Algarve: Óleo doméstico usado nos automóveis dos municípios
Enviado: quinta dez 13, 2007 7:09 pm
algarve: óleo doméstico usado nos automóveis dos municípios
as frotas automóveis das câmaras municipais algarvias poderão começar a ser abastecidas com óleo alimentar usado já a partir de 2008, graças a um projecto candidato a fundos comunitários, disse à lusa fonte da associação ambientalista almargem.
na origem do projecto está a necessidade de baixar o custo do consumo das frotas municipais, mas também a intenção de «ajudar a resolver o problema ambiental do destino dos óleos usados», disse à lusa o responsável pelo projecto, alfredo franco.
«em todo o algarve são produzidas mensalmente 100 toneladas de óleos alimentares usados, tanto como os espaços comerciais produzem», disse.
só que, acrescentou, ao contrário do que acontece com os hotéis e a restauração, em que o problema é resolvido através de um sistema legal de recolha selectiva, «em nossas casas cada um resolve o problema à sua maneira».
os estudos demonstram que 55 por cento dos óleos usados perdem-se no esgoto, enquanto 45 por cento vão para o lixo, isto é, acabam nas estações de tratamento de resíduos sólidos.
«tanto num caso como noutro a solução ambiental implica custos ambientais, já que uma pequena parte dos óleos acaba por ir para a natureza», disse, evocando também os grandes custos implicados na remoção de placas de gordura dos depósitos das etar (estações de tratamento de águas residuais).
tal como já acontece na cidade espanhola de valência e em sintra, e acontecerá brevemente em oeiras, os consumidores domésticos serão convidados a depositar o óleo em contentores que estarão junto dos recipientes para o vidro, papel e embalagens.
um camião-cisterna com capacidade para 10 mil litros fará a recolha dos oleões em todos os eco-pontos e levá-los-á para uma central de refinamento, a instalar num município ainda não escolhido.
«já temos dois municