portanto a energia eólica não precisa de subsídios, certo? por isso e' que a pagamos (ou deveríamos pagar, fica para os próximos ou para o futuro próximo) 5x mais cara que o preço base da energia. agarrem nas vossas facturas e vejam se estavam dispostos a pagar agora 5x mais do que o valor que la esta'. depois acrescentem-lhe juros, não de 10 anos, mas de 16 (creio que e esse o tempo que a subsidiarizaçao estará em vigor). não esquecer que em 5 anos o défice tarifário passou de 0% do pib para 1%. e quem pensa que o défice tarifário se anula sem alguém pagar (o contribuinte, outra vez) ou 'automaticamente', desengane-se.
ò hlopes, desculpa lá mas isso não é ignorância e muito menos ingenuidade!!
não justifiques o exagero dos teus números com a velha observação de que a energia renovável não será suficiente. pelo que demonstras, presumo que te presumes um super sumo. por isso, será que tb tens algum interesse ou…
bom, ao que parece, na micro geração a energia eólica é paga com valores aproximados a 5 vezes do valor kw das eólicas normais/gigantescas. e o valor das eólicas grandes era em 2009 de € 0,0865/kw , solar fotovoltaico 0,25/kw ciclo combinado 0,068 nuclear 0,042.
o valor kw da micro produção baixa todos os anos e o seu peso total na produção deve rondar 0s 3% da produção nacional, migalhas.
feitas as contas, pessoalmente, não me importo de pagar o dobro por renováveis em vez da nuclear.
já agora coloco umas noticias:
um prost já daqui ao lado:
http://novaenergia.net/forum/viewtopic.php?f=20&t=12492
a entrevista de um dos motores de contestação desta politica energética assente em propaganda:
depois da apresentação do manifesto por uma nova política energética em portugal, assinada por 33 personalidades ligadas ao sector, josé luís pinto de sá explica ao ambienteonline como nasceu a iniciativa e o que criticam os seus signatários. o professor do instituto superior técnico e consultor no sector da energia, uma das vozes mais sonantes do manifesto, fala da importância do planeamento estratégico e da necessidade de haver um mix energético que assegure uma produção em concordância com o consumo. as metas impostas por bruxelas para as renováveis merecem ainda as críticas de pinto de sá. são «intrínsecamente erradas», acusa.
como surgiu a ideia de avançar com a constituição do manifesto?
eu diria que, neste grupo de 33 signatários, estão aqui pessoas que têm reflectido sobre este assunto e que têm manifestado posições políticas em vários aspectos. no meu caso, iniciei um blogue, em junho do ano passado, e comecei a perceber que havia uma série de opiniões no público, veiculadas pelos meios de comunicação e até com anuência dos partidos na oposição. coisas absurdas estavam a tornar-se consensuais. aliás, coisas tecnicamente absurdas e economicamente desastrosas.comecei a escrever sobre isso no meu blogue e comecei a contactar com algumas pessoas, entre elas o professor mira amaral. desta forma, criou-se um grupo e gerou-se uma troca de e-mails. entretanto, alguém propôs, a que certa altura, a elaboração de um manifesto, já que estamos todos de acordo, todos a partilhar a mesma indignação e o mesmo sentimento de «como é que é possível que se tenham tornado consensuais uma série de ideias absurdas?».
o que defende este manifesto?
o que se defende é que exista uma política energética. o que existe actualmente não é uma política energética planeada, mas medidas casuísticas. por exemplo, a questão das hidroeléctricas para fazer bombagem para as eólicas. isto nunca foi testado em lado nenhum e não foi estudado. mais ainda, estou convencido que nem sequer funciona. além do preço, já que essas hidroeléctricas vão custar perto de 5 mil milhões de euros, um valor superior ao investimento no novo aeroporto, acredito que não vão produzir energia nenhuma. apesar da ideia se basear num mecanismo de armazenamento para as eólicas, tenho muitas dúvidas que funcione. e nós temos uma evidência, dada até pelo inverno passado, que nas alturas em que há mais vento durante o ano, as barragens estão cheias de água da chuva e, por consequência, não conseguem fazer bombagem. nós vamos ser pioneiros numa decisão de milhões de euros, que não tem por base nenhum estudo. isto parece áfrica. nunca pensei ver decisões energéticas a funcionar assim.
mas há determinadas metas que são exigidas por bruxelas e que portugal, como estado-membro, tem de cumprir...
somos obrigados, mas mesmo durante a negociação, as metas podem ser definidas de país para país. aliás, há um bom exemplo. em 2001, portugal conseguiu um resultado muito bom nas negociações. portugal era, na altura, o terceiro estado-membro em fontes de energias renováveis, devido às hidroeléctricas do século passado. conseguimos negociar a manutenção da produção renovável em termos relativos, que apenas teria de acompanhar o crescimento do consumo até 2010. isto mostra que logo na própria negociação há coisas que se podem conseguir.
mais recentemente definiram-se as metas energéticas para 2020. mas desta vez, portugal candidatou-se a ser o campeão, sem ter feito contas nenhumas de quanto isto iria custar e de como poderia ser feito. porém, o próprio facto de nos termos candidatado a metas extravagantes, não significa que elas voltem atrás. neste momento está em preparação uma revisão do plano para 2020, iniciado pela alemanha e frança, e que será concluído em 2013.
o problema é que, em bruxelas lembram-se de dizer metas “20/20/20”, em jeito de slogan maoísta, e nós vamos a correr fazer. mas temos que pensar o que isso significa para portugal, qual a forma de resolver. pessoalmente, defendo que estas posições da ue devem ser criticadas, porque estão intrinsecamente erradas.
há quem conote este grupo e este manifesto como uma forma encapotada de defender a implantação do nuclear em portugal. acreditam que é esta a solução energética para portugal?
há uma posição que é comum nas forças dominantes: quando são atacadas por alguma coisa, contra-atacam noutra. penso que aqui a questão é essa. tenta-se conotar o grupo com uma posição pró-nuclear. a questão que o grupo considera é que, antes de mais, é preciso fazer um planeamento. em segundo lugar, é preciso uma solução que cumpra as metas de redução de co2 ao custo mínimo. do ponto de vista técnico, é preciso um mix, uma mistura equilibrada. de tal forma que não tenhamos em excesso uma forma de energia que depois obrigue a ter armazenamentos ou centrais de reservas. isto põe-se nas intermitentes, mas também no nuclear, com produção constante sem variação de acordo com o consumo. nenhuma das duas, só por si, se adequa, por isso é bom ter uma mistura de várias alternativas.
fonte ambienteonline
concordo que são propagandeados grandes disparates, vídeo demonstrativo com o divertido do ex-ministro dos chifres aquando da pelermiçe.
http://www.youtube.com/watch?v=fmetfmi0row