Quatro meses depois (Fukushima)

Energia Nuclear
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bcarmona
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Quatro meses depois (Fukushima)

Mensagem por bcarmona »

Depois de alguma histeria e muita desinformação decorrentes do acidente na central de Fukushima o bom senso está a regressar ao Japão e várias personalidades ligadas ao poder central e administração pública nipónicos têm feito notar publicamente a necessidade de reactivar no breve prazo parte das 35 centrais nucleares paradas (de um total de 54) em virtude do tsunami de dia 11 de Março. A desactivação de mais de metade das centrais nucleares japonesas provocou uma escassez de energia eléctrica no país que levou ao racionamento do consumo eléctrico. A permanência desta situação ditará inevitavelmente a entrada da economia nipónica em recessão.

Mas os japoneses não estão apenas preocupados com o breve prazo. Vozes relevantes têm também reiterado a necessidade do país manter uma aposta de longo prazo na energia nuclear. Desta vez foi a vez do governador de Tóquio afirmar a importância da energia nuclear e chegou mesmo a citar o exemplo da França, líder mundial no consumo relativo de energia nuclear. E eu acrescento, para alimentar um dos países mais industrializados do mundo com energia renováveis onde raio se iam colocar os paineis solares e as turbinas eólicas em ilhas que têm das mais elevadas densidades populacionais do planeta?

http://luzligada.blogspot.com/2011/07/a ... japao.html


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bcarmona
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Re: Quatro meses depois (Fukushima)

Mensagem por bcarmona »

Ainda que algumas figuras políticas sejam de opinião contrária, a actual vontade política japonesa, nomeadamente a do seu primeiro ministro Naoto Kan, é a de substituir a produção eléctrica atómica do país por fontes renováveis. Mas, tal como na Alemanha, a eliminação da energia nuclear no Japão obrigará forçosamente à construção de centrais termoeléctricas. Foi anunciado recentemente a intenção de se construir uma central a gás natural de 1.000MW de potência na baía de Tóquio. Continuo a achar, como no caso da Alemanha, que o Japão, assim que passar o alarmismo infundado em redor de Fukushima, admitirá que não existe alternativa viável, ou rentável, ao fecho das suas centrais nucleares. A troca dos reactores nucleares por queimadores a gás ou carvão terá, como consequência, o aumento da dependência japonesa do gás natural russo e um previsível aumento de doenças respiratórias e cancro pulmonar.

http://luzligada.blogspot.com/2011/07/g ... vavel.html

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mauri
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Re: Quatro meses depois (Fukushima)

Mensagem por mauri »

Então num momento em que boa parte dos países europeus desactivam as suas centrais gradualmente (alguns abandonando o nuclear em definitivo), o Japão substitui o nuclear por gás natural e boa parte das encomendas a novos reactores estão suspensas acham que o nuclear vai continuar a aumentar? Só nos sonhos da IAEA e de quem trabalha na área, como luzesligadas, ciências não são neutras e ecotretas, blogues pró-nuclear e antirrenováveis. Já toda a gente vos topou, mesmo cidadão comuns (como eu) que não são da área mas se interessam pelo seu futuro.
Pedro
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx ... cosfera%29
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mauri
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Re: Quatro meses depois (Fukushima)

Mensagem por mauri »

Fukushima. Um milhão de pessoas podem morrer
19 09 2011

Os cientistas voltam a falar em desastre pior que Chernobyl. Escreve hoje o jornal i que as famílias de Fukushima vão hoje buscar pertences às suas casas onde, muito provavelmente, nunca mais voltarão

As pessoas que viviam na zona evacuada em torno da central nuclear de Fukushima foram autorizadas a ir hoje às suas casas recolher alguns bens e verificar se está tudo bem com as propriedades.

Escreve o jornal i que é a primeira vez que às cerca de 20 mil famílias é permitido voltar pelos seus meios à zona que o governo japonês interditou depois do sismo e tsunami de 11 de Março terem danificado a central nuclear de Fukushima. Nas visitas anteriores os residentes foram transportados até à zona em autocarros e sob inúmeras restrições.

Após ter divulgado várias informações contraditórias e falsas esperanças, o governo japonês, muito criticado pela forma como tem lidado com as consequências do acidente, admitiu na semana passada que a zona evacuada não poderá ser habitada pelo menos durante uma geração, acrescenta o jornal i.

http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... 0e%20MEDIA
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