NovaEnergia

uma das leis que aprendi em vários cursos que tive (marketing, gestão, etc..) é que num país independente e livre , o que funciona é a lei da oferta e compra.
quando há muita oferta - os preços baixam
quando há muita procura - os preços sobem
actualmente (e desde que me lembro) a edp só sobe preços.
vi hoje no link do sapo http://tvnet.sapo.pt/noticias/detalhes.php?id=64333 que a edp está a facturar milhões por dia só na exportação cito" em apenas dois dias, portugal conseguiu três milhões de euros através da exportação de electricidade, com base na produção de energias renováveis."
e para janeiro e apesar de estarmos a produzir cada vez mais e a gastar cada vez menos lá vem aumento outra vez.
realmente ou não estamos num país democrático e livre ou a edp é um caso á parte na lei da procura/oferta.

eu penso que portugal actualmente ainda importa mais do que exporta, pelo que sendo assim a lei procura/oferta mantêm-se. não esquecer que as energias renováveis começaram há pouco tempo e envolve grandes investimentos.
notícia um pouco atrasada de 6 de maio último, http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=433151.
não esquecer que a edp tem as suas mg (investimento) e tem de pagar para suporte das mg particulares e isso envolve no custo final. só mantendo um custo alto no produto final consegue manter os investimentos envolvidos.
ver também o que se diz no tópico http://novaenergia.net/forum/viewtopic.php?f=20&t=13722, sobre o assunto referido.

além da lei da oferta e da procura, o monopólio que a edp tem suporta esta desigualdade. o que me espanta e não sei se é uma questão legal ou uma imposição da dgge, é que podemos ter outro fornecedor de energia que não a edp mas pagamos para que essa mesma energia que é produzida e distribuída por outro fornecedor, seja feita pela edp que beneficia com a taxa de exploração! é esta a definição de mercado liberalizado? será que não estou a ver as coisas bem?? mais parece-me a definição de contrato de arrendamento. pode ser que se aplique daqui a uns anos o direito de usucapião.

em portugal as privatizações são cuidadosamente mal feitas. ja vimos esse filme com a pt em que a concorrência teve de chegar por ar, pela rede gsm

por acaso a minha última "grande compra" de 2010 vai ser um belo par de paineis solares fotovoltaicos.

njay Escreveu:por acaso a minha última "grande compra" de 2010 vai ser um belo par de paineis solares fotovoltaicos.

ainda chegarás a tempo? não te esqueças que já estamos a 31 de dezembro?lol

claro que chego, 31/12 ainda é 2010

taniasilva Escreveu:além da lei da oferta e da procura, o monopólio que a edp tem suporta esta desigualdade. o que me espanta e não sei se é uma questão legal ou uma imposição da dgge, é que podemos ter outro fornecedor de energia que não a edp mas pagamos para que essa mesma energia que é produzida e distribuída por outro fornecedor, seja feita pela edp que beneficia com a taxa de exploração! é esta a definição de mercado liberalizado? será que não estou a ver as coisas bem?? mais parece-me a definição de contrato de arrendamento. pode ser que se aplique daqui a uns anos o direito de usucapião.

há que reflectir um pouco antes de demonstrar toda essa indignação.

e não é um contrato de arrendamento para o uso da estrutura instalada pela edp? havemos de lá chegar mas ainda não é possivel fornecer energia sem o apoio de uma infraestrutura. quem é que investiu milhões na aquisição e instalação de milhares de km de cablagens, postes de suporte, escavações para cablagem enterrada, postos de transformação, milhares de dispositivos de medição, protecção, corte, etc?

achava correcto se você tivesse várias lojas que fornecessem um serviço único em portugal, p.e. reciclar e reaproveitar cápsulas de café nespresso, e de repente um regulador lhe ordenasse que tinha que simplesmente ceder parte delas (a infraestrutura), sem qualquer ressarcimento, porque tinha o monopólio desse serviço em portugal?

não creio que achasse justo não é? o mais lógico seria que a nova empresa partilhasse parte dos lucros consigo para compensar o dinheiro que você investiu, no passado, na compra das lojas não?

boas

fico sem perceber o papel da ren...

quero lembrar que fui eu que paguei os postes e a instalação da rua até minha casa, postes que pertencem ao domínio publico. tenho um colega que nao tem luz em casa porque a edp queria 35 000€ para fazer o trabalho ha 10 anos atras. nas novas construções, urbanizações, etc, os custos são suportados pelo construtor/promotor que por sua vez terá de os reflectir no custo da habitação.

o papel da ren é o de nos passar a factura e ficar com lucros bem chorudos e baseando o preço do "custo" da electricidade somente no preço do carvão, sim porque ter as barragens cheias não faz descer os preços.

o que não entendo neste pais é o papel da autoridade da concorrência em que tudo o que é grande não toca...

há que reflectir um pouco antes de demonstrar toda essa indignação.

e não é um contrato de arrendamento para o uso da estrutura instalada pela edp? havemos de lá chegar mas ainda não é possivel fornecer energia sem o apoio de uma infraestrutura. quem é que investiu milhões na aquisição e instalação de milhares de km de cablagens, postes de suporte, escavações para cablagem enterrada, postos de transformação, milhares de dispositivos de medição, protecção, corte, etc?

achava correcto se você tivesse várias lojas que fornecessem um serviço único em portugal, p.e. reciclar e reaproveitar cápsulas de café nespresso, e de repente um regulador lhe ordenasse que tinha que simplesmente ceder parte delas (a infraestrutura), sem qualquer ressarcimento, porque tinha o monopólio desse serviço em portugal?

não creio que achasse justo não é? o mais lógico seria que a nova empresa partilhasse parte dos lucros consigo para compensar o dinheiro que você investiu, no passado, na compra das lojas não?[/quote]

não estou indignada, porque o mercado tem de funcionar assim por variadíssimas razões, que não vale a pena serem esmiuçá-las aqui dada a finalidade deste fórum.
e claro que não considero justo e lógico a edp ter feito tanto investimento e não lucrar com isso. o que digo é que as outras empresas, querendo por elas instalar a sua actividade e fazer o mesmo que a edp fez (investir e gastar) não lhes é permitido.

concordo com a tânia, principalmente na parte final, deveria ser dada hipótese de outros entrarem.
mas não creio que neste país isso resultasse em baixa de preços, temos vários exemplos como nos telemóveis, em que se uma sobe preços, as outras sobem....
houve um grande alarido no início do ano passado com a entrada da endesa em portugal, eu pergunto aonde se vê os resultados dessa entrada?
quanto ao investir, realmente a edp fez um grande investimento, mas a edp ainda é um pouco estado, mas quando os principais investimentos foram feitos (passado) era a quase totalidade estado, logo todos nós ajudamos a criar as infraestruturas que agora dão milhões de lucros a alguns...
pergunto que se em vez de ter milhóes de lucro e continuar a investir muito, se pudesse não aumentar a factura e ter "apenas" alguns milhares de lucro.

eu tenho que discordar.
a infraestrutura pertence a uma entidade independente da edp: a ren (redes energéticas nacionais).
a edp desempenha o papel de comercialização ao púbico de energia e de produtor em muitas centrais e parques de renováveis (mas não em todas). depois tem que pagar uma taxa de utilização à ren assim como têm que pagar as empresas espanholas que comercializam electricidade em portugal.

a infraestrutura foi passada pela ren pelo estado para permitir a implementação do mibel e eventual concorrência portuguesa no comércio e também para incentivar o desenvolvimento das energias renováveis, uma vez que a edp não tinha qualquer interesse em expandir e actualizar a rede de distribuição para incluir as energias renováveis e parar as centrais convencionais a gás e a carvão.

não se esqueçam deste pormenor: a infraestrutura pertence à ren (empresa pública, logo pertence ao estado) e não à edp.

e mesmo que assim não fosse, quem construiu a rede de distribuição foi o estado com dinheiro dos contribuintes no tempo em que a edp era pública, não foram os accionistas da edp que só se meterem lá depois de estar tudo construído pelo estado e a funcionar para chuparem os lucros...

o preço da electricidade por mais que eles se tentem justificar não tinham qualquer necessidade de subir!
só teve que subir para edp continuar com os lucros monstruosos que tem vindo a ter. não podiam simplesmente ganhar para pagar o salário aos trabalhadores, nada de prémios absurdos para gestores, gastar muitos menos em publicidade (para quê gastar tanto em publicidade se não há concorrência?!).
bastava diminuir os lucros da edp para algo de aceitável, e desvia-lo para poupança para investir em equipamentos que não havia necessidade de aumentar os preços, provavelmente até podiam descer.