caro mobi.e,
ficamos gratos por nos tratarem como pioneiros, porque de facto, enquanto muitos ainda
pensavam (e outros ainda pensam), que os veículos eléctricos seriam para o futuro, já
muitos de nós conduzíamos um.
quando começámos a ter conhecimento das notícias do pioneirismo em portugal,
principalmente quando começaram a sair notícias da mobi.e - constituída pelo
consórcio das empresas edp, efacec, novabase, critical, ceiia e inteli - tivemos
orgulho na conjuntura actual do nosso país, coisa rara no presente.
pensei que tínhamos finalmente parceiros, que acreditavam que portugal, com uma
política energética eficiente, podia, num futuro a médio/longo prazo, ser praticamente
independente em termos energéticos, acreditando também nas sábias palavras de
antónio mexia, que afirmou: “se toda a frota automóvel portuguesa fosse movida a
electricidade, portugal poderia ter poupado 2500 milhões de euros na energia
comprada", durante o debate "tendências e desafios do mercado de energia europeu".
a mobi.e publicou no seu site e o eng. alberto barbosa reafirmou no recente
seminário da mobilidade eléctrica - que decorreu no auditório da ordem dos
engenheiros - que, dos 1300 pontos de carregamento de carga normal, 687 são em
lisboa, ou seja, cerca de 52,85%, pouco mais de metade dos pontos de
carregamento.
analisando estes dados, concluímos facilmente, que as vantagens da mobilidade
eléctrica são mais evidentes e significativas nas cidades, o que perfaz toda a lógica,
visto que a maior fatia de tráfego no país é efectuado na cidade de lisboa, com uma
média de 56 km diários e 1,1 passageiros por veículo, cerca de 70% dos veículos tem
apenas o condutor.
as condições acima descritas, seriam ainda mais vantajosas com a promoção da
mobilidade eléctrica através de motociclos. porque, na verdade, citando o professor
joaquim delgado, nós andamos a gastar energia para transportar metal e não pessoas,
significando com isto que, para transportar cerca de 80 kg humanos, gastamos energia
para mover 1 a 2 toneladas de metal (automóvel).
mais logo vejo o resto.