Empresa constrói aterro ilegal de vários ha em Alenquer
Enviado: terça dez 11, 2007 10:54 pm
empresa constrói aterro ilegal de vários ha em alenquer
uma empresa autorizada pela câmara de alenquer a fazer movimentações de terras, numa área de cinco hectares, ultrapassou em mais do dobro o permitido, construindo um aterro ilegal com 30 metros de altura ao longo de um vale.
nos terrenos onde não tinha licença, um vale na zona da carapinha, perto de alenquer, a empresa pragosa colocou terras e desperdícios de pedreiras no que já foi classificado pelos vereadores da coligação de direita na autarquia socialista como «crime ambiental».
depois de ter efectuado o aterro em terrenos contíguos aos que estavam licenciados para movimentar terras, a empresa quer agora obter o licenciamento da «obra», informou fonte da autarquia.
a dimensão dos trabalhos acabou por levar à aprovação de embargo (datado de 15 de outubro) por proposta dos vereadores da coligação pela nossa terra (psd,cds/pp,ppm e mpt), embora no final da semana passada ainda ocorressem descargas de terras naquele local.
o presidente da câmara, álvaro pedro (ps), disse à lusa que o empresário já retirou as máquinas mas também se mostrou desagradado com a situação afirmando que «não havia necessidade de ter feito aquilo».
os responsáveis da empresa que, segundo a oposição, é também «a maior prestadora de serviços da autarquia» estão agora a tentar «legalizar o aterro».
o presidente da câmara confirmou afirmando que o empresário «tem que legalizar a parte que está a mais ou, caso não seja possível, repor a situação anterior».
«já entregou na câmara umas plantas e vamos ver o que diz o ministério (agricultura)», disse o autarca.
enquanto a câmara averigua a possibilidade de legalização, a cpnt «exige a reposição das terras» e defende que «não deveria ser passível de legalizar».
«para nós a parte ambiental é mais importante. o terreno é reserva agrícola nacional e o aterro tapa linhas de água. não estamos a ver como é que pode ser legalizado», frisou o vereador nuno coelho.
a cpnt começou por questionar a autarquia em abril deste ano sobre «o grande movimento de terras» (aterro e desaterro) que estava a decorrer em terrenos de reserva agrícola.
seis meses depois e apesar de um pedido de informação junto dos serviços de fiscalização da autarquia, «aconteceram duas coisas: a informação nunca foi apresentada e a obra continuou a decorrer», lembrou o vereador nuno coelho.
após terem verificado no terreno a dimensão do aterro, propuseram o embargo o qual foi aprovado por unanimidade em reunião de câmara de 15 de outubro.
contactado pela lusa o presidente da junta de freguesia de triana, vítor ronca afirmou que «as pessoas já pensam que a empresa é dona de tudo. há uma antiga fonte que está sujeita a ser enterrada e a mesma empresa também já desviou uma estrada que dá acesso ao local».
«tentámos na altura impedir o desvio da estrada mas a câmara autorizou e a junta de freguesia nada pôde fazer», acrescentou o autarca.
contactada pela lusa no sentido de obter esclarecimentos, fonte da empresa de leiria solicitou segunda-feira o envio de questões por escrito e até ao momento ainda não deu resposta.
diário digital / lusa
11-12-2007 13:29:00
uma empresa autorizada pela câmara de alenquer a fazer movimentações de terras, numa área de cinco hectares, ultrapassou em mais do dobro o permitido, construindo um aterro ilegal com 30 metros de altura ao longo de um vale.
nos terrenos onde não tinha licença, um vale na zona da carapinha, perto de alenquer, a empresa pragosa colocou terras e desperdícios de pedreiras no que já foi classificado pelos vereadores da coligação de direita na autarquia socialista como «crime ambiental».
depois de ter efectuado o aterro em terrenos contíguos aos que estavam licenciados para movimentar terras, a empresa quer agora obter o licenciamento da «obra», informou fonte da autarquia.
a dimensão dos trabalhos acabou por levar à aprovação de embargo (datado de 15 de outubro) por proposta dos vereadores da coligação pela nossa terra (psd,cds/pp,ppm e mpt), embora no final da semana passada ainda ocorressem descargas de terras naquele local.
o presidente da câmara, álvaro pedro (ps), disse à lusa que o empresário já retirou as máquinas mas também se mostrou desagradado com a situação afirmando que «não havia necessidade de ter feito aquilo».
os responsáveis da empresa que, segundo a oposição, é também «a maior prestadora de serviços da autarquia» estão agora a tentar «legalizar o aterro».
o presidente da câmara confirmou afirmando que o empresário «tem que legalizar a parte que está a mais ou, caso não seja possível, repor a situação anterior».
«já entregou na câmara umas plantas e vamos ver o que diz o ministério (agricultura)», disse o autarca.
enquanto a câmara averigua a possibilidade de legalização, a cpnt «exige a reposição das terras» e defende que «não deveria ser passível de legalizar».
«para nós a parte ambiental é mais importante. o terreno é reserva agrícola nacional e o aterro tapa linhas de água. não estamos a ver como é que pode ser legalizado», frisou o vereador nuno coelho.
a cpnt começou por questionar a autarquia em abril deste ano sobre «o grande movimento de terras» (aterro e desaterro) que estava a decorrer em terrenos de reserva agrícola.
seis meses depois e apesar de um pedido de informação junto dos serviços de fiscalização da autarquia, «aconteceram duas coisas: a informação nunca foi apresentada e a obra continuou a decorrer», lembrou o vereador nuno coelho.
após terem verificado no terreno a dimensão do aterro, propuseram o embargo o qual foi aprovado por unanimidade em reunião de câmara de 15 de outubro.
contactado pela lusa o presidente da junta de freguesia de triana, vítor ronca afirmou que «as pessoas já pensam que a empresa é dona de tudo. há uma antiga fonte que está sujeita a ser enterrada e a mesma empresa também já desviou uma estrada que dá acesso ao local».
«tentámos na altura impedir o desvio da estrada mas a câmara autorizou e a junta de freguesia nada pôde fazer», acrescentou o autarca.
contactada pela lusa no sentido de obter esclarecimentos, fonte da empresa de leiria solicitou segunda-feira o envio de questões por escrito e até ao momento ainda não deu resposta.
diário digital / lusa
11-12-2007 13:29:00