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Aerogerador doméstico português: o Turban

Enviado: domingo nov 01, 2009 3:45 pm
por Gaia
paece que vamos ter uma turbina portuguesa muito boa.

"são mais pequenos, mas têm a eficiência energética das grandes eólicas", explica ao dn ana estanqueiro, directora do laboratório nacional de energia e geologia (lneg - antigo ineti, instituto nacional de engenharia, tecnologia e inovação), que desenvolveu o aerogerador doméstico português: o turban.

será que vai ser mesmo assim?
o preço é que parece não ajudar...

in dn
eólicas domésticas ajudam a diminuir conta da electricidade
por bruno abreuhoje


pode correr apenas uma leve brisa ou um vento mais forte, mas uma coisa é certa: é possível aproveitá-los para produzir energia. as eólicas domésticas estão cada vez mais eficientes e mostram-se uma boa solução para poupar. são excelentes para complementar as falhas dos painéis solares, gerando electricidade. e ainda podem tornar-se boa fonte de receita

são silenciosos, eficientes, mesmo com pouco vento, e até o primeiro- -ministro josé sócrates tem um na residência de são bento. são os aerogeradores (ou eólicas) domésticos que, dependendo da força do vento, podem fazer com que nunca mais gaste dinheiro em electricidade na sua casa.

"são mais pequenos, mas têm a eficiência energética das grandes eólicas", explica ao dn ana estanqueiro, directora do laboratório nacional de energia e geologia (lneg - antigo ineti, instituto nacional de engenharia, tecnologia e inovação), que desenvolveu o aerogerador doméstico português: o turban.

o modo de funcionamento destes aparelhos é simples: a energia do vento faz girar as pás da turbina que por sua vez fazem rodar um eixo. este eixo põe em funcionamento o gerador, onde campos magnéticos convertem a energia rotacional em electricidade.

mas nem todos os locais são bons para colocar uma eólicadoméstica: "se viver fora de lisboa ou porto, grande centros habitacionais, deve optar pelo modelo horizontal. se morar em grandes cidades, o vertical será o mais adequado", explica a directora do lneg. na cidade, a variação da direcção do vento é muito elevada devido à dimensão dos edifícios e dos inúmeros obstáculos. isto faz com que o modelo vertical ["aquele que parece uma batedeira"] seja mais adequado, pois, apesar de ser menos eficiente, lida melhor com estas variações. fora das cidades, o vento corre livremente e os aerogeradores horizontais ["semelhantes às ventoinhas"] aproveitam melhor a sua força.

"portugal é um dos países com legalização relativa à microprodução doméstica. se o preço dos aerogeradores forem acessíveis, as famílias podem tornar-se produtoras de electricidade e, dependendo da eficiência do vento, podem nunca mais pagar nenhuma conta de electricidade", explica ana estanqueiro.

mas quanto custa, afinal, um aparelho destes? o turban, que ainda não está à venda - ana estanqueiro diz que existem cinco empresas interessadas no projecto do lneg que o deverão comercializar em 2010 - tem um preço de protótipo de 7 mil euros, com uma potência de 2,5 kilowatts.

josé fernandes, da empresa renováveis minho diz que o aerogerador mais barato que vende custa mil euros e tem uma potência de 200 watts. alerta ainda para a localização dos mesmos: "deve ser colocado a altitudes superiores a 800 metros, onde a média de ventos é superior. também convém não ter obstáculos como árvores à frente", sublinha.

quem não parece descontente com o seu aerogerador é josé sócrates: "colocamos um turban no jardim da casa de são bento [em novembro de 2007] e até agora tem funcionado sem problemas", conta ana estanqueiro. "como este projecto foi financiado pela agência de inovação, o primeiro-ministro quis instalar um na sua habitação", acrescenta. segundo os cálculos do lneg, o turban tem uma eficiência que faz com que fique pago, na pior das hipóteses e com uma instalação em local correcto, em seis a sete anos. se a sua zona for ventosa, então este período pode baixar para quatro anos.

outra forma de rentabilizar o investimento, mesmo em dias sem vento, é instalar uma sistema híbrido, eólica mais solar. "assim aproveita o sol mais próprio do verão e no inverno a energia passa a ser recolhida apenas pelo vento. "as zona de trás-os-montes, costa alentejana, oeste e algarvia são as melhores zonas para híbridos", conclui.

Re: Aerogerador doméstico português: o Turban

Enviado: domingo nov 08, 2009 8:34 pm
por mauri
gaia Escreveu:paece que vamos ter uma turbina portuguesa muito boa.

