Abate polémico de árvores em Sintra
Enviado: domingo ago 26, 2007 2:35 am
abate polémico de árvores em sintra

o abate de árvores na serra de sintra, promovido pela empresa responsável pela gestão do património natural, está a gerar polémica. residentes no concelho de sintra acusam a parques de sintra - monte da lua (psml) de estar a cortar árvores centenárias sem qualquer critério. a empresa afirma que a acção tem como objectivo prevenir os incêndios e defender as espécies autóctones.
a operação de limpeza começou em maio, estende-se por uma área superior a 19 hectares, abrangendo a tapada d. fernando ii (cujo investimento ronda os 48 mil euros), e a zona envolvente do convento dos capuchos (com um custo de quase 25 mil euros). em monserrate, o abate de acácias e de pinhal teve início no ano passado, numa área de 110 hectares, envolvendo um investimento superior a 130 mil euros, co-financiado pelo ministério da agricultura.
jaime ferreira, director técnico da psml, disse ao dn que sendo a "serra de sintra uma zona muito crítica no que toca aos incêndios, qualquer proprietário tem de fazer este tipo de intervenção". lembra que a serra está "altamente infestada" com espécies invasoras, como a acácia e o pitósporos, e que a empresa quer rearborizar algumas dessas áreas com espécies autóctones. de acordo com a psml, os trabalhos estão "autorizados e são acompanhados pelo instituto de conservação da natureza (icn)", que todas as semanas faz uma vistoria ao local. além disso, "há técnicos da empresa permanentemente no terreno" a fiscalizar. contactado pelo dn, o icn confirma que a proposta da psml foi acompanhada desde o início, cabendo ao icn a definição "do tipo de árvores a abater".
apesar disso, a contestação ao derrube de árvores na serra tem sido difundida na blogosfera. rui silva, autor do blogue serra de sintra, tem vindo a alertar para o "abate indiscriminado de floresta", dando o exemplo da tapada d. fernando ii, onde diz existir uma "verdadeira clareira cuja utilização - ao que parece - se destina à criação de uma zona de lazer ajardinada". rui silva sublinha "a falta de sensibilidade da psml", recordando "a forma como foi ajardinada a zona envolvente dos capuchos (onde não falta sequer um ridículo lago artificial)". no blogue rio das maçãs, pedro macieira, residente no concelho, junta-se às críticas e diz-se "preocupado" com o abate de "árvores centenárias numa área sensível como a serra de sintra".
jaime ferreira, da psml, afirma que "80% a 90% das árvores abatidas são espécies invasoras", mas admite que estão também a ser removidas árvores "em risco de cair, como o pinheiro ou o cedro". o início da rearborização está previsto para o final deste ano e apostará em espécies adaptadas "às diferentes áreas e ecossistemas". "teremos amieiros, freixos e salgueiros associados aos cursos de água. serão também plantados carvalhos, sobreiros, azevinhos", adianta o director técnico.
mesmo depois de um esclarecimento da empresa, em resposta a várias solicitações dos munícipes, a contestação promete continuar. o blogger rui silva promete não "deixar cair o assunto", estando mesmo disposto a levá-lo até à unesco.|
sílvia nogal dias, sintra
sara monteiro de matos (imagem)
fonte:
diário de noticias

o abate de árvores na serra de sintra, promovido pela empresa responsável pela gestão do património natural, está a gerar polémica. residentes no concelho de sintra acusam a parques de sintra - monte da lua (psml) de estar a cortar árvores centenárias sem qualquer critério. a empresa afirma que a acção tem como objectivo prevenir os incêndios e defender as espécies autóctones.
a operação de limpeza começou em maio, estende-se por uma área superior a 19 hectares, abrangendo a tapada d. fernando ii (cujo investimento ronda os 48 mil euros), e a zona envolvente do convento dos capuchos (com um custo de quase 25 mil euros). em monserrate, o abate de acácias e de pinhal teve início no ano passado, numa área de 110 hectares, envolvendo um investimento superior a 130 mil euros, co-financiado pelo ministério da agricultura.
jaime ferreira, director técnico da psml, disse ao dn que sendo a "serra de sintra uma zona muito crítica no que toca aos incêndios, qualquer proprietário tem de fazer este tipo de intervenção". lembra que a serra está "altamente infestada" com espécies invasoras, como a acácia e o pitósporos, e que a empresa quer rearborizar algumas dessas áreas com espécies autóctones. de acordo com a psml, os trabalhos estão "autorizados e são acompanhados pelo instituto de conservação da natureza (icn)", que todas as semanas faz uma vistoria ao local. além disso, "há técnicos da empresa permanentemente no terreno" a fiscalizar. contactado pelo dn, o icn confirma que a proposta da psml foi acompanhada desde o início, cabendo ao icn a definição "do tipo de árvores a abater".
apesar disso, a contestação ao derrube de árvores na serra tem sido difundida na blogosfera. rui silva, autor do blogue serra de sintra, tem vindo a alertar para o "abate indiscriminado de floresta", dando o exemplo da tapada d. fernando ii, onde diz existir uma "verdadeira clareira cuja utilização - ao que parece - se destina à criação de uma zona de lazer ajardinada". rui silva sublinha "a falta de sensibilidade da psml", recordando "a forma como foi ajardinada a zona envolvente dos capuchos (onde não falta sequer um ridículo lago artificial)". no blogue rio das maçãs, pedro macieira, residente no concelho, junta-se às críticas e diz-se "preocupado" com o abate de "árvores centenárias numa área sensível como a serra de sintra".
jaime ferreira, da psml, afirma que "80% a 90% das árvores abatidas são espécies invasoras", mas admite que estão também a ser removidas árvores "em risco de cair, como o pinheiro ou o cedro". o início da rearborização está previsto para o final deste ano e apostará em espécies adaptadas "às diferentes áreas e ecossistemas". "teremos amieiros, freixos e salgueiros associados aos cursos de água. serão também plantados carvalhos, sobreiros, azevinhos", adianta o director técnico.
mesmo depois de um esclarecimento da empresa, em resposta a várias solicitações dos munícipes, a contestação promete continuar. o blogger rui silva promete não "deixar cair o assunto", estando mesmo disposto a levá-lo até à unesco.|
sílvia nogal dias, sintra
sara monteiro de matos (imagem)
fonte:
diário de noticias