Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Energia Nuclear
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mauri
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Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

este tópico é para dar uma maior divulgação de notícias cada vez mais actuais, até que a situação gravosa o justifique: desde o terramoto, tsunami, explosão de centrais nucleares e consequências:

entenda a emergência nuclear após o terremoto no japão
terremoto atingiu complexos nucleares e colocou país em alerta nuclear.
funcionários trabalham desesperadamente para impedir superaquecimento.


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após o forte terremoto seguido de tsunami que abalou o japão na última sexta-feira, o país luta agora para evitar o colapso de três reatores no complexo nuclear de fukushima daiichi, 240 quilômetros ao norte de tóquio.

a paralisação do sistema de refrigeração reserva de fukushima causou um acúmulo de calor e pressão.

funcionários trabalham desesperadamente para impedir o superaquecimento. se o esforço fracassar, os compartimentos que guardam o combustível nuclear podem derreter ou até explodir, provocando o vazamento de material radioativo na atmosfera. o governo confirmou que três reatores nucleares correm esse risco.

autoridades liberaram vapor radioativo para aliviar a pressão nos reatores.

o complexo sofreu uma explosão no sábado que destruiu o teto do edifício que abriga um reator. as autoridades estão usando água do mar para resfriar o edifício.

o reator número 1 de fukushima tem 40 anos e, originalmente, estava programado para deixar de operar em fevereiro, mas teve sua licença estendida por mais 10 anos.

a emergência é o pior acidente nuclear desde o desastre de chernobyl de 1986. como precaução, cerca de 140 mil pessoas foram retiradas da área nos arredores de fukushima. os níveis de radiação também estão em alta na usina nuclear de onagawa.

a organização mundial de saúde (oms), no entanto, disse que o risco à saúde pública das usinas atômicas do japão são 'muito baixos.'

o órgão meteorológico do japão anunciou que os ventos na área mudariam de sul a oeste na noite de domingo, soprando de fukushima em direção ao oceano pacífico. 'a direção do vento é ideal para as pessoas no japão. estará soprando na direção do pacífico,' disse à agência de notícias reuters lennart carlsson, diretor segurança de usinas nucleares da suécia. 'eu não acho que não vai haver nenhum problema para outros países.'

o terremoto de magnitude 8,9 seguido de um tsunami na sexta-feira deixou pelo menos 1.353 mortos e 1.085 desaparecidos no japão, segundo o balanço mais recente da polícia nacional.

13/03/2011 18h58 - atualizado em 13/03/2011 18h58

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fonte: http://g1.globo.com/tsunami-no-pacifico ... japao.html

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mauri
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

o risco nuclear em 12 perguntas e 12 respostas:

já houve fuga de material radioativo?

aparentemente, sim. um navio de guerra norte-americano detetou níveis de radiação, embora baixos, a mais de 150 kms da central nuclear de fukushima, onde se registaram as explosões.

que quantidade de material radioactivo terá sido libertado?

não é claro. as autoridades japonesas falam em níveis "muito baixos" de radiação, detetados em redor da central. agência internacional de energia atómica descreve a situação como um incidente de nível quatro na escala internacional de acontecimentos nucleares e radiológicos, que corresponde a um acidente com "consequências locais".

que tipo de material radioactivo foi libertado?

há relatos de isótopos radioativos de césio e iodo. os peritos dizem que é natural que também tenham sido libertados isótopos radioativos de nitrogénio e argão. não há sinais de fuga de urânio ou plutónio.

que perigo representam estes materiais radioativos?

o iodo radioativo pode ser prejudicial para os jovens nas imediações da central. depois do desastre nuclear de chernobyl, em 1986, houve alguns casos de cancro da tiróide. no entanto, as pessoas que foram medicadas imediatamente com comprimidos de iodo não deverão correr qualquer risco. o césio, o urânico e o plutónio radioativos são perigosos, mas não atingem nenhum órgão do corpo em particular. os níveis de nitrogénio radioativo baixam poucos segundos depois da sua libertação e o argão não representa uma ameaça para a saúde.

como é que os materiais radioativos foram libertados?

ao que tudo indica, o tsunami inundou os geradores que bombeavam a água refrigeradora dos reatores, levando a um sobreaquecimento de tal ordem que pequenas quantidades desses materiais terão sido emitidas juntamente com o vapor.

a fuga de materiais radioativos podem ter-se dado de qualquer outra forma?

as autoridades atiraram água do mar para três reatores. esta água ficou contaminada à passagem pelos reatores, mas não se sabe ainda se essa água foi libertada para o ambiente.

quanto tempo dura a contaminação?

os níveis de iodo radioativo caem rapidamente. a maioria terá desaparecido no espaço de um mês. o césio radioativo não dura muito no corpo - a maior parte terá desaparecido num ano. no entanto, mantém-se no ambiente e pode continuar a ser perigoso.

pode acontecer um desastre semelhante do de chernobyl?

os peritos dizem que é altamente improvável. a reação em cadeia nos reatores de fukushima parou e o reator 1 parece estar a funcionar de forma estável. as explosões aconteceram fora dos contentores de aço e cimento que albergam os reatores e que parecem manter-se sólidos. em chernobyl, uma explosão expôs o núcleo do reator ao ar, desencadeando um incêndio que durou dias e emitiu material radioativo para a atmosfera. em fukushima, as explosões apenas danificaram o telhado e paredes em torno dos contentores.

mas pode haver uma explosão nuclear?

não. uma bomba nuclear e um reator nuclear são coisas diferentes.

como funcionam os comprimidos de iodo?

se o corpo tiver todo o iodo que necessita, não absorve mais iodo da atmosfera. os comprimidos preenchem o corpo com iodo não-radioativo, o que previne a absorção de iodo radioativo.