"são mais pequenos, mas têm a eficiência energética das grandes eólicas", explica ao dn ana estanqueiro, directora do laboratório nacional de energia e geologia (lneg - antigo ineti, instituto nacional de engenharia, tecnologia e inovação), que desenvolveu o aerogerador doméstico português: o turban.

será que vai ser mesmo assim?
o preço é que parece não ajudar...

um preço de protótipo de 7 mil euros, com uma potência de 2,5 kilowatts.]
doméstico e por 7 mil euros? interessava sim um aerogerador simples e económico, fácil de montar, que cada casa pudesse ter um, nem que produzisse pouca energia mas que fosse rentável!
isso parece mais para grandes investimentos!

Re: Aerogerador doméstico português: o Turban

Enviado: domingo nov 08, 2009 8:36 pm
por jmal
mauri Escreveu:
gaia Escreveu:paece que vamos ter uma turbina portuguesa muito boa.

"são mais pequenos, mas têm a eficiência energética das grandes eólicas", explica ao dn ana estanqueiro, directora do laboratório nacional de energia e geologia (lneg - antigo ineti, instituto nacional de engenharia, tecnologia e inovação), que desenvolveu o aerogerador doméstico português: o turban.

será que vai ser mesmo assim?
o preço é que parece não ajudar...

um preço de protótipo de 7 mil euros, com uma potência de 2,5 kilowatts.]
doméstico e por 7 mil euros? interessava sim um aerogerador simples e económico, fácil de montar, que cada casa pudesse ter um, nem que produzisse pouca energia mas que fosse rentável!
isso parece mais para grandes investimentos!

preço de protótipo !!, até me parece bem baixo, com a produção em série deve baixar imenso.

Re: Aerogerador doméstico português: o Turban

Enviado: terça nov 10, 2009 7:17 pm
por Sun_rise_pt
o turban, que ao contrário do noticiado não é (ou melhor: não será o primeiro aerogerador de fabrico nacional) já deveria estar em produção há mais de 1 ano, como previsto http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx? ... id=1000113 . os primeiros exemplares aprareceram em 2007 (pelo que me recordo, um deles terá sido intalado em casa do primeiro ministro).

quanto aos custos:....
o projecto está orçamentado em 1,5 milhões de euros, dos quais 700 mil são comparticipados. ana estanqueiro não hesita sobre o objectivo deste projecto de investigação e desenvolvimento. "estamos a fazer isto para canalizar para o mercado".
este texto completo está em: http://novasenergias.no.sapo.pt/index_n ... aleria.htm

tal como noutras áreas (infelizmente!!!) onde foi facto que se fez demasiado alarde antes do tempo, que deu em nada até hoje, certamente não vamos conseguir mercado, pois há fabricantes desde a china ( não falo daqueles que por aí proliferam de qualidade baixa... ), itália, canadá, a fabricar aerogeradores com um acabamento e materiais muito cuidados para todos os climas, pás de fibra de carbono, tecnologia aeroespacial, baixos níveis de ruído, e por aí... ...por valores bem inferiores aos aventados de custos futuros para o turban na época que os poucos exemplares apareceram.
a grande característica aprasentada pelos investigadores, seria o arranque a baixa velocidade de vento de 3.5m/s... mas não é isto comum a tantas outras turbinas??? o pessoal não saberá o que existe por aí fora ads terras lusas???

será que não existirá alguém, aparentemente, que antes de gastar recursos públicos avultados perca algum tempo a fazer um pesquisa de mercado exaustiva, e que pondere as situações atendendo ao mercado global onde portugal está inserido??? ou ( como alguém já disse ) iremos comprar mais um produto mais carote apenas por ser nacional???


sinceramente, para um projecto de um instituto público, que aparentemente (pelo que pude conhecer) só terá apenas um design aerodinâmico algo diferente dos existentes ( terá isso vantagens??? ), estava com projecções de custo demasiado elevadas (+/- 3.500 euros apenas o aerogerador; cerca de 9000 o equpamento completo!!! ) tendo em atenção que se pretendiam vendas elevadas por cá e pelos palop que são de maus recursos económicos especialmente onde a energia eléctrica é mais difícil de obter.
acredito que seria possível reduzir custos sem deteriorar a qualidade.
mas, por cada dia que passa sem se cumprirem objectivos, a questão agrava-se e nem se sabe se não aparecerá algum plagiador dos que conhecemos a fabricar algo semelhante um dia destes.