APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
JLMF Escreveu: ↑sábado set 25, 2021 6:38 pm
Que grande confusão. acabas por responder ás tuas questões mas sem entender que só há uma resposta para as tuas duvidas.
A Mobi.e, a proibição de comercio de eletricidade pelo OPC para a mobilidade eléctrica e o modelo português são caros, serão cada vez mais caros, são um monopólio gerido pelo Estado, impedem a livre concorrência e são uma trapalhada sem saída, uma fuga em frente que vai acabar mal e dissuasora da mobilidade eléctrica.
Eu não estou aqui para te convencer de nada... nem tu a mim.
E tens todo o direito de não concordar com o actual modelo. E podes expor o problema e apresentar as soluções às respectivas entidades.
Eu também não concordo com algumas coisas na actual regulamentação, mas esse é um assunto que está ser tratado e não vou discutir aqui e agora.
Não me leves a mal, mas acho que estás a partir sempre de um pressuposto errado.
O que me parece, pelo que dizes, é que o modelo CEME + OPC, poderia ser só OPC porque o CEME acrescenta custos, certo?
Certo. Conheces alguma industria que precise de um CEME?
Ou seja a industria vidreira precisa de CEIV?
A Industria cerâmica precisa de um CEIC?
Qual a industria que precisa de uma comercializador especifico de eletricidade para o seu setor?
Industria ou comércio, quem precisa de um CEME?
Porque criaram a figura de CEME?
Não existiam já os comercializadores de eletricidade que em Portugal atuam em mercado livre e a quem qualquer atividade industrial ou comercial compra a sua energia no principio de livre contratação?
Porque inventaram os CEME, repito, a não ser para impedir que os OPC comprem eletricidade a quem querem como todos os ramos de atividade e qualquer pessoa em Portugal, e a vendam a quem querem ou seja a todos nós consumidores finais?
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
É preciso ter em conta que CEME é um Comercializador de Energia para a Mobilidade Eléctrica.
Podíamos não ter um CEME e ter apenas um CE (Comercializador de Energia). Ou seja, teríamos um CE + OPC.
Podíamos e podemos, o Modelo criado em vigor impede.
Ou seja teríamos o que sempre existiu e existe para todas as atividades, para todas as pessoas físicas e jurídicas deste país onde exista um contador de energia, exceto para os postos de carregamento de veículos eléctricos.
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
Antigamente tinhamos um monopólio na energia. O distribuidor (EDP) vendia directamente aos clientes. Não havia possibilidade de concorrência nos preços finais.... por isso foi separada a distribuição dos comercializadores. Estes compram ao preço de revenda e vendem aos clientes finais.
Um OPC, DPC, UVE ou qualquer entidade empresarial ou particular são clientes finais. Não revendedores. Logo não faz sentido ter acesso a preços de revenda. Daqui que o comercializador de energia (seja apenas CE ou CEME) existe sempre no sistema. Seja nos Superchargers, no Continente, na Chargesurfing, Mobie, ou num qualquer carregador privado...
Pescadinha de rabo na boca. Então porque é que um OPC não compra a energia a um comercializador? O Continente e a Tesla compram a quem? O OPC não compra porque o lobby das elétricas (chama-lhes distribuidores ou comercializadores) pressionou nesse sentido.
Num OPC pagas a eletricidade ao dobro do preço a que o Continente ou outro médio cliente compra, para não falar dos muito grandes clientes e eu pergunto em que é que isto beneficia a mobilidade elétrica?. Acrescenta o que já sabes, os minutos do OPC que serão mais caros no futuro inevitavelmente, as taxas da MOBI.e que terão de triplicar em dois anos ou deixarão de ver o fundo ao buraco.
Pergunto, porque razão a bem da mobilidade eléctrica os OPC não podem comprar, alguns já com dezenas/centenas de postos, a eletricidade a preço semelhante a que os médios/grandes clientes compram e aos mesmos a quem estes compram?
Será que as empresas que vendem eletricidade médios e grandes clientes perdem dinheiro? Não, é uma guerra comercial para os conseguirem, garanto-te, sei do que falo.
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
O que se percebeu logo de inicio é que o modelo CE + OPC implica custos mais elevados e mais responsabilidades para os OPC com reflexo directo na necessidade de reflectir esses custos aos UVE.
Quem percebeu isso? Pretendeu-se OPC sem responsabilidade? Então em toda a atividade económica não é prestador do serviço ao cliente final que é responsável do mesmo? Esse é um modo de fazer próprio dos países, se é que ainda existem, onde não há iniciativa privada, tudo é Estado.
Os custos mais elevados estão á vista com este modelo e ainda não é nada, Mais um pouco e acredito que estás convencido que este modelo devia ser aplicado a todos os ramos de atividade comercial.