há algum nível de exposição à radiação que possa ser considerado seguro?

em algumas partes do mundo, a radiação natural é significativamente mais elevada do que outros - por exemplo, na cornualha, no sudoeste da inglaterra. e, no entanto, a cornualha é habitada e recebe turistas. da mesma forma, todos os voos internacionais expõem os passageiros a níveis de radiação mais altos do que o normal. e no entanto, as pessoas continuam a voar e a tripulação passa muito tempo exposta a esta radiação. os doentes submetem-se a raios-x. embora os cientistas ainda discutam sobre se há algum nível de radiação que possa considerar-se seguro, a radiação é um facto na vida quotidiana. o que ainda não se sabe é quão mais altos que o normal são os níveis de radiação em torno de fukushima.

em que medida é que os problemas em fukushima afetam o resto do mundo?

depende desse nível de radiação que for libertado. atualmente, os efeitos são "locais".

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http://aeiou.visao.pt/o-risco-nuclear-e ... as=f594233


video resumido no momento do impacto do tsunami:


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mauri
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

3ª explosão e maior perigo:
novos problemas na central nuclear de fukushima
japão admite riscos para a saúde depois de terceira explosão
15.03.2011 - 07:33 por helena geraldes, susana almeida ribeiro

votar | 7 votos 1 de 8 notícias em mundo seguinte »
uma terceira explosão na central nuclear de fukushima fez subir de tom a crise nuclear no japão. as autoridades admitem agora que os níveis de radioactividade poderão afectar a saúde humana. o espaço aéreo em redor da central de fukushima foi encerrado.
ontem à noite, o reactor 2 da central de fukushima daiichi, a 240 quilómetros de tóquio e com seis reactores, foi o terceiro a registar uma explosão, aumentando os receios de uma fuga radioactiva descontrolada de larga escala. as barras de combustível, no núcleo do reactor, deixaram de estar totalmente cobertas por água durante pelo menos duas horas, o que levou a que aquecessem e que ocorresse uma explosão.

“agora estamos a falar de níveis que poderão ter impacto na saúde humana”, indicou hoje em conferência de imprensa o vice-chefe de gabinete do primeiro-ministro, yukio edano, segundo o qual o reactor "não está, necessariamente, em condições estáveis".

naoto kan, o primeiro-ministro, considerou a situação "preocupante". por isso, anunciou que as pessoas que ainda se mantêm dentro de um raio de 20 quilómetros em torno da central deverão abandonar as suas casas e aqueles que vivem a entre 20 e 30 quilómetros de distância deverão permanecer dentro de portas.

paralelamente, deflagrou um incêndio no reactor 4, o que faz "aumentar consideravelmente" os níveis de radiação, declarou o primeiro-ministro, naoto kan, numa mensagem televisiva.

os níveis de radiação em torno de fukushima após uma hora de exposição aumentaram para oito vezes mais do que o limite legal em um ano, indicou o operador da central, a tokyo electric power (tepco). os níveis de radiação em tóquio também estão mais elevados que o normal, mas as autoridades garantem que não apresentam perigos para a saúde.

no sábado aconteceu a primeira explosão na central de fukushima, no reactor 1. a segunda aconteceu na segunda-feira, quando houve uma explosão de hidrogénio no reactor 3. finalmente, ontem à noite, foi o reactor 2 a sofrer uma explosão, algo que as autoridades japonesas tentavam que não acontecesse.

fugir da radiação

num ginásio em tamura, na província de fukushima, a 30 quilómetros de distância da central nuclear, cerca de 600 pessoas esperam por notícias em frente às televisões. "todos nós queremos voltar para as cidades onde nascemos e fomos criados, mesmo que demore um ano ou três anos", comentou um homem de 51 anos à kyodo.

de momento, cinco mil pessoas estão abrigadas em onze edifícios em kawamata, na província de fukushima, a 20 quilómetros da central.

hoje, três províncias vizinhas de fukushima começaram a preparar a chegada dos habitantes que estão a ser retirados da zona perto da central nuclear, avança a agência de notícias kyodo. na cidade de yonezawa, yamagata, muitos dos que estão já chegar procuram fazer testes médicos para saber a que níveis de radiação foram expostos.

a província de yamagata está a listar os edifícios que podem ser usados como abrigos e o governo de gunma anunciou que está preparado para receber as pessoas em 190 locais públicos.

"estamos a tentar determinar quantas pessoas podemos receber e que locais podemos usar como abrigos", comentou um responsável do governo de tochigi. algumas pessoas já começaram a chegar à cidade de nasushiobara.

governo encerra espaço aéreo em redor da central de fukushima

hoje, o ministério dos transportes japonês ordenou o encerramento do espaço aéreo num raio de 30 quilómetros em redor da central nuclear de fukushima, informou a agência kyodo. a medida exclui os aviões e helicópteros envolvidos nas operações de resgate e de distribuição de ajuda nas áreas atingidas pelo sismo de sexta-feira.

o governo acredita que esta imposição não terá impactos significativos nos voos comerciais previstos no país.

notícia em actualização


http://www.publico.pt/mundo/fuga-radioa ... ao_1484811
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mauri
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

