Portugal Económico
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Utilizadores pedem boicote ao Pingo Doce nas redes sociais
4 de Janeiro de 2012
O anúncio da venda da participação da sociedade Francisco Manuel dos Santos, detentora de 56% da Jerónimo Martins - que é dona do Pingo Doce - a uma subsidiária na Holanda tem gerado críticas nas redes sociais online, e há até quem apele a um boicote dos produtos da marca Pingo Doce.
É o caso da página criada na terça-feira no Facebook, «Boicote ao Pingo Doce», cujo utilizador, na informação pessoal, afirma estar «farto de grupos económicos que se alimentam de nós como parasitas, destroem o pequeno comércio e nada contribuem para a economia nacional» e reitera: «Boicote já!». Até Às 12:30, o grupo tinha 1.045 «likes».
«Salário Mínimo holandês para os trabalhadores do Pingo Doce já» é outro dos grupos que crítica a empresa. Trata-se de uma página que até às 12:33 tinha 1.165 «gostos» e que partilha algumas das notícias que circulam na Internet sobre o assunto.
Na mesma página pode ler-se «no mínimo devia pagar o salário mínimo holandês aos seus trabalhadores». E é o próprio proprietário da página que informa «1.388,60 euros» por mês.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=551247
4 de Janeiro de 2012
O anúncio da venda da participação da sociedade Francisco Manuel dos Santos, detentora de 56% da Jerónimo Martins - que é dona do Pingo Doce - a uma subsidiária na Holanda tem gerado críticas nas redes sociais online, e há até quem apele a um boicote dos produtos da marca Pingo Doce.
É o caso da página criada na terça-feira no Facebook, «Boicote ao Pingo Doce», cujo utilizador, na informação pessoal, afirma estar «farto de grupos económicos que se alimentam de nós como parasitas, destroem o pequeno comércio e nada contribuem para a economia nacional» e reitera: «Boicote já!». Até Às 12:30, o grupo tinha 1.045 «likes».
«Salário Mínimo holandês para os trabalhadores do Pingo Doce já» é outro dos grupos que crítica a empresa. Trata-se de uma página que até às 12:33 tinha 1.165 «gostos» e que partilha algumas das notícias que circulam na Internet sobre o assunto.
Na mesma página pode ler-se «no mínimo devia pagar o salário mínimo holandês aos seus trabalhadores». E é o próprio proprietário da página que informa «1.388,60 euros» por mês.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=551247
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Exportações aumentam 15,1% e importações caem 3,6% - INE
9 de Janeiro de 2012
As exportações aumentaram 15,1 por cento entre setembro e novembro deste ano, face ao período homólogo, enquanto as importações caíram 3,6 por cento, melhorando o défice da balança comercial em 2043,4 milhões de euros.
Segundo as estimativas preliminares do comércio internacional divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), naquele período, o saldo negativo da balança comercial situou-se em 3109,9 milhões de euros, contra 5133,3 milhões de euros no mesmo trimestre do ano passado.
A taxa de cobertura das importações pelas exportações foi de 78,6 por cento, o que representa uma melhoria de 12,8 pontos percentuais em relação à taxa observada no período homólogo do ano passado.
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp ... ews=173662
9 de Janeiro de 2012
As exportações aumentaram 15,1 por cento entre setembro e novembro deste ano, face ao período homólogo, enquanto as importações caíram 3,6 por cento, melhorando o défice da balança comercial em 2043,4 milhões de euros.
Segundo as estimativas preliminares do comércio internacional divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), naquele período, o saldo negativo da balança comercial situou-se em 3109,9 milhões de euros, contra 5133,3 milhões de euros no mesmo trimestre do ano passado.
A taxa de cobertura das importações pelas exportações foi de 78,6 por cento, o que representa uma melhoria de 12,8 pontos percentuais em relação à taxa observada no período homólogo do ano passado.
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp ... ews=173662
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Cerca de 203 mil milhões de euros
Investimento em energias limpas atinge novo recorde em 2011
13.01.2012
Os investimentos globais nas energias limpas atingiram um novo recorde em 2011, apesar da crise económica mundial.

Investimento na energia eólica caiu 17% a nível mundial no ano passado
322O volume de investimentos subiu 5% em relação a 2010, chegando ao equivalente a 203 mil milhões de euros, segundo um relatório da Bloomberg New Energy Finance.
A aposta maior foi na energia solar, cujos investimentos cresceram 36%, para 105 mil milhões de euros. O valor é o dobro do dos projectos de energia eólica – 59 mil milhões de euros –, onde houve uma queda de 17%. O salto do solar ocorre a despeito da redução no preço dos painéis fotovoltaicos, o qual foi compensado pelo aumento nas vendas.
O ano também ficou marcado pelo retorno dos Estados Unidos à posição de maior investidor individual em energias limpas, ultrapassando a China, que estava em primeiro lugar desde 2009. Apoios públicos – que se estendem até ao final de 2012 – terão contribuído fortemente para a subida de 33% nos valores investidos nos EUA. “Deverá haver uma corrida para concluir projectos em 2012, seguida de uma queda nos investimentos em 2013, se [os apoios] acabarem”, antecipa Michael Leibreich, administrador principal da Bloomberg New Energy Finance.
Colectivamente, a Europa ultrapassa o investimento dos EUA e da China, com 79 mil milhões de euros. A Índia (8,1 mil milhões de euros) e o Brasil (6,5 mil milhões) também figuram entre os maiores investidores em energias limpas.
http://economia.publico.pt/Noticia/inve ... cosfera%29
Investimento em energias limpas atinge novo recorde em 2011
13.01.2012
Os investimentos globais nas energias limpas atingiram um novo recorde em 2011, apesar da crise económica mundial.
Investimento na energia eólica caiu 17% a nível mundial no ano passado
322O volume de investimentos subiu 5% em relação a 2010, chegando ao equivalente a 203 mil milhões de euros, segundo um relatório da Bloomberg New Energy Finance.
A aposta maior foi na energia solar, cujos investimentos cresceram 36%, para 105 mil milhões de euros. O valor é o dobro do dos projectos de energia eólica – 59 mil milhões de euros –, onde houve uma queda de 17%. O salto do solar ocorre a despeito da redução no preço dos painéis fotovoltaicos, o qual foi compensado pelo aumento nas vendas.
O ano também ficou marcado pelo retorno dos Estados Unidos à posição de maior investidor individual em energias limpas, ultrapassando a China, que estava em primeiro lugar desde 2009. Apoios públicos – que se estendem até ao final de 2012 – terão contribuído fortemente para a subida de 33% nos valores investidos nos EUA. “Deverá haver uma corrida para concluir projectos em 2012, seguida de uma queda nos investimentos em 2013, se [os apoios] acabarem”, antecipa Michael Leibreich, administrador principal da Bloomberg New Energy Finance.
Colectivamente, a Europa ultrapassa o investimento dos EUA e da China, com 79 mil milhões de euros. A Índia (8,1 mil milhões de euros) e o Brasil (6,5 mil milhões) também figuram entre os maiores investidores em energias limpas.
http://economia.publico.pt/Noticia/inve ... cosfera%29
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Marrocos quer mais empresas portuguesas no país
07-02-2012
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Marrocos defendeu hoje, em entrevista à agência Lusa, o reforço da cooperação entre Portugal e Marrocos e defendeu uma maior presença das empresas portuguesas no país.
Saad Dine El Otmani, que termina hoje uma visita oficial de dois dias a Portugal, que inclui encontros com o presidente da República, Cavaco Silva, com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, frsiou o papel da cooperação económica como uma forma de reforçar os laços entre os dois países.
"As empresas portuguesas devem e podem instalar-se ainda mais em Marrocos. O país inteiro, atualmente, é um estaleiro. Temos muitos projetos grandes, em todas as regiões de Marrocos e acredito que as empresas portuguesas podem ter parte deste mercado", afirmou o ministro, na entrevista à Lusa.
Mais de 150 empresas portuguesas, incluindo grandes grupos como a Cimpor, nos cimentos, ou a Sonae, no retalho, têm operações em Marrocos, segundo dados oficiais marroquinos.
Saad Dine El Otmani disse ainda que a estratégia marroquina para as relações com Portugal passa também pelo reforço da cooperação política e institucional.
"Antes de tudo, as consultas políticas entre os dois países devem aumentar (...). Também ao nível da sociedade civil, do parlamento português e do parlamento marroquino, as relações devem aumentar", afirmou.
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior. ... o=%C1frica
07-02-2012
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Marrocos defendeu hoje, em entrevista à agência Lusa, o reforço da cooperação entre Portugal e Marrocos e defendeu uma maior presença das empresas portuguesas no país.
Saad Dine El Otmani, que termina hoje uma visita oficial de dois dias a Portugal, que inclui encontros com o presidente da República, Cavaco Silva, com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, frsiou o papel da cooperação económica como uma forma de reforçar os laços entre os dois países.
"As empresas portuguesas devem e podem instalar-se ainda mais em Marrocos. O país inteiro, atualmente, é um estaleiro. Temos muitos projetos grandes, em todas as regiões de Marrocos e acredito que as empresas portuguesas podem ter parte deste mercado", afirmou o ministro, na entrevista à Lusa.
