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Energia Nuclear em Portugal
Enviado: segunda dez 04, 2006 11:13 pm
por HLopes
gostava de saber qual é a vossa posição, relativamente à instauração de uma central nuclear em portugal.
deixo aqui duas fotos, a 1ª relativa a 2 centrais nucleares espanholas, e a 2ª relativa a chernobyl, no caso, a distancia a que foram detectadas particulas de césio 137, após o acidente.

Enviado: segunda dez 04, 2006 11:58 pm
por serges
honestamente, não,
mas tambem estamos a imaginar o pior dos cenarios...
mas tambem temos que ter em conta que temos uns vizinhos simpaticos que construiram tudo muito perto da fronteira será casualidade ou precaução...
creio que é uma energia já de si dispendiosa que vai demorar a recuperar o investimento feito, pois se começa se hoje só daqui a 10 anos teriamos a mesma a 60 ou mesmo a 70%, ou seja daqui a 10 anos quem sabe como estaram as outras energias ditas mais limpas pois depois teriamos que nos preocupar o que fazer com a parte menos "limpa" da energia nuclear, pois os residuos radioactivos não desaparecem...
não creio que seja uma resposta a crise energetica portuguesa...
Enviado: terça dez 05, 2006 9:33 am
por Sa
boas
sinceramente penso que esta será uma energia do futuro. chernobil foi um triste acidente provocado pela estupidez de um estado decadente,(uma potencia mundial a competir com outra) onde o principal objectivo era provarem ao mundo que tinham a melhor central do planeta. o acidente só foi tao grave porque tardaram a agir, perderam-se ali minutos e horas imprescindiveis no combate ao acidente.
chernobil nao é exemplo para nenhum pais. penso que um acidente daqueles na ce é praticamente impossivel, e com o avanço tecnologico que há hoje em dia e tambem aprendemos com os erros dos outros. o que nos adianta adarmos a fugir a esta energia se no pais ao lado temos encostados a nos pelo menos 2.
Enviado: terça dez 05, 2006 10:31 am
por Tó Miguel
parece que num caso destes temos sempre que imaginar os piores senários, +poois que de boas intensões está o inferno cheio, eu não quero acho que não é solução, apesar do governo português achar que sim
Enviado: sábado dez 09, 2006 10:22 am
por Brandara
está previsto para a segunda metade deste século a construção de uma central nuclear de fusão, para além da ue os signatários são eua, rússia, coreia do sul, china japão e índia, poderá ser uma forma de reduzir a longo prazo as fortes dependências energéticas da ue e eventualmente ajudar a resolver o grave problema do aquecimento global. a fusão nuclear baseia-se no processo pelo qual o sol produz calor e luz, pode ser a fonte quase ilimitada de energia, sem produzir gases de efeito de estufa e chuva ácida. no núcleo do sol iões de hidrogénio fundem-se a temperaturas entre 10 e 15 milhões de ºc, criando hélio e libertando calor e luz. a fusão nuclear na terra ocorre a um ritmo útil com temperaturas acima dos 100 milhões de ºc criadas pela passagem de fortes correntes eléctricas através de gases, assim transformados em plasma ionizado. os ingredientes para a fusão nuclear são limpos e quase inesgotáveis (deutério, trítio e lítio) os resíduos são hélio não poluente e pequena quantidade de outros materiais. acho que esta forma de energia nuclear poderá ser uma boa alternativa de futuro, agora relativamente à fissão nuclear (cujo princípio físico anima as centrais nucleares tradicionais) ....