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novos 2 sismos de grau 6 hoje:

magnitude 6.0 mw japan
date-time
* 15 mar 2011 15:23:53 utc
* 16 mar 2011 01:23:53 near epicenter
* 15 mar 2011 14:23:53 standard time in your timezone
location 40.404n 143.090e
depth 9 km

magnitude 6.0 m japan
date-time
* 15 mar 2011 09:49:54 utc
* 15 mar 2011 18:49:54 near epicenter
* 15 mar 2011 08:49:54 standard time in your timezone
location 37.348n 142.406e

japão. cresce alerta de desastre nuclear em fukushima

Código: Selecionar todos

por joana viana com marco dinis santos, publicado em 15 de março de 2011  |  actualizado há 1 hora
radioactividade é 10 vezes superior ao normal. há 150 pessoas em observação e 23 em processo de descontaminação, informa a agência atómica internacional. a radio france já anunciou que vai fazer regressar a maioria dos enviados especiais a frança

a situação crítica na central nuclear de fukushima aumenta o receio de que a explosão na central, confirmada esta manhã pela agência atómica internacional, possa resultar num desastre nuclear. a fuga de materiais radioactivos foi considerada um acidente de nível 6 de gravidade, numa escala de 7. o contentor número quatro apresentou fissuras de oito metros de largura, depois do incêndio registado no reactor número 2 da central atómica de fukushima daiichi.
a agência mantém no entanto a posição de que é "muito improvável" que se atinja o grau de gravidade de chernobyl. o governo japonês pede à população que abandone o local.


o primeiro-ministro japonês apelou hoje a que a população não saia de casa para um raio superior a 30 quilómetros. na central de fukushima continuam 50 funcionários que tentam impedir a catástrofe de maiores dimensões, depois de os responsáveis terem ordenado a evacuação da central dos 800 engenheiros que lá trabalhavam.


um novo sismo de magnitude 6 na escala de richter foi hoje registado a sudoeste de tóquio, fazendo tremer os edifícios da capital japonesa, segundo a agência france presse, o que pode vir a piorar a situação. de acordo com a afp, os enviados especiais da radio france vão ser repatriados, regressando a frança e deixando o japão devido aos riscos de saúde no país.


uma terceira explosão na central nuclear de fukushima daiichi desencadeou ontem uma crise nuclear no japão - na sequência do sismo de 8,9 na escala de richter que, na sexta-feira, abalou o gigante asiático e provocou um tsunami que varreu a costa noroeste do país. a juntar aos dois reactores da central a norte de tóquio, que não estão a ser refrigerados convenientemente, o incidente de ontem num terceiro reactor provocou 11 feridos e veio aumentar o receio de que a radiação libertada para a atmosfera venha a provocar um desastre nuclear de grande dimensão.

o sismo mais forte dos últimos 140 anos pôs o japão de joelhos e uma potencial crise nuclear continua no centro das atenções. as autoridades japonesas continuam a tentar refrigerar os reactores com água salgada para impedir que os níveis de radiação aumentem, mas mantêm que, para já, a situação está controlada. contudo, ontem a autoridade de segurança nuclear (asn) de frança veio alertar para a gravidade do incidente, que os especialistas dizem estar a ser diminuída pelo governo. na escala de classificação de acidentes nucleares (de 1 a 7), a agência nuclear nipónica coloca estas explosões no nível quatro. "o nível quatro é sério. mas nós achamos que este [incidente] se situa no nível cinco ou talvez seis", sublinhou andré-claude lacoste, presidente da asn.

"mais perigoso do que [o acidente de] three miles island, sem chegar [ao nível] de chernobyl" foi a expressão usada por lacoste para classificar o incidente de fukushima. o acidente de three miles island aconteceu em 1979, quando o reactor número dois dessa central nuclear na pensilvânia derreteu e provocou o pior acidente do género na história dos eua. os níveis de radioactividade subiram oito vezes acima do nível mínimo letal. nos dois anos seguintes foi registado um nível elevado de mortalidade infantil nas comunidades próximas da central. o incidente é tido como o principal responsável pela redução do número de centrais nucleares construídas nas décadas seguintes em todo o mundo.

parece certo que a crise nuclear japonesa não se revestirá das proporções do desastre de chernobyl - o desastre na central nuclear ucraniana (então na urss) em 1986 provocou a libertação de material radioactivo 400 vezes superior ao que foi libertado pela bomba atómica que atingiu hiroshima na ii guerra mundial.

para além da ans francesa, a agência internacional de energia atómica (aiea) veio ontem referir que o acidente no complexo nuclear japonês dificilmente atingirá essas proporções, sublinhando que há diferenças fulcrais entre a estrutura e o desenho dos reactores da central da antiga união soviética e os do complexo japonês.

desde sexta-feira, as comparações deste incidente com chernobyl têm-se multiplicado, sobretudo devido aos níveis anormais de radiação que poderão ser libertados para a atmosfera. depois da explosão do primeiro reactor nuclear de fukushima, as autoridades começaram a evacuar os cerca de 185 mil habitantes próximos da central, dando início à distribuição de 230 mil unidades de iodo estável nos abrigos improvisados, que ajudam a proteger contra o cancro na tiróide provocado pela exposição à radiação. contudo, a aiea informava ontem que "o iodo ainda não foi administrado às pessoas" e que "a distribuição é uma medida de precaução". o nível de radiação em torno da central é, neste momento, oito vezes superior ao normal. ainda assim, a agência e o comité científico da onu dizem que, "de momento, do ponto de vista de saúde pública, em nenhum caso representa ameaça à vida". a explicação foi dada ontem por malcolm crick, da secretaria do comité, à agência efe. "não prevemos qualquer impacto na saúde humana para já", mas "a situação ainda é muito grave", adiantou.

europa em prevenção o provérbio português ''gato escaldado de água fria tem medo'' é mais do que adequado em incidentes nucleares. se chernobyl e three miles island potenciaram a diminuição do recurso à energia atómica na urss e nos eua, o mesmo parece estar a acontecer no japão - e também na europa. ontem, alemanha e suíça foram os primeiros países do continente a repensar a sua estratégia nuclear como medida preventiva. a chanceler alemã, angela merkel, veio anunciar uma moratória de três meses na decisão já adoptada pelo governo de prolongar a vida das centrais nucleares do país. "não há tabu algum no que toca à análise das condições de segurança", sublinhou merkel. a suíça também suspendeu os seus projectos nucleares por tempo indefinido.


