interpretei mal os 9%, mas no fim é bem visível a segunda afirmação, já que era preciso multiplicar por 20 vezes essa energia, o que está severamente errado.de onde viria esta energia então? a hidroeléctrica está muito próxima do seu limite máximo, e as restantes energias renováveis apenas fornecem 9% da produção total. se* contarmos com as perdas de energia no carregamento e utilização da bateria (apenas 81% é aproveitada, o que é um problema bem menor nos veículos a combustíveis), então seria necessário multiplicar a produção de electricidade eólica/solar/ondas por 20 para fazer movimentar os automóveis eléctricos! alguém acha que isto é fazível?
falo ironicamente no movimento por causa destes parágrafos.
nestas contas assumo que a utilização do automóvel se manteria constante. dado que o custo por km é menor num carro eléctrico face ao convencional (o preço de aquisição é que é maior), é de esperar que o número de quilómetros percorridos seja então maior, o que ainda agravará mais o problema.
investimentos em quê, em pontos de carga, será assim tão caro espalhar por ai uma tomadas com contador.????? ou será melhor continuar a financiar os fabricantes que teimam em não cumprir as normas, ou seja, até cumprem, as normas é que ficam na prateleira à espera que os fabricantes se adaptem a elas para depois evitarem as multas. disto ninguém fala.de resto, a falta de cabimento dos argumentos do "em teoria", no que toca à mobilidade, pode ser vista ao pensarmos numa solução que poderia ser aplicada amanhã, sem qualquer investimento ou inovação tecnológica. uma solução que em teoria tornaria a mobilidade automóvel muito mais eficiente e menos inimiga do ambiente. bastaria que os carros levassem 5 pessoas em vez das 1,3 ou 1,4 actuais. seria um quarto (são fenómenos que crescem mais do que proporcionalmente com o número de veículos) da poluição, um quarto do congestionamento, um quarto de sinistralidade, um quarto de energia consumida. tudo ao alcance de todos, muito simples e bonito, só que... não funciona.
este é para rir, como se todos os veículos estivessem a abastecer ao mesmo tempo. parece que o carro eléctrico só pode vir quando realmente for verde, então e os outros transportes eléctricos, também só circulam quando à vento, já alguma vez tiveram parados por falta de energia, e porque são eléctricos em vez de a diesel.p.s. há ainda outro problema técnico, que é a inconstância da produção das fontes renováveis. só há energia eólica quando há vento, só há energia solar quando há sol. como os automobilistas não vão ficar à espera do vento/sol para poderem carregar as baterias, a ideia das "emissões zero" entra definitivamente no campo da ficção científica.
além disto tudo parece que tudo isto é para ser uma volta directa para os eléctricos, ou seja, no dia x-x-x às tantas horas deixa-se de andar de motor de expulsões e passa a eléctricos. a coisa é gradual, e com isso a tecnologia evolui e verifica-se os problemas.
e para completar....
a ver: uma entrevista do guardian a fatih birol, presidente da agência internacional de energia, onde ele vai admitindo a algum custo que a aie considera agora que a extracção de petróleo irá cair muito mais rapidamente do que o esperado, e que chegaremos ao pico do petróleo daqui 10 anos. versão texto com mais informação aqui.