Re: Notícias
Enviado: terça mai 08, 2012 9:34 am
viva;
Portugal importou mais de sete mil milhões de euros em produtos energéticos:
O saldo importador de produtos energéticos em Portugal subiu 27,7 por cento para 7100 milhões de euros em 2011, devido ao aumento dos preços de importação e à desvalorização do euro face ao dólar, segundo a Direcção-Geral de Energia.
"Os dois factores que, exogenamente, afectaram negativamente este saldo importador, foram o aumento generalizado dos preços de importação de todos os produtos energéticos nos mercados internacionais na ordem dos 30 por cento, face a 2010, e à desvalorização do euro face ao dólar, na ordem dos cinco por cento", lê-se no mais recente relatório da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
O saldo importador português "espelha o elevado peso do valor (em euros) de importação do petróleo bruto e refinados (28,5 por cento), bem como do gás natural (18,7 por cento), da energia eléctrica (28,9 por cento) e da hulha (66,4 por cento)", segundo aquela entidade do Ministério da Economia e do Emprego.
A subida do saldo importador de 5561 milhões de euros em 2010 para 7100 milhões de euros em 2011 leva este indicador a aproximar-se "dos níveis críticos registados em 2008", segundo a DGEG, com os anos de 2009 e de 2010 a registarem, em termos reais, uma melhoria dos seus saldos importadores.
Este agravamento do défice externo energético deve-se em grande parte à subida do preço do petróleo, mas também há um efeito 'volume', já que as importações de carvão para a produção de electricidade dispararam 31,2 por cento, devido à queda da produção hídrica, uma vez que o ano passado foi um ano seco.
Entre 2010 e 2011, o peso do saldo importador de produtos energéticos no Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado passou de 3,2 por cento para 4,1 por cento.
Já o saldo exportador, expresso em euros, melhorou no ano passado quando comparado com 2010, com uma subida de 28,8 por cento. "Apesar de as nossas exportações terem diminuído em termos de quantidades, face a 2010, […] as mesmas acabaram por beneficiar, quer em dólares, quer em euros, da já mencionada escalada de preços".
O aumento da dependência externa de energia, perante ao crescimento do saldo importador, agrava o défice público português, isto numa altura em que se debate os custos da produção interna e a aposta nas energias renováveis.
O atenuamento deste saldo claramente desfavorável a Portugal (na componente da electricidade) tem sido um dos argumentos usados pelos que defendem o reforço do investimento na expansão das energias eólica e hídrica, já que a maior utilização de recursos endógenos (vento e água) pode mitigar o crescimento do volume de importações, levando à diminuição da dependência do petróleo.
Lusa/SOL
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Portugal importou mais de sete mil milhões de euros em produtos energéticos:
O saldo importador de produtos energéticos em Portugal subiu 27,7 por cento para 7100 milhões de euros em 2011, devido ao aumento dos preços de importação e à desvalorização do euro face ao dólar, segundo a Direcção-Geral de Energia.
"Os dois factores que, exogenamente, afectaram negativamente este saldo importador, foram o aumento generalizado dos preços de importação de todos os produtos energéticos nos mercados internacionais na ordem dos 30 por cento, face a 2010, e à desvalorização do euro face ao dólar, na ordem dos cinco por cento", lê-se no mais recente relatório da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
O saldo importador português "espelha o elevado peso do valor (em euros) de importação do petróleo bruto e refinados (28,5 por cento), bem como do gás natural (18,7 por cento), da energia eléctrica (28,9 por cento) e da hulha (66,4 por cento)", segundo aquela entidade do Ministério da Economia e do Emprego.
A subida do saldo importador de 5561 milhões de euros em 2010 para 7100 milhões de euros em 2011 leva este indicador a aproximar-se "dos níveis críticos registados em 2008", segundo a DGEG, com os anos de 2009 e de 2010 a registarem, em termos reais, uma melhoria dos seus saldos importadores.
Este agravamento do défice externo energético deve-se em grande parte à subida do preço do petróleo, mas também há um efeito 'volume', já que as importações de carvão para a produção de electricidade dispararam 31,2 por cento, devido à queda da produção hídrica, uma vez que o ano passado foi um ano seco.
Entre 2010 e 2011, o peso do saldo importador de produtos energéticos no Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado passou de 3,2 por cento para 4,1 por cento.
Já o saldo exportador, expresso em euros, melhorou no ano passado quando comparado com 2010, com uma subida de 28,8 por cento. "Apesar de as nossas exportações terem diminuído em termos de quantidades, face a 2010, […] as mesmas acabaram por beneficiar, quer em dólares, quer em euros, da já mencionada escalada de preços".
O aumento da dependência externa de energia, perante ao crescimento do saldo importador, agrava o défice público português, isto numa altura em que se debate os custos da produção interna e a aposta nas energias renováveis.
O atenuamento deste saldo claramente desfavorável a Portugal (na componente da electricidade) tem sido um dos argumentos usados pelos que defendem o reforço do investimento na expansão das energias eólica e hídrica, já que a maior utilização de recursos endógenos (vento e água) pode mitigar o crescimento do volume de importações, levando à diminuição da dependência do petróleo.
Lusa/SOL
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