Mais de 150 empresas portuguesas, incluindo grandes grupos como a Cimpor, nos cimentos, ou a Sonae, no retalho, têm operações em Marrocos, segundo dados oficiais marroquinos.
Saad Dine El Otmani disse ainda que a estratégia marroquina para as relações com Portugal passa também pelo reforço da cooperação política e institucional.
"Antes de tudo, as consultas políticas entre os dois países devem aumentar (...). Também ao nível da sociedade civil, do parlamento português e do parlamento marroquino, as relações devem aumentar", afirmou.
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior. ... o=%C1frica
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Portugal cultiva mais milho geneticamente modificado
Área cultivada subiu 60 por cento em 2011
2012-02-08
Portugal ocupa o segundo lugar, na Europa, em termos de terreno ocupado com culturas transgénicas. A área cultivada com milho geneticamente modificado subiu cerca de 60 por cento em 2011 e atingiu 7.843 hectares, informou hoje o Centro de Informação de Biotecnologia (CiB).

A área cultivada em Portugal atingiu 7.843 hectares
A República Checa aproxima-se de Portugal com 5.090 hectares de milho geneticamente modificado, a que acresce 150 hectares de batata.
Em 2011, foram cultivados 160 milhões de hectares com culturas geneticamente modificadas em 29 países, o que representa um crescimento de oito por cento face ao ano anterior.
Na União Europeia, só é permitido o cultivo de milho bt e batata amflora, entre as culturas geneticamente modificadas, estando a aguardar autorização 22 culturas, entre as quais soja e beterraba.
“Os 19 países em desenvolvimento que utilizaram variedades transgénicas duplicaram a área cultivada e produziram quase 50 por cento de todas as culturas geneticamente modificadas a nível global, em 2011”, afirmou a CiB em comunicado.
“Um total de 16,7 milhões de agricultores usufruiu das vantagens da tecnologia da engenharia genética de plantas e 90 por cento deles habitam em países em desenvolvimento”, acrescentou.
Os EUA lideraram este tipo de produção, com 69 milhões de hectares, seguido do Brasil, com 30,3 milhões.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52943&op=all
Área cultivada subiu 60 por cento em 2011
2012-02-08
Portugal ocupa o segundo lugar, na Europa, em termos de terreno ocupado com culturas transgénicas. A área cultivada com milho geneticamente modificado subiu cerca de 60 por cento em 2011 e atingiu 7.843 hectares, informou hoje o Centro de Informação de Biotecnologia (CiB).

A área cultivada em Portugal atingiu 7.843 hectares
A República Checa aproxima-se de Portugal com 5.090 hectares de milho geneticamente modificado, a que acresce 150 hectares de batata.
Em 2011, foram cultivados 160 milhões de hectares com culturas geneticamente modificadas em 29 países, o que representa um crescimento de oito por cento face ao ano anterior.
Na União Europeia, só é permitido o cultivo de milho bt e batata amflora, entre as culturas geneticamente modificadas, estando a aguardar autorização 22 culturas, entre as quais soja e beterraba.
“Os 19 países em desenvolvimento que utilizaram variedades transgénicas duplicaram a área cultivada e produziram quase 50 por cento de todas as culturas geneticamente modificadas a nível global, em 2011”, afirmou a CiB em comunicado.
“Um total de 16,7 milhões de agricultores usufruiu das vantagens da tecnologia da engenharia genética de plantas e 90 por cento deles habitam em países em desenvolvimento”, acrescentou.
Os EUA lideraram este tipo de produção, com 69 milhões de hectares, seguido do Brasil, com 30,3 milhões.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52943&op=all
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
O que ganha Portugal com a emigração de jovens qualificados?
20.02.2012
Para muitos Portugueses – especialmente para os mais jovens – uma das consequências da crise económica que o país atravessa é o desemprego e a ausência de perspectivas de carreira.
Face a este cenário, nos últimos meses vários membros do Governo apresentaram aos jovens – principalmente aos mais qualificados – a emigração como solução para ultrapassarem estas dificuldades. É pois legítimo perguntar o que Portugal tem a ganhar com a emigração de jovens qualificados? Para responder a esta questão temos que nos debruçar sobre dois fenómenos: a “fuga” e a “circulação” de cérebros.
Os efeitos negativos da fuga de cérebros são bem conhecidos. Muitos estudos empíricos demonstram que o capital humano é o recurso mais valioso que um país possui, pois este promove a inovação, o empreendedorismo e a qualidade das Instituições e da Democracia. Assim sendo, a fuga de cérebros, ao diminuir o capital humano, reduz as possibilidades de crescimento de um país. Para além do mais, a fuga de cérebros representa um desperdício de fundos públicos visto que a educação em Portugal é na sua maioria gratuita. Ou seja, Portugal com os seus impostos subsidia a educação dos seus cidadãos, mas se estes emigrarem, quem beneficia do seu capital humano são os países de destino, sem estes terem gasto nada com a sua formação.
O Governo, por seu lado, argumenta que a emigração qualificada pode também trazer alguns ganhos, nomeadamente aqueles que resultam da circulação de cérebros. Ao emigrar, um indivíduo adquire conhecimentos, que (provalmente) não teria possibilidade de obter sem emigrar. Se mais tarde muitos destes emigrantes regressarem ou investirem em Portugal, a economia do nosso país vai beneficiar dos conhecimentos obtidos por estes no estrangeiro. Deste modo, a fuga de cérebros pode ser compensada por uma circulação de cérebros.
A sustentar esta hipótese está o caso do sector de tecnologias de informação em Bangalore na Índia, baseado em emigrantes daquele país que regressaram de Sillicon Valey nos EUA. Estes emigrantes usaram a experiência que obtiveram na meca das tecnologias de informação para desenvolver um cluster tecnológico em Bangalore que é actualmente um dos mais dinâmicos a nível mundial. É reconhecido que sem a emigração para os EUA, tal dificilmente teria acontecido.
Estas ideias encontram também eco no trabalho dos economistas Fréderic Docquier (Université Catholique de Louvain) e Hillel Rapoport (Harvard University). Estes, no entanto, demonstram que os países que têm uma taxa de emigração qualificada superior a 20% do total dos seus licenciados, os efeitos negativos da fuga de cérebros tendem a suplantar os efeitos positivos da sua circulação. Tal ocorre porque quando a percentagem de capital humano qualificado que emigra é tão expressiva, não falamos apenas de uma fuga de cérebros, mas sim de uma “hemorragia”, que é difícil de compensar por maior que seja a circulação de cérebros.
Infelizmente, Portugal encontra-se neste caso, pois segundo a OCDE, já antes da crise financeira de 2008, cerca de 20% da população Portuguesa com um curso superior trabalhava no estrangeiro. É de esperar que hoje em dia e devido à crise, a percentagem de emigração qualificada seja superior. De qualquer modo, note-se que mesmo este número é muito elevado quando comparado por exemplo com os 4,3% na Índia. De facto, Portugal encontra-se no top 25 dos países com maior fuga de cérebros, na companhia da Serra Leoa, da Somália, do Ruanda, do Afeganistão e de outros países em desenvolvimento.
Qual é a razão para esta grande fuga de cérebros no nosso país? O crescimento económico anémico de Portugal na última década pode apenas explicar parcialmente este fenómeno, visto termos uma emigração qualificada ao nível de países com maiores dificuldades económicas, sociais e políticas do que as nossas. O cerne do problema reside no facto de Portugal ter uma economia pouco dinâmica. Os sucessivos Governos agravaram esta situação ao se terem concentrado excessivamente na política de obras públicas, na protecção de monopólios e no favorecimento de uma clientela política. Como o Estado tem um peso muito elevado na nossa economia, isto contribui para criar um sector privado dual. De um lado temos uma mão-cheia de grandes empresas, modernas mas com fortes conivências com o poder político; do outro lado, uma infinidade de pequenas e médias empresas que por vezes operaram na sombra da economia informal e onde reinam as baixas qualificações, inclusive entre o patronato.
Se Portugal tivesse desenvolvido uma economia mais dinâmica, teríamos atraído mão-de-obra qualificada e promovido a inovação e o aparecimento de novas empresas. Como não foi esse o caso, antes pelo contrário, assistimos a uma estagnação da economia e à emigração do nosso capital humano. Caricaturando um pouco, quem desenvolve software informático atrai engenheiros; quem constrói estradas atrai trabalhadores da construção civil. Deste modo, a fuga de cérebros foi uma consequência do nosso modelo de desenvolvimento. Ou seja, muitos daqueles que não quiseram deitar fora o investimento de uma vida em educação (i.e.: “desperdício de cérebros”), emigraram. Do mesmo modo, se tudo se mantiver como antes, poucos dos nossos emigrantes qualificados terão incentivos a voltar ou a investir em Portugal, inviabilizando assim a desejada circulação de cérebros.
