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O futuro sem petróleo

Enviado: sábado nov 11, 2006 12:03 am
por Captain
extraído de http://ofunil.blogs.sapo.pt/
vale a pena lá ir e ler alguns comentários.
cumps,
captain

o futuro sem petróleo
pensemos no que acontecerá quando o petróleo for um bem escasso e a sua qualidade for muito menor. mais caro e mais poluente.

bernardo ivo cruz

várias são as vozes que se levantam, cada vez mais frequentemente, para anunciar o que já se sabia: que as reservas de petróleo são finitas. a novidade é que alguns, embora não todos, acrescentam que ao ritmos que a humanidade consome o petróleo, será durante a vida da geração que tem hoje 40 ou mesmo 50 anos, que teremos que substituir a nossa principal fonte de energia. não é, portanto, no tempo dos nosso filhos. é no nosso tempo. e se nem todos aceitam as previsões mais pessimistas, que apontam para um horizonte de cerca de 30 anos para chegarmos a esse dia anunciado, todos são unânimes em reconhecer que o mundo já ultrapassou o pico de produção de petróleo. ou seja, já entrámos na recta descendente da extracção de petróleo que é economicamente justificável. isto não significa que o petróleo vai acabar dentro de 30 anos, mas significa que o preço do petróleo vai atingir valores absolutamente proibitivos.

antes de discutir o impacto que o futuro sem petróleo poderá ter no nosso país, uma observação se justifica: não pretendo entrar no debate sobre a utilização da energia nuclear. evito-o não por considerar que o debate não deva ser feito, mas porque há outras opções que podem ser contempladas e que não provocam tantas paixões, representando, assim, uma solução política e socialmente mais viável.

portugal importa a quase totalidade da energia não renovável que consome. por outro lado, a utilização de energias alternativas no nosso país é muito reduzida, para não dizer despicienda. o resultado da nossa política energética de décadas traduz-se em várias dependências e impactos: dependência dos países fornecedores de petróleo, onde, apesar de tudo, temos uma variedade prudente de vendedores e dependência da argélia e da nigéria para a importação de gás natural, o que representa uma concentração obviamente perigosa. por outro lado, os impactos orçamental e ambiental são tão óbvios que não justificam grandes explicações. mas se os impactos hoje, quando o petróleo de qualidade ainda está disponível, são o que são, pensemos no que acontecerá quando o petróleo for um bem escasso e a sua qualidade for muito menor. mais caro e mais poluente, o fim da era economicamente viável do petróleo não anuncia nada de bom. ou anuncia?

diz-se que cada desafio é, igualmente, uma oportunidade. nada mais verdadeiro quando se fala no fim anunciado mas relativamente distante do petróleo a preços actuais, ainda que corrigidos pelo mercado. mesmo considerando o cenário mais pessimista de 30 anos, há tempo para preparar o nosso país para a mudança do paradigma energético do mundo. nós temos um número de dias de sol por ano que ultrapassa em muito outros países onde a energia solar é muito mais usada; temos uma costa enorme onde as marés vêm e vão com a regularidade dos ciclos do sol e da lua; temos zonas de vento, tanto em terra como no mar, que poderão ser aproveitadas. dito assim, pensar-se-ia que portugal estaria na primeira linha da utilização das energias alternativa. não espantarei ninguém se disser que assim não é. mas se não o fizemos até agora, será altura de o começar a fazer. principalmente porque continuar a utilizar combustíveis fósseis vai deixar de ser alternativa dentro de alguns anos.

o fim do petróleo economicamente viável representa, para portugal, uma oportunidade de vencermos a nossa dependência energética externa, pois as energias renováveis existem abundantes no nosso país, e uma oportunidade de aumentarmos e preservarmos a qualidade de vida nas nossas cidades, já que as energias renováveis não são poluentes. mas temos que começar a trabalhar já e não, como nos é tão típico, uma semana antes do último barril de petróleo economicamente viável ser extraído. nessa altura será tarde e teremos perdido a oportunidade de, com tempo, previsão e antecipação, gerir a maior transformação na realidade energética mundial desde a revolução industrial.

[email protected]
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bernardo ivo cruz, doutor em ciência política

Enviado: sábado nov 11, 2006 7:25 pm
por Tó Miguel
também acho que é tempo de portugal apanhar o comboio das energias, pois se perdermos este nunca mais o apanhamos.

