o mundo científico está a estudar a hipótese de combater as alterações climáticas através do depósito de milhões de toneladas de ferro no oceano, de modo a alterar a sua composição química.
a ideia é que o ferro possa funcionar como um “fertilizante”, fomentando o crescimento de toneladas de plâncton que absorveriam o dióxido de carbono ao redor existente na água do mar. quando o plâncton - constituído por um conjunto de plantas e animais microscópicos em suspensão nas águas dos oceanos e que está na base de muitas cadeias alimentares - morresse, os seus corpos afundariam para águas profundas, misturando-se com os sedimentos, onde o carbono ficaria definitivamente encerrado.

uma empresa americana, a planktos, ”semeou” o oceano pacífico com cem toneladas de partículas de ferro, criando um tapete de plâncton no início deste ano, revelando resultados interessantes.
no entanto o assunto é ainda alvo de grande controvérsia entre os cientistas:
“a fertilização oceânica precisa de muita investigação, mas se há uma hipótese de a podermos usar para diminuirmos o carbono na atmosfera temos de a estudar”, considerou buesseler.
russ george, director executivo da planktos, defende que uma tonelada de ferro permitirá remover cem mil toneladas de dióxido de carbono.
por outro lado, david santillo, cientista sénior nos laboratórios de investigação da universidade exeter da greenpeace, considera a fertilização dos mares com ferro uma ideia disparatada. “não há qualquer prova que o florescimento de plâncton resulte em carbono a ser depositado em sedimentos”, afirmou, acrescentando que a “adição de ferro em tamanha escala também causará estragos nos ecossistemas”.
fonte (texto parcialmente retirado de):
http://dn.sapo.pt/2007/09/26/ciencia/fe ... turar.html