FC Porto ganhou ao Peñarol em 90 minutos, Kelvin brilhou em sete
24.07.2011
O duelo entre o campeão da Liga Europa e o vice-campeão da Taça Libertadores não cumpriu eventuais expectativas de bom futebol que o estatuto de ambos poderia justificar. De qualquer modo, fez bem mais o FC Porto, que, tal como em 1987, venceu o Peñarol, desta vez com menos neve e mais golos (3-0).
No Estádio do Dragão, no encontro de apresentação aos sócios, em que Vítor Pereira usou de início um "onze" quase igual ao que utilizará dentro de duas semanas na Supertaça, destacaram-se a vontade de Kléber, a segunda parte de Varela e os sete minutos de Kelvin.
Pereira fez alinhar seis dos titulares da final de Dublin e Diego Aguirre, que foi um dos avançados titulares na final da Taça Intercontinental de 1987, em Tóquio, resolvida após prolongamento, também apostou em seis dos homens que estiveram de início na final contra o Santos, mas nenhum deles evitou que a primeira parte fosse muito monótona. Eventualmente por ser pré-época e por se tratar de um jogo particular. Houve várias más recepções, demasiados futebolistas no chão e muito tempo perdido.
Mas houve alguém que aproveitou para voltar a reclamar muita utilização esta época. Kléber, mesmo sem marcar, repetiu a sua lista de qualidades: habilidade na desmarcação e, entre outras, talento para aparecer no sítio certo. Este foi suficiente para lhe ser erradamente atribuído o primeiro golo, aos 10", mas que na realidade foi um autogolo dos uruguaios a meias entre o guarda-redes Sebastián Sosa, que espera que o Boca Juniors, perto de o contratar, não tenha parabólica, e o central Guillermo Rodríguez.
A equipa de Montevideu, uma das seis com três Intercontinentais/Mundial de Clubes no currículo, até apresentou um antigo jogador da Juventus no ataque, mas Marcelo Zalayeta foi tão inofensivo como os colegas.
O jogo mudou na segunda parte, porque o campeão português foi mais assertivo. Kléber, o único reforço nos titulares, tentou duas vezes no minuto 47 (o primeiro remate acabou no poste), Rolando cabeceou por cima e Hulk, depois de Palacios fazer o melhor remate dos visitantes, desperdiçou o um contra um com o guarda-redes.
O brasileiro, o mais aplaudido na apresentação individual aos adeptos, fez o 2-0 de grande penalidade, aos 72", a um quarto de hora do maior momento de agitação no Dragão. O tecnicista Kelvin, que com tanta concorrência no plantel deverá ser emprestado a outro clube da Liga, entrou aos 83" e, quatro minutos depois, conseguiu o lance que mais agradou à bancada: fintou um uruguaio e centrou para o golo que deveria ter sido de Atsu, mas foi do oportuno Walter.
Ficha de jogo
FC Porto-Peñarol, 3-0 (ao intervalo 1-0)
Jogo no Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 40.359 espetadores
FC Porto
Helton, Sapunaru, Rolando, Maicon, Fucile, Souza, João Moutinho, Rúben Micael, Varela, Hulk e Kléber.
(Jogaram ainda: Bracali, Otamendi, David, Sereno, Addy, Castro, Belushi, Djalma, Walter, Kelvin e Christian)
Peñarol
Sosa, González, Freitas, Rodriguez, López, Valdez, Corujo, Torres, Zalayeta, Albín e Palácios.
(Jogaram ainda: Pastorini, Perez, MacEachen, Amodio, Siles, Silva).
Árbitro: Jorge Sousa (Porto).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Sosa (25), Rúbem Micael (61).
Golos
1-0, por Guillermo Rodríguez (p.b.), aos 10 minutos
2-0, por Hulk, aos 72’ (g.p.)
3-0, por Walter, aos 87’
http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1504528