http://www.ionline.pt/conteudo/110426-j ... -fukushima

medo de radiação causa pânico e provoca fuga de tóquio

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tóquio (reuters) - várias pessoas deixaram tóquio nesta terça-feira e moradores permaneceram dentro de suas casas em meio a temores de que a radiação de uma usina nuclear atingida pelo terremoto de sexta-feira afete uma das maiores e mais densamente povoadas cidades do mundo.

apesar das garantias do governo municipal de que os baixos níveis de radioatividade detectados até o momento na capital japonesa "não são um problema", moradores e turistas decidiram que permanecer na cidade era simplesmente arriscado demais.

várias empresas retiraram seus funcionários de tóquio, visitantes reduziram as férias e companhias aéreas cancelaram voos. a administração de aviação dos estados unidos informou que está se preparando para redirecionar rotas caso a crise nuclear se agrave.

aqueles que permaneceram na capital japonesa estocavam alimentos e outros suprimentos, temendo os efeitos da radiação, que levou pânico à cidade de 12 milhões de habitantes.

no principal aeroporto da cidade, centenas de pessoas se enfileiravam, muitas delas com crianças, para embarcar em voos deixando o país.

"não estou muito preocupado com um outro terremoto. é a radiação que me assusta", disse masashi yoshida, enquanto segurava a filha de cinco anos no aeroporto de haneda.

turistas, como a norte-americana christy niver, deram um basta. sua filha lucy foi mais enfática. "estou apavorada. estou tão apavorada que preferia estar no olho de um tornado", disse. "quero ir embora".

a usina nuclear de fukushima, afetada pelo tremor, está 240 quilômetros a norte de tóquio. autoridades disseram que a radiação na capital do país estava 10 vezes acima do normal à noite, mas não era o suficiente para prejudicar a saúde.

mas a confiança no governo está abalada, e muitas pessoas se preparam para o pior.

muitas lojas não tinham mais arroz, um produto essencial no japão, e as prateleiras que tinham pão e macarrão instantâneo estavam vazias.

cerca de oito horas depois de novas explosões acontecerem na usina, a agência meteorológica da onu informou que os ventos estavam dispersando o material radioativo para o oceano pacífico, distante do japão e de outros países da ásia.

a agência meteorológica mundial, sediada em genebra, informou, no entanto, que as condições climáticas podem mudar.

alguns cientistas fizeram apelos para que a população de tóquio mantenha a calma.

"o material radioativo vai chegar a tóquio, mas ele é inofensivo ao corpo humano porque ele se dissipará até chegar a tóquio", disse koji yamazaki, professor da escola de ciência ambiental da universidade de hokkaido.

"se o vento ficar mais forte, isso significa que o material voará mais rápido, mas também que dispersará ainda mais no ar".

(reportagem adicional de junko fujita, mayumi negishi, kei okamura e jon herskovitz)
http://beta.br.noticias.yahoo.com/medo- ... 0-323.html
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mauri
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

bruxelas descreve situação no japão como um apocalipse
hoje

o comissário europeu da energia, günter oettinger, descreveu hoje, terça-feira, o acidente na central nuclear de fukushima, no japão, como um apocalipse.

"estamos a falar de um apocalipse e acho esta palavra muito bem escolhida", referiu o comissário no final de uma reunião de alto nível de especialistas em energia e segurança nuclear dos 27, em bruxelas.

"está praticamente tudo fora de controlo", admitiu. "não descarto o pior nas horas e dias que aí vêm", afirmou o comissário europeu da energia, que já esteve em contacto com a agência internacional de energia atómica.

gunther oettinger anunciou que a união europeia vai fazer provas de resistência voluntárias às suas centrais nucleares e promover a realização deste tipo de testes no resto do mundo. as provas foram "unanimemente aceites", disse o comissário.

o objectivo destas provas é avaliar a resposta das centrais a situações como a que se registou no japão depois do sismo de sexta-feira, que provocou um acidente na central de fukushima.

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior. ... cao=%c1sia
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por jama »

preços da electricidade disparam nos mercados europeus.
fonte- jornal de negocios.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=473513
O SOL quando nasce é para todosImagem

A produzir acima dos 4200W/h
http://www.youtube.com/watch?v=ME00MNoekHM

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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

incêndio no reactor 4 da central nuclear japonesa de fukushima
16-03-2011 00:10:

um novo incêndio no reactor 4 da central de fukushima foi confirmado pelos responsáveis da tepco, a empresa operadora da unidade onde ainda ontem ocorreu uma explosão. em fukushima um dos trabalhadores viu fumo a sair do edifício e deu o alerta. nos últimos dias é a principal preocupação das autoridades japoneses.
http://sic.sapo.pt/online/noticias/mund ... ushima.htm

japão: vive-se um autêntico cenário de apocalipse em fukushima
16/3/2011 0h30:

pânico em tóquio com nuvem radioactiva
quatro dias após o terramoto e o tsunami que desencadearam o mais grave acidente nuclear desde chernobyl, o japão mergulha no caos. com cidades inteiras varridas do mapa, milhares de mortos e desaparecidos e a maior parte das infra-estruturas destruídas ou danificadas, teme-se o pior. explosões em três dos quatro reactores da central de fukushima - daiichi, outras centrais danificadas e a impotência para conter a radiação levam os japoneses a não confiarem mais nas palavras tranquilizadoras do governo, e muitos fogem já da capital, tóquio.

