As Novas Contas do Carbono
Enviado: quinta nov 22, 2007 10:35 am
os números não mentem. antes da revolução industrial, a atmosfera terrestre continha cerca de 280 partes por milhão de dióxido de carbono. era uma quantidade tolerável. como a estrutura molecular do dióxido de carbono retém junto à superfície do planeta calor que, de outro modo, seria irradiado de volta para o espaço, a civilização cresceu num mundo cujo termóstato estava regulado para aquele valor. correspondia a uma temperatura média global de cerca de 14ºc que, por sua vez, influenciou todos os locais onde construímos cidades, todas as culturas agrícolas que aprendemos a explorar, todas as provisões de água das quais nos habituámos a depender e até a passagem das estações que, nas latitudes mais altas, determinam os calendários psicológicos.. ensaio de bill mckibben
a partir do momento em que começámos a consumir carvão, gás e petróleo para dar luz às nossas vidas, esse valor começou a subir. quando iniciámos as medições em finais da década de 1950, já ele chegara aos 315. agora, encontra-se a 380 e aumenta cerca de duas partes por milhão por ano. não parece muito, mas o calor adicional que o co2 captura (um par de watts por metro quadrado de superfície da terra) é suficiente para aquecer muito o planeta. já provocámos um aumento da temperatura média de quase um grau. é impossível prever com exactidão as consequências de qualquer aumento suplementar de co2 na atmosfera, mas o aquecimento já registado iniciou o descongelamento de quase tudo o que havia congelado sobre a terra, alterou as estações e os padrões de pluviosidade e provocou a subida dos níveis do mar. agora, independentemente do que façamos, esse aquecimento irá aumentar, embora o efeito que o calor desempenha na atmosfera demore a manifestar-se. ou seja, não podemos travar o aquecimento global. a nossa tarefa é menos inspiradora: refrear os danos, impedir o descontrolo total. e nem isso é fácil. até há pouco tempo não havia dados claros que indicassem o ponto em que a catástrofe se torna inevitável. agora temos um quadro mais bem definido: nos últimos anos, foram publicados relatórios que prevêem um aumento de 450 partes por milhão de co2 como limiar máximo que devemos, sabiamente, respeitar. ultrapassado esse valor, os cientistas acreditam que os séculos futuros enfrentarão, provavelmente, o degelo da gronelândia e da calota glaciária da antárctida ocidental e uma subsequente subida do nível do mar, de proporções gigantescas. quatrocentas e cinquenta partes por milhão continuam a ser apenas uma estimativa, que não inclui o caldo composto por outros gases de estufa menores, como o metano e o óxido nitroso, mas que serve como uma espécie de alvo para onde o mundo pode apontar. se as concentrações continuarem a aumentar duas partes por milhão por ano, só faltam três décadas e meia para atingirmos esse valor. leia o artigo completo na revista.
http://www.nationalgeographic.pt/index.jsp
a partir do momento em que começámos a consumir carvão, gás e petróleo para dar luz às nossas vidas, esse valor começou a subir. quando iniciámos as medições em finais da década de 1950, já ele chegara aos 315. agora, encontra-se a 380 e aumenta cerca de duas partes por milhão por ano. não parece muito, mas o calor adicional que o co2 captura (um par de watts por metro quadrado de superfície da terra) é suficiente para aquecer muito o planeta. já provocámos um aumento da temperatura média de quase um grau. é impossível prever com exactidão as consequências de qualquer aumento suplementar de co2 na atmosfera, mas o aquecimento já registado iniciou o descongelamento de quase tudo o que havia congelado sobre a terra, alterou as estações e os padrões de pluviosidade e provocou a subida dos níveis do mar. agora, independentemente do que façamos, esse aquecimento irá aumentar, embora o efeito que o calor desempenha na atmosfera demore a manifestar-se. ou seja, não podemos travar o aquecimento global. a nossa tarefa é menos inspiradora: refrear os danos, impedir o descontrolo total. e nem isso é fácil. até há pouco tempo não havia dados claros que indicassem o ponto em que a catástrofe se torna inevitável. agora temos um quadro mais bem definido: nos últimos anos, foram publicados relatórios que prevêem um aumento de 450 partes por milhão de co2 como limiar máximo que devemos, sabiamente, respeitar. ultrapassado esse valor, os cientistas acreditam que os séculos futuros enfrentarão, provavelmente, o degelo da gronelândia e da calota glaciária da antárctida ocidental e uma subsequente subida do nível do mar, de proporções gigantescas. quatrocentas e cinquenta partes por milhão continuam a ser apenas uma estimativa, que não inclui o caldo composto por outros gases de estufa menores, como o metano e o óxido nitroso, mas que serve como uma espécie de alvo para onde o mundo pode apontar. se as concentrações continuarem a aumentar duas partes por milhão por ano, só faltam três décadas e meia para atingirmos esse valor. leia o artigo completo na revista.
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