O futuro sem petróleo

Enviado: sábado nov 11, 2006 7:44 pm
por Captain
boas,
o problema é que este pessoal quando fala em energia põe-se a pensar em energia eléctrica.
como não é para produzir energia eléctrica que vai o grosso do petróleo que importamos, era importante que apontassem para onde realmente está o problema.
é quase tudo para queimar e aí é que é preciso pensar em alternativas e poupanças.
mas como as vistas são curtas e o que interessa aos (ir)responsáveis é o imediato e o voto, andamos nisto e não saímos daqui.
agora andam a pensar em mais comboios eléctricos...mais consumo.
metendo mais umas ventoinhas a trabalhar deve-se resolver a coisa. até um dia em que fique tudo parado.
cumprimentos,
captain

Enviado: sábado nov 11, 2006 7:50 pm
por Tó Miguel
parece, que ainda está tudo a dormir e a sonhar, que a energia é inesgotável…

Enviado: quinta nov 16, 2006 12:02 am
por EnergiaDiesel
isto dito de uma maneira clara e objectiva é simples enquanto houver uma única gota de petróleo na superficie terrestre, nos oceanos, no subsolo as energias renováveis/alternativas estarão sempre um "passo" atrás , os motivos para tal acontecer já são sabidos há muito e não vale a pena estar a repetir.

siga pode ser que a ciência nos dê ou aponte o caminho ou então será a mãe natureza a dizê-lo/fazer mas na sua própria maneira com claros prejuízos para o homem, o tempo o dirá

Enviado: quinta nov 16, 2006 12:16 am
por Tó Miguel
a minha esperança é que a cee não é auto suficiente em termos de energia fóssil e como tal estão a pensar em alternativas

Re: O futuro sem petróleo

Enviado: sábado nov 18, 2006 5:34 pm
por orbis
captain Escreveu:boas,
o problema é que este pessoal quando fala em energia põe-se a pensar em energia eléctrica.
como não é para produzir energia eléctrica que vai o grosso do petróleo que importamos, era importante que apontassem para onde realmente está o problema.
é quase tudo para queimar e aí é que é preciso pensar em alternativas e poupanças.
mas como as vistas são curtas e o que interessa aos (ir)responsáveis é o imediato e o voto, andamos nisto e não saímos daqui.
agora andam a pensar em mais comboios eléctricos...mais consumo.
metendo mais umas ventoinhas a trabalhar deve-se resolver a coisa. até um dia em que fique tudo parado.
cumprimentos,
captain
exactamente.
o grosso do petróleo não é para produzir energia eléctrica. a maior parte da electricidade é obtida de carvão, gás natural e depois outras fontes como as renováveis. basta consultar o site da dge para tirar as dúvidas. o problema é que preço do gás natural é indexado ao do petróleo. por outro lado a maior parte das pessoas continua a pensar que a electricidade é feita a partir de petróleo, o que é óptimo para a edp e seus derivados, porque utilizam este argumento para aumentar os preços.

Re: O futuro sem petróleo

Enviado: sábado nov 18, 2006 10:15 pm
por Tó Miguel
orbis Escreveu:
captain Escreveu:boas,
o problema é que este pessoal quando fala em energia põe-se a pensar em energia eléctrica.
como não é para produzir energia eléctrica que vai o grosso do petróleo que importamos, era importante que apontassem para onde realmente está o problema.
é quase tudo para queimar e aí é que é preciso pensar em alternativas e poupanças.
mas como as vistas são curtas e o que interessa aos (ir)responsáveis é o imediato e o voto, andamos nisto e não saímos daqui.
agora andam a pensar em mais comboios eléctricos...mais consumo.
metendo mais umas ventoinhas a trabalhar deve-se resolver a coisa. até um dia em que fique tudo parado.
cumprimentos,
captain
exactamente.
o grosso do petróleo não é para produzir energia eléctrica. a maior parte da electricidade é obtida de carvão, gás natural e depois outras fontes como as renováveis. basta consultar o site da dge para tirar as dúvidas. o problema é que preço do gás natural é indexado ao do petróleo. por outro lado a maior parte das pessoas continua a pensar que a electricidade é feita a partir de petróleo, o que é óptimo para a edp e seus derivados, porque utilizam este argumento para aumentar os preços.
agora com o contrato assinado com a rússia passamos a ter 3 fornecedores de gás natural, assim sendo, ficamos menos dependentes dos árabes.
vamos ter fé para que os preços não tenham razão de subir.

Enviado: domingo nov 19, 2006 9:19 pm
por orbis
a indexação dos preços do gás natural aos do petróleo, está prevista até 2010
parece que o acordo com os russos foi para o penico!!!

sera possivel empurrar pistons sem queimar gazes?

Enviado: quarta nov 22, 2006 9:26 pm
por ventoinhas
il fait fonctionner ses moteurs exclusivement à l'air comprimé
ele faz foncionar seus motores escclusivamente a ar comprimido
sera isto barrete ? ou verdade para futuro proximo?
é presizo saber qual o melhor comboio a apanhar o a vapor ou o electrico que nem barulho nem poluicao e 450km hora solicito de copiarem e colarem palavras chave onde foram?

