Boa tarde a todos.
A minha experiência com este Leaf está (será que é desta?) prestes a terminar. Ando a ponderar comprar um novo carro no início do próximo ano e, como não deve dar para manter o Leaf (por questões monetárias), estou a pensar vender a outra pessoa (ou dá-lo à troca, se for mais vantajoso). Eu preferia que ele ficasse nas mãos de alguém que eu conhecesse (e já tenho quem o queira), mas isso logo se verá...
O Leaf está a fazer os 5 anos (fará no último dia de Novembro) e, visto que perdeu a quarta barra no início de Outubro, aos 63208 quilómetros, em Castelo Branco (que jeito que dará o PCR aqui), levei-o à oficina para a revisão e avaliação da troca de bateria. Estou agora a aguardar que chegue a dita, depois de me terem confirmado que a garantia cobre a encomenda.

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Estou muito satisfeito com a Nissan (e uma das hipóteses que estou a ponderar é comprar o novo Leaf 2.Zero). Quero um carro tão bom ou melhor que este, mas com mais autonomia. O novo Leaf encaixa muito bem nestas características e a confiança que a Nissan me tem dado também.
O mês passado levei o Leaf pela primeira vez à habitual visita às terras dos meus sogros. Tomei coragem, planeei com muito cuidado o trajecto, avisei a família que não era fácil e que tinham de ter paciência, pois o Leaf já só levava 14 kWh nas suas baterias de "tecnologia ultrapassada". Essa carga só permite fazer 100 quilómetros de cada vez se for em plano (que não iria ser o caso)...
Os primeiros 85 quilómetros são relativamente fáceis. Apanhamos a A33 e depois a Nacional até ao Porto Alto, viramos para VF de Xira onde apanhamos a A1 e a carga fica na AS de Aveiras de Cima. Os 30 minutos de carga são necessários (foram 33 até).
A paragem seguinte é na AS Santarém. São 41 quilómetros que não custam nada e são feitos a abrir. O mesmo fizemos com os 56 seguintes até à AS de Abrantes já na A23. Em Santarém o Leaf carregou 26 minutos e em Abrantes, 27.
Seguiu-se a mais difícil das etapas. Entre Abrantes e Castelo Branco sobe-se muito de altitude. Foram 85 quilómetros feitos muito devagar (no limite das AE). Fiquei aliviado por ter conseguido chegar sem grandes percalços, mas já sabia que agora teria de esperar 4 horas até poder seguir viagem.
Tinham-se acabado os PCR pelo caminho. Castelo Branco vai ter um PCR até ao fim do ano (está prometido), mas até ele chegar, a alternativa são 3 horas e 49 minutos num PCN da Mobi.E. Foi o que fizemos. Felizmente, os PCN de Castelo Branco já foram renovados e estão a funcionar em pleno (a 16A, 3.7 kW).
Passeámos, jantámos e passeámos. Depois seguimos caminho, para logo nos primeiros quilómetros ver a quarta barra cair. Fiquei satisfeito pois sabia que era condição necessária ao pedido de garantia.
70 quilómetros depois chegámos em casa. Pouco antes, passei no PCR da AS do Fundão, que só hoje entrou em funcionamento!
A terra do meu sogro fica lado-a-lado com a Serra da Estrela. Perto de Belmonte e Caria. Estava muito sol e muito calor, apesar de ser Outono. Ficámos uns dias a aproveitar o ar da Serra.
Chegou depois a hora de partir para a terra da minha sogra. Fica perto de Lamego e não há ainda qualquer PCR pelo caminho. A alternativa são os PCN novamente (e um restaurante 5 estrelas, a meio caminho).
Fizemos cerca de 40 quilómetros de AE e carregámos na Guarda. Os PCN estão renovados. Óptimo! Ficámos cerca de duas horas aqui. Passeámos e tomámos um pequeno-almoço reforçado.

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Era para ter ido por Viseu, pois (apesar de ainda não ter o PCR prometido) também há lá PCN dos renovados, mas encontrei no Electromaps uma alternativa em forma de restaurante que me poupava imenso tempo e bastantes quilómetros.
O resto do caminho foi feito por Nacional. São cerca de 60 quilómetros até ao restaurante Quinta de Santo Estevão em Sequeiros, Guarda (depois da Ponte do Abade). Comi bem, fui bem atendido, foram muito simpáticos, deixaram o Leaf carregar ligado a uma tomada do altar (de uma capela!) e nem sequer pagámos muito pelo almoço. Cinco estrelas. Fiquei fã.

. Vou passar a ir lá todos os anos, mesmo que já não precise de carga (que é o mais provável).
Carreguei durante hora e meia. Dali a Lamego são 45 quilómetros e estamos em casa. A viagem de ida até me pareceu ter corrido bem. Foi chato ter de ficar tanto tempo nos PCN, mas deu para fazer tudo sem o cansaço que o regresso "prometia".
E cumpriu. O regresso é viagem para quase 10 horas. Explico já porquê.
De Lamego, podemos subir até Vila Real e carregar. São 50 quilómetros e mais meia-hora de carga (32 minutos na realidade). Dali a São Mamede de Infesta (o PCR mais próximo fica no LIDL) são 90 quilómetros que têm de ser feitos devagar, pois um Leaf de 24 kWh com 4 barras a menos, é um herói a bater recordes.

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No LIDL o Leaf carregou mais 30 minutos certos. Daqui até à AS de Antuã/Estarreja são 55 quilómetros. 29 minutos de carga e seguimos para a segunda aventura do dia, pois era preciso sair da A1 antes da AS da Mealhada, que é a única em que só há carregador no sentido inverso (e não podemos passar "por fora"). Depois de 70 quilómetros e mais 16 minutos de carga, inverti novamente o sentido e regressei à A1, onde 53 quilómetros depois estava na AS de Pombal a carregar mais 17 minutos.
De Pombal a Leiria são 40 quilómetros, mais 14 minutos de carga. Depois vem Santarém à mesma distância (+/-) e 16 minutos de carga. Depois Aveiras de Cima (mesma distância de 40 km) e, para finalizar, visto que é o último local de carregamento até casa, mais vinte minutos de carga.
No total, foram 1108 quilómetros "de férias", 522 dos quais foram feitos no último dia, véspera de recomeçar a trabalhar...
Aventuras.

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