Concentrar o Sol para ter energia
Enviado: domingo abr 18, 2010 7:10 pm
concentrar o sol para ter energia
sistema modular inovador permite obter electricidade e aquecer água nos edifícios
00h30m
fernando basto, [email protected]
um projecto inovador de concentração solar com um aproveitamento duplo - térmico e eléctrico - e com rendimentos globais acima dos 70% está em fase de lançamento na faculdade de engenharia da universidade do porto (feup).
quando começar a ser comercializado, passará a ser possível e rentável, em qualquer prédio habitacional, aquilo que agora não o é com os painéis solares: produzir electricidade, ao mesmo tempo que se processa ao aquecimento da água.
o projecto - designado efistec (efficient solar technology) - venceu a primeira edição do concurso de ideias e negócio - iup25k - promovido pela reitoria da universidade do porto.
os seus mentores são leonel ramos (aluno do doutoramento em engenharia civil) e hugo gonçalves (do programa doutoral em engenharia electrotécnica e computadores), que arrecadaram o prémio de 15 mil euros e a possibilidade de incubação no parque de ciência e tecnologia da up.
os dois engenheiros partiram da constatação da impossibilidade de, nas zonas urbanas, e mais concretamente nos edifícios habitacionais, conjugar - por falta de espaço nas coberturas - painéis térmicos solares (usados para o aquecimento de água) e painéis fotovoltaicos (para a produção de electricidade). encontrar um novo sistema modular com aquela dupla função, destinado às zonas urbanas, mostrava-se uma ideia brilhante, motivada quer pelo constante aumento do petróleo quer pelo aparecimento dos automóveis eléctricos, que exigirão aos consumidores maiores gastos com electricidade.
implementação em perspectiva
o efistec consiste em módulos de pequena dimensão, com cerca de dois metros quadrados e com um conjunto de pequenos espelhos, num total que pode variar entre 30 e 50. esses espelhos seguem a orientação solar, graças a um controlador computorizado, e enviam os feixes solares para uma pequena torre concentradora, do tamanho de uma antena de televisão. esse módulo concentrador tem uma eficiência de produção eléctrica entre 30% e 40% e uma eficiência de aquecimento de água de 35%, num total de 75% de eficiência conjunta.
leonel ramos disse ao jn que os primeiros estudos já realizados permitem concluir que há mercado para o novo produto. "um mercado forte é a hotelaria, onde os custos energéticos são avultados", referiu. com a patente já registada, o projecto poderá estar em fase de comercialização dentro de ano e meio. para já, os seus promotores pretendem realizar um protótipo não optimizado de forma a captar investimento. só mais tarde surgirá a implementação do produto e o início da comercialização. o efistec implica um investimento total da ordem dos 400 mil euros, incluindo a primeira instalação à escala real num hotel.
sistema modular inovador permite obter electricidade e aquecer água nos edifícios
00h30m
fernando basto, [email protected]
um projecto inovador de concentração solar com um aproveitamento duplo - térmico e eléctrico - e com rendimentos globais acima dos 70% está em fase de lançamento na faculdade de engenharia da universidade do porto (feup).
quando começar a ser comercializado, passará a ser possível e rentável, em qualquer prédio habitacional, aquilo que agora não o é com os painéis solares: produzir electricidade, ao mesmo tempo que se processa ao aquecimento da água.
o projecto - designado efistec (efficient solar technology) - venceu a primeira edição do concurso de ideias e negócio - iup25k - promovido pela reitoria da universidade do porto.
os seus mentores são leonel ramos (aluno do doutoramento em engenharia civil) e hugo gonçalves (do programa doutoral em engenharia electrotécnica e computadores), que arrecadaram o prémio de 15 mil euros e a possibilidade de incubação no parque de ciência e tecnologia da up.
os dois engenheiros partiram da constatação da impossibilidade de, nas zonas urbanas, e mais concretamente nos edifícios habitacionais, conjugar - por falta de espaço nas coberturas - painéis térmicos solares (usados para o aquecimento de água) e painéis fotovoltaicos (para a produção de electricidade). encontrar um novo sistema modular com aquela dupla função, destinado às zonas urbanas, mostrava-se uma ideia brilhante, motivada quer pelo constante aumento do petróleo quer pelo aparecimento dos automóveis eléctricos, que exigirão aos consumidores maiores gastos com electricidade.
implementação em perspectiva
o efistec consiste em módulos de pequena dimensão, com cerca de dois metros quadrados e com um conjunto de pequenos espelhos, num total que pode variar entre 30 e 50. esses espelhos seguem a orientação solar, graças a um controlador computorizado, e enviam os feixes solares para uma pequena torre concentradora, do tamanho de uma antena de televisão. esse módulo concentrador tem uma eficiência de produção eléctrica entre 30% e 40% e uma eficiência de aquecimento de água de 35%, num total de 75% de eficiência conjunta.
leonel ramos disse ao jn que os primeiros estudos já realizados permitem concluir que há mercado para o novo produto. "um mercado forte é a hotelaria, onde os custos energéticos são avultados", referiu. com a patente já registada, o projecto poderá estar em fase de comercialização dentro de ano e meio. para já, os seus promotores pretendem realizar um protótipo não optimizado de forma a captar investimento. só mais tarde surgirá a implementação do produto e o início da comercialização. o efistec implica um investimento total da ordem dos 400 mil euros, incluindo a primeira instalação à escala real num hotel.