Introdução ao OVD - parte 1 - "Óleo de fritar o quê???&
Enviado: quarta out 11, 2006 9:31 am
nota: qualquer dica que obtiverem dos utilizadores deste fórum deve ser ponderada com o conhecimento que cada um fôr construindo sobre este tema.
a utilização de ovd nos motores depende de alguns condicionantes, motivados pela superior viscosidade do óleo http://www.frybrid.com/forum/showthread.php?t=27 e pela forma como é queimado no interior da câmara de combustão.
para além disto, o óleo está sujeito a fenómenos de oxidação e polimerização que devem ser tidos em conta, pois são responsáveis pela ruína de muitos motores.
o primeiro passo a dar, é descobrir a marca da bomba de injecção (bi). o óleo vegetal a frio tem uma viscosidade muito superior à do gasóleo, o truque geralmente adoptado é o do aquecimento prévio. o óleo a 70-80 ºc tem uma viscosidade aceitável para as bombas bosch, denso, doowon, zexel, kiki e tdz. este.
para fazer face às novas normas antipoluição, a industria desenvolveu novos sistemas de injecção caracterizados por uma superior pressão de injecção,
sistemas de injecção:
a) injecção indirecta - o diesel tradicional; uma vela de incandescência aquece a pré-câmara de combustão onde o injector injecta o gasóleo a uma pressão entre 100 e 175 bares. este é o ideal para o ovd, sendo recomendável a verificação do sistema e a retaragem dos injectores para 180 - 190 bares no caso de se tratar de uma bomba das marcas descritas.
b) injecção directa - tdi 1ª geração - sem pré-câmara de combustão dispensam-se as velas de incandescência. o combustível é injectado a uma pressão de 180 a 300 bares, o que garante uma melhor ignição e combustão, com subsequente redução de depósitos e emissões.
c) injecção directa de 2ª e 3ª gerações - injectores bomba e common rail - caracterizam-se por uma pressão de injecção de 1300 a 2100 bares e mais, são demasiado delicados pelo que tem havido relatórios de problemas com o ovd ou biodiesel (bd).
aqui fica uma compilação realizada pelo hynek:
cmr (common rail system) - sistema de injecção de alta pressão do combustível nos motores diesel.
cdi - sistema de injecção de alta pressão do combustível nos motores diesel dos carros da mercedes benz.
mpi (multi point injection) - injecção múltipla do combustível.
pds (pumpe dûse system) - sistema de injecção directa de alta pressão nos motores diesel. através deste decorre a pré-injecção e a injecção principal sob uma pressão muito elevada, que poderá ultrapassar até 200 mpa (2.000 bar). por efeito de alta pressão ocorre uma melhor dispersão do combustível, que se mistura muito mais facilmente com o ar. graças a pds aumenta a eficácia da combustão da mistura, a potência e o momento de torção do motor aumentam. o consumo e a poluição pelo contrário diminuem.
td (turbo diesel) - motor diesel com turbo.
tdi (turbo diesel injection) - motor diesel com turbo e com a injecção directa. um automóvel com tdi tem o motor munido de injecção directa com regulação electrónica, turbo-compressor e refrigerador do ar admitido. o combustível está, neste caso, injectado sob pressão elevada directamente para a câmara de combustão. o ar admitido, comprimido por turbo-compressor e arrefecido no refrigerador, chega à câmara de combustão através de canal de admissão especial em forma helicoidal (tipo parafuso). este sistema é benéfico para a potência do motor, o consumo do combustível e a quantidade de emissão poluidora.
existem três abordagens fundamentais ao ovd:
1ª mistura controlada: segundo a época do ano, misturando ovd, gasóleo e gasolina (gasolina 2%) para melhorar o arranque do motor frio e reduzir a viscosidade, esta abordagem dispensa qualquer alteração no sistema de alimentação e injecção, mas raramente vai acima dos 50% do ovd de verão e 30-35% de inverno e apenas para as bombas recomendadas.
2ª o kit bicombustível: esta abordagem usa um sistema de 2 depósitos, um pequeno, com gasóleo para dar o arranque do motor em frio e para substituir o ovd no sistema antes da paragem do motor, e o depósito do carro, atestado com ov para usar quando o motor já estiver quente... o sistema funciona de forma semelhante ao gpl. existem diversos fabricantes de kits que usam este principio.