Em suma, o argumento da circulação de cérebros usado pelo Governo terá uma muito reduzida aplicação em Portugal. Primeiro, o país já tem uma taxa de emigração de trabalho qualificado tão elevada, que esta tenderá a neutralizar a circulação de cérebros. Segundo, com a continuação da crise, a emigração qualificada irá continuar, com ou sem apelos dos governantes. Por último, se o Governo estiver realmente interessado em captar os benefícios da circulação de cérebros, este tem que apostar na diversificação da estrutura produtiva e na diminuição dos interesses instalados na Economia Portuguesa para, deste modo, dar lugar ao capital humano português.
Armando Pires, professor associado na Norwegian School of Economics and Business Administration
http://economia.publico.pt/Opiniao/Deta ... os_1534552
20.02.2012
Para muitos Portugueses – especialmente para os mais jovens – uma das consequências da crise económica que o país atravessa é o desemprego e a ausência de perspectivas de carreira.
Face a este cenário, nos últimos meses vários membros do Governo apresentaram aos jovens – principalmente aos mais qualificados – a emigração como solução para ultrapassarem estas dificuldades. É pois legítimo perguntar o que Portugal tem a ganhar com a emigração de jovens qualificados? Para responder a esta questão temos que nos debruçar sobre dois fenómenos: a “fuga” e a “circulação” de cérebros.
Os efeitos negativos da fuga de cérebros são bem conhecidos. Muitos estudos empíricos demonstram que o capital humano é o recurso mais valioso que um país possui, pois este promove a inovação, o empreendedorismo e a qualidade das Instituições e da Democracia. Assim sendo, a fuga de cérebros, ao diminuir o capital humano, reduz as possibilidades de crescimento de um país. Para além do mais, a fuga de cérebros representa um desperdício de fundos públicos visto que a educação em Portugal é na sua maioria gratuita. Ou seja, Portugal com os seus impostos subsidia a educação dos seus cidadãos, mas se estes emigrarem, quem beneficia do seu capital humano são os países de destino, sem estes terem gasto nada com a sua formação.
O Governo, por seu lado, argumenta que a emigração qualificada pode também trazer alguns ganhos, nomeadamente aqueles que resultam da circulação de cérebros. Ao emigrar, um indivíduo adquire conhecimentos, que (provalmente) não teria possibilidade de obter sem emigrar. Se mais tarde muitos destes emigrantes regressarem ou investirem em Portugal, a economia do nosso país vai beneficiar dos conhecimentos obtidos por estes no estrangeiro. Deste modo, a fuga de cérebros pode ser compensada por uma circulação de cérebros.
A sustentar esta hipótese está o caso do sector de tecnologias de informação em Bangalore na Índia, baseado em emigrantes daquele país que regressaram de Sillicon Valey nos EUA. Estes emigrantes usaram a experiência que obtiveram na meca das tecnologias de informação para desenvolver um cluster tecnológico em Bangalore que é actualmente um dos mais dinâmicos a nível mundial. É reconhecido que sem a emigração para os EUA, tal dificilmente teria acontecido.
Estas ideias encontram também eco no trabalho dos economistas Fréderic Docquier (Université Catholique de Louvain) e Hillel Rapoport (Harvard University). Estes, no entanto, demonstram que os países que têm uma taxa de emigração qualificada superior a 20% do total dos seus licenciados, os efeitos negativos da fuga de cérebros tendem a suplantar os efeitos positivos da sua circulação. Tal ocorre porque quando a percentagem de capital humano qualificado que emigra é tão expressiva, não falamos apenas de uma fuga de cérebros, mas sim de uma “hemorragia”, que é difícil de compensar por maior que seja a circulação de cérebros.
Infelizmente, Portugal encontra-se neste caso, pois segundo a OCDE, já antes da crise financeira de 2008, cerca de 20% da população Portuguesa com um curso superior trabalhava no estrangeiro. É de esperar que hoje em dia e devido à crise, a percentagem de emigração qualificada seja superior. De qualquer modo, note-se que mesmo este número é muito elevado quando comparado por exemplo com os 4,3% na Índia. De facto, Portugal encontra-se no top 25 dos países com maior fuga de cérebros, na companhia da Serra Leoa, da Somália, do Ruanda, do Afeganistão e de outros países em desenvolvimento.
Qual é a razão para esta grande fuga de cérebros no nosso país? O crescimento económico anémico de Portugal na última década pode apenas explicar parcialmente este fenómeno, visto termos uma emigração qualificada ao nível de países com maiores dificuldades económicas, sociais e políticas do que as nossas. O cerne do problema reside no facto de Portugal ter uma economia pouco dinâmica. Os sucessivos Governos agravaram esta situação ao se terem concentrado excessivamente na política de obras públicas, na protecção de monopólios e no favorecimento de uma clientela política. Como o Estado tem um peso muito elevado na nossa economia, isto contribui para criar um sector privado dual. De um lado temos uma mão-cheia de grandes empresas, modernas mas com fortes conivências com o poder político; do outro lado, uma infinidade de pequenas e médias empresas que por vezes operaram na sombra da economia informal e onde reinam as baixas qualificações, inclusive entre o patronato.
Se Portugal tivesse desenvolvido uma economia mais dinâmica, teríamos atraído mão-de-obra qualificada e promovido a inovação e o aparecimento de novas empresas. Como não foi esse o caso, antes pelo contrário, assistimos a uma estagnação da economia e à emigração do nosso capital humano. Caricaturando um pouco, quem desenvolve software informático atrai engenheiros; quem constrói estradas atrai trabalhadores da construção civil. Deste modo, a fuga de cérebros foi uma consequência do nosso modelo de desenvolvimento. Ou seja, muitos daqueles que não quiseram deitar fora o investimento de uma vida em educação (i.e.: “desperdício de cérebros”), emigraram. Do mesmo modo, se tudo se mantiver como antes, poucos dos nossos emigrantes qualificados terão incentivos a voltar ou a investir em Portugal, inviabilizando assim a desejada circulação de cérebros.
Em suma, o argumento da circulação de cérebros usado pelo Governo terá uma muito reduzida aplicação em Portugal. Primeiro, o país já tem uma taxa de emigração de trabalho qualificado tão elevada, que esta tenderá a neutralizar a circulação de cérebros. Segundo, com a continuação da crise, a emigração qualificada irá continuar, com ou sem apelos dos governantes. Por último, se o Governo estiver realmente interessado em captar os benefícios da circulação de cérebros, este tem que apostar na diversificação da estrutura produtiva e na diminuição dos interesses instalados na Economia Portuguesa para, deste modo, dar lugar ao capital humano português.
Armando Pires, professor associado na Norwegian School of Economics and Business Administration
http://economia.publico.pt/Opiniao/Deta ... os_1534552
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Ovos-moles vão ser exportados para todo o mundo
22-02-2012
O típico doce de Aveiro pode ser congelado sem perder as suas qualidades. O que aumenta a sua duração e vai permitir a exportação,escreve o Jornal de Notícias.

"os ovos-moles de Aveiro podem ser ultracongelados e exportados. A conclusão do estudo, encomendado pela APOMA - Associação de Produtores de Ovos Moles de Aveiro - à Universidade de Aveiro, revela que o doce conventual feito à base de gema de ovo e certificado pela União Europeia com Indicação Geográfica Protegida pode estender a validade e passar dos atuais 15 dias para quatro meses, sem perder sabor nem ser nocivo para a saúde", lê-se no JN.
Os produtores consideram que existe agora "uma base científica credível que comprova que os ovos-moles, ultracongelados a 40 graus negativos, aguentam pelo menos quatro meses e não perdem características", refere ao diário o presidente da Associação, José Francisco Silva.
Esta possibilidade vai permitir a criação de mais postos de trabalhos no setor, conclui o jornal.
http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... 0e%20MEDIA
22-02-2012
O típico doce de Aveiro pode ser congelado sem perder as suas qualidades. O que aumenta a sua duração e vai permitir a exportação,escreve o Jornal de Notícias.

"os ovos-moles de Aveiro podem ser ultracongelados e exportados. A conclusão do estudo, encomendado pela APOMA - Associação de Produtores de Ovos Moles de Aveiro - à Universidade de Aveiro, revela que o doce conventual feito à base de gema de ovo e certificado pela União Europeia com Indicação Geográfica Protegida pode estender a validade e passar dos atuais 15 dias para quatro meses, sem perder sabor nem ser nocivo para a saúde", lê-se no JN.
Os produtores consideram que existe agora "uma base científica credível que comprova que os ovos-moles, ultracongelados a 40 graus negativos, aguentam pelo menos quatro meses e não perdem características", refere ao diário o presidente da Associação, José Francisco Silva.
Esta possibilidade vai permitir a criação de mais postos de trabalhos no setor, conclui o jornal.
http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... 0e%20MEDIA
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Vem o ministro de Economia dizer que temos energia suficiente e até produzindo demais!
Sábias palavras para os barões!
Reparei que em tempo de seca (agora), mesmo com insuficiência da energia hídrica (albufeiras vazias), o maior consumo é das eólicas e micro-geração (ver fatura da EDP em vosso poder).
Então há que por travão à produção de energia: estamos em Fevereiro e já não há registos para ninguém e para o ano não sabemos se há e no caso de haver quanto pagarão por KW.