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
Se fosse legal os OPC venderem electricidade, obviamente que o fariam a preço superior ao da compra. E na parcela OPC também teriam de refletir custos acrescidos de processamento de facturação, pagamentos, entre outros operacionais, inclusive mais mão de obra. Além de que a sobrecarga de responsabilidades comercial/financeiras limitava a actividade a entidades com mais poder financeiro.
Não é legal em Portugal. Não é legal porque os lobbies das elétricas ainda contagiados pela aquela empresa que hoje é chinesa, assim querem e continuam a querer dominando o legislador.
Claro que os OPC iam adicionar margem de comercialização, é assim que funciona mas essa margem seria sobre a energia e não em minutos e a preços recentes comprando energia entre 7 a 11 e vendendo entre 14 a 22, por exemplo, ganhariam bem a sua vida se necessidade de acrescentar minutos.
Um taxímetro em Portugal é o aparelho que os táxis utilizam para definir a tarifa a pagar pelo cliente.
É aferido, tem controle de entidades para o efeito e contabiliza quilómetros, tempo, utiliza a velocidade do veículo para alternar entre os modo de contagem ou conta em simultâneo, tudo programável, actualizável e regulamentado.
Sabias que houve, antes de as elétricas, distribuidoras ou comercializadoras, como lhes quiseres chamar, terem ganho a batalha criando este Modelo nos corredores dos ministérios, houve um projeto para criar postos que alem do pagamento imediato automático e leitores de cartões de fidelidade ou cliente, teriam um aparelho que contava a eletricidade e o tempo enquanto o VE estava a carregar, a carregar abaixo de determinado patamar ou sem carregar?
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
Por outro lado mantinha a actividade de CE nas mãos de grandes entidades, pois para aceder ao mercado grossista é necessário ter volume de negócios e capacidade financeira.
E depois? Onde pensas que as empresas compram a sua eletricidade, as PME e as grandes empresas?
Não há empresas que cheguem? Não me parece que haja concentração, tem aparecido várias empresas a vender doméstico e empresarial.
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
O que se fez foi apenas criar o estatuto de CEME (ou seja CE para a Mobilidade Electrica), permitindo que entidades comerciais bem mais modestas pudessem aceder ao mercado grossista sem tantos encargos como os CE. E desta forma conseguirem vender aos UVE a energia a tarifas equivalentes às domésticas.
Criou-se os CEME e os CEME são quem? As elétricas. As que já cá estavam e as que apareceram também poderiam ser como as que já cá estavam.
Pois, equivalente ás domésticas mas, não é verdade, o carregamento de um VE com as várias parcelas e os vários esquemas de minutos com postos a 22 kW e outros, fica fácilmente ao triplo da eletricidade doméstica e só pode ficar num futuro próximo a 4 ou 5 vezes mais, pela rentabilidade e sobrevivência dos OPC, pela parcela MOBI.e, pela excessiva fragmentação de um negócio onde quem investe não tem margem de manobra e quem não investe em postos vê empresas semelhantes a aparecerem do nada.
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
Se nós carregarmos o carro num PCN que não tenha ainda custos OPC (já são poucos) pagamos +/- o mesmo que carregar em casa. Até pode ser bem menos... porque em casa temos um único contrato e nos PC pudemos conforme a hora ou dia ter vantagens em usar tarifários de CEME's diferentes.
Isto implica uma entidade que faça, de forma independente, a gestão da rede, mas é bom que se perceba que não é por isto que aumenta o custo final.
A empresa XICO DA ESQUINA, Lda. que vende sapatos, pode ser também e apenas OPC, e/ou também CEME. Nada impede. E também pode investir em painéis fotovoltaicos e vender a rede. E porque não ter também postos de carregamento no seu espaço usando também essa energia, e cobrar a utilização desses directamente aos seus clientes?
É comparar o incomparável. Em casa consomes quanto mensalmente? 300, 500, 1000 kWh? Um posto ou uma rede de postos quanto consome cada posto? Achas que num mercado funcional o preço de aquisição deve ser o mesmo?
Gestão da rede'? Alguém para gerir a rede de estações de serviço? Alguém para gerir desta forma qualquer outro ramo de atividade? Porquê nos carregamentos de veículos elétricos é preciso uma gestora e ainda por cima Estatal?
A XICO DA ESQUINA. Lda. até pode colocar ao lado dos sapatos um posto de carregamento mas não pode comprar eletricidade para o posto nem vender eletricidade no posto, o Modelo não permite-
A XICO DA ESQUINA. Lda. pode instalar painéis e vender á rede os excedentes ou ser UPAC com uma potencia considerável mas o que não pode é fazer o que sugeres, está a esquecer que em Portugal se tens um posto não podes vender energia, nem a que produzes a não ser que faça como o Continente e a Tesla, só vende a um clube ou minutos mas não deve ser isso que estás a sugerir porque isso é a anti-tese da rede pública, do Modelo.
