordo com os técnicos da marca japonesa, o motor rotativo adapta-se melhor a esta solução sem por em causa o adn desportivo da marca e deste modelo especificamente. sendo o hidrogénio um combustível altamente explosivo o modo de funcionamento (desde a preparação da mistura até à sua entrada dentro da câmara de combustão) de um motor convencional coloca constrangimentos técnicos à utilização deste combustível que é necessário ter em conta.

diferenças importantes
no motor rotativo, porque as câmaras de entrada, combustão e escape estão separadas, o hidrogénio é injectado a uma temperatura mais baixa e só entra em contacto com as temperaturas mais altas da câmara de combustão numa fase posterior.
uma outra característica importante é o facto do hidrogénio produzir menos energia para volumes equivalentes quando queimado porque tem menor densidade do que a gasolina. a baixa densidade do hidrogénio injectado na sua forma gasosa significa que, com a quantidade necessária para a combustão, ocuparia quase 30 por cento do volume da câmara de combustão, comparativamente com os 1,7 por cento no caso de utilizar gasolina. esta diferença resulta numa redução do ar injectado prejudicando a combustão e a potência.
esta é uma das razões que levaram a bmw a testar a utilização do hidrogénio em motores de injecção directa para contrabalançar este fenómeno, enquanto a mazda optou por uma solução estruturalmente mais simples que se resume a adicionar um injector na câmara de entrada. além disso, a marca japonesa tem provado que o motor rotativo é melhor a combinar o ar com o hidrogénio, devido ao seu ciclo de trabalho mais longo, o que cria uma mistura mais uniforme que resulta numa combustão mais eficaz do ponto de vista energético (leia-se potência).
menos potência
mesmo assim, a potência deste motor quando utiliza o hidrogénio como combustível é de 109 cv contra os 210 cv quando utilizamos a gasolina. o mesmo acontece com o binário que passa dos 140 nm para os 222 nm!
apesar do seu desempenho do ponto de vista ambiental o mazda rx-8 hydrogen re continua a ter que enfrentar as limitações que todos reconhecem no hidrogénio. por exemplo, se a densidade de energia por peso (2,62 vezes superior à gasolina) permite que para a mesma quantidade de energia tenhamos menos peso a bordo, a densidade de energia por volume tem uma relação inversa: ou seja, se pressurizarmos o hidrogénio a 200 bar ele ocupa 16,52 vezes mais volume que a gasolina e sob a forma líquida (a menos 253 graus celsius) ocupa um volume 3,7 vezes superior.
se tomarmos como referência um depósito com 40 litros de gasolina, para transportar a mesma quantidade de energia com hidrogénio a 200 bar este teria que possuir 660 litros! e sob a forma líquida 148 litros.
no caso do mazda rx8 o depósito armazena 110 litros de hidrogénio a 350 bar o que lhe dá uma autonomia de apenas 100 quilómetros, contra os 550 quilómetros assegurados pelos 61 litros de gasolina.
esta discrepância leva-nos a concluir que, apesar do mérito ambiental, utilizar hidrogénio como combustível num motor de combustão, independentemente de ser rotativo ou não, é um pouco mais complexo que usar gpl, por exemplo, ou mesmo um bio-combustível.

voltamos ao mesmo...
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