
Como grande parte dos aficionados por estas novas tecnologias para a mobilidade, eu já tinha testado o i3 sem o REx (Range Extender). Adorei o carro. É divertido de conduzir; Potente; Ágil. Enfim, tem tudo o que a BMW já nos habituou a nível de qualidade e inovação, mas com um preço muito mais elevado do que os seus concorrentes mais próximos. É bom, mas caro.
O modelo com o REx é ainda mais caro, mas deixou-me siderado! O sistema está fantástico. O motor 650cc da Maxi-Scooter desportiva/turística da BMW, equipa a traseira do i3 e serve, juntamente com o depósito de 9 litros de gasolina, como uma magnífica reserva de 150 km, a juntar aos já 150 km de autonomia eléctrica existente. Não temos um gerador/carregador de bateria, nem um motor que vá às rodas auxiliar o sistema eléctrico. Nada disso! Temos um "gerador" que mantém a carga da bateria, sempre que pressionamos o botão respectivo.
Claro que, se andarmos depressa, o "gerador" não consegue carregar à mesma velocidade com que gastamos a energia das baterias. Mas acreditem que, se usarmos o sistema com inteligência, podemos fazer muitas centenas de quilómetros sem andar devagar.
E é mesmo por aqui que vou começar. Apesar de este (o branco) não ter sido o primeiro i3 com REx que testei, foi neste que fiz os testes mais interessantes.
Deixem-me apenas começar por agradecer à Santogal (que está a explorar o Stand BMW i da Avenida da República em Lisboa), visto que me emprestaram um dos seus veículos para essa minha primeira experiência, e à ZEEV, que além do excelente trabalho que tem feito representando várias marcas de veículos (carros, motos e bicicletas) eléctricos, também me emprestou o i3 que me permitiu os segundos testes.
Fotos do primeiro REx, o cinza:
Fotos do segundo REx, o branco:
Com o branco, fiz mais de 500 km seguidos (sim, mais de meio milhar de quilómetros) sem ter um carregador disponível (não há ainda carregadores rápidos a sul de Lisboa) e com pressa (autoestrada A2 sempre a uma velocidade ligeiramente alta).
-- Foto do display em andamento. Comecei por sair com cerca de 85% do depósito de gasolina e 100% do "depósito" eléctrico. Apanhei a A2 e fui a uma velocidade fixa ligeiramente acima do normal... Liguei o REx quando tinha cerca de 70% da carga. Ao fim de 98 quilómetros de percurso, na AS de Grândola, fui meter gasolina. Estava com 30% de gasolina e 55% de bateria. Meti 7 litros e continuei ao mesmo ritmo.
-- Foto interessante do display mostrando o ponto dos 70% onde fixei o manter carga e o que faltava carregar até lá chegar. Passado 82 quilómetros estava na AS de Almodôvar com cerca de 35% de gasolina e 32% de bateria. Meti mais 6 litros e meio e continuei. Saí em Silves e fiz o resto por nacional.
-- Foto do abastecimento na AS. Cheguei a Portimão, tratei das coisas que tinha de tratar e pouco depois regressei fazendo o caminho inverso. Desta vez não entrei na A2 em Silves, fiz um pouco mais de nacional. Abasteci em São Marcos da Serra. Foram mais 115 km. Estava com 15% de gasolina e 26% de bateria. Meti 8 litros e segui. A meio do Alentejo entrei na A2. Não me recordo bem onde.
-- Foto com os painéis do restaurante da Mimosa onde já carreguei com a Vectrix. Cheguei à AS de Alcácer do Sal e voltei a abastecer. Foram mais 134 km. Desta vez, já tinha apenas 10% de gasolina (estava mais confiante!) e 24% de bateria. Meti 8 litros e meio e continuei até casa. Quando estava quase a chegar e vi que tinha autonomia eléctrica suficiente, resolvi desligar o REx. Cheguei com 55% de gasolina e 7% de bateria. Finalizei este teste e o carro passou a noite a repor os 100% de carga na bateria (foram mais de 20 kWh).
-- Foto do i3 white estacionado. 512 km seguidos num carro eléctrico com extensor. Um "depósito" eléctrico gasto juntamente com 32 litros de gasolina (30 durante a viagem e mais cerca de 2 que já lá estavam antes). E saí da Margem-Sul com pouco mais de duas horas para chegar ao Algarve. Não me atrasei. 5*.

PS: A foto da cerveja deveu-se a um pedido da minha sogra que tem um café e precisava de stock. :-p.