Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Para assuntos relacionados com o Micro-Produção.
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Tay
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por Tay »

caro djgh,

nunca é maçador, antes pelo contrário. agradeço-lhe desde já o seu esforço no esclarecimento destas duvidas.

em boa verdade, não tinha ficado liquido na discussão até agora que seriam instalados dois contadores. no caso de ser apenas um contador bidirecional então os consumos seriam realmente relevantes. assim sendo, é mais fácil fazer as contas.

falando em contas, a parte em que me perdi dizia respeito às diferentes unidades utilizadas e respectivas conversões. mas confesso que a minha leitura inicial do tópico foi algo “diagonal”…

mas constata-se ao ler o tópico que esta legislação não é muito fácil de ler (nada de anormal na legislação deste país!) e portanto há espaço para más interpretações e alguma confusão.
daqui a relevância de conseguir encontrar empresas certificadas que consigam esclarecer com a clareza que o djgh utilizou aqui.

portanto, contas feitas o investimento não é pago nos 5 anos (seria preciso pelo menos mais 1). alias o orçamento que ‘troquedeenergia.com’ apresenta corrobora aproximadamente as contas que o djgh apresentou.

a única forma de dar a volta à questão seria arranjar células mais baratas ou mais eficientes. o aumento de rendibilidade com a introdução de seguidores é interessante, mas o custo dos mesmos provavelmente deve inviabilizar esta opção.

basicamente percebo que o fv é uma opção para quem tiver aproximadamente 20.000€ à disposição e quiser arriscar na manutenção da tarifa bonificada e no aumento do custo da tarifa do regime geral durante os próximos anos.

a introdução de um mix de produção com um gerador eólico pode fazer diferença?

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celsomenaia
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por celsomenaia »

a introdução de um gerador eolico pode vir trazer mais uns euros, mas é necessário seguro de responsabilidade civil e o preço que pagam por kwh é menor

e atenção, artigo 5º (direitos do produtor)
c) vender a totalidade da electricidade produzida pela potencia permitida nos termos do artigo 4º, liquida dos serviços auxiliares

agora em portugues...(pelo menos a minha interpretação)

vender a totalidade da energia liquida dos serviços auxiliares.....

apenas o excedente é vendido, se produzir 5 kwh e consumir 5 kwh, o balanço é zero, não há energia excedente para vender

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katzilla
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por katzilla »

celsomenaia Escreveu:apenas o excedente é vendido, se produzir 5 kwh e consumir 5 kwh, o balanço é zero, não há energia excedente para vender
se produzires 5 e gastares 5, também nem recebes nem pagas, tens energia sem pagar.

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DJGH
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por DJGH »

celsomenaia Escreveu:a introdução de um gerador eolico pode vir trazer mais uns euros, mas é necessário seguro de responsabilidade civil e o preço que pagam por kwh é menor

e atenção, artigo 5º (direitos do produtor)
c) vender a totalidade da electricidade produzida pela potencia permitida nos termos do artigo 4º, liquida dos serviços auxiliares

agora em portugues...(pelo menos a minha interpretação)

vender a totalidade da energia liquida dos serviços auxiliares.....

apenas o excedente é vendido, se produzir 5 kwh e consumir 5 kwh, o balanço é zero, não há energia excedente para vender
a utilização de um aerogerador numa instalação fotovoltaica é possível, sendo a sua remuneração o plasmado no art.º 11:
"f) combinação das fontes de energia previstas nas alíneas anteriores na mesma unidade — a média ponderada das percentagens individuais aplicáveis utilizando como factor de ponderação os limites máximos de energia aplicáveis nos termos previstos no n.º 6."

o que foi referido no art.º 5: "c) vender a totalidade da electricidade produzida pela potência permitida nos termos do artigo 4.º, líquida dos serviços auxiliares.", significa que a energia vendida é a efectivamente injectada na rede (e que passa pelo contador), não a gerada pela unidade de microprodução que poderá uma parte ser consumida pelo sistema (por exemplo, unidades que tenham seguidores solares, uma parte da energia gerada é aproveitada pelos motores que fazem girar o o campo fotovoltaico no seguimento do sol). certo?
DJGH