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
Na rede do Continente existe apenas CE + DPC. Mas não é por isso que é mais barato.
Os hipermercados Continente (DPC) tem um contrato com um CE que lhes vende a energia pelo tarifário igual ao de qualquer outra entidade para os mesmos consumos.
Essa energia alimenta toda a actividade comercial, e também os carregadores de VE. Sem distinção.
O hipermercado pode ter painéis fotovoltaicos para autoconsumo e assim reduzir a sua factura perante o CE. Independentemente se a energia vai para os carregadores ou não.
Mas o valor que os clientes pagam nos carregadores apenas cobre os custos energéticos. As tarifas por tempo foram calculadas apenas para cobrir os custos de energia. Mesmo sendo isso variável conforme a curva de carregamento de cada veiculo, foi pensada para cobrir apenas as despesas, tendo em consideração também as ofertas em cartão.
Ou seja, não dá prejuízo nem lucro directo... mas também não pretende cobrir os custos de aquisição, instalação e manutenção dos equipamentos. Estes são rentabilizado pelas vendas acrescidas da loja.
Na prática o preço é barato porque não pagamos custos OPC ou DPC apenas energia ao preço que pagaríamos em casa.
Nada disto se pode comparar com postos na via publica.
É mais barato que os postos da rede pública, ponto. Eu sei que é mais barato, ele sabe, todos sabemos.. E não é uma proeza o que o Continente faz? Como tu dizes, acabamos por pagar para recarregar o VE o kW no Continente ao mesmo preço que pagamos em casa se em casa ao preço do kW adicionarmos as taxas, o IVA, a taxa TV etc., Achas pouco? Eu não.
O Continente ainda tem, apesar da ajuda que teve, os postos, os lugares etc e não estou convencido que percam dinheiro ou que só o ganhem algures, não pode ser é contra natura e se fizeres bem as contas (sabes o preço a que compra o kW? Eu soube em tempos o preço do kW de um concorrente e era menos de metade do que eu pagava em casa com um tarifário bem espremido, vais chegar á conclusão que ganha dinheiro. não tanto como na carne ou na perfumaria, mas ganha.
E tens razão não se pode comparar com a rede pública, é muito mais barato, funciona melhor, posso carregar o meu veículo a 10 Kw que só pago o preço equivalente a 10 kW e não a 22 kW, lugares cobertos

, a mota posso carregar a 4 kW senão tinha de pagar na rede pública (agora cada vez mais) a 22 kW, em caso de problema sei com quem tenho de falar ou seja é um OPC responsável

etc.
Afirmas: "Na prática o preço é barato
porque não pagamos custos OPC ou DPC apenas energia ao preço que pagaríamos em casa."
Eu diria: na pratica é barato
porque só pagamos OPC, a energia que ele vende, certo em minutos mas tem de ser, o Modelo não deixa vender energia, mas na prática
não pagamos CEME nem MOBI.e.
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
O que faz a diferença de preço entre carregamentos domésticos e os PC públicos, é que temos que pagar a actividade de OPC e todos os encargos a que estes estão sujeitos: compra, instalação, manutenção dos equipamentos, seguros taxas municipais, concessão de espaços, etc.
Sim Senhor, o OPC é o que investe e podes ter a certeza é o que menos ganha em absoluto e muitos ou aumentam o preço do minuto, ou acabam já com todos os postos a menos de 22 kW pela razão que sabemos, ou mandam vir pequenos marcianos para a manutenção dos postos porque os técnicos estão caros e os postos, quase todos recentes e menos recentes, têm uma especie de obsolescência programada no todo ou em parte.
Repito um OPC se pudesse comprar e vender eletricidade, compra-la-ia a metade ou pouco mais de metade do preço que um consumidor doméstico
APHenriques Escreveu: ↑domingo set 26, 2021 3:17 pm
Se querem preços mais baixos, o que tem que fazer hoje é votar em quem nas Câmaras Municipais, Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia, defendem activamente a mobilidade eléctrica.
E depois fazer pressão nestas entidades para que tomem medidas para que sejam instalados mais postos e livres de encargos municipais.... alguns completamente absurdos.
Esse tem sido o meu foco nas últimos intervenções junto destas entidades.
Para isso teríamos de votar em pessoas e partidos que se comprometam a acabar com o Modelo, com a MOBI.e e a votar uma alteração á lei do comércio de eletricidade. ou seja alguém que defenda a mobilidade eléctrica e perceba que assim a rede pública monopolista está a caminhar para um buraco sem fundo e que vai ficar caro.