“é um imperativo nacional promover a produção de energia com recurso à biomassa que resulte da limpeza das florestas”.
Na sequência de um pedido feito pelo Governo português, a 8 de janeiro de 2018, a Comissão Europeia aprovou um sistema de ajudas estatais que apoia a criação de infraestruturas para unidades de biomassa localizadas na proximidade de área florestais consideradas críticas ao nível de riscos de incêndio.
Desconheço esta tecnologia, mas tenho dúvidas que o material resultante da limpeza florestal tenha grande valor energético comparando com pellets que pelo que sei são fabricadas com matéria-prima essencialmente a partir do abate de árvores nos EUA.Assim, Matos Fernandes defende a promoção e instalação de centrais de cogeração de diversas dimensões e capacidades para responder às necessidades de aquecimento e de arrefecimento – e que terão a vantagem de facilitarem a gestão florestal. “Portugal acredita que os desafios lançados pelas alterações climáticas e a transição para uma sociedade de baixo carbono vai contribuir para atingirmos níveis elevados de prosperidade, para criarmos mais postos de trabalho, e para termos uma sociedade mais justa, dentro dos limites impostos pela natureza”, rematou o ministro.
Dizer que a biomassa é renovável ou carbon neutral é um bocado esticar essa noção. A replantação pode demorar mais de 50 anos a recuperar o CO2 libertado.
District heating, no campo? Faz sentido?responder às necessidades de aquecimento e de arrefecimento
Depois há a questão do investimento que a EDP quer que o Estado faça na central a carvão que está na idade de reforma para transformar em central a biomassa. Será que essa tecnologia além dos problemas do CO2 que liberta ainda é economicamente competitiva com eólica e solar com armazenamento de energia, por exemplo em hídrica reversível ou até baterias? Ou é mais um engodo para o Estado gastar dinheiro e garantir tarifas acima do preço de mercado durante meio-século à EDP?