Quase metade dos espanhóis quer união entre Portugal-Espanha
Enviado: terça out 17, 2006 1:15 pm
quase metade dos espanhóis, 45,7%, quer a união entre portugal e espanha, com a maioria a defender que o novo país deve chamar-se espanha, ter madrid como capital e manter o regime monárquico, de acordo com uma sondagem.
a sondagem, realizada pela ipsos para a revista tiempo refere que o apoio à união dos dois países é particularmente elevada entre os mais jovens, dos 18 aos 24 anos, com mais de metade (50,8%) a favorecerem essa opção.
entre os que favorecem a fusão, 43,4% dizem que o novo estado deve chamar-se espanha, contra 39,4% que favorecem a opção de «ibéria», e apenas 3,3% favorece ver lisboa como a capital do novo estado, contra 80% que querem madrid.
cerca de metade dos eleitores defende que o novo estado deve manter-se com o regime monárquico, que vigora em espanha, contra 30,2% que defendem que o «novo país» seja uma república.
a sondagem surge semanas depois de o semanário português sol ter revelado uma sondagem que indicava que 28% dos portugueses favorecem a união com espanha.
para ilustrar o cenário documentado na sondagem, a revista tiempo visita as aldeias vizinhas de rionor de bragança, em portugal, e rihinor de castela, em espanha, localidades onde a única divisão evidente é no rio que as separa.
o sentimento de proximidade com portugal é particularmente forte nas regiões fronteiriças de espanha que, em alguns casos se sentem mais próximas à realidade portuguesa do que ao distante centro do poder espanhol, em madrid.
as duas localidades chegaram mesmo a tentar, em 2005, avançar com um «conselho de rio honor de europa», uma iniciativa que pretendia unir os esforços dos habitantes dos dois lados do rio para conseguir apoio europeu para o desenvolvimento da região.
o projecto, simbolizando as tentativas do passado de unificação dos dois países, acabou por falhar ao fim de três ou quatro reuniões, devido a desconfiança sobre a gestão dos eventuais fundos e à sua distribuição.
no caso os habitantes da rionor espanhola temiam que a maioria dos fundos fossem para a sua «irmã» portuguesa, maior e, por isso, capaz de reivindicar mais ajudas.
enquanto não se revolve o diferendo ficam pendurados projectos de cerca de 600 mil euros que os promotores da iniciativa dizem ser necessários para revitalizar e recuperar os cascos históricos das duas localidades e melhores as suas estruturas públicas.
a tiempo, que dá direito de chamada e cinco páginas ao assunto, acaba por relembrar que o projecto «iberista» tem já mais de cinco séculos, surgindo pontualmente e evidenciando-se, com mais força, no século 19, na altura como um dos ideais da revolução espanhola.
em 1848 chegou mesmo a nascer o club ibérico, formado por 400 portugueses e espanhóis que desafiou paris apresentando mesmo uma bandeira ibérica de quatro quadrados coloridos - branco, vermelho, azul e amarela.
em 1873 nasce, por iniciativa espanhola, a associação hispano-lusa e, já no início do século 20, volta a esmorecer o projecto, ainda que em espanha várias individualidades - o poeta joan maragall ou alfonso castelão (pai do nacionalismo galego) - tenham continua a defender o projecto ibérico.
a proximidade cultural entre os dois países é hoje um dos factores que vários analistas argumentam como justificativo do sonho ibérico, como é o caso de faustino f. alvarez, colunista na imprensa espanhola e que se declara «luso-hispano, ou vice-versa».
alvarez recorda as constantes referências ao «outro» na literatura dos dois países, a entrada conjunta no mercado europeu e até o relacionamento de «primos distantes» entre salazar e franco ou a «inspiração» que o 25 de abril foi para espanha.
diário digital / lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=246864
vamos ser espanhois???
não tenho opinião sobre isto. acho que sou indiferente...
a sondagem, realizada pela ipsos para a revista tiempo refere que o apoio à união dos dois países é particularmente elevada entre os mais jovens, dos 18 aos 24 anos, com mais de metade (50,8%) a favorecerem essa opção.
entre os que favorecem a fusão, 43,4% dizem que o novo estado deve chamar-se espanha, contra 39,4% que favorecem a opção de «ibéria», e apenas 3,3% favorece ver lisboa como a capital do novo estado, contra 80% que querem madrid.
cerca de metade dos eleitores defende que o novo estado deve manter-se com o regime monárquico, que vigora em espanha, contra 30,2% que defendem que o «novo país» seja uma república.
a sondagem surge semanas depois de o semanário português sol ter revelado uma sondagem que indicava que 28% dos portugueses favorecem a união com espanha.
para ilustrar o cenário documentado na sondagem, a revista tiempo visita as aldeias vizinhas de rionor de bragança, em portugal, e rihinor de castela, em espanha, localidades onde a única divisão evidente é no rio que as separa.
o sentimento de proximidade com portugal é particularmente forte nas regiões fronteiriças de espanha que, em alguns casos se sentem mais próximas à realidade portuguesa do que ao distante centro do poder espanhol, em madrid.
as duas localidades chegaram mesmo a tentar, em 2005, avançar com um «conselho de rio honor de europa», uma iniciativa que pretendia unir os esforços dos habitantes dos dois lados do rio para conseguir apoio europeu para o desenvolvimento da região.
o projecto, simbolizando as tentativas do passado de unificação dos dois países, acabou por falhar ao fim de três ou quatro reuniões, devido a desconfiança sobre a gestão dos eventuais fundos e à sua distribuição.
no caso os habitantes da rionor espanhola temiam que a maioria dos fundos fossem para a sua «irmã» portuguesa, maior e, por isso, capaz de reivindicar mais ajudas.
enquanto não se revolve o diferendo ficam pendurados projectos de cerca de 600 mil euros que os promotores da iniciativa dizem ser necessários para revitalizar e recuperar os cascos históricos das duas localidades e melhores as suas estruturas públicas.
a tiempo, que dá direito de chamada e cinco páginas ao assunto, acaba por relembrar que o projecto «iberista» tem já mais de cinco séculos, surgindo pontualmente e evidenciando-se, com mais força, no século 19, na altura como um dos ideais da revolução espanhola.
em 1848 chegou mesmo a nascer o club ibérico, formado por 400 portugueses e espanhóis que desafiou paris apresentando mesmo uma bandeira ibérica de quatro quadrados coloridos - branco, vermelho, azul e amarela.
em 1873 nasce, por iniciativa espanhola, a associação hispano-lusa e, já no início do século 20, volta a esmorecer o projecto, ainda que em espanha várias individualidades - o poeta joan maragall ou alfonso castelão (pai do nacionalismo galego) - tenham continua a defender o projecto ibérico.
a proximidade cultural entre os dois países é hoje um dos factores que vários analistas argumentam como justificativo do sonho ibérico, como é o caso de faustino f. alvarez, colunista na imprensa espanhola e que se declara «luso-hispano, ou vice-versa».
alvarez recorda as constantes referências ao «outro» na literatura dos dois países, a entrada conjunta no mercado europeu e até o relacionamento de «primos distantes» entre salazar e franco ou a «inspiração» que o 25 de abril foi para espanha.
diário digital / lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=246864
vamos ser espanhois???
não tenho opinião sobre isto. acho que sou indiferente...