na central de fukushima vive-se o pesadelo. todos os esforços para arrefecer os núcleos dos reactores falham, e as explosões sucedem-se. ontem, o único reactor que não apresentava problemas, o número 4, incendiou--se. as chamas foram rapidamente extintas, mas, horas depois, reacendeu-se o incêndio. refira-se que horas antes, o número 2 explodira, lançando para a atmosfera uma quantidade indeterminada de partículas radioactivas. as autoridades exortam a população em redor de fukushima, num total de 140 mil pessoas, a que se mantenha fechada em casa. na central, apenas ficaram 50 dos 800 trabalhadores.

com nível de radioactividade dez vezes superior ao normal em tóquio, com 13 milhões de habitantes, são muitos os que já abandonam a cidade. outros preparam-se para o fazer, correndo para os supermercados e gasolineiras, onde falta combustível. o governo confirma o perigo e não descarta novas fugas radioactivas, mas diz que os níveis de radiação estão a diminuir. os organismos internacionais não estão tão optimistas: o comissário europeu da energia, günther oettinger, fala mesmo em "apocalipse"

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... adioactiva
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

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11:06 quarta feira, 16 de março de 2011:
radioatividade impede helicóptero de arrefecer central nuclear

nível de radiação registado "perto da central nuclear" de fukushima foi de 1.500 microsieverts, quando o nível de radiação normal é de cerca de 0,35 microsievert por hora.

http://aeiou.expresso.pt/radioatividade ... ar=f637957

a forte radioatividade junto da central nuclear japonesa de fukushima impediu hoje um helicóptero de se aproximar do reator 4 e de derramar água para arrefecer o combustível que ameaça entrar em fusão, segundo a nhk.

as radiações fora da zona de exclusão de 20 quilómetros em volta da central nuclear de fukushisma "não representam perigo imediato para a saúde", declarou hoje o porta-voz do governo japonês, yukio edano.

"as radiações ao redor da central nuclear de fukushisma estão num nível estável", acrescentou edano, citado pela agência kyodo.

milhares de pessoas foram retiradas num raio de 20 quilómetros em torno da central acidentada. a uma distância compreendida entre 20 e 30 quilómetros, o governo mandou a população refugiar-se em casa.

edano precisou que o nível de radiação registado "perto da central" foi de 1.500 microsieverts (unidade que mede os efeitos biológicos da radiação) por hora. o nível de radiação normal é de cerca de 0,35 microsievert por hora.
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

lusa 23:24 quarta feira, 16 de março de 2011

o chefe da comissão de regulação nuclear (nrc) dos estados unidos afirmou hoje que se tinha evaporado toda a água que estava no tanque do combustível no reator 4 usado na central nuclear japonesa com mais problemas, noticia a ap.

isto significa que não há nada que impeça as cargas de combustível de aquecerem e, por fim, de entrarem em fusão.

o invólucro externo das cargas também se pode inflamar e ganhar força suficiente para lançar o combustível radioativo dentro de uma área extensa.

gregory jaczko não adiantou como é que obteve a informação, mas tanto a nrc como o ministério norte-americano da energia têm técnicos no complexo nuclear de fukushima dai-ichi , que conta com seis reatores.

adiantou ainda que os peritos acreditam que os níveis de radiação são extremamente elevados, o que pode afetar a capacidade dos trabalhadores de impedirem as temperaturas de aumentarem.

"pensamos que se registou uma explosão de hidrogénio"

"para além dos três reatores que estavam a funcionar no momento do incidente, um quarto reator passa também a constituir motivo de preocupação. esse reator não estava em serviço quando ocorreu o sismo", declarou o presidente da nrc, gregory jaczko durante uma audição no congresso, referindo-se ao sismo de sexta-feira que danificou a central nuclear.

"pensamos que se registou uma explosão de hidrogénio neste reator", explicou. "também pensamos que o revestimento de contenção secundário foi destruído, que já não existe água nos tanques de combustível usado e que os níveis de radiação são extremamente elevados, podendo pôr em causa as operações no local destinadas a evitar uma catástrofe", acrescentou gregory jaczko.

embaixada dos eua em tóquio recomenda evacuação

numa decisão paralela, a embaixada dos estados unidos em tóquio recomendou hoje aos cidadãos norte-americanos a evacuação num perímetro de 80 quilómetros em redor da central afetada ou que procurem um abrigo "caso a evacuação não seja possível com toda a segurança".

a embaixada sublinha ainda em comunicado que "numerosos fatores", incluindo a meteorologia, podem influenciar a disseminação das partículas radioativas e menciona a possibilidade de percorrerem distâncias superiores a 80 quilómetros.

http://aeiou.expresso.pt/perigo-de-fusa ... ma=f638117
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por hmma »

e que tal construirem uma campanula com paineis solares em volta de toda a central nuclear para produzir electricidade com a radiação emitida?

boa ideia, não?
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Master
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por Master »

acho que a radiação emitida é na forma de calor e não de luz...
Dos Fracos Não Reza a História...

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mauri
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

boas notícias (?)
17 março 2011 | 15:57
a tentativa do japão de fazer chegar água ao reactor número 3 da central nuclear de fukushima resultou


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http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=474095

deixo aqui expresso um comentário de um leitor (mesmo link), bem a propósito:
a 2º maior economia do mundo sempre teve planos:

o problema das centrais vai ser resolvido.
algumas noticias quiseram criar o panico.
quem conheçe o japão, sabe que este tem liquidez para recuperar.
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zointz
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por zointz »

master Escreveu:acho que a radiação emitida é na forma de calor e não de luz...

não tenho a certeza, mas acho que não é só calor, li algures que estavam a testar um forma de produção de energia fotovoltaica mas com o uso de radiação, apenas encontrei o seguinte artigo, mas o que li anteriormente era bem melhor

http://nextbigfuture.com/2009/04/direct ... er-to.html
Fiquem bem !

