Alves10, obrigado pela sua explicação!
Também estou sempre aberto a aprender, e por acaso esse tema (que também as cargas resistivas criavam picos na rede) eu já tinha dado isso há muitos tempo... Na altura que estudava eletrónica.
Apesar de ter gostado da sua explicação e das analogias, muito rapidamente vou referir uns pontos que não concordo!
Alves10 Escreveu:
Boas, não querendo entrar em grandes polémicas mas tentando esclarecer um pouco as coisas. A descrição que o Emanuel faz de picos resistivos (como no exemplo da lâmpada) está correcto, o que está mal é chamar-lhes "Picos indutivos", para serem indutivos tinham de provocar um desfasamento entre a corrente e atenção, e isso não acontece.
Há um desfasamento entre a corrente e a tensão (quanto maior o pico, maior o desfasamento) é só reparar na onda sinusoidal durante o pico.
Uma carga resistiva é como se tivesse-mos um camião cisterna totalmente cheio de agua. No arranque inicial o motor do camião faz um grande esforço para por em movimento toda aquela carga, conforme vai atingindo a velocidade de "cruzeiro" o esforço reduz e tende a ser constante.
Esta analogia "assenta que nem uma luva" se estivéssemos a falar de uma carga indutiva/capacitiva, (apesar de haver variações durante o percurso)
Numa carga Indutiva é como se tivesse-mos o mesmo camião mas com o tanque meio de agua. No arranque inicial o motor faz um esforço mas não tão grande como na situação anterior, a agua tende a ficar no mesmo sitio e não vai acompanhar o movimento inicial do camião, até que bate no fundo da cisterna (vai fazer tipo de uma onda). com isto o camião abranda a sua velocidade e pede mais esforço do motor. Depois quando a onda volta para o lado da frente do camião a velocidade do mesmo volta a aumentar e o esforço do motor diminui. Todo este ciclo se vai repetindo conforme o camião acelera ou trava.
Na pratica temos um desfasamento entre o movimento do camião e a movimentação da carga (a agua na cisterna)
Aqui e exactamente ao contrário, reflita cmg!
Comparando o camião com um motor (carga indutiva) no arranque é na altura que vai exigir mais energia (pico= a tanque cheio) quando o motor atingir "a velocidade de "cruzeiro" o esforço reduz e tende a ser constante" (apesar de não ser sempre constante).
Já para não falar se a cisterna estiver pela metade, (dependendo do arranque, e do volume de água) vai exercer uma força enorme no sentido contrário ao do sentido do camião, que irá consumir o mesmo, ou mais que tendo cheio...
Estou um pouco atarefado... depois volto para falar mais do assunto, que é deveras interessante.