3º o kit elsbett: este fabricante, que é o que tem maior experiência e crédito junto da comunidade, desenvolveu um motor que utiliza unicamente óleo vegetal como combustível, devido a problemas de comercialização, criou um sistema de adaptações para motores comuns que permite utilizar ov100 (ovd a 100%). baseia-se no aquecimento do combustível, para reduzir a sua viscosidade, alterações ao nível da pressão e padrão de injecção dos injectores, utiliza também velas de incandescência mais potentes e que ficam acesas durante mais tempo, para melhorar a ignição e combustão a frio. este sistema tem, no entanto a desvantagem de permitir a contaminação do óleo lubrificante com ov. isto também sucede com o gasóleo sendo que posteriormente quando o motor aquece o gasóleo vaporiza e vai retornar ao sistema pela admissão de ar, o ov não vaporiza. devido a este inconveniente é necessário mudar o lubrificante e o filtro com o dobro da frequência.
diversos utilizadores utilizam um sistema de aquecimento eléctrico dos tubos dos injectores em substituição dos injectores elsbett. para um melhor entendimento da problemática do ovd recomenda-se:
- http://www.journeytoforever.org/biodiesel_svo.html
- igualmente uma visita ao tópico "os nossos linques"
neste fórum temos como boa a tabela elaborada pelos nossos colegas franceses do oliomobile, que especifica as percentagens recomendadas para os diversos tipos e marcas de bombas de injecção e que recomenda as alterações a efectuar nos motores para poder queimar ov100:
- http://www.oliomobile.org/documents/clehvb_35.pdf
- para saberem como os vossos veículos se comportam com ovd, existem duas bases de dados que podem consultar seguindo "os nossos linques".
- depois de saberem alguma coisa sobre os vossos carros e terem estudado um pouco o assunto, não hesitem em expor aqui as vossas dúvidas.
sobretudo recordem que isto é ainda experimental, mas que podemos sempre aprender com as experiências dos outros em vez de cometer todos os erros.
linques alguns fabricantes de kits:
http://seealte.europecon.net/
http://www.elsbett.de
http://www.biocar.de
http://www.wolf-pflanzenoel-technik.de
http://www.greasecar.com
elaborado por manuelcar e hynek
a utilização de ovd nos motores depende de alguns condicionantes, motivados pela superior viscosidade do óleo http://www.frybrid.com/forum/showthread.php?t=27 e pela forma como é queimado no interior da câmara de combustão.
para além disto, o óleo está sujeito a fenómenos de oxidação e polimerização que devem ser tidos em conta, pois são responsáveis pela ruína de muitos motores.
o primeiro passo a dar, é descobrir a marca da bomba de injecção (bi). o óleo vegetal a frio tem uma viscosidade muito superior à do gasóleo, o truque geralmente adoptado é o do aquecimento prévio. o óleo a 70-80 ºc tem uma viscosidade aceitável para as bombas bosch, denso, doowon, zexel, kiki e tdz. este.
para fazer face às novas normas antipoluição, a industria desenvolveu novos sistemas de injecção caracterizados por uma superior pressão de injecção,
sistemas de injecção:
a) injecção indirecta - o diesel tradicional; uma vela de incandescência aquece a pré-câmara de combustão onde o injector injecta o gasóleo a uma pressão entre 100 e 175 bares. este é o ideal para o ovd, sendo recomendável a verificação do sistema e a retaragem dos injectores para 180 - 190 bares no caso de se tratar de uma bomba das marcas descritas.
b) injecção directa - tdi 1ª geração - sem pré-câmara de combustão dispensam-se as velas de incandescência. o combustível é injectado a uma pressão de 180 a 300 bares, o que garante uma melhor ignição e combustão, com subsequente redução de depósitos e emissões.
c) injecção directa de 2ª e 3ª gerações - injectores bomba e common rail - caracterizam-se por uma pressão de injecção de 1300 a 2100 bares e mais, são demasiado delicados pelo que tem havido relatórios de problemas com o ovd ou biodiesel (bd).
aqui fica uma compilação realizada pelo hynek:
cmr (common rail system) - sistema de injecção de alta pressão do combustível nos motores diesel.
cdi - sistema de injecção de alta pressão do combustível nos motores diesel dos carros da mercedes benz.