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mauri
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

18.03.2011 - 08:41 por helena geraldes
notícia atualizada às 10h10
autoridades elevam nível de alerta nuclear para cinco

o japão aumentou de quatro para cinco o nível de alerta nuclear, numa escala internacional de sete níveis para acidentes atómicos, na central de fukushima. a crise foi causada por um sismo e tsunami que já fizeram 6539 mortos.

a informação, que está a ser divulgada pela agência japonesa de segurança nuclear, coloca a crise nuclear em fukushima a dois níveis de distância da catástrofe de tchernobil, em 1986, e ao mesmo nível do acidente de three mile island, nos estados unidos, em 1979.

o nível cinco significa que a situação em fukushima é um "acidente com amplas consequências", segundo a escala internacional de eventos nucleares e radiológicos (ines, international nuclear and radiological event scale). segundo esta escala, os eventos classificados de 1 a 3 são chamados "incidentes"; de 4 a 7 são chamados "acidentes". a classificação foi concebida para que a "gravidade de um evento seja cerca de dez vezes maior de nível para nível", explica a agência internacional de energia atómica. segundo a escala, o nível 5 significa, para as pessoas e o ambiente, "uma fuga limitada de material radioactivo que poderá exigir a implementação de medidas" e ainda "várias mortes por radiação". a nível de infra-estruturas, significa "danos graves do núcleo dos reactores", "libertação de grandes quantidades de material radioactivo numa instalação" que poderá ter sido causada por um acidente ou incêndio.

hoje, o director-geral da agência internacional de energia atómica, yukiya amano, confirmou que em fukushima se vive uma corrida contra o tempo para tentar arrefecer os reactores da central, danificada pelo sismo e tsunami. "o arrefecimento é extremamente importante. também eu acredito que esta é uma corrida contra o tempo", declarou em tóquio, depois de um encontro com o primeiro-ministro nipónico, naoto kan, segundo a afp.

"o acidente na central é muito grave. por isso, é importante que a comunidade internacional, incluindo a agência internacional de energia atómica, participe nos esforços para aumentar a segurança", acrescentou.

autoridades reforçam operações na central de fukushima 1

depois de ontem ter começado uma acção inédita na central, com o uso de helicópteros e canhões de água, hoje as autoridades mantêm o método e enviaram para o local mais reforços.

pelo menos sete camiões-cisterna, equipados com canhões de água, estão a lançar dezenas de toneladas de água para tentar impedir que as barras de combustível nuclear usadas, na piscina do reactor 3, entrem em fusão e evitar um acidente nuclear maior, segundo a agência de notícias japonesa kyodo.

o departamento de combate a incêndios de tóquio deverá juntar-se às operações na central, com 30 camiões, capazes de disparar grandes quantidades de água a grandes altitudes, e 140 bombeiros da sua equipa de resgate, adiantou ainda a kyodo. hoje os helicópteros deverão ficar em terra.

yukio edano, porta-voz do governo, informou que os camiões do departamento de combate a incêndios de tóquio deverão tentar arrefecer a piscina do reactor 1, apesar de este não representar tão grande ameaça de libertar radioactividade como os reactores 3 e 4.

ao início do dia, os funcionários de fukushima dedicaram-se ao restabelecimento da electricidade, para tentar pôr a funcionar os sistemas de arrefecimento da própria central. as piscinas perderam os seus sistemas de arrefecimento depois do sismo de magnitude 9,0, de 11 de março, seguido por um tsunami. também deixou de ser possível monitorizar o nível da água e as temperaturas nas piscinas dos edifícios dos reactores 1 e 4.

a empresa tokyo electric power company (tepco), que explora a central, acelerou os esforços para recuperar a energia nos reactores 1 e 2. amanhã deverá fazê-lo nos reactores 3 e 4.
nuvens de fumo foram avistadas em três edifícios da central, informou fonte da agência japonesa de segurança nuclear, sugerindo que as suas piscinas têm água em ebulição. o aumento da temperatura da água, normalmente a 40ºc, leva à redução do nível da água na piscina e expõe as barras de combustível usado à atmosfera, que poderão aquecer ainda mais e derreter, libertando materiais radioactivos no pior cenário, explicam especialistas citados pela agência kyodo.as medições na central de fukushima 1 revelam que, esta manhã, os níveis de radiação diminuíram mas a tepco - que explora a central - não quer falar ainda de uma tendência consolidada. edano garante, citado pela kyodo, que a radiação perto da central "não acarreta efeitos adversos imediatos para o corpo humano".

sismo e tsunami fizeram 6539 mortos

a situação na central nuclear de fukushima foi causada pelo sismo e tsunami que abalaram a região nordeste do japão, a 11 de março. a polícia actualizou para 6539 o número de mortos, ultrapassando as vítimas mortais do sismo de kobe, em 1995, ou seja, 6434.

de acordo com os números da polícia citados pela estação de televisão japonesa nhk, estão desaparecidas 10.354 pessoas.

na província de miyagi está confirmada a morte de 3860 pessoas e o desaparecimento de 2252. em iwate, foram registados 2040 mortos e 4253 desaparecidos.

em fukushima, as autoridades contabilizaram 583 mortes e 3844 desaparecidos.


http://www.publico.pt/mundo/autoridades ... co_1485471
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mauri
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

viver o normal numa situação anormal
há mais pânico na europa que no japão

antónio burnay-bastos, 56 anos, economista de formação e importador de produtos portugueses no japão, há 23 anos em tóquio, insurge-se contra aquilo que chama o alarmismo da imprensa e a desinformação em torno do que se fala sobre o dia-a-dia na capital japonesa, a cidade de 13 milhões de habitantes que vive os últimos dias entre a réplica do sismo de 9,0 de dia 11 e a iminência de uma crise nuclear.

