NovaEnergia

Na incessante procura por otimizar a redução de consumos desnecessários e uma maior eficiência...

Procuro soluções para minimizar o gasto do caudal de água fria quando se abre uma torneira de água quente e se espera que esta nos brinde com a sua presença

Ou seja, nos dia de hoje já poupo no seu aquecimento usando AQS (solar), mas custa-me desperdiçar uns bons litros quando abro a torneira e os 35-40º demorar a lá chegar.
Poderia obviamente encher 'coisas', mas pretendo algo sistémico ou pelo menos conhecer o que existe no mercado para colmatar este problema.

Numa procura inicial descobri:

1.
https://www.kickstarter.com/projects/13 ... rst-second
Um acumulador para ter água quente mal se abre a torneira.
Não é barato! Será que a mantem assim por tanto tempo?


Link


2.
http://www.aquareturn.com/store/es/
Um gestor de retorno de água fria até a água quente chegar à torneira.
Funcionará bem a injeção de pressão de água na tubagem de fria?


Link


Alguém conhece estas ou outras soluções para este problema?
Obrigado

Interessante...

Não vi os vídeos, mas a solução 1 terá o problema de a água nos canos arrefecer entre utilizações, ou não? E aí terá o mesmo problema...

Pois, a 1ª opção tem a água quente acumulada localmente mas não sei se mistura com a que vem nos canos.

E que tal aqueles 'esquentadores eléctricos' que se metem em cada saída de água quente? Gastam muita energia, mas funcionariam apenas enquanto a água quente não chegasse (suponho que tenham um termostato integrado)...

Este tema também me interessa!

jmlflorencio Escreveu:E que tal aqueles 'esquentadores eléctricos' que se metem em cada saída de água quente? Gastam muita energia, mas funcionariam apenas enquanto a água quente não chegasse (suponho que tenham um termostato integrado)...

Desses nunca! Os meus filhos gostam muito da 'água do sol' (como apelidam o recente AQS) e custa-me agora nos meses de inverno ter que ligar a resistência (2kW, 2h no periodo vazio) durante alguns dias com menos sol.
Um aquecedor de água necessita no minimo de uns 32A de pico para funcionar decentemente... e durante o periodo de tarifa cheia! Não gosto de gastar água, mas tento ser racional no uso da energia.

Acho que já a mais de uma década que poupo essa água fria.
Coloco o chuveiro num balde e espero que aqueça a água.
E uso essa água para regar plantas, e outros fins.
Com paciência fazemos as coisas.

Isso resulta quando não se tem 3 filhos a tomar banho, além de que não quero ter baldes de excesso de água das 2 casas de banho a passear pela casa (piso de madeira).
Procuro um sistema que permita poupar automáticamente, tal como já faço com a água das caleiras (chuva e purga do AQS) que é encaminhada para um reservatório de 300L para regar a horta todos os dias automaticamente.

MRider Escreveu:Acho que já a mais de uma década que poupo essa água fria.
Coloco o chuveiro num balde e espero que aqueça a água.
E uso essa água para regar plantas, e outros fins.
Com paciência fazemos as coisas.

Também o faço, geralmente uso depois na sanita... mas não é só no banho que se usa água quente!

Se não querem por baldes é fácil. Basta adicionar mais uma canalização de volta ao reservatório de água fria.

É isso que faz a solução 2).
Uma simples ligação não funciona porque tem que ser uma ligação com retorno em pressão na tubagem dada a circulação invertida que passa a existir.

Epa eu tenho uma tão simples, por enquanto tenho esquentador a gás e consome uns bons litros mas encho sempre um balde até aquecer e depois esse excesso despejo para uso no autoclismo, dá trabalho!

Compensa claro mas dá trabalho lol!

a primeira soluçao é engraçada, pode tirar partido da estratificação da agua e funciona como um cilindro sem aquecimento... mistura a fria com a quente...
a segunda soluçao embora consuma eletricidade, nao deve ser nada de especial, so precisa de criar algum desnível entre a pressão dos canos(frio/quente) , e tem a vantagem de se estiver bem posicionado na instalaçao funcionar para todas as torneiras com poucas percas.

