Eólica não baixa preço da energia

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luimio
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Eólica não baixa preço da energia

Mensagem por luimio »

investimento - 1800 postos de trabalho em sete fábricas

"nós vivemos num mundo de energia cara e temos de nos habituar a isso”. foi assim que ontem, em viana do castelo, manuel pinho, ministro da economia, justificou o facto de o investimento em energias limpas e renováveis, como as eólicas, se traduzir em aumento de custos para os consumidores.

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manuel pinho diz que 'temos de nos habituar a viver num mundo de energia cara' e os consumidore têm que pagar a factura

“a energia tem de ser paga por todos nós, porque se de um lado há alguém que produz energia, do outro lado há alguém que compra energia e isso tem um preço”, explicou o ministro, sublinhando que, apesar de tudo, com a concessão assinada ontem em viana do castelo, a “energia eólica vai ficar cinco por cento mais barata”.

mas esta redução da tarifa da energia eólica não é a única vantagem, “para o governo e para o país”, da concessão de 48 parques eólicos (1200 megawats de potência) ao consórcio eneop – eólicas de portugal, constituído por vários parceiros, como a enercon e a edp.

para além da construção dos já referidos parques, o consórcio vai construir sete fábricas para a produção de aerogeradores, cinco em viana do castelo, uma em braga e outra em sver do vouga; vai criar 1800 postos de trabalho directos e um fundo de inovação, no montante de 35 milhões de euros, o que vai permitir alimentar o plano tecnológico e a ligação entre as universidades e as empresas do sector.

o investimento da década

a concessão assinada ontem pelo governo e pela eólicas de portugal implica um investimento de 1,675 milhões de euros, 1,470 milhões dos quais para a construção dos 48 parques, 165 milhões para a edificação das fábricas de aerogeradores e 35 milhões para o fundo de financiamento do sistema científico.

para aníbal fernandes, presidente da eneop, trata-se do “projecto industrial mais importante desta década em portugal, não apenas pela dimensão dos números ou pela quantidade de emprego que cria, mas porque contribui decisivamente para o esbatimento das assimetrias regionais”.

sublinhando a “riqueza” que o recurso eólico representa para o nosso país, aníbal fernandes disse que “a aposta em energias renováveis e limpas vai trazer grandes vantagens ambientais e económicas”.

“isto agora tem um custo, mas a médio prazo vai fazer com que a energia seja mais barata, só pelo que se poupa em taxas de co2”, disse aníbal fernandes.

ontem foi lançada a primeira pedra do complexo industrial de viana do castelo, junto aos estaleiros navais, que tem de estar concluído até dezembro de 2009.

a partir dessa altura, portugal vai fabricar 150 aerogeradores por ano, 90 dos quais (60 por cento) destinados à exportação.

os números de um grande investimento

fábricas

a eólicas de portugal vai construir sete fábricas de raiz, mas o fabrico dos aerogeradores implica um cluster constituído por 29 empresas.

exportação

cerca de 60 por cento da produção é para vender para o estrangeiro. dos 150 aerogeradores fabricados por ano, 90 são para exportação.

emprego

o investimento é de 1675 milhões de euros e está prevista a criação de 1800 postos de trabalho directos. os primeiros 800 até 2008.
secundino cunha, braga

fonte:
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=11&p=200

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