Famílias e PME com novas regras para produzir energia

[areosa]

Famílias e PME com novas regras para produzir energia

As famílias e as pequenas e médias empresas que queiram produzir electricidade para consumo próprio terão, a partir de Julho, novas regras.
O Governo coloca hoje em consulta pública, durante duas semanas, o diploma que irá enquadrar esta área de negócio, em que se privilegia a injecção da electricidade produzida na instalação de consumo, em detrimento da rede eléctrica nacional.
O objectivo é dinamizar a energia solar fotovoltaica e adequar a produção ao perfil de consumo, reduzindo os encargos sobre os restantes consumidores. Uma equação que será determinante para o retorno do investimento realizado.
A potência da unidade de produção não pode ainda ser superior a duas vezes a potência da instalação. Válido apenas para os novos projectos, este quadro legal prevê que as unidades de produção superiores a 1,5kW, ligadas à rede, estejam sujeitas ao pagamento de uma compensação, que permita recuperar uma parcela dos chamados custos políticos da electricidade, ou seja 3,6 euros por mês.
Isto só se aplica, no entanto, se houver um crescimento deste mercado acima de 1% do total da potência do sistema eléctrico nacional, o equivalente a cerca de 180 megawatts (MW). Actualmente, estão instalados, através de mini-geração e micro-geração de electricidade, 135 MW, os quais não entrarão nesta conta. Estes dois últimos regimes passam a integrar aquilo que o Executivo apelida agora de pequena produção, beneficiando, ao contrário do auto-consumo, de tarifa subsidiada.
A pequena produção ficará sujeitta a um tecto máximo anual de 20 MW e o valor da tarifa será sujeita a leilão para toda a produção.

Autor: Ana Maria Gonçalves

Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/famil ... 96246.html

Outro artigo sobre o mesmo tema: http://observador.pt/2014/06/24/energia/

Pela amostra, o novo diploma vem promover o autoconsumo em detrimento do regime geral e do bonificado, nada que já não se esperasse deste governo.

Cps,

[rocker_pt]

Será uma espécie de netemetering?

[areosa]

De netemetering....nada!

Pelo que li, parece-me que este novo diploma vem exatamente regulamentar o net metering, entre outras novidades.

Cps,

[Master]

Parece-me boa idéia
Pelo menos para as famílias e para o auto-consumo.

[Celestino]

O processo proposto pelo Governo parece simples: o painel solar fotovoltaico produz a energia que é injetada na instalação de consumo, ou seja, em casa. Se esta não for consumida, o excedente vai para a rede e é vendido aos comercializadores de último recurso, como a EDP, ao preço praticado no mercado de energia menos 10%, para compensar os custos com a injeção.

Isto do preço praticado no mercado de energia será algo irrisório, ou estarei a ver mal a questão?
Se assim fosse, de que adiantaria isto se durante o dia a grande maioria das pessoas não se encontra em casa?
E a questão de "menos 10%, para compensar custos com injecção" ...
É pá, tenham paciência e não brinquem com as pessoas...

[MRider]

Depende dos casos .
Mas parece ser uma boa noticia

[Master]

Continuo a achar boa notícia.
não só permitem que se produza energia para auto-consumo, como ainda compram o excedente.
O governo podia simplesmente proibir ou penalizar, com acho q querem fazer em Espanha.

[MRider]

Aqui fica um link

http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Ene ... id=3990038" onclick="window.open(this.href);return false;

[sousacastro]

Vamos ver se não há ratoeiras...

E o valor que refere neste artigo http://observador.pt/2014/06/24/energia/" onclick="window.open(this.href);return false; parece-me um bocado baixo.

[JMLorenzo]

Eu quero ver para crer...

[CrOhN]

Eu quero ver para crer...

X2

[sousacastro]

Pois quando anunciam as medidas é tudo às mil maravilhas e depois vai-se verificar que não é bem assim...