Tay
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por Tay »

djgh Escreveu: o que foi referido no art.º 5: "c) vender a totalidade da electricidade produzida pela potência permitida nos termos do artigo 4.º, líquida dos serviços auxiliares.", significa que a energia vendida é a efectivamente injectada na rede (e que passa pelo contador), não a gerada pela unidade de microprodução que poderá uma parte ser consumida pelo sistema (por exemplo, unidades que tenham seguidores solares, uma parte da energia gerada é aproveitada pelos motores que fazem girar o o campo fotovoltaico no seguimento do sol). certo?
também foi essa interpretação que fiz. mas já agora, quando é que passamos de "interpretações" para reais verificações do que foi estipulado na lei?
há aqui regulamentação que falta. alguém sabe quando e quem vai estabelecer isso?

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DJGH
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por DJGH »

questionada a dgeg sobre a implementação do srm, o início dos registos dos instaladores, fabricantes ou seus representantes, e dos produtores interessados, assim como da implementação de regras técnicas sobre a microprodução obtive a seguinte resposta:
"espera-se que aregulamentação do dl 363/07, de 2 de novembro esteja pronta no final do corrente mês;
a entrada em funcionamento do processo será sempre após 1 de fevereiro;
por agora, prevê-se apenas aprovar um conjunto de orientações que viabilizem a aplicação do diploma;"
e mais não disse...
o que me parece, para não dizer "tenho a certeza", é que há-de chegar a data de entrada em vigor do d.l. 363/2007 e nada foi feito para a sua aplicação, ou seja, não á sítio para o registo (srm), não há regras técnicnas da microprodução, não há viabilidade de aplicação do diploma, não há instalações de microprodução.
DJGH

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orbis
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por orbis »

obviamente.
não lhes interessa estragar o negócio de uma empresa na qual ou já desempenharam ou ainda podem vir a desempenhar altos cargos.


srg
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por srg »

tenho estado a seguir este fórum, e fiquei com algumas dúvidas.
como a dge ainda nada fez para ser aplicado o dl 363/2007 que entra em vigor no próximo mês, a certiel que vai certificar as instalações também ainda nada fez…
ou seja, politizando um pouco esta matéria, chego à conclusão que estamos mais uma vez perante propaganda do governo.
e assim se emite mais umas toneladas de co2.
agora a nível técnico, uma vez que ainda não existe recomendações técnicas, gostaria que alguém me explica-se o seguinte:
tenho uma instalação com a potencia instalada de 6,9 kva, uma fonte de alimentação de 3,45 kva, e uma carga de por ex. 4,5 kva, sabendo que não posso ter duas fontes de alimentação simultâneas, como vou fazer a gestão da alimentação à minha carga?...terei que instalar um quadro transferência de cargas?...
naturalmente irei à rede da edp, julgo eu!...
e os 3,45 kva (máxima carga) dos módulos solares?...
injecto na rede?..
como, se a baixada é a mesma e o contador pelos vistos é único?...
são ainda algumas questões que me parecem importantes a nível técnico que gostaria que alguém me esclarecesse.

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celsomenaia
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por celsomenaia »

não é necessario um quadro de transferencia de cargas, já que o inversor do sistema solar faz essa gestão toda, apenas tem que ligar o inversor a instalação existente.

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DJGH
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por DJGH »

caro "srg",

pelos vistos não tem estado atento .
pode ter sim duas fontes de alimentação em simultâneo, basta que sincronizem uma com a outra (neste caso a microprodução é que sincroniza com a rede) e que lhe permitam que o faça (o d.l. 363/2007 permite depois de pedido e autorizado).
a sua "carga", a sua instalação de utilização, está ligada por intermédio de um equipamento de limitação de potência (o seu "diferêncial" da edp) e um contador a um ponto que é a origem da instalação (caixa de coluna, portinhola, o que seja). a sua instalação de microprodução irá ligar ao mesmo ponto de ligação (á mesma origem que a sua instalação de utilização) com um equipamento de corte e protecção e um contador bidirecional. são instalações distintas que coincidem no ponto de ligação, tal como o seu vizinho do lado tem a sua (dele) origem da instalação na mesma caixa de coluna que a sua, okay?

