Ensinar a deixar de fumar
Enviado: sábado out 27, 2007 1:00 pm
mais de 500 profissionais de saúde frequentaram já os cursos de formação para «ensinar» os doentes a deixar de fumar, uma iniciativa da sociedade de pneumologia para preparar os centros de saúde para os desafios da nova lei do tabaco, escreve a lusa.
por considerarem que há uma falha a nível nacional na formação dos médicos, os responsáveis da sociedade portuguesa de pneumologia (spp) estão a promover estes cursos, que acreditam que pode ser uma ferramenta essencial para preparar os centros de saúde para terem consultas específicas para deixar de fumar.
na semana passada, a direcção-geral de saúde emitiu uma circular a recomendar a todos os centros de saúde que criem consultas próprias para quem pretende parar de fumar a propósito da nova lei do tabaco, que entra em vigor a 1 de janeiro.
cecília pardal, da spp, acredita que deixar o vício do tabaco é possível e «pode ser fácil caso se tenha um acompanhamento correcto», que deve ser feito pelo médico, muitas vezes com recurso a fármacos.
os cursos da sociedade de pneumologia, destinados principalmente aos clínicos gerais, têm uma duração de quatro horas e são divididos em duas partes: uma em que se transmitem conhecimentos gerais sobre tabagismo e outra em que se explica quais os passos que devem ser dados para levar um doente a deixar de fumar.
além das consultas específicas para quem pretende abandonar o tabaco, todos os profissionais de saúde, desde o médico ao enfermeiro, devem perguntar sempre a um doente sobre os seus hábitos tabágicos, independentemente do tipo de consulta ou de exame em que esteja a participar.
«esta é uma preocupação que deve estar em qualquer profissional de saúde, porque é uma forma de pôr o doente a pensar sobre o assunto e a aperceber-se que talvez deva deixar de fumar», explicou à agência lusa cecília pardal.
também em qualquer consulta, o médico de clínica geral deve tentar perceber qual o grau de motivação do doente fumador para deixar de fumar.
no caso daqueles que recusam qualquer mudança de atitude, o médico deve apenas mostrar o desejo de ajudar.
em relação aos doentes que pensam querer deixar de fumar em breve (num período de seis meses), o médico deve tentar perceber as suas motivações e atitude perante o tabaco e mostrar quais as possibilidades para parar de fumar.
e há ainda os doentes que estão a reduzir já o número de cigarros e que pensam parar dentro de um mês. nestas situações, o clínico deve logo ajudar o utente a marcar a data para o abandono do vício.
medicamentos ajudam
os medicamentos para ajudar a fumar duplicam o sucesso da cessação tabágica, sublinha cecília pardal, acrescentando que uma pessoa que fume diariamente mais de 10 cigarros é normalmente aconselhada a ter apoio farmacológico.
existem vários tipos de fármacos: os substitutos de nicotina e outros dois que tiram a vontade de fumar. em relação a um deles não se conhece bem o mecanismo de acção, enquanto o outro vai bloquear parcialmente os receptores de nicotina existentes no cérebro, o que ajuda a reduzir os sintomas provocados pela abstinência e faz com que o cigarro saiba mal.
«as crises de abstinência são atenuadas ou desaparecem. os problemas como dormir mal, crises de ansiedade ou aumento do apetite são bastante atenuados», considerou a responsável pela consulta de cessação tabágica do hospital amadora-sintra.
mas há doentes que dispensam a ajuda medicamentosa e para quem uma mudança de comportamentos é suficiente.
mudar a mão com que fuma, não consumir o terço final do cigarro, não trazer consigo isqueiro e começar a escolher sítios para não fumar, como o carro ou determinadas divisões da casa, são algumas das sugestões de alterações de hábitos que podem ajudar.
os médicos devem também recomendar a elaboração de uma espécie de «diário do fumador», que contenha o registo de todos os cigarros consumidos num dia.
por considerarem que há uma falha a nível nacional na formação dos médicos, os responsáveis da sociedade portuguesa de pneumologia (spp) estão a promover estes cursos, que acreditam que pode ser uma ferramenta essencial para preparar os centros de saúde para terem consultas específicas para deixar de fumar.
na semana passada, a direcção-geral de saúde emitiu uma circular a recomendar a todos os centros de saúde que criem consultas próprias para quem pretende parar de fumar a propósito da nova lei do tabaco, que entra em vigor a 1 de janeiro.
cecília pardal, da spp, acredita que deixar o vício do tabaco é possível e «pode ser fácil caso se tenha um acompanhamento correcto», que deve ser feito pelo médico, muitas vezes com recurso a fármacos.
os cursos da sociedade de pneumologia, destinados principalmente aos clínicos gerais, têm uma duração de quatro horas e são divididos em duas partes: uma em que se transmitem conhecimentos gerais sobre tabagismo e outra em que se explica quais os passos que devem ser dados para levar um doente a deixar de fumar.
além das consultas específicas para quem pretende abandonar o tabaco, todos os profissionais de saúde, desde o médico ao enfermeiro, devem perguntar sempre a um doente sobre os seus hábitos tabágicos, independentemente do tipo de consulta ou de exame em que esteja a participar.
«esta é uma preocupação que deve estar em qualquer profissional de saúde, porque é uma forma de pôr o doente a pensar sobre o assunto e a aperceber-se que talvez deva deixar de fumar», explicou à agência lusa cecília pardal.
também em qualquer consulta, o médico de clínica geral deve tentar perceber qual o grau de motivação do doente fumador para deixar de fumar.
no caso daqueles que recusam qualquer mudança de atitude, o médico deve apenas mostrar o desejo de ajudar.
em relação aos doentes que pensam querer deixar de fumar em breve (num período de seis meses), o médico deve tentar perceber as suas motivações e atitude perante o tabaco e mostrar quais as possibilidades para parar de fumar.
e há ainda os doentes que estão a reduzir já o número de cigarros e que pensam parar dentro de um mês. nestas situações, o clínico deve logo ajudar o utente a marcar a data para o abandono do vício.
medicamentos ajudam
os medicamentos para ajudar a fumar duplicam o sucesso da cessação tabágica, sublinha cecília pardal, acrescentando que uma pessoa que fume diariamente mais de 10 cigarros é normalmente aconselhada a ter apoio farmacológico.
existem vários tipos de fármacos: os substitutos de nicotina e outros dois que tiram a vontade de fumar. em relação a um deles não se conhece bem o mecanismo de acção, enquanto o outro vai bloquear parcialmente os receptores de nicotina existentes no cérebro, o que ajuda a reduzir os sintomas provocados pela abstinência e faz com que o cigarro saiba mal.
«as crises de abstinência são atenuadas ou desaparecem. os problemas como dormir mal, crises de ansiedade ou aumento do apetite são bastante atenuados», considerou a responsável pela consulta de cessação tabágica do hospital amadora-sintra.
mas há doentes que dispensam a ajuda medicamentosa e para quem uma mudança de comportamentos é suficiente.
mudar a mão com que fuma, não consumir o terço final do cigarro, não trazer consigo isqueiro e começar a escolher sítios para não fumar, como o carro ou determinadas divisões da casa, são algumas das sugestões de alterações de hábitos que podem ajudar.
os médicos devem também recomendar a elaboração de uma espécie de «diário do fumador», que contenha o registo de todos os cigarros consumidos num dia.