[Emanuel Couto]

Por um acaso, já tinha lido a medida, que não deixa de ser óptima, pois as muitas pessoas que já injectam na rede (ilegalmente) e sem qualquer contrato com a (EDA/EDP) a partir de agora (pelo menos até ao limite anunciado) pode injectar sem qual problema.

Mas acho que é muito cedo para mandar foguetes!!! ((Será que vai haver contrapartidas...)) vamos ver!
Pois quando a esmola é muita, o Santo desconfia...

[areosa]

Alguém sabe onde se encontra o documento para consulta pública?

Cps,

[sousacastro]

Alguém sabe onde se encontra o documento para consulta pública?

Cps,

Pois isso também já me interroguei mas segundo o que diz nas artigos referidos era disponibilizado durante o dia de hoje...vamos ver se o dia de hoje é mesmo hoje ou é noutro dia...

[rui_e90]

Boa noite,

parece-me que os sistemas de autoconsumo não permitem vender o excede, de acordo com o dinheiro vivo.

" Mas só para as pequenas instalações, com um máximo de três painéis solares de 250 watt cada. As instalações acima disso já terão de ser licenciadas e se a instalação que colocar em casa produzir em excesso e tiver de vender à rede então é necessária uma licença de produção.
Mas o objetivo do autoconsumo não é injectar energia na rede, mas sim produzir para si próprio de acordo com as necessidades. "Aliás, quanto mais pequena for a instalação mais ganhos tem e mais depressa se amortiza o investimento feito na instalação solar", explica Artur Trindade. Que acrescenta: "se dimensionar de acordo com as minhas necessidades não tenho de injetar nada na rede e é isso que o Governo quer porque é isso que traz um melhor racional para o consumidor".

valores por alto, quanto fica 3 paineis e afins para autoconsumo, será que compensa!?

[areosa]

Penso que mesmo no autoconsumo vai haver sempre momentos em que a instalação poderá estar a injetar na rede alguma da potência que não é consumida mas como o valor mensal ou anual de produção é muito modesto, em situações normais o saldo produção/consumo é sempre muito negativo pelo que nunca haverá lugar a remuneração. Mesmo no caso limite, em que a casa esteja desabitada e não haja consumo, não deverá existir qualquer pagamento, penso eu de que ...
Por esse motivo, a instalação tem que ter sempre um contador bi-direcional para fazer as contagens dos kWh e esse facto é capaz de ser uma dor de cabeça para a EDP porque deve haver muita instalação elétrica que não está preparada.

Se vale a pena? É fazer as contas: preço do sistema * produção média diária/preço do kWh com IVA (actual. 0,1879 €) dá o nº de dias para reaver o investimento.
Se um sistema fixo com 750 Wp produzir cerca de 900 a 1000 kWh/ano, essa produção equivale a um desconto na conta da luz de cerca de 170 a 190 €/ano. Não sei o preço atual de um sistema desses mas arriscava uma estimativa de 3 anos para reaver o investimento. Se o sistema funcionar durante 20 anos, creio que vale bem o investimento.
O único requisito básico que é exigido é dispor de uma área de aproximadamente 5 m2 voltada a sul, o que nem sempre é possível.

Cps,

[Emanuel Couto]

Acabei de reler a notícia com mais calma, e comecei a pensar mais na questão!! (perdi um pouco o meu entusiasmo inicial)

Sem falar que não será nada fácil colocar esta medida em prática.
Como vai ser com os contadores?
As pessoas que fizerem o registo, a EDP vai a casa delas ver se realmente tem (3) painéis de (250w)...? Etc etc........

Tomara que não dê para o torto e saia o tiro pela culatra.

[sousacastro]

Segundo dizem no artigo 4 painéis de 250 custam cerca de 500 euros valor que me parece pouco. Claro que depende do tipo de painéis de mas mesmo assim parece pouco.

[Emanuel Couto]

Bem... não há dúvida que esta medida vai lixar os microprodutores....
Quem acabou de se aventurar nesta área (com os respectivos investimentos) ainda pior.