quanto à falta de regulamentação e do srm para se dar início à aplicação do diploma sobre a microprodução no início de fevereiro, como disposto, é simplesmente no meu entender falta de articulação e capacidade de "desenvolver trabalho" das entidades competentes. não tem a ver com políticas ou propagandas (penso eu), mas com as inércias dos burocratas.
outra coisa, ninguém sabe ainda (nós não sabemos) quem vai inspeccionar estas instalações. poderá ser a certiel, porquem tem uma vocação e um serviço montados, mas poderá ser outro organismo, como por exemplo as proprias delegações regionais do m. do economia que já o fazem a determinadas instalações. não penso que arranquem assim tantas instalações de microprodução como se pensa. aliás, se se pensar bem e analizar bem o custo/benefício destas instalações, qualquer potêncial interessado vai ter muitas dúvidas quanto à viabilidade e interesse financeiro do projecto aqui sim houve muita propaganda e informação distorcida do governo sobre a legislação que iría saír sobre a microgeração (que íríamos passar para avanguarda da europa) que a comunicação social fez grande eco, e no fim a montanha pariu um rato no meu entender. vamos ficar como estávamos, ou então com mais uma dúzia de instalações por ano que nos vai manter no "cú" da europa
DJGH


srg
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por srg »

esclarecido…
concordo consigo djgh
talvez não seja grande negócio.
grande negócio seria se fosse possível injectar na rede sep toda a energia produzida, e assim as contas já batiam certo (capacidade de produção kwh x 0,65€/ kwh = rendimento / custo do investimento), e fica amortizado em 5/6 anos.
mas tudo depende da utilização da instalação, na maioria das instalações durante o dia não está ninguém em casa, logo o consumo de energia poderá ser zero… ai…talvez…
ou na habitações de ocupação sazonal, o caso das casa de férias….
não. na prática nunca se vai entregar a totalidade da energia á rede, pelo que torna-se impossível de amortizar o investimento em 5 anos como o noticiado.
a não ser finte o sistema e coloque uma bateria a carregar durante a noite c/ energia da edp (bi-horário), e utilize depois durante o dia para os pequenos electrodomésticos (frigorifico, televisão, etc..)
ninguém dá nada a ninguém, muito menos o governo

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DJGH
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por DJGH »

caro "srg", lamento mas você ainda não está esclarecido!
estas instalações de microprodução não são para vender a produção excedente dos seus consumos à rede (não é como o título deste tópico diz).
esta instalações, ao abrigo do d.l.363/2007 são para venda total da sua produção à rede. repare, a sua instalação de utilização liga, depois do seu contador ao um ponto (na caixa de coluna do prédio, por exemplo) e a sua instalação de microprodução vai ligar, também depois do contador, ao mesmo ponto. portanto toda a energia gerada pela unidade de microprodução passa primeiro pelo contador e depois é que é injectada na rede vendida a 0,65 €/kwh. se você ainda apanhar alguns dos electrões que saiem desse contador da microprodução, eles vão entrar na sua instalação, passando pelo contador da sua instalação de utilização pelo preço de 0,107 €/kwh. percebeu que não tem autoconsumo, que vende tudo o que produz? se consumir alguma coisa da sua microprodução é por "acidente", mas paga-a a 0,107 a que vendeu antes a 0,65. correcto?
quanto a baterias, óbviamente que não fazem parte do sistema, e mesmo que as tivesse só iriam introduzir perdas e consequentemente menos energia vendida, para além do facto que se porventura a sua instalação de microprodução importe alguma energia da rede vai ser descontada na que injecta porque o seu contador é bidereccional (faz as continhas do "deve e haver", ou pensa que eles andam a dormir? )
DJGH


srg
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por srg »

confesso que estou baralhado!!!
pelo que percebi, a instalação de micro produção é ligada a montante do contador existente da hab., ou seja, na portinhola por ex. junto ao corta circuito fusíveis.
irei ter dois contadores?
será assim o raciocínio?