mpi (multi point injection) - injecção múltipla do combustível.
pds (pumpe dûse system) - sistema de injecção directa de alta pressão nos motores diesel. através deste decorre a pré-injecção e a injecção principal sob uma pressão muito elevada, que poderá ultrapassar até 200 mpa (2.000 bar). por efeito de alta pressão ocorre uma melhor dispersão do combustível, que se mistura muito mais facilmente com o ar. graças a pds aumenta a eficácia da combustão da mistura, a potência e o momento de torção do motor aumentam. o consumo e a poluição pelo contrário diminuem.
td (turbo diesel) - motor diesel com turbo.
tdi (turbo diesel injection) - motor diesel com turbo e com a injecção directa. um automóvel com tdi tem o motor munido de injecção directa com regulação electrónica, turbo-compressor e refrigerador do ar admitido. o combustível está, neste caso, injectado sob pressão elevada directamente para a câmara de combustão. o ar admitido, comprimido por turbo-compressor e arrefecido no refrigerador, chega à câmara de combustão através de canal de admissão especial em forma helicoidal (tipo parafuso). este sistema é benéfico para a potência do motor, o consumo do combustível e a quantidade de emissão poluidora.
existem três abordagens fundamentais ao ovd:
1ª mistura controlada: segundo a época do ano, misturando ovd, gasóleo e gasolina (gasolina 2%) para melhorar o arranque do motor frio e reduzir a viscosidade, esta abordagem dispensa qualquer alteração no sistema de alimentação e injecção, mas raramente vai acima dos 50% do ovd de verão e 30-35% de inverno e apenas para as bombas recomendadas.
2ª o kit bicombustível: esta abordagem usa um sistema de 2 depósitos, um pequeno, com gasóleo para dar o arranque do motor em frio e para substituir o ovd no sistema antes da paragem do motor, e o depósito do carro, atestado com ov para usar quando o motor já estiver quente... o sistema funciona de forma semelhante ao gpl. existem diversos fabricantes de kits que usam este principio.
3º o kit elsbett: este fabricante, que é o que tem maior experiência e crédito junto da comunidade, desenvolveu um motor que utiliza unicamente óleo vegetal como combustível, devido a problemas de comercialização, criou um sistema de adaptações para motores comuns que permite utilizar ov100 (ovd a 100%). baseia-se no aquecimento do combustível, para reduzir a sua viscosidade, alterações ao nível da pressão e padrão de injecção dos injectores, utiliza também velas de incandescência mais potentes e que ficam acesas durante mais tempo, para melhorar a ignição e combustão a frio. este sistema tem, no entanto a desvantagem de permitir a contaminação do óleo lubrificante com ov. isto também sucede com o gasóleo sendo que posteriormente quando o motor aquece o gasóleo vaporiza e vai retornar ao sistema pela admissão de ar, o ov não vaporiza. devido a este inconveniente é necessário mudar o lubrificante e o filtro com o dobro da frequência.
diversos utilizadores utilizam um sistema de aquecimento eléctrico dos tubos dos injectores em substituição dos injectores elsbett. para um melhor entendimento da problemática do ovd recomenda-se:
- http://www.journeytoforever.org/biodiesel_svo.html
- igualmente uma visita ao tópico "os nossos linques"
neste fórum temos como boa a tabela elaborada pelos nossos colegas franceses do oliomobile, que especifica as percentagens recomendadas para os diversos tipos e marcas de bombas de injecção e que recomenda as alterações a efectuar nos motores para poder queimar ov100:
- http://www.oliomobile.org/documents/clehvb_35.pdf
- para saberem como os vossos veículos se comportam com ovd, existem duas bases de dados que podem consultar seguindo "os nossos linques".
- depois de saberem alguma coisa sobre os vossos carros e terem estudado um pouco o assunto, não hesitem em expor aqui as vossas dúvidas.
sobretudo recordem que isto é ainda experimental, mas que podemos sempre aprender com as experiências dos outros em vez de cometer todos os erros.
linques alguns fabricantes de kits:
http://seealte.europecon.net/
http://www.elsbett.de
http://www.biocar.de
http://www.wolf-pflanzenoel-technik.de
http://www.greasecar.com
elaborado por manuelcar e hynek