Enviado: sábado dez 09, 2006 10:34 pm
por Tó Miguel
brandara não tinha visto aqui este poste no entanto já tinha aberto um tópico para descutirmos este assunto. também acho que é uma alternativa energéctica a levar em consideração, pelo menos e até agora não li nada contra
http://novaenergia.net/forum/viewtopic. ... highlight=
Fusão não termonuclear
Enviado: sábado dez 09, 2006 10:53 pm
por Tó Miguel
fusão não termonuclear
a fusão é também possível à temperatura ambiente se os eletrons nas moléculas de deutério e trítio forem substituídos por partículas negativas bastante mais pesadas. uma dessas partículas é o muon negativo, que é instável, com uma massa igual a 207 vezes a do eletron e um tempo de vida de 2.2 µs. a física da fusão catalisada pelo muon está bem estabelecida, mas os resultados obtidos não permitem esperar um balanço de energia positivo, atendendo às seguintes razões:
• a necessidade de produzir os muons por aceleradores de partículas o que consome muita energia,
• a ligação do muon ao núcleo de hélio resultante da fusão d-t, antes que ele atue como catalisador de um número elevado de reacções de fusão.
uma outra via, conhecida sob o nome de fusão fria foi objecto nos últimos anos de declarações espectaculares. trata-se da electrólise de água pesada com eléctrodos de paládio nos quais se concentrariam, a muito alta densidade, núcleos de hélio. muitas experiências, realizadas para verificar a obtenção de tais resultados electroquímicos inexplicados, não foram conclusivas em termos de ganho energético e da produção de reacções de fusão
http://www.if.ufrj.br/teaching/fusao/cap1.html
Enviado: sábado dez 09, 2006 11:03 pm
por jossef
eu sou a favor. acho preferivel esta do q a do petroleo.
Enviado: sábado dez 09, 2006 11:11 pm
por Tó Miguel
um reactor nuclear no gabão… natural, isto é, não criado pelo homem
por volta de tanta discussão em torno do uso da energia nuclear existe uma informação que é conhecida por poucos e que parecer ultrapassar os limites da credibilidade, mas que é contudo… um facto científico aceite e indiscutível: a existência de (pleno menos um) reactor nuclear natural. exacto! um local da natureza onde a reacção nuclear ocorreu naturalmente e no nosso planeta!
embora possam ter existido outros reactores nucleares naturais na terra, o único conhecido até ao momento esteve em actividade à mais de dois biliões de anos desligando-se e ligando-se sucessivamente como um geyser. um estudo recente demonstrou que a água (comum e não a pesada) regulou a sua actividade, a qual continuou por mais de 150 mil anos consecutivos.
este reactor localizou-se numa concentração extraordinária de urânio 235 em oklo, no gabão (áfrica ocidental), neste local a concentração de urânio 235 era tão elevada que se alcançou a massa crítica suficiente para alimentar uma reacção nuclear de fissão na época em que a terra tinha aproximadamente metade da sua idade actual. mas, em vez de explodir como uma bomba atómica, o reactor nuclear natural manteve uma actividade controlada que durou vários milénios, gerando uma potencia média de 100 kilowatts.
até agora, a comunidade científica desconhecia o processo natural que tinha impedido a explosão, mas um estudo publicado recentemente por alexander meshik (missouri) revelou que esta reacção era regulada por água comum, presente no solo do local. a reacção de fissão produz neutrões rápidos que têm que ser retardados de modo a não desencadear uma reacção descontrolada que leva à explosão, e esse foi precisamente o papel desempenhado pela água presente nas rochas com estas altas concentrações de urânio.
quando a temperatura do reactor alcançava níveis mais perigosos, a água líquida transformava-se em vapor e dissipava o calor, abrandando as reacções nucleares. o arrefecimento subsequente levava a que a água se liquidificasse, dando nova dinâmica às reacções nucleares.
a prova deste comportamento foi encontrada na forma de isótopos voláteis de xenon que foram encontrados no local, e cuja presença só pode ser explicada se o reactor tivesse arrefecido e desligado de alguma forma.
a concentração de isótopos de xenon indica que o reactor se desligava por cerca de 30 minutos, mantendo-se nesse estado por duas horas e meia, como se de um geyser se tratasse…
fonte: new scientist
http://ogrunho.wordpress.com/2006/06/20 ... elo-homem/