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DJGH
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por DJGH »

a instalação de microprodução é uma instalação própria que não tem nada a ver com a sua instalação da sua casa (que se designa por instalação de utilização). está separada fisicamente, com circuitos proprios, dedicados, como a instalação do seu vizinho do lado, apenas está fisicamente na sua habitação e só se encontra eléctricamente com a sua no ponto onde você se liga à edp. o seu ponto de ligação, se tiver uma vivenda, é na portinhola no muro da sua casa, onde liga a um barramentozinho por intermédio de 3 fusíveis se tiver trifásico. a seguir, os cabos de energia entram noutra caxinha situada também no seu muro, que tem um visor onde está o seu contador, e depois seguem para dentro de sua casa onde passam pelo limitador de potência selado e entram finalmente no seu quadro geral. a sua instalação de microprodução, apesar de estar no seu telhado (ou não) é isolada da sua instalação de casa, ou seja, os cabos de energia que saiem do campo fotovoltaico seguem para o inversor de ligação á rede, e depois seguem directamente sem interrupções até uma caixa igual á sua de entrada (a do contador, no muro) e ao lado dela, passa por um contador bidereccional e depois por um disjuntor (ao lado) e depois seguem para a portinhola e ligam lá por um fusivel (porque é monofásica) que está ligada, em paralelo com a sua instalação de utilização, ao mesmo barramentozinho. está claro agora? (ou faço um boneco? )
assim toda a energia que produz tem forçosamente de passar pelo contador da microprodução e entra depois na rede na portinhola. alguns dos electrões podem por acaso entrar nos fusíveis ao lado e dirigirem-se para a sua casa passando pelo seu contador, mas é com se viessem da rede. dúvidas?
DJGH


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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por srg »

caro djgh,
grato pelo seu esclarecimento.
não é necessário nenhum boneco, a não ser que tenha um projecto tipo.
sendo como diz, então já acredito na viabilidade destas instalações, ou falando de outra forma, acredito que o investimento seja pago em 5/ 6 anos.
qual a sua opinião?
é conhecida a tarifa após os 5 anos?
no seu entender o que será amortizado rápido, uma instalação exclusivamente fotovoltaica, ou mista por exemplo 70% solar + 30% eólica, com tarifa bonificada 0,65€ por kwh/ 0,46€ (70%) por kwh p/ eólica?

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DJGH
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por DJGH »

caro srg, viabilidade tem, pode é não ser muito interessante, vejamos:
uma instalação fotovoltaica de 3,68 kw poderá custar entre 20 e 25 mil euros (mais perto dos 25), e prevê-se que possa produzir entre 4,9 e 5,5 mwh de energia por ano. se for dos primeiros 10 mw atribuidos (o que eu acredito que irá ser preciso mais tempo para o atingir do que dizem p'ra aí os optimistas) terá uma remuneração anual entrte 3.185 e 3.575 € por anos. sem contar com o custo do dinheiro (que se chama juros de capital) ao fim de 5 anos recuperou entre 15.925 e 17.875 €. como diz o dec. lei, depois dos 5 primeiros anos a remuneração da energia passa a ser a que for na altura a remuneração das instalações dessa natureza, ou seja, o futuro a deus pertence.
como vê nos 5 anos não recupera de certeza. eu recordo-me de ter lido algures, e de fonte oficial, que uma instalação destas (fv de 3,68 kw) custava cerca de 12.000 €. aí sim, era negócio porque a amortização total estava garantida, mas este valor é pura demagogia, nem sei onde o foram buscar ou como o calcularam, só os módulos fotovoltaicos custam (a preço de fábrica ou revenda) isso ou mais ainda, e falta o inversor, equipamento de corte e protecção, contador, estrutura de suporte dos módulos, cablagens e mão-de-obra, não esquecendo a margem de lucro das empresas que neste tipo de instalação não vão conseguir esticar-se muito.
DJGH


R_C
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por R_C »

segundo o artigo 11º 2 a) e b) e 8, o limite previsto de potência de ligação anual é de 10 mw sendo aumentado anual e sucesisvamente em 20%, enquanto a tarifa é sucessivamente reduzida em 5%
se não houver entraves na renovação do contrato a apartir do 5º ano, mesmo com decrescimo da tarifa de referência, até 10 anos pode-se conseguir a amortização do investimento.

parece-me é que já são muitos factores a afectar a viabilidade, e qualquer problema com equipamento ou com o contrato traria muitos problemas ao produtor.

o que vos parece?


