NovaEnergia

o projecto é da autoria do arquitecto japonês shigeru ban, mundialmente conhecido pelas suas construções com tubos de papel.
http://www.shigerubanarchitects.com/sba ... _index.htm

esta casa no japão, além ser super arejada no verão é igualmente confortável no inverno, uma vez que apresenta um sistema de portadas que nos meses mais frios substituem os cortinados!

contudo, não sei até que ponto este tipo de habitação em portugal resultaria... imaginem só os meses de verão no norte do país com as famosas nortadas .......
o que acham?

projecto muito arriscado

ahahah!
queria ver isso em buarcos, na figueira da foz agora em agosto.

gostaria que a idéia prosperasse e eu conseguisse ser o representante para a venda dessas lonas externas. ia ficar podre de rico.

contudo, não sei até que ponto este tipo de habitação em portugal resultaria... imaginem só os meses de verão no norte do país com as famosas nortadas

queria ver isso em buarcos, na figueira da foz agora em agosto.

tal como um igloo não funciona no deserto (caso extremo) , também os edifícios contemporâneos, se forem bem feitos, estão adaptados ao seu clima e região. esta habitação não foi feita para portugal mas para um clima subtropical.
infelizmente em portugal julga-se que um sapato serve a todos e vêem-se as mesmas "moradias" de portimão a valença.

este arquitecto concentrou quase todas as obras em torno de habitação de baixo custo, da utilização de materiais reciclados (nomeadamente o papel) e em construções ou abrigos anti-sísmicos temporários.
é um bom investigador mas o próprio não reinvindica qualquer pretensão comercial ou compromete o seu trabalho em nome de uma abrangência de "gostos".

esse desenho/estilo arquitectónico pressupõe coisas que são tudo menos não-arbitrárias:

meteorologia moderada, capacidade civilizacional elevada.



parece-me algo propensa a limitações em caso de mau tempo (e não digam q o japão tem bom tempo, porque sofrem bastante com furacões), e parece-me pouco segura, quer em caso de roubo, mas sobretudo em caso de vandalismo.

continuo a não comprar.

continuo a não comprar.

obviamente é completamente legítimo mas já agora gostaria de colocar um desafio a quem tiver paciência:

como definem a vossa habitação ideal?
admitindo que se trata de um cenário de perfeição têm algum exemplo próximo que possam referir?

uma que para mim chega perto (o contexto idílico ajuda):

http://materialicio.us/2007/08/06/archi ... rkitekter/

-adaptada ao clima e á linguagem construtiva da zona
-empregou técnicos e trabalhadores locais (nos pormenores e carpintarias)
-estrutura pre fabricada em madeira de uma floresta local de cultura sustentavel
-distribuição flexivel no tempo, para futuras adaptações
-levantada do chão, sem impermeabilização e destruição do solo (excepto sapatas)
-armazenamento de água
-aquecimento a biomassa de limpeza florestal
-arq. solar passiva, com sombreamento e insolação controlada e ventilação cruzada
-equilibrio entre áreas e utilizações\ocupações

tem alguns pormenores interessantes!!
tais como :
arq. solar passiva, com sombreamento e insolação controlada e ventilação cruzada
-equilibrio entre áreas e utilizações\ocupações

concordo com o que o nuno oliveira escreveu e acrescento:

- tratamento biológico dos esgotos
- reutilização das águas cinzentas
- recolha da água das chuvas
- utilização integral de energias "limpas" - fotovoltaica, eólica, hídrica...

ai, os sonhos...

em relação à casa cortina... uma beleza, evidentemente adaptada ao local onde foi construída.

conheço um caso de uma reabilitação que foi feita em lisboa em que a cozinha (ou uma das cozinhas) foi instalada num largo varandim totalmente aberto para o tejo. a casa é apenas utilizada durante parte do ano pelo que não sei como é que resolvem o problema no inverno ou quando a casa está desocupada. suponho que tenham uns painéis para fechar essa parede.

se tivesse também os pormenores que a anateresa mencionou a casa era perfeita!
apesar de não ser absolutamente completa é um exemplo do mínimo que todas as habitações unifamiliares facilmente podiam ter sem grandes compromissos formais com o que é exigido a este mercado.

infelizmente a instalação de todas estas tecnologias implicaria um custo de construção bastante elevado que tornaria muito complicado igualar os preços de construção do convencional mas estou optimista que lá chegaremos.

um modo de reduzir custos que é relativamente comum na holanda, inglaterra e alemanha é a organização de uma cooperativa de moradores para para a construção de um bairro de habitação em banda que partilha todos os equipamentos mais caros como a etar, caldeira, recolha e tratamento de águas cinzentas, bateria colectores solares e paineis fotovoltaicos, etc. simplifica-se a construção e alguma burocracia e torna-se mais leve o preço final.

normalmente estes bairros estão localizados em áreas urbanas, em loteamentos convencionais e são ocupadas por pessoas que têm um quotidiano comum, um exemplo dos mais conhecidos e premiados:

http://www.hockertonhousingproject.org. ... ewitem.asp

alguns dados mais invulgares são o facto de terem aproveitado um lago artificial para criar peixe para alimentação, terem conseguido uma rara licença para instalação privada de duas torres eólicas e de partilharem os seus carros eléctricos.

cumprimentos!

um exemplo a ter em conta, pois uma comunidade independente dentro de outra comunidade super dependente!