Há que proteger os monopólios (EDP) detentor das eólicas e não permitir mais investimento em micro produção e quem sabe, qualquer dia, um impostozinho para quem produzir energia!
Assim vai a nossa economia...
Sábias palavras para os barões!
Reparei que em tempo de seca (agora), mesmo com insuficiência da energia hídrica (albufeiras vazias), o maior consumo é das eólicas e micro-geração (ver fatura da EDP em vosso poder).
Então há que por travão à produção de energia: estamos em Fevereiro e já não há registos para ninguém e para o ano não sabemos se há e no caso de haver quanto pagarão por KW.
Há que proteger os monopólios (EDP) detentor das eólicas e não permitir mais investimento em micro produção e quem sabe, qualquer dia, um impostozinho para quem produzir energia!
Assim vai a nossa economia...
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Jerónimo Martins tenciona abrir 500 lojas na Colômbia
29 Fevereiro, 2012
O grupo português Jerónimo Martins tem intenções de abrir 500 lojas na Colômbia dentro de três anos, através de um investimento de 400 milhões de euros, noticia o Diário Económico.
A Jerónimo Martins tenciona investir 400 milhões de euros no mercado colombiano nos próximos três anos, através da criação de 500 lojas do grupo no país.
O investimento pode representar a criação de cinco mil postos de trabalho na Colômbia.
http://noticias.portugalmail.pt/artigo/ ... a-colombia
29 Fevereiro, 2012
O grupo português Jerónimo Martins tem intenções de abrir 500 lojas na Colômbia dentro de três anos, através de um investimento de 400 milhões de euros, noticia o Diário Económico.
A Jerónimo Martins tenciona investir 400 milhões de euros no mercado colombiano nos próximos três anos, através da criação de 500 lojas do grupo no país.
O investimento pode representar a criação de cinco mil postos de trabalho na Colômbia.
http://noticias.portugalmail.pt/artigo/ ... a-colombia
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Azeite: Produção do Alentejo aumenta 19% e atinge 33 mil toneladas
18 de Março de 2012
Os lagares do Alentejo, a região portuguesa que mais azeite produz, produziram 33 mil toneladas na última campanha olivícola, o que representa um aumento de 19 por cento em relação à anterior.
Na campanha de 2011/2012, segundo «dados provisórios», foram apanhadas «cerca de 210 mil toneladas» de azeitona nos 165 mil hectares de olival da região, adiantou hoje à agência Lusa Henrique Herculano, do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo.
Trata-se de uma quantidade «ligeiramente superior» à registada na anterior campanha de 2010/2011, quando tinham sido apanhadas «cerca de 200 mil toneladas» de azeitona, disse. A partir da azeitona apanhada, precisou, os cerca de 60 lagares do Alentejo produziram «33 mil toneladas de azeite, um aumento de 19 por cento» em relação à campanha de 2010/2011.
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp ... ews=177348
18 de Março de 2012
Os lagares do Alentejo, a região portuguesa que mais azeite produz, produziram 33 mil toneladas na última campanha olivícola, o que representa um aumento de 19 por cento em relação à anterior.
Na campanha de 2011/2012, segundo «dados provisórios», foram apanhadas «cerca de 210 mil toneladas» de azeitona nos 165 mil hectares de olival da região, adiantou hoje à agência Lusa Henrique Herculano, do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo.
Trata-se de uma quantidade «ligeiramente superior» à registada na anterior campanha de 2010/2011, quando tinham sido apanhadas «cerca de 200 mil toneladas» de azeitona, disse. A partir da azeitona apanhada, precisou, os cerca de 60 lagares do Alentejo produziram «33 mil toneladas de azeite, um aumento de 19 por cento» em relação à campanha de 2010/2011.
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp ... ews=177348
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
150 mil portugueses emigraram o ano passado
Portugueses continuam à procura de trabalho na Europa
2012-03-23
O Governo estima que tenham emigrado 150 mil pessoas no ano passado, o que significa que Portugal está muito perto da maior vaga de emigração de sempre, que diz respeito a 1970, nota o «Diário de Notícias».
No entanto, o que acontece hoje em dia é que os que decidem deixar o país têm mais formação e muitos são jovens licenciados que procuram começar uma vida quase do zero.
Mas para onde ir? Os portugueses continuam à procura de trabalho na Europa, voltando a dirigir-se para destinos tradicionais como França e Suíça. O Reino Unido também ainda abraça alguma mão-de-obra portuguesa, mas o Luxemburgo interrompeu o fluxo devido à elevada taxa de desemprego. Entre outros destinos estão Angola, Brasil, Dubai e Arábia Saudita.
Contudo, nem tudo são boas notícias. A Secretaria de Estado das Comunidades tem recebido mais denúncias de portugueses nos últimos meses e que se prendem com abusos laborais. Entre eles: salários inferiores ao prometido, empresas que deixam de pagar e de emigrantes desempregados que vêem os seus apoios sociais serem negados.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html
Portugueses continuam à procura de trabalho na Europa
2012-03-23
O Governo estima que tenham emigrado 150 mil pessoas no ano passado, o que significa que Portugal está muito perto da maior vaga de emigração de sempre, que diz respeito a 1970, nota o «Diário de Notícias».
No entanto, o que acontece hoje em dia é que os que decidem deixar o país têm mais formação e muitos são jovens licenciados que procuram começar uma vida quase do zero.
Mas para onde ir? Os portugueses continuam à procura de trabalho na Europa, voltando a dirigir-se para destinos tradicionais como França e Suíça. O Reino Unido também ainda abraça alguma mão-de-obra portuguesa, mas o Luxemburgo interrompeu o fluxo devido à elevada taxa de desemprego. Entre outros destinos estão Angola, Brasil, Dubai e Arábia Saudita.
Contudo, nem tudo são boas notícias. A Secretaria de Estado das Comunidades tem recebido mais denúncias de portugueses nos últimos meses e que se prendem com abusos laborais. Entre eles: salários inferiores ao prometido, empresas que deixam de pagar e de emigrantes desempregados que vêem os seus apoios sociais serem negados.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Número de licenciados a emigrar sobe 49,5%
Número de licenciados desempregados a anular a inscrição nos centros de emprego disparou entre 2009 e 2011
2012-03-01
O número de licenciados desempregados que anulou a inscrição nos centros de emprego para emigrar subiu 49,5 por cento entre 2009 e 2011, de acordo com os registos do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
O número de licenciados é reduzido face ao total de trabalhadores que decidiram emigrar segundo os registos do IEFP, mas sugere que a opção pelo estrangeiro está cada vez mais em cima da mesa dos trabalhadores mais qualificados que se encontram numa situação de desemprego.
Em 2011, a emigração justificou o fim da inscrição de 1.893 desempregados licenciados (contra os 1.266 registados em 2009), de um total de 22.700 trabalhadores que deixaram de estar inscritos no IEFP porque decidiram aceitar ofertas de trabalho no estrangeiro.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do IEFP, Octávio Oliveira, aconselha porém uma «leitura muito limitada» destes dados uma vez que representam «apenas e só as anulações de candidatura a emprego realizadas pelos serviços do IEFP na sequência da declaração do próprio».
Para o responsável, «não é significativo» o aumento da emigração entre os desempregados inscritos que possuem uma habilitação superior nos últimos três anos.
Para Octávio Oliveira, a saída de trabalhadores para o estrangeiro tem sido constante nos últimos anos e resultado de um mercado de trabalho cada vez mais globalizado.
«Mesmo em momentos de crescimento da economia nacional foi significativo o número de anulações por motivo de emigração», disse.
«A própria emigração tem hoje uma componente de sazonalidade, sendo normal o aproveitamento de excecionais oportunidades, com remunerações e condições interessantes», acrescentou.
Em foco lá fora
A divulgação de ofertas de emprego no espaço europeu e a cooperação dos serviços públicos de emprego tem aliás sido uma das prioridades na União Europeia, reforçou.
De acordo com os dados do instituto, a maioria dos desempregados que optam por emigrar têm entre 35 e 54 anos (55,2 por cento) e possuem habilitações escolares ao nível do ensino secundário (24,3 por cento).
Entre os grupos de profissões com mais trabalhadores a emigrar, estão os operários, artífices e trabalhadores similares (20,4 por cento do total), pessoal dos serviços de proteção e segurança (12,3 por cento) e os trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (10,5 por cento).
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -4058.html
Número de licenciados desempregados a anular a inscrição nos centros de emprego disparou entre 2009 e 2011
2012-03-01
O número de licenciados desempregados que anulou a inscrição nos centros de emprego para emigrar subiu 49,5 por cento entre 2009 e 2011, de acordo com os registos do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
O número de licenciados é reduzido face ao total de trabalhadores que decidiram emigrar segundo os registos do IEFP, mas sugere que a opção pelo estrangeiro está cada vez mais em cima da mesa dos trabalhadores mais qualificados que se encontram numa situação de desemprego.