srg
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por srg »

o n.º 1 e 8 do artigo 11 suscita-me algumas dúvidas, no entanto a interpretação que faço ao artigo 11 é a seguinte:
durante os primeiros cinco anos ela é garantida a 0,65€/ kwh, após os cinco anos a tarifa poderá na pior das hipóteses, segundo o n.º 8 art. 11 de +/- 72 mwh instalados a nível nacional e a tarifa +/- 65% de 0,65€/ kwh que seria 0,42€ kwh durante 10 anos.
é certo que não é o negócio da china, mas se á tarifa de 0,65€ a instalação fv de 3,45 kva é amortizada +/- em seis anos logo parece-me razoável o investimento.
após os 5+10 anos a tarifa será igual ao que estiver na altura para o consumidor final, que actualmente é 0,11€.
quanto ao contrato, não sou jurista, mas se existe um d.l. e essa instalação foi licenciada ao abrigo desse mesmo d.l. c/ todas estes procedimentos ai inerentes, julgo que funciona como contrato. pois se este governo ou governos se lembrem a meio do jogo alterar as regras terá que manter aos actuais o estipulado no referido d.l. ou criar compensações indemnizatórias +/- como com a portagens da lusoponte.
no caso das fv, segundo os fabricates a garantia é de 5 anos e o equipamento não tem manutenção.
no meu entender…
certamente neste fórum existem pessoas mais entendidas neste assunto que eu, também gostaria de saber se o meu raciocínio relativamente à tarifa está correcto, e quais as suas opiniões.
caro “djgh” julgo que é um entendido no assunto, portanto deixo também este desafio para si.

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DJGH
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por DJGH »

boas tardes,
penso que as v/ interpretações do atr.º 11.º está correcta.
agora a minhas contas:
diz no referido art.º que a tarifa 0,65 é para os primeiros 10mw, ora isso dá cerca de 2.750 instalações de regime bonificado (n.º redondo), o que me parece muitas instalações para um ano só com estes “incentivos”, mas enfim, acreditemos. e acreditemos que todos os anos é atingido mais um escalão de 10 mw o que fará descer a remuneração do bonificado 5% a cada ano. usando uma folhinha de excel, verifico que a instalação de 3,68 kw que amortizou entre 15.925 e 17.875 € em 5 anos (produziu entre 4,9 e 5,5 kwh/ano) precisa de mais 3 a 4 anos para amortizar o seu custo (entre 20.000 e 25.000 €, mais perto dos 25). no total tivemos 8 a 9 anos para amortização simples (s/ juros do capital investido), restando-nos 6 a 7 anos para pagar o custo do dinheiro e meter uns cobrezitos no bolso. a partir do 15º ano, tudo o que produzirmos é o que poupamos na compra de energia. isto é se se mantiverem todos estes pressuposto, o que me parece difícil.
já tivemos um d.l. 312/2001 que era óptimo: instalações até 5 kw, contrato com duração vitalícia (enquanto aquela instalação estivesse a produzir), pago a +/- 0,56 €/kwh injectado. depois passou para +/- 0,44 €/kwh e 15 anos de contrato porque os promotores começaram a demonstrar interesse, e de repente, em novembro de 2005, suspendem todos os pedidos porque a dgge ficou entupida com 3.698 pedidos, totalizando 700 mva, quando havia disponíveis 22 mva, dizem eles. este d.l. 312/2001 continua em vigor, mas com os pedidos suspensos.
por estas razões, não acredito que os pressupostos de hoje continuem imutáveis, mas com um bocadinho de sorte os que conseguirem as primeiras ligações manterão nos 5 primeiros anos a tarifa anunciada, agora nos anos seguintes é que não digo nada. com um bocadinho de sorte pode ser que não haja grande adesão e as tarifas se mantenham altas para incentivar, pelo menos enquanto a adesão não atingir os limites previstos.
futurologia é uma arte difícil!
DJGH

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DJGH
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Re: Instalações fotovoltaicas para venda à rede do excedente

Mensagem por DJGH »

entrou em vigor dia 2 deste mês o d.l. 363/2007, 90 dias após a sua publicação como estava estabelecido, que na prática equivale a dizer que entrou hoje dia 4, primeiro dia útil.
como eu tinha previsto, o d.l. entrou em vigor mas não é ainda possível os interessados na microprodução fazerem os seus pedidos on-line (renováveis na hora do simplex) porque o srm (sistema de registo de microprodução) da responsabilidade da dgeg (dir. geral de energia e geologia) ainda não está activo.
segundo o site http://www.dgge.pt este srm irá estar disponível no próximo dia 27 pelas 12h. a ver vamos, como diría o ceguinho...
DJGH

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