visitante1 Escreveu:Eu tenho sido incansável na procura e promoção deste tipo de aproveitamento.
Há 2 fatores que inviabilizam o avanço nos " case of study ", talvez 3!
Um deles é muito simples , um moinho abandonado com mais que um proprietário! Na prática ninguém o quer para nada, já ninguém usa. No dia em que alguém se lembra cortar as silvas á volta, aparecem 20 proprietários a reclamar posse.... Impossível avançar mesmo que se queira comprar o dito moinho.
Segundo caso , a maioria dos empreendedores que gostariam de apostar nisso não os tem a porta de casa, logo , como precisa de alguma supervisão acabam por desistir .
Terceiro, aqueles que tendo todas as condições para avançar não o fazem porque acham que um payback a 6 ou 7 anos não é bom negócio....pensam que fazem isso as 3 pancadas com meia dúzia de tostões...
Eu continuo a pensar, com provas dadas que é um excelente investimento , além que é uma forma de energia limpa, silenciosa e natural .
Tenho áinha volta alguns exemplos, um deles com cerca de 10 aproveitamentos em cascata, outro com 6.
É fantástico ver aquilo a trabalhar .
Quando olho para água a correr, além da beleza, eu vejo energia....
Isto dos proprietários que não se entendem é uma chaga que não afecta só os moinhos. A inveja e estupidez, infelizmente, é uma característica muito enraizada. O lema é: "eu não faço, mas também não deixo ninguém fazer...."
O problema de supervisão pode ser resolvido. Grelha e limpa-grelha automático, supervisão e comando remoto. Vamos desenvolver soluções para isso. Tenho ideia como, não acho difícil.
Algumas pessoas, que acham o retorno (pay-back) do investimento de 10 anos pouco interessante (é investimento a render 10% ao ano), têm dinheiro no banco, onde não rende nada e ainda podem ficar sem ele. Isto chama-se falta de visão estratégica.
Coisas feitas à olho, às 3 pancadas, não costumam resultar. Ainda outro dia falaram-me de um senhor que mandou fazer uma roda de água num serralheiro e agora está muito desanimado porque não dá nada. Pois é, sem estudo, por uma pessoa com conhecimento e experiência no ramo, também costuma dar bronca.
Há uns anos atrás veio ter comigo um senhor com um estudo, assinado por um professor universitário, onde estava projectada uma turbina Kaplan (!!!!!) para uma queda de 30 m e um caudal de 300 ltr/s. Havia ainda outros erros grossos neste estudo. Expliquei ao senhor que o estudo precisa ser reformulado, que tinha erros básicos e, ao avançar sem um projecto tecnicamente válido, terá um aproveitamento que não irá funcionar. O senhor não me deu ouvidos, acabou por construir o aproveitamento, com outro tipo de turbina (Francis). O investimento foi, obviamente, um falhanço. Por isso algumas pessoas, para poupar uns trocos, lançam-se tranquilamente ao precipício. Só descobrem na aterragem.
Acho que devíamos unir as forças, tenho conhecimentos e práctica na área das mini-hídricas (hidrologia, hidráulica, tecnologia, estudos, projectos, etc...). Tenho know-how na projecção de alguns tipos de turbinas (Pelton, Turgo, Cross-flow, roda de água), alguns conhecimentos na área de electricidade, electrónica, automatismo e computação. Tenho condições para fabricar pequenas turbinas (até 20 kW). Preciso de apoio na parte burocrática (processo de licenciamento) e na parte eléctrica (projecto, licenciamento, fabrico, montagem). Que acham, alguém alinha?
Quando olho para água a correr, além da beleza, vejo energia.... eu também, há mais de 30 anos...