Intervenção do Ministro da Economia...
Enviado: quinta jun 07, 2007 7:15 pm
alterações climáticas, inovação e crescimento das economias
2007-05-03 intervenção do ministro da economia na conferência «alterações climáticas, inovação e crescimento das economias», em lisboa
as alterações climáticas que resultam das emissões excessivas de co2 são uma das grandes questões do nosso tempo e alteraram o paradigma entre economia e ambiente. o relatório stern deixou claro que temos de agir rapidamente e de maneira concertada, de forma a evitar danos irreparáveis e de consequências imprevisíveis ao mundo em que vivemos. danos para os cidadãos e para as economias.
as alterações climáticas deixaram de ser uma questão exclusivamente de ambiente. são uma questão de civilização, que envolve escolhas políticas e decisões económicas.
as alterações climáticas são uma questão que exige uma solução global. até agora, a europa tem liderado o processo, mas ela será incapaz de resolver, por si só, uma questão que tem uma natureza global. precisamos convencer os estados unidos e a china, que são os países que emitem mais co2, a sentarem-se à mesa das negociações.
as alterações climáticas exigem uma dupla resposta em termos de política de energia e de política económica:
em termos de política de energia, é necessário fixarmos metas ambiciosas relativamente às emissões de co2, apostar nas energias renováveis e na eficiência energética;
em termos de política económica, é necessário concebermos políticas que compensem, o mais possível, o custo económico de adoptar tecnologias mais limpas.
para nos falar de alterações climáticas, inovação e crescimento económico, temos o prazer de receber no mei o secretário-geral da ocde, sr. angel gurria.
partilho com o secretário-geral da ocde a opinião de que estamos perante um desafio que se pode transformar numa oportunidade, na medida em que será possível estimular a inovação e promover o crescimento económico, desde que sejam tomadas as decisões apropriadas.
o governo português defenderá esta tese durante a próxima presidência da eu, em que as questões energéticas serão um dos principais pontos da agenda. temos autoridade para o fazer, porque portugal está na linha da frente na luta contra as alterações climáticas e na adopção de fontes de energia renováveis.
no que respeita a emissões de co2, o nosso objectivo é de 7,6 ton./ habitante, o que compara com um valor médio de 10 ton. na ue. o governo está a estudar a possibilidade de cortar licenças de co2 para centrais a fuel, de forma a estimular ainda mais a adopção de fontes limpas de produção de electricidade.
nas energias renováveis, estabelecemos o objectivo de produzir 45% da electricidade a partir de fontes renováveis e 10% de biocombustiveis em 2010. em conjunto com a produção de biomassa, tal representa 18% da energia primária produzida a partir de fontes renováveis, o que compara com o objectivo de 20% na eu, mas apenas em 2020.
na área da eficiência energética, já foram tomadas diversas medidas e largo alcance:
certificação energética dos edifícios, que entrará em vigor ainda este ano;
tributação dos automóveis em função das emissões de co2;
criação de uma taxa sobre as lâmpadas mais poluentes.
ao mesmo tempo, existe uma política para compensar o efeito sobre a economia da adopção destas medidas ambientais. inclui o seguinte:
aceleração do programa de energia hídrica, sendo lançada este ano a construção de 800 mw, algo que já não sucedia há mais de 20 anos;
criação de um cluster em torno das renováveis;
simplificação do processo de licenciamento ambiental e de ordenamento do território para novos investimentos.
2007-05-03 intervenção do ministro da economia na conferência «alterações climáticas, inovação e crescimento das economias», em lisboa
as alterações climáticas que resultam das emissões excessivas de co2 são uma das grandes questões do nosso tempo e alteraram o paradigma entre economia e ambiente. o relatório stern deixou claro que temos de agir rapidamente e de maneira concertada, de forma a evitar danos irreparáveis e de consequências imprevisíveis ao mundo em que vivemos. danos para os cidadãos e para as economias.
as alterações climáticas deixaram de ser uma questão exclusivamente de ambiente. são uma questão de civilização, que envolve escolhas políticas e decisões económicas.
as alterações climáticas são uma questão que exige uma solução global. até agora, a europa tem liderado o processo, mas ela será incapaz de resolver, por si só, uma questão que tem uma natureza global. precisamos convencer os estados unidos e a china, que são os países que emitem mais co2, a sentarem-se à mesa das negociações.
as alterações climáticas exigem uma dupla resposta em termos de política de energia e de política económica:
em termos de política de energia, é necessário fixarmos metas ambiciosas relativamente às emissões de co2, apostar nas energias renováveis e na eficiência energética;
em termos de política económica, é necessário concebermos políticas que compensem, o mais possível, o custo económico de adoptar tecnologias mais limpas.
para nos falar de alterações climáticas, inovação e crescimento económico, temos o prazer de receber no mei o secretário-geral da ocde, sr. angel gurria.
partilho com o secretário-geral da ocde a opinião de que estamos perante um desafio que se pode transformar numa oportunidade, na medida em que será possível estimular a inovação e promover o crescimento económico, desde que sejam tomadas as decisões apropriadas.
o governo português defenderá esta tese durante a próxima presidência da eu, em que as questões energéticas serão um dos principais pontos da agenda. temos autoridade para o fazer, porque portugal está na linha da frente na luta contra as alterações climáticas e na adopção de fontes de energia renováveis.
no que respeita a emissões de co2, o nosso objectivo é de 7,6 ton./ habitante, o que compara com um valor médio de 10 ton. na ue. o governo está a estudar a possibilidade de cortar licenças de co2 para centrais a fuel, de forma a estimular ainda mais a adopção de fontes limpas de produção de electricidade.
nas energias renováveis, estabelecemos o objectivo de produzir 45% da electricidade a partir de fontes renováveis e 10% de biocombustiveis em 2010. em conjunto com a produção de biomassa, tal representa 18% da energia primária produzida a partir de fontes renováveis, o que compara com o objectivo de 20% na eu, mas apenas em 2020.
na área da eficiência energética, já foram tomadas diversas medidas e largo alcance:
certificação energética dos edifícios, que entrará em vigor ainda este ano;
tributação dos automóveis em função das emissões de co2;
criação de uma taxa sobre as lâmpadas mais poluentes.
ao mesmo tempo, existe uma política para compensar o efeito sobre a economia da adopção destas medidas ambientais. inclui o seguinte:
aceleração do programa de energia hídrica, sendo lançada este ano a construção de 800 mw, algo que já não sucedia há mais de 20 anos;
criação de um cluster em torno das renováveis;
simplificação do processo de licenciamento ambiental e de ordenamento do território para novos investimentos.