“a quantidade de mentiras e desinformação é impressionante. hoje o nível de radiação médio em tóquio é inferior ao de nova iorque e não passa pela cabeça de ninguém evacuar nova iorque”, diz antónio que fala na serenidade com que os habitantes da cidade têm tentado viver perante a ameaça de um desastre nuclear devido aos problemas com que tem lidado a central nuclear de fukushima 1, a 250 quilómetros da cidade.

“há mais pânico na europa que no japão. parabéns comunicação social”, diz. o empresário acredita que as máscaras tenham esgotado nas farmácias. e o betadine também, depois de mails virais, que sugeriam às pessoas que este desinfectante que contém iodo devia ser esfregado abundantemente no pescoço para evitar cancro da tiróide.

“é um disparate falar em apocalipse”, critica ainda, sobre as palavras do comissário europeu da energia, günther oettinger, que ontem se referiu assim ao acidente nuclear com que o japão está em braços. “a minha mãe, que tem 76 anos e que está em portugal, ligou-me a soluçar a pensar que eu ia morrer e nem conseguia chegar ao aeroporto! sabemos aqui que há um problema grave pela frente. mas não está fora de controlo nem nada indica que isso vai acontecer”.

o telefonema com o público foi interrompido por um sismo. mas antónio burnay-bastos retomou a conversa, alguns minutos depois: “sou uma pessoa descontraída. até consigo manter algum humor”. mas reconhece que, para lá do assunto da ameaça nuclear, a cidade que tenta recuperar a normalidade ainda não o conseguiu totalmente após o sismo.

“a vida em tóquio não está normal. não há luz à noite, por exemplo, eu nunca em 23 anos tinha visto tóquio assim. aliás, nunca me lembro de ter havido um corte de energia, como às vezes acontece subitamente em portugal. os transportes acabam mais cedo, como o metro, que fecha meia-noite e meia”. e descreve que as empresas estão a voltar ao trabalho e até os restaurantes já enchem à hora do almoço. “só ao jantar é que não. e os bares à noite continuam vazios”, refere, contrariando o ritmo normal em tóquio.

nos últimos dias, todos têm uma espécie de kit de emergência, numa mochila, com algumas conservas e uma muda de roupa, ao pé da porta de casa. e dormem com uma lanterna na cabeceira.

com o início do novo ano japonês à porta, a 1 de abril, quando ocorre, por exemplo, o arranque do novo ano escolar, antónio burnay-bastos conta que as crianças têm reagido bem às notícias. para a semana vão ter uma pausa e arranca o novo ano escolar. “as pessoas estão a encarar o início do novo ano como de uma vida nova. podem demorar a reagir mas quando agem é com muita convicção. vamos entrar num mês de reconstrução, mês da primavera. quem vier ao japão no final do ano já não vai acreditar que passou por aqui um terramoto.”

17.03.2011 notícia corrigida às 23h30
http://www.publico.pt/mundo/ha-mais-pan ... -no-japao_
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

como se proteger contra uma nuvem radioativa?

leia para que saiba sobre como proteger sobre:
1) precauções contra uma nuvem radioactiva;
2) as explosões dos reactores nucleares;
3) centrais nucleares em risco;
4) o perigo em fukushima.

artigo muito interessante em adobe flash player. carregue em reproduzir para ver.

http://static.publico.pt/homepage/infog ... namijapao/
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

20/03/2011
o pior já passou?
as notícias não relatam mas os sismos continuam: hoje outro de grau 6
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por mauri »

21 de março de 2011:
oms aconselha proibição de venda de alimentos perto de fukushima

a organização mundial de saúde (oms) aconselhou hoje o japão a atuar rapidamente e proibir a venda de alimentos nas zonas que circundam a central nuclear de fukushima, caso se verifique que estes têm níveis de radiação elevados.

de acordo com um porta-voz da oms, a radiação da comida pode acumular-se no corpo e provocar um risco maior para a saúde do que as partículas radioativas dispersas no ar, que desaparecem ao fim de alguns dias.

gregory hartl disse, em declarações à associated press, que "é necessário tomar decisões rapidamente no japão e proibir a venda e o uso de alimentos em zonas onde pensem que estes possam ser afetados [pela libertação de radiações da central nuclear]".

a oms não tem especialistas em radiação no japão e refere que qualquer decisão política terá que ser tomada pelo governo japonês.

o nordeste do japão foi atingido por um sismo de magnitude 9 seguido de tsunami no dia 11 deste mês, devastando cidades inteiras.

a catástrofe provocou 8.133 mortos e 12.272 desaparecidos, segundo as autoridades japonesas.

o sismo e o tsunami provocaram também um grave acidente na central nuclear de fukushima, no nordeste do país, que faz pairar a ameaça de uma contaminação radioativa em grande escala sobre o arquipélago.

http://www.ionline.pt/conteudo/111962-o ... -fukushima
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

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não é alarmismo mas os tremores de terra ainda não pararam.
hoje já houve 3 de grau de intensidade superior a 6. não vi as notícias divulgarem.
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6.6 m - off east coast of honshu, japan
preliminary earthquake report magnitude 6.6 m
date-time

* 22 mar 2011 07:18:47 utc
* 22 mar 2011 17:18:47 near epicenter
* 22 mar 2011 06:18:47 standard time in your timezone
location 37.249n 143.956e
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Re: Emergência nuclear após o terremoto no Japão

Mensagem por hmma »

artigo interessante sobre outros efeitos das centrais nucleares:

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=474833
os ensinamentos a tirar da crise nuclear japonesa
22 março2011 | 12:07

os problemas da central nuclear de fukushima - e de outros reactores - no norte do japão representaram um duro golpe para a indústria nuclear global, um poderoso cartel de menos de uma dúzia de empresas detidas ou orientadas pelo estado que têm defendido o renascimento da energia nuclear.
mas já são bem conhecidos os riscos que enfrentam reactores costeiros como o de fukushima. de facto, estes riscos tornaram-se evidentes há seis anos, quando o tsunami no oceano índico em 2004 inundou o segundo maior complexo nuclear da índia, levando ao encerramento da central eléctrica de madras.

muitas centrais nucleares estão localizadas em zonas costeiras, porque utilizam grandes quantidades de água. no entanto, desastres naturais, como tempestades, furacões e tsunamis são cada vez mais comuns devido às alterações climáticas. estas vão provocar um aumento do nível dos oceanos e tornar os reactores costeiros ainda mais vulneráveis.

por exemplo, muitas das centrais nucleares localizadas na costa da grã-bretanha estão apenas a alguns metros acima do nível do mar. em 1992, o furacão andrew provocou danos significativos na central nuclear de turkey poin na baia de biscayne na florida. felizmente, não foram atingidos os sistemas críticos para o funcionamento da central.

todos os geradores de energia, incluindo as centrais a carvão e a gás, exigem grandes quantidades de recursos hídricos. mas as centrais nucleares exigem ainda mais. os reactores de água natural ou ligeira (light water reactor (lwr)), como os de fukushima, que usam a água como principal refrigerante, produzem a maioria da energia nuclear do mundo. as quantidades de água local que os lwr consomem para funcionarem, transformam-se em água quente que é bombeada para os rios, lagos e oceanos.

como os reactores localizados nas zonas do interior exercem uma grande pressão sobre os recursos de água doce - e provocam danos na vida vegetal e nos peixes - os países com zonas costeiras tentam construir as suas centrais nucleares junto ao mar. mas, seja no interior ou junto à costa, a energia nuclear é vulnerável aos efeitos das alterações climáticas.

à medida que o aquecimento global provoca um aumento das temperaturas médias e do nível dos oceanos, os reactores localizados no interior vão, cada vez mais, contribuir e ser afectados, pela escassez de água. durante a vaga de calor de 2003, as operações em 17 reactores nucleares comerciais franceses foram reduzidas ou interrompidas devido à rápida subida das temperaturas dos rios e lagos. em julho de 2006, o reactor espanhol de santa maría de garoña foi encerrado devido às altas temperaturas do rio ebro.

paradoxalmente, foram as mesmas condições que, em 2003 e 2006, impediram a indústria nuclear de fornecer toda a energia necessária na europa, que criaram um pico da procura de electricidade devido ao aumento da utilização de ar condicionado.

de facto, durante a onda de calor de 2003, électricité de france, que gere 58 reactores - a maioria deles em rios ecologicamente sensíveis como o loire - foi obrigada a comprar energias a países vizinhos no mercado "spot" europeu. a estatal edf, que normalmente exporta energia, acabou por pagar 10 vezes mais o preço da energia doméstica, com um custo financeiro de 300 milhões de euros.

da mesma forma, apesar de a onda de calor de 2006 ter sido menos intensa, os problemas de calor e água obrigaram a alemanha, a espanha, e a frança interromper o funcionamento de algumas centrais nucleares e reduzir as operações em outras. nesse ano, as empresas proprietárias de centrais nucleares na europa ocidental conseguiram excepções à lei que os impede de descarregar água quente nos ecossistemas naturais.

a frança gosta de exibir a sua indústria de energia nuclear, que fornecer 78% da electricidade do país. mas o consumo de água dessa indústria é tanto que a edf retira todos os anos 19 mil milhões de metros cúbicos de água de rios e lagos, ou seja, aproximadamente, metade do consumo total de água doce do país. a escassez de água doce é uma ameaça internacional cada vez maior e a maioria dos países não estão em condições de aprovar semelhantes sistemas energéticos, localizados no interior e com um consumo de água tão elevado.

as centrais nucleares localizadas junto ao mar não enfrentam os mesmos problemas em condições de calor, porque a água do oceano não aquece como a dos rios e lagos. e como dependem da água do mar não provocam uma escassez de água doce. mas, como demonstraram os reactores do japão, as centrais nucleares junto ao mar enfrentam perigos mais sérios.

quando o núcleo do reactor de madras foi atingido pelo tsunami foi possível encerrá-lo em segurança porque o sistema eléctrico estava instalado numa zona mais elevada do que a central. e, ao contrário do que aconteceu na central de fukushima, que foi directamente atingida, a central de madras estava longe do epicentro do terramoto que provocou o tsunami.

o principal problema da energia nuclear, num mundo com cada vez maior escassez de água, é que necessita de grandes quantidades de água, apesar de ser vulnerável à água. e, décadas após lewis l. strauss, presidente da agência de energia atómica dos estados unidos, ter afirmado que a energia nuclear se poderia tornar "demasiado barata", a indústria nuclear continua a subsistir graças aos subsídios governamentais.

apesar da atractividade da energia nuclear ter caído consideravelmente no ocidente, aumentou entre os chamados "recém chegados ao nuclear", o que representa novas ameaças, incluindo as preocupações com a proliferação das armas nucleares. além disso, com perto de dois quintos da população mundial a viver a menos de 100 quilómetros da costa, não é fácil encontrar locais junto à costa adequados para iniciar ou ampliar um programa de energia nuclear.

é provável que fukushima afecte irremediavelmente a energia nuclear, da mesma que o acidente de three mile island na pensilvânia em 1979, para não falar do grave acidente de chernobyl em 1986. no entanto, a julgar pelo sucedido após estes dois acidentes, os defensores da energia nuclear vão voltar à carga.
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