Enviado: quarta nov 22, 2006 9:44 pm
por Tó Miguel
estamos a atravessar uma epoca em que todos os dias aparece novidades de novos sistemas e de novas energias, hoje vi na tvi que a energia do futuro era o biogás e que as lixeiras iriam passar a ser um bem, rentável em vez de um incómodo dispendioso

Enviado: quinta nov 23, 2006 2:28 am
por escalavardo
os aterros já são um bem rentável... o problema neste momento com o aproveitamento do biogás prende-se essencialmente com a compra do equipamento para o recolher e aproveitar energéticamente, uma vez que é um investimento que demora muitos anos a ser rentabilizado.

para uma administração de um aterro, vale mais investir em queimadores.. e esses existem porque estão legislados, senão o biogás nem queimado era (tal como acontecia há poucos anos atrás)..

quando se fala em diferentes formas de energia tem de se pesar bem todos os prós e contras, e sem dúvida que algumas energias saiem mais caras do que simplesmente não as usar..

Enviado: quinta nov 23, 2006 1:50 pm
por Tó Miguel
já estive numa suinicultura, em que o aproveitamento do biogás, dava-le quase total independência energética e o sistema foi relativamente barato, segundo o proprietário 2 anos foram suficientes para cobrir o custo, agora tem energia de borla.

Enviado: quinta nov 23, 2006 3:58 pm
por R.H.
tó miguel Escreveu:já estive numa suinicultura, em que o aproveitamento do biogás, dava-le quase total independência energética e o sistema foi relativamente barato, segundo o proprietário 2 anos foram suficientes para cobrir o custo, agora tem energia de borla.

era fixe que outros seguissem o exemplo...

Enviado: quinta nov 23, 2006 6:10 pm
por Tó Miguel
podes querer e só tinham a ganhar

andamos nisto e nao saimos daqui

Enviado: quinta nov 23, 2006 8:05 pm
por ventoinhas
andamos nisto e não saímos daqui.
efectivamente em portugal queremo-nos comparar ao centro da europa !
impossivel nao é . é precizo esforço e vontade agora pareçe que ha falta de informaçao ou vontade de enrrolar as coisas de maneira a nao funcionar . por axemplo é que existe algum sistema que pirmita pruduzir e mesmo vender a electricidade excedente ao governo? em franca isso é possivel desde que se respeitem as leis de segurança etc ora aqui uma maneira de incentivar o desenvolvimento e a creatividade!!!!!
que relaçao ha entre o gas chamado metano e o biogas das lixeiras?
(sistema utilizado desde sempre pelos chineses ) melhor dito atras por outro membro :
portugal se perde esta oprtunidade de se afirmar nas inergias do futuro poe em risco a istinçao do idioma fazendo parte dos 30% de idiomas a estinguir

Enviado: quinta nov 23, 2006 9:31 pm
por escalavardo
uma suinicultura é diferente de um aterro, pois o espaço para a produção do biogás nada tem a ver com um aterro, que ele próprio funciona como um biodigestor gigante.

tenta agora captar biogás de um biodigestor destas dimensões, e depressa percebes o valor do investimento. a amarsul tem um sistema destes e nem fazes ideia do equipamento que lá está (além das centenas de metros de condutas, têm 3 contentores cheios de aparelhómetros).

além disso a rede de recolha nunca é 100% eficaz, e um aterro só produz biogás durante alguns anos.. depois o que fazes ao equipamento? vende-se no ebay ou na feira da ladra?

ventoinhas, o biogás é composto por metano (65% a 75%) e por outros gases, tal como dióxido de carbono (20% a 30%), sulfureto de hidrogénio, azoto e oxígénio, estes últimos em pequenas quantidades.

ps: ventoinhas, podes usar o corrector ortográfico do word, antes de submeter o post.. assim temos alguma dificuldade em te entender..

Enviado: quinta nov 23, 2006 9:47 pm
por Tó Miguel
nada é impossivel, secalhar há que mudar alguma coisa do que está a ser feito, nos actuais aterro ou então a estação ser móvel o que é necessário é vontade

metano

Enviado: quinta nov 23, 2006 9:50 pm
por ventoinhas
obrigadissimo pelas composiçoes dos gases ao que parece é este tambem um grande resposavel pelo buraco atmosférico? tambem o homem enquanto ser vivo contribui à produçao do metano? como? quanto à correcçao do word se nao é pedir muito um mail de explicaçao seria bem vinda e agradecida

Enviado: quinta nov 23, 2006 9:54 pm
por escalavardo
a estação já é móvel.. mas mesmo assim o investimento é elevado. o que quero transmitir é que nem todas as fontes de energia podem ser aproveitadas, mesmo que haja vontade.

no caso dos aterros, para se puder fazer um aproveitamento deste tipo é necessário olhar para um aterro como algo dinâmico e em constante mudança. e um sistema desses ainda não foi criado.