Em 2011, a emigração justificou o fim da inscrição de 1.893 desempregados licenciados (contra os 1.266 registados em 2009), de um total de 22.700 trabalhadores que deixaram de estar inscritos no IEFP porque decidiram aceitar ofertas de trabalho no estrangeiro.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do IEFP, Octávio Oliveira, aconselha porém uma «leitura muito limitada» destes dados uma vez que representam «apenas e só as anulações de candidatura a emprego realizadas pelos serviços do IEFP na sequência da declaração do próprio».
Para o responsável, «não é significativo» o aumento da emigração entre os desempregados inscritos que possuem uma habilitação superior nos últimos três anos.
Para Octávio Oliveira, a saída de trabalhadores para o estrangeiro tem sido constante nos últimos anos e resultado de um mercado de trabalho cada vez mais globalizado.
«Mesmo em momentos de crescimento da economia nacional foi significativo o número de anulações por motivo de emigração», disse.
«A própria emigração tem hoje uma componente de sazonalidade, sendo normal o aproveitamento de excecionais oportunidades, com remunerações e condições interessantes», acrescentou.
Em foco lá fora
A divulgação de ofertas de emprego no espaço europeu e a cooperação dos serviços públicos de emprego tem aliás sido uma das prioridades na União Europeia, reforçou.
De acordo com os dados do instituto, a maioria dos desempregados que optam por emigrar têm entre 35 e 54 anos (55,2 por cento) e possuem habilitações escolares ao nível do ensino secundário (24,3 por cento).
Entre os grupos de profissões com mais trabalhadores a emigrar, estão os operários, artífices e trabalhadores similares (20,4 por cento do total), pessoal dos serviços de proteção e segurança (12,3 por cento) e os trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (10,5 por cento).
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -4058.html
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Portugal volta a extrair ouro 20 anos depois
26 de Março de 2012
A mina de Jales, em Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes), a única em Portugal onde se explorou ouro, vai reabrir, duas décadas depois de encerrar.

O anúncio foi feito ao SOL pelo responsável do departamento de Minas e Pedreiras, da Direcção-geral de Energia e Geologia (DGEG), Luis Martins, adiantando que no final deste mês deverá ser «lançado o concurso público» para as empresas interessadas em explorar aquele metal precioso naquela mina.
«O ouro que for extraído em Portugal deverá ter como destino o emergente mercado asiático», prevê Luis Martins, acrescentando que há já vários grupos interessados.
É o caso, entre muitas outras, de duas empresas canadianas: a Redcorp Ventures, uma das principais a operar no mercado mineiro em Portugal, e a Colt Resources. Na corrida deverá estar ainda a a portuguesa Almada Mining, também com capitais canadianos. De acordo com o responsável da DGEG «numa primeira fase o concurso será aberto só às empresas de extracção mineira que já mostraram interesse na Mina de Jales», mas depois será aberto a outros candidatos.
Para o país, as vantagens do regresso à exploração de ouro, numa altura em que a cotação do metal precioso atinge máximos históricos, são óbvias. «Além de todos os empregos directos e indirectos ligados à exploração, há as exportações, em que o país está a ter dificuldade. E este Governo já assumiu que as exportações são a saída da crise», diz Luís Martins.
Crescem pedidos de prospecção do metal
Aliás, no último ano aumentaram os pedidos de prospecção de ouro feitos à DGEG. E dispararam os investimentos de empresas privadas em projectos de pesquisa deste metal precioso. «Há, por exemplo, um projecto para prospecção no Valongo, da Almada Mining, em vias de ser aprovado; outro em Penedono e outro ainda em Vila do Rei, da inglesa MedGold», diz Luis Martins, esclarecendo que este departamento governamental não tem ainda os números conclusivos de 2011. «Mas temos a clara ideia de que o investimento aumentou ao nível dos melhores anos», garante.
Segundos os dados da DGEG, aos quais o SOL teve acesso, no melhor ano, 2005, em metais preciosos no país, foram investidos 2.944.458 euros.
A maioria das empresas mineiras a operar no país são, porém, estrangeiras, refere Daniel Oliveira, investigador do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG). É que os investimentos são bastante avultados e tem de se perder pelo menos dois anos para detectar se é viável explorar uma mina.
Por exemplo, a Colt Resources começou trabalhos de pesquisa de ouro em 2010 perto de Montemor-o-Novo, no Escoural, e só agora surgem os primeiros resultados do investimento. «E apenas dentro de seis meses a um ano, saberemos se vamos conseguir extrair ouro destas minas e se vamos avançar», explica ao SOL Nikolas Perrault, presidente da empresa que há cinco anos chegou ao país.
O líder da Colt Resources aproveita para sublinhar que «a tradição mineira em Portugal, que remonta há 200 anos, tem sido negligenciada nos tempos modernos». Nikolas Perrault diz que Montemor «era uma oportunidade em que ninguém reparava». E que agora promete dar lucros: «Tudo indica que vamos encontrar reservas assinaláveis em Montemor. Todos os dias temos dados novos promissores. Mas é cedo».
O presidente da empresa admite, no entanto, que o negócio é caro: «o investimento necessário à exploração será no mínimo de 10 milhões a 15 milhões de dólares ».
«Há grande potencial em Jales»
A Redcorp Ventures, que, do mesmo modo, mostrou interesse na prospecção na Mina de Jales, também adianta que a sua aposta passapelo ouro português. Depois de anos dedicados a outros metais, tem agora dois projectos para extrair ouro no país: um na Seara Velha, perto de Boticas, em Vila Real; e o de Jales.
«As Minas de Jales foram as maiores de ouro em Portugal e o projecto Jales/ Gralheira tem um potencial mínimo total de 300 mil onças de ouro (com um teor médio de 8,9 gramas por tonelada de ouro). Há um grande potencial», explica João Barros, director da Redcorp em Portugal.
O outro projecto da empresa é em Boticas, na Mina da Seara Velha, «Corresponde às antigas minas de ouro denominadas Limarinho e Poço das Freitas, cuja antiga concessionária Kernow Resources abandonou, e cujos estudos já realizados revelam um grande potencial em termos de reservas de ouro», adianta ainda João Barros.
Para os dois projectos, a Redcorp prevê, em termos de prospecção, um investimento de um milhão e 800 mil euros, só nos primeiros três primeiros anos.
Para Daniel Oliveira, o facto de o ouro ter uma cotação «tão alta» é uma oportunidade para Portugal. O responsável do LNEG lembra: «Não foi por acaso que os romanos investiram em Portugal. Já eles tinham minas de ouro abertas».
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=45026
26 de Março de 2012
A mina de Jales, em Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes), a única em Portugal onde se explorou ouro, vai reabrir, duas décadas depois de encerrar.

O anúncio foi feito ao SOL pelo responsável do departamento de Minas e Pedreiras, da Direcção-geral de Energia e Geologia (DGEG), Luis Martins, adiantando que no final deste mês deverá ser «lançado o concurso público» para as empresas interessadas em explorar aquele metal precioso naquela mina.
«O ouro que for extraído em Portugal deverá ter como destino o emergente mercado asiático», prevê Luis Martins, acrescentando que há já vários grupos interessados.
É o caso, entre muitas outras, de duas empresas canadianas: a Redcorp Ventures, uma das principais a operar no mercado mineiro em Portugal, e a Colt Resources. Na corrida deverá estar ainda a a portuguesa Almada Mining, também com capitais canadianos. De acordo com o responsável da DGEG «numa primeira fase o concurso será aberto só às empresas de extracção mineira que já mostraram interesse na Mina de Jales», mas depois será aberto a outros candidatos.
Para o país, as vantagens do regresso à exploração de ouro, numa altura em que a cotação do metal precioso atinge máximos históricos, são óbvias. «Além de todos os empregos directos e indirectos ligados à exploração, há as exportações, em que o país está a ter dificuldade. E este Governo já assumiu que as exportações são a saída da crise», diz Luís Martins.
Crescem pedidos de prospecção do metal
Aliás, no último ano aumentaram os pedidos de prospecção de ouro feitos à DGEG. E dispararam os investimentos de empresas privadas em projectos de pesquisa deste metal precioso. «Há, por exemplo, um projecto para prospecção no Valongo, da Almada Mining, em vias de ser aprovado; outro em Penedono e outro ainda em Vila do Rei, da inglesa MedGold», diz Luis Martins, esclarecendo que este departamento governamental não tem ainda os números conclusivos de 2011. «Mas temos a clara ideia de que o investimento aumentou ao nível dos melhores anos», garante.
Segundos os dados da DGEG, aos quais o SOL teve acesso, no melhor ano, 2005, em metais preciosos no país, foram investidos 2.944.458 euros.
A maioria das empresas mineiras a operar no país são, porém, estrangeiras, refere Daniel Oliveira, investigador do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG). É que os investimentos são bastante avultados e tem de se perder pelo menos dois anos para detectar se é viável explorar uma mina.
Por exemplo, a Colt Resources começou trabalhos de pesquisa de ouro em 2010 perto de Montemor-o-Novo, no Escoural, e só agora surgem os primeiros resultados do investimento. «E apenas dentro de seis meses a um ano, saberemos se vamos conseguir extrair ouro destas minas e se vamos avançar», explica ao SOL Nikolas Perrault, presidente da empresa que há cinco anos chegou ao país.