Os chamados chuveiros eletricos usam-se muito no brasil, mas lá a realidade é diferente: menos necessidade de aquecer agua e taxas de potencia menos penalizadoras.
Penso (embora sem experiencia) que colocar um pequeno termoacumulador na casa de banho (50 litros - 100€) resolverá o problema da agua fria dos canos.
Imagino que a ultima entrada de agua no cilindro tenha vindo nos paineis solares a 80 graus. Se umas horas depois entrarem 10 litros (1/5 da capacidade) de agua fria, não deve arrefecer muito. Neste exercicio mental poderemos entrar com outros valores.
Se regular a entrada de agua no cilindro o mais quente possivel, E regular o cilindro para ligar a resistencia só com a temperatura de 45graus. poucas vezes deve ter de ligar a sua resistencia

No meu atual sistema de AQS a misturadora termoestática está logo na saída do acumulador misturando os 80º com fria até fazer 45-50ºC para circular nas tubagens.
O problema é a tubagem mais distante da casa de banho que tem duche pois demora a lá chegar. E não pretendo gastar para aquecer elétricamente a água que vai lá chegar quente do sol.
Próxima fase vai ser quantificar essa mesma água para ter melhor noção do desperdicio.

Penso que o melhor mesmo é o balde qualquer outra solução nunca mais vai ser amortizada a não ser que a distância seja muito grande e se percam muitos litros de agua mas não deve ser mais de 10 ou 15 litros na pior das hipoteses.

Sim, amortizar uns 200-300€ de uma possível solução não deve ser a curto prazo, mas seria mais por uma questão de principio de poupança de um recurso escasso.
Mas assumindo esse pior cenário de uso, vou fazer umas contas:

5 pax * 5 banhos por semana * 10 litros = 250 litros / semana ou seja, em ~50 semanas seria 12.500 litros / ano
Em média gasto um total de 8 ou 9 m^3 por mês, e já com taxas, tarifas, resíduos e saneamento pago ~2,33€ por cada m^3 (1000 litros).
Por ano pouparia uns ~30€ ou seja uns ~10 anos para reaver o investimento.

em 10 anos avaria o sistema

Só existe uma solução para evitar desperdício: minimizar o volume de água nos tubos desde a origem (termoacumulador/esquentador) até ao ponto de consumo. Ou reduz a dimensão dos canos (e impede o bom caudal) ou então só mesmo reduzindo o comprimento das tubagens. Tipicamente esse é um problema inerente às AQS com solar térmico, já que o painel pode estar longe.

Eu pessoalmente vou instalar dois termoacumuladores elétricos: um de 30L na cozinha e um de 100L para quartos de banho. O tempo de resposta será negligenciável já que os comprimentos de tubagem são <1m para cozinha e primeiro WC e <4m para o segundo WC. Isto é semelhante à solução 1 (sendo que a lógica é ter reservatório perto da saída).

Para além disso vou instalar um Zypho iZi Eco 40 para recuperar parte do calor da água de banho (cerca de 40%). Para quem tiver moradias recomendo o Zypho iZi PiPe 65 (recupera 65%). A restante energia (electricidade) virá de painéis solares fotovoltaicos para ser económico a média prazo (AQS solar mas com fotovoltáico em vez de térmico para ficar mais barato e evitar tubagens longas). Os paineis fotovoltaicos amortizam em 4 anos, o Zypho 40 em 3 anos e o Zypho 65 em 2 anos. Sei que foge um pouco ao que o t3lmo pergunta mas recomendo uma investigação aos interessados.

A solução 2 (recirculação) é usada em países muito frios e em casas muito grandes que usam esquentadores a gás. Tipicamente activa-se um minuto antes do banho (ou outra utilização como cozinha) para evitar ter água quente nos canos em permanência. Já vi quem tenha uma bomba por ponto de utilização para trazer água quente só para os canos necessários (mas parece-me excessivo). É particularmente útil com esquentadores porque não só a água tem de ser substituída nos canos como o esquentador tem de aquecer (são duas causas de atraso). Mas no fim de contas, esta é uma solução para luxo e comodidade e não para poupança.

Os chuveiros com aquecimento instantâneo não são adequados a Portugal pela potência instantânea e necessidades de aquecimento. A nossa água é mais fria, descendo aos 10°C no inverno (podendo mesmo congelar em regiões do interior) apesar de no verão poder subir acima de 20°C. Um único chuveiro tipicamente consome mais do que a potência instalada da generalidade das pessoas, de facto, mas para além disso também podem ser perigosos.