O líder da Colt Resources aproveita para sublinhar que «a tradição mineira em Portugal, que remonta há 200 anos, tem sido negligenciada nos tempos modernos». Nikolas Perrault diz que Montemor «era uma oportunidade em que ninguém reparava». E que agora promete dar lucros: «Tudo indica que vamos encontrar reservas assinaláveis em Montemor. Todos os dias temos dados novos promissores. Mas é cedo».
O presidente da empresa admite, no entanto, que o negócio é caro: «o investimento necessário à exploração será no mínimo de 10 milhões a 15 milhões de dólares ».
«Há grande potencial em Jales»
A Redcorp Ventures, que, do mesmo modo, mostrou interesse na prospecção na Mina de Jales, também adianta que a sua aposta passapelo ouro português. Depois de anos dedicados a outros metais, tem agora dois projectos para extrair ouro no país: um na Seara Velha, perto de Boticas, em Vila Real; e o de Jales.
«As Minas de Jales foram as maiores de ouro em Portugal e o projecto Jales/ Gralheira tem um potencial mínimo total de 300 mil onças de ouro (com um teor médio de 8,9 gramas por tonelada de ouro). Há um grande potencial», explica João Barros, director da Redcorp em Portugal.
O outro projecto da empresa é em Boticas, na Mina da Seara Velha, «Corresponde às antigas minas de ouro denominadas Limarinho e Poço das Freitas, cuja antiga concessionária Kernow Resources abandonou, e cujos estudos já realizados revelam um grande potencial em termos de reservas de ouro», adianta ainda João Barros.
Para os dois projectos, a Redcorp prevê, em termos de prospecção, um investimento de um milhão e 800 mil euros, só nos primeiros três primeiros anos.
Para Daniel Oliveira, o facto de o ouro ter uma cotação «tão alta» é uma oportunidade para Portugal. O responsável do LNEG lembra: «Não foi por acaso que os romanos investiram em Portugal. Já eles tinham minas de ouro abertas».
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=45026
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Compras da China a Portugal aumentam 69%
16.04.2012
A China comprou a Portugal produtos no valor de 221 milhões de dólares (170 milhões de euros) nos dois primeiros meses do ano, mais 69,1% do que o apurado no período homólogo de 2011.

Xangai, maior cidade da China
Já para Portugal, o terceiro parceiro comercial da China no universo lusófono, seguiram mercadorias chinesas no valor de 345 milhões de dólares (265 milhões de euros) - menos 25% relativamente ao cômputo de janeiro e fevereiro de 2011.
Não obstante a subida das compras chinesas a Portugal, as trocas comerciais luso-chinesas sofreram um recuo de 4,2% ao somar 566 milhões de dólares (435 milhões de euros) nos primeiros dois meses de 2012, indicam dados divulgados pelo Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau.
As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa atingiram, nos primeiros dois meses do ano, 17,5 mil milhões de dólares norte-americanos (13,4 mil milhões de euros), valor que traduz um aumento de 17% face ao período homólogo de 2011.
Isto apesar de, em fevereiro, o comércio sino-lusófono ter caído 11% para os 8,2 mil milhões de dólares (6,3 mil milhões de euros) face ao mês anterior devido sobretudo à quebra na ordem dos 38% das exportações da China para os países lusófonos que totalizaram 1,9 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).
O volume das compras chinesas, em fevereiro, foi de 6,2 mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros), mais 3% do que em janeiro.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa no ano de 2003, altura em que criou o fórum que reúne ao nível ministerial de três em três anos.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... 68&page=-1
16.04.2012
A China comprou a Portugal produtos no valor de 221 milhões de dólares (170 milhões de euros) nos dois primeiros meses do ano, mais 69,1% do que o apurado no período homólogo de 2011.

Xangai, maior cidade da China
Já para Portugal, o terceiro parceiro comercial da China no universo lusófono, seguiram mercadorias chinesas no valor de 345 milhões de dólares (265 milhões de euros) - menos 25% relativamente ao cômputo de janeiro e fevereiro de 2011.
Não obstante a subida das compras chinesas a Portugal, as trocas comerciais luso-chinesas sofreram um recuo de 4,2% ao somar 566 milhões de dólares (435 milhões de euros) nos primeiros dois meses de 2012, indicam dados divulgados pelo Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau.
As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa atingiram, nos primeiros dois meses do ano, 17,5 mil milhões de dólares norte-americanos (13,4 mil milhões de euros), valor que traduz um aumento de 17% face ao período homólogo de 2011.
Isto apesar de, em fevereiro, o comércio sino-lusófono ter caído 11% para os 8,2 mil milhões de dólares (6,3 mil milhões de euros) face ao mês anterior devido sobretudo à quebra na ordem dos 38% das exportações da China para os países lusófonos que totalizaram 1,9 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).
O volume das compras chinesas, em fevereiro, foi de 6,2 mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros), mais 3% do que em janeiro.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa no ano de 2003, altura em que criou o fórum que reúne ao nível ministerial de três em três anos.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... 68&page=-1
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Portugal está a ganhar “competitividade e flexibilidade”
20.04.2012
O presidente do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), Klaus Regling, defendeu hoje que Portugal está a ganhar “competitividade e flexibilidade”, cumprindo “totalmente” o programa de ajuda externa.

Regling diz que Portugal "está no bom caminho"
Regling falava no Instituto Europeu de Washington, à margem das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional, nas quais sustentou que a crise levou a passos até há pouco “inimagináveis” no fortalecimento da união monetária.
O responsável do FEEF, ex-dirigente do FMI e de hedge funds (fundos de investimento), analisou a Irlanda e Portugal, considerando que o primeiro é “uma história de sucesso” de ajustamento orçamental e recuperação de confiança dos mercados, que viu os juros das suas obrigações a 10 anos caírem para metade. No caso de Portugal, disse que está “no bom caminho”, e olhou ainda para a Grécia, afirmando que este país tem um problema “não de liquidez, mas de solvência”.
“Portugal não está tão avançado como a Irlanda, o que não é surpreendente, pois o programa começou mais tarde meio ano”, disse Regling.
“Portugal está no caminho, sempre que a troika lá vai confirma que está a implementar o programa totalmente, sem nenhuma escorregadela, com ajustamento orçamental, mais flexibilidade no mercado laboral, e a competitividade a melhorar”, adiantou.
http://economia.publico.pt/Noticia/port ... e--1542908
20.04.2012
O presidente do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), Klaus Regling, defendeu hoje que Portugal está a ganhar “competitividade e flexibilidade”, cumprindo “totalmente” o programa de ajuda externa.
Regling diz que Portugal "está no bom caminho"
Regling falava no Instituto Europeu de Washington, à margem das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional, nas quais sustentou que a crise levou a passos até há pouco “inimagináveis” no fortalecimento da união monetária.
O responsável do FEEF, ex-dirigente do FMI e de hedge funds (fundos de investimento), analisou a Irlanda e Portugal, considerando que o primeiro é “uma história de sucesso” de ajustamento orçamental e recuperação de confiança dos mercados, que viu os juros das suas obrigações a 10 anos caírem para metade. No caso de Portugal, disse que está “no bom caminho”, e olhou ainda para a Grécia, afirmando que este país tem um problema “não de liquidez, mas de solvência”.
“Portugal não está tão avançado como a Irlanda, o que não é surpreendente, pois o programa começou mais tarde meio ano”, disse Regling.
“Portugal está no caminho, sempre que a troika lá vai confirma que está a implementar o programa totalmente, sem nenhuma escorregadela, com ajustamento orçamental, mais flexibilidade no mercado laboral, e a competitividade a melhorar”, adiantou.
http://economia.publico.pt/Noticia/port ... e--1542908
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Portugal entre os países com maior reserva de ouro
21/4/2012
As reservas de ouro do Banco de Portugal ascendem a 382,5 toneladas, e valem atualmente 16.300 milhões de euros, o equivalente a 7,5% da dívida pública.

Venda de ouro não resolveria dívida pública
Segundo números do World Gold Council (WGC, organização internacional de empresas do setor do ouro), com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), as reservas de ouro de Portugal são atualmente as décimas quartas maiores do mundo.
As maiores reservas mundiais de ouro são as dos Estados Unidos (8.134 toneladas), seguidas das da Alemanha (3.396 toneladas). A lista do WGC inclui as reservas do FMI e do Banco Central Europeu, o que significa que, em todo o mundo, só 11 estados têm mais ouro que Portugal.
Ainda segundo o WGC, é em Portugal que o ouro tem mais peso no total das reservas monetárias: 91,5%. Na generalidade dos outros países, a grande maioria das reservas é constituída por divisas estrangeiras.
Na lista do WGC, só há mais um país em que as reservas de ouro constituem mais de 80% das reservas monetárias: a Grécia (83,3%).
De acordo com os números mais recentes do BdP, para fevereiro, as 382,5 toneladas de ouro equivalem a 16.300 milhões de euros. Este valor tem subido muito rapidamente graças à apreciação da cotação do ouro (cujo preço nos mercados internacionais quintuplicou na última década).
Os acordos internacionais subscritos pelo BdP limitam a quantidade de ouro que o Banco pode vender por ano, e há outras limitações legais que impedem o recurso às reservas para pagar défices orçamentais.
Contudo, se o ouro pudesse ser usado diretamente no financiamento do Estado, teria um impacto relativamente reduzido. Mesmo à cotação muito elevada que se regista atualmente para o ouro, as reservas do BdP valem apenas 7,5% da dívida das administrações públicas (que, segundo números de janeiro, ascende a 218 mil milhões de euros).
Recorrendo a outras comparações, as reservas de ouro valem pouco mais de um quinto do programa de assistência financeira acordado com a 'troika' (78 mil milhões de euros). O valor das reservas é também pouco mais do que o Governo tenciona gastar este ano em despesas com pessoal da administração pública (15.310 milhões de euros).
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... 15&page=-1
21/4/2012
As reservas de ouro do Banco de Portugal ascendem a 382,5 toneladas, e valem atualmente 16.300 milhões de euros, o equivalente a 7,5% da dívida pública.

Venda de ouro não resolveria dívida pública
Segundo números do World Gold Council (WGC, organização internacional de empresas do setor do ouro), com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), as reservas de ouro de Portugal são atualmente as décimas quartas maiores do mundo.
As maiores reservas mundiais de ouro são as dos Estados Unidos (8.134 toneladas), seguidas das da Alemanha (3.396 toneladas). A lista do WGC inclui as reservas do FMI e do Banco Central Europeu, o que significa que, em todo o mundo, só 11 estados têm mais ouro que Portugal.
Ainda segundo o WGC, é em Portugal que o ouro tem mais peso no total das reservas monetárias: 91,5%. Na generalidade dos outros países, a grande maioria das reservas é constituída por divisas estrangeiras.
Na lista do WGC, só há mais um país em que as reservas de ouro constituem mais de 80% das reservas monetárias: a Grécia (83,3%).
De acordo com os números mais recentes do BdP, para fevereiro, as 382,5 toneladas de ouro equivalem a 16.300 milhões de euros. Este valor tem subido muito rapidamente graças à apreciação da cotação do ouro (cujo preço nos mercados internacionais quintuplicou na última década).
Os acordos internacionais subscritos pelo BdP limitam a quantidade de ouro que o Banco pode vender por ano, e há outras limitações legais que impedem o recurso às reservas para pagar défices orçamentais.
Contudo, se o ouro pudesse ser usado diretamente no financiamento do Estado, teria um impacto relativamente reduzido. Mesmo à cotação muito elevada que se regista atualmente para o ouro, as reservas do BdP valem apenas 7,5% da dívida das administrações públicas (que, segundo números de janeiro, ascende a 218 mil milhões de euros).
Recorrendo a outras comparações, as reservas de ouro valem pouco mais de um quinto do programa de assistência financeira acordado com a 'troika' (78 mil milhões de euros). O valor das reservas é também pouco mais do que o Governo tenciona gastar este ano em despesas com pessoal da administração pública (15.310 milhões de euros).
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... 15&page=-1
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Portugal poderá ter que importar mais produtos agrícolas devido à seca
25.04.2012
Portugal importa “30 por cento” dos produtos agrícolas que consome e este ano, “eventualmente”, terá de importar mais, devido à quebra da produção nacional provocada pela seca, admitiu hoje à Lusa um dirigente agrícola.

Devido à seca haverá uma quebra na produção agrícola, pelo menos no sector dos cereais e na produção de gado
De acordo com a balança portuguesa de pagamentos nos produtos agrícolas, “somos auto-suficientes em 70% e ainda importamos 30% do que consumimos, o que é bastante”, disse Castro e Brito, presidente da ACOS - Agricultores do Sul, entidade organizadora da maior feira agropecuária do sul do país, a Ovibeja.
Devido à seca, que afecta o país, haverá uma “quebra na produção” agrícola, “pelo menos no sector dos cereais e na produção de gado” e, “eventualmente, um aumento de importações”, admitiu.
Segundo Castro e Brito, Portugal tem “todas as possibilidades de atingir a auto-suficiência” em termos de produtos agrícolas e “até de produzir um excesso para exportação”.
O Alentejo, “com o novo regadio”, é a região que “tem mais possibilidades de contribuir para a auto-suficiência” de Portugal em termos de produtos agrícolas, mas, para tal, “é muito importante que seja concluído o regadio de Alqueva”, frisou.
Neste momento, Alqueva “é o factor principal para aumentarmos a produção” agrícola no Alentejo, como aconteceu nos sectores do vinho e do azeite, que “são os principais produtos já exportados”.
O Alentejo é a região portuguesa que “mais exporta” vinho e azeite e, neste momento, estão a desenvolver-se outros sectores, como o das agro-industriais e do milho de regadio, sublinhou.
“Assim haja água, porque estes produtos requerem grandes quantidades de água”, disse, frisando: “Venha a água, porque os solos e o clima do Alentejo são os melhores do mundo para fazer agricultura. O problema é a água”.
Neste sentido, Castro e Brito garantiu que a ACOS “vai continuar a lutar” pela conclusão do projecto global de Alqueva, referindo que “seria um erro histórico” parar ou não concluir o projecto na íntegra.
Há “muitos” investimentos em projectos de regadio em explorações agrícolas no Alentejo, que foram co-financiados com fundos comunitários e só avançaram no terreno devido “à promessa de que a água de Alqueva chegaria em 2013”, sublinhou.
Os projectos, que, actualmente, são regados com recurso a furos e charcas, “não são viáveis sem a água de Alqueva”, avisou, referindo que os agricultores “estão à espera e os prejuízos serão enormes senão chegar a água de Alqueva às explorações”.
Castro e Brito falava à Lusa a propósito da 29.ª Ovibeja, que arranca esta sexta-feira e vai decorrer até terça-feira no Parque de Feiras e Exposições de Beja sob o tema Mais Produção”.
O tema deste ano é “sem dúvida” um apelo para os agricultores produzirem mais e “para que o Estado cumpra o que prometeu: finalizar o regadio de Alqueva”, porque no Alentejo “precisamos de água para produzir mais”, disse.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1543496
25.04.2012
Portugal importa “30 por cento” dos produtos agrícolas que consome e este ano, “eventualmente”, terá de importar mais, devido à quebra da produção nacional provocada pela seca, admitiu hoje à Lusa um dirigente agrícola.
Devido à seca haverá uma quebra na produção agrícola, pelo menos no sector dos cereais e na produção de gado
De acordo com a balança portuguesa de pagamentos nos produtos agrícolas, “somos auto-suficientes em 70% e ainda importamos 30% do que consumimos, o que é bastante”, disse Castro e Brito, presidente da ACOS - Agricultores do Sul, entidade organizadora da maior feira agropecuária do sul do país, a Ovibeja.
Devido à seca, que afecta o país, haverá uma “quebra na produção” agrícola, “pelo menos no sector dos cereais e na produção de gado” e, “eventualmente, um aumento de importações”, admitiu.
Segundo Castro e Brito, Portugal tem “todas as possibilidades de atingir a auto-suficiência” em termos de produtos agrícolas e “até de produzir um excesso para exportação”.
O Alentejo, “com o novo regadio”, é a região que “tem mais possibilidades de contribuir para a auto-suficiência” de Portugal em termos de produtos agrícolas, mas, para tal, “é muito importante que seja concluído o regadio de Alqueva”, frisou.
Neste momento, Alqueva “é o factor principal para aumentarmos a produção” agrícola no Alentejo, como aconteceu nos sectores do vinho e do azeite, que “são os principais produtos já exportados”.
O Alentejo é a região portuguesa que “mais exporta” vinho e azeite e, neste momento, estão a desenvolver-se outros sectores, como o das agro-industriais e do milho de regadio, sublinhou.
“Assim haja água, porque estes produtos requerem grandes quantidades de água”, disse, frisando: “Venha a água, porque os solos e o clima do Alentejo são os melhores do mundo para fazer agricultura. O problema é a água”.
Neste sentido, Castro e Brito garantiu que a ACOS “vai continuar a lutar” pela conclusão do projecto global de Alqueva, referindo que “seria um erro histórico” parar ou não concluir o projecto na íntegra.
Há “muitos” investimentos em projectos de regadio em explorações agrícolas no Alentejo, que foram co-financiados com fundos comunitários e só avançaram no terreno devido “à promessa de que a água de Alqueva chegaria em 2013”, sublinhou.
Os projectos, que, actualmente, são regados com recurso a furos e charcas, “não são viáveis sem a água de Alqueva”, avisou, referindo que os agricultores “estão à espera e os prejuízos serão enormes senão chegar a água de Alqueva às explorações”.
Castro e Brito falava à Lusa a propósito da 29.ª Ovibeja, que arranca esta sexta-feira e vai decorrer até terça-feira no Parque de Feiras e Exposições de Beja sob o tema Mais Produção”.
O tema deste ano é “sem dúvida” um apelo para os agricultores produzirem mais e “para que o Estado cumpra o que prometeu: finalizar o regadio de Alqueva”, porque no Alentejo “precisamos de água para produzir mais”, disse.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1543496
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Vinhos: Exportações aumentaram 20% em valor e 30% em volume numa década
3 de Maio de 2012
Portugal «aumentou em 20 por cento o valor das exportações de vinhos» em dez anos, realçou esta tarde, em Braga, o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques.
Após recordar que as exportações de vinho português em 2011 renderam 675 milhões de euros, o governante realçou que esse aumento de valor foi suportado, quase exclusivamente, por um «incremento do respetivo volume de exportações, em quase trinta por cento».
Almeida Henriques falava no encerramento do seminário «Os Mercados Estratégicos para os Vinhos Portugueses», que reuniu naquela cidade especialistas de seis mercados estratégicos para o setor - Brasil, Rússia, China, Canadá, EUA e Polónia.
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=179809
3 de Maio de 2012
Portugal «aumentou em 20 por cento o valor das exportações de vinhos» em dez anos, realçou esta tarde, em Braga, o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques.
Após recordar que as exportações de vinho português em 2011 renderam 675 milhões de euros, o governante realçou que esse aumento de valor foi suportado, quase exclusivamente, por um «incremento do respetivo volume de exportações, em quase trinta por cento».
Almeida Henriques falava no encerramento do seminário «Os Mercados Estratégicos para os Vinhos Portugueses», que reuniu naquela cidade especialistas de seis mercados estratégicos para o setor - Brasil, Rússia, China, Canadá, EUA e Polónia.
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=179809
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Cultura de milho geneticamente modificado aumentou 59% em 2011
10.07.2012
A cultura de milho geneticamente modificado (OGM) registou, no ano passado, um significativo crescimento em Portugal, cobrindo uma área de 7724 hectares, mais 59% face à superfície plantada em 2010, cerca de 4900 hectares, revela um estudo elaborado pelo Ministério da Agricultura.

Incerteza sobre os efeitos do consumo humano de OGM limita expansão da cultura
A maior adesão a esta prática, salienta o documento, verificou-se na região do Alentejo, onde a cultura quase duplicou (mais 90%) relativamente a 2010. Na zona de Lisboa e Vale do Tejo, o aumento foi superior a 51%. Na ilha de S. Miguel, nos Açores, em 2011 apareceram pela primeira vez campos cultivados com milho transgénico, numa extensão ainda embrionária, de cerca de 2,5 hectares.
No Norte e Centro do país, houve um decréscimo na área cultivada. De 1013 hectares de superfície plantada, passou-se para 967 hectares. Na região algarvia, os dados divulgados pelo ministério não fazem referência a qualquer área plantada.
A principal razão apresentada pelos produtores para optar pela cultura geneticamente modificada foi, para 71% dos inquiridos, o controlo das brocas do milho, seguindo-se a vontade de experimentar uma nova cultura e o aumento da produção que o OGM oferece. A broca é uma larva que se introduz no caule da planta e que causa elevados prejuízos na produção final (50% em muitos casos).
Cultura gera poupança
Francisco Palma, presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo, aponta as vantagens da cultura como o factor que induz a plantação de milho transgénico, salientando o que ela representa em "poupança" nos custos de produção. A realidade actual e próxima acabará por impor o milho transgénico, acredita Francisco Palma, frisando que os consumidores reclamam "cada vez mais" por alimentação barata.
Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo, tem uma visão diferente: "Não há ninguém que me diga: eu quero milho transgénico".
Para este responsável, tanto os produtores como os consumidores interiorizaram que "pode haver consequências do consumo de uma planta OGM". O receio faz com que "ninguém queira" milho transgénico na alimentação humana e os produtores "não nos pedem esta variedade". O grão de uma cultura OGM "fica para o gado."
Os números do ministério mostram que, embora seja patente o aumento da área cultivada em Portugal, o milho OGM continua a ser uma alternativa incipiente em comparação com a área afecta a outras variedades de milho - cerca de 138 mil hectares em 2011.
A nível mundial, a área semeada com culturas transgénicas foi, segundo a International Service for the Acquisition of Agribiotech Applications, de 160 milhões de hectares, representando um acréscimo, relativamente ao ano de 2010, de 12 milhões de hectares, e envolveu um total de 16,7 milhões de agricultores de 29 países.
Informações divulgadas pela EuropaBio referem que, na União Europeia, a área cultivada com variedades de milho geneticamente modificadas foi de 114,6 mil hectares, repartida por seis Estados-membros (Portugal, Espanha, República Checa, Eslováquia, Roménia e Polónia), representando um acréscimo de área de cerca de 20% em relação a áreas semeadas em 2010.
No ano agrícola de 2011, constatou-se uma inversão da tendência de redução da área de milho (diferentes variedades) cultivada em Portugal, que se vinha a verificar desde 2005, tendo-se registado uma área total de 137.413 hectares.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1554236
10.07.2012
A cultura de milho geneticamente modificado (OGM) registou, no ano passado, um significativo crescimento em Portugal, cobrindo uma área de 7724 hectares, mais 59% face à superfície plantada em 2010, cerca de 4900 hectares, revela um estudo elaborado pelo Ministério da Agricultura.
Incerteza sobre os efeitos do consumo humano de OGM limita expansão da cultura
A maior adesão a esta prática, salienta o documento, verificou-se na região do Alentejo, onde a cultura quase duplicou (mais 90%) relativamente a 2010. Na zona de Lisboa e Vale do Tejo, o aumento foi superior a 51%. Na ilha de S. Miguel, nos Açores, em 2011 apareceram pela primeira vez campos cultivados com milho transgénico, numa extensão ainda embrionária, de cerca de 2,5 hectares.
No Norte e Centro do país, houve um decréscimo na área cultivada. De 1013 hectares de superfície plantada, passou-se para 967 hectares. Na região algarvia, os dados divulgados pelo ministério não fazem referência a qualquer área plantada.
A principal razão apresentada pelos produtores para optar pela cultura geneticamente modificada foi, para 71% dos inquiridos, o controlo das brocas do milho, seguindo-se a vontade de experimentar uma nova cultura e o aumento da produção que o OGM oferece. A broca é uma larva que se introduz no caule da planta e que causa elevados prejuízos na produção final (50% em muitos casos).
Cultura gera poupança
Francisco Palma, presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo, aponta as vantagens da cultura como o factor que induz a plantação de milho transgénico, salientando o que ela representa em "poupança" nos custos de produção. A realidade actual e próxima acabará por impor o milho transgénico, acredita Francisco Palma, frisando que os consumidores reclamam "cada vez mais" por alimentação barata.
Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo, tem uma visão diferente: "Não há ninguém que me diga: eu quero milho transgénico".
Para este responsável, tanto os produtores como os consumidores interiorizaram que "pode haver consequências do consumo de uma planta OGM". O receio faz com que "ninguém queira" milho transgénico na alimentação humana e os produtores "não nos pedem esta variedade". O grão de uma cultura OGM "fica para o gado."
Os números do ministério mostram que, embora seja patente o aumento da área cultivada em Portugal, o milho OGM continua a ser uma alternativa incipiente em comparação com a área afecta a outras variedades de milho - cerca de 138 mil hectares em 2011.
A nível mundial, a área semeada com culturas transgénicas foi, segundo a International Service for the Acquisition of Agribiotech Applications, de 160 milhões de hectares, representando um acréscimo, relativamente ao ano de 2010, de 12 milhões de hectares, e envolveu um total de 16,7 milhões de agricultores de 29 países.
Informações divulgadas pela EuropaBio referem que, na União Europeia, a área cultivada com variedades de milho geneticamente modificadas foi de 114,6 mil hectares, repartida por seis Estados-membros (Portugal, Espanha, República Checa, Eslováquia, Roménia e Polónia), representando um acréscimo de área de cerca de 20% em relação a áreas semeadas em 2010.
No ano agrícola de 2011, constatou-se uma inversão da tendência de redução da área de milho (diferentes variedades) cultivada em Portugal, que se vinha a verificar desde 2005, tendo-se registado uma área total de 137.413 hectares.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1554236
-
Autor do tópico - Membro Platinium
- Mensagens: 7877
- Registado: sexta set 04, 2009 1:04 am
- Localização: Amadora
Re: Portugal Económico
Doutores, engenheiros, riqueza e empregos
26 Julho 2012
Médicos, gestores, economistas e engenheiros. Estas são as profissões que devem ser escolhidas pelos jovens que querem garantir uma elevada probabilidade de emprego em Portugal. Isto foi, pelo menos, o que aconteceu no passado. Nada garante que será assim no futuro. A única garantia está na educação. Seja qual for o curso, mais educação é sempre melhor do que menos. Assim o mostra a história, assim o revelam os países.
http://www.destakes.com/redir/36ad7711f ... ee7a71892a
26 Julho 2012
Médicos, gestores, economistas e engenheiros. Estas são as profissões que devem ser escolhidas pelos jovens que querem garantir uma elevada probabilidade de emprego em Portugal. Isto foi, pelo menos, o que aconteceu no passado. Nada garante que será assim no futuro. A única garantia está na educação. Seja qual for o curso, mais educação é sempre melhor do que menos. Assim o mostra a história, assim o revelam os países.
http://www.destakes.com/redir/36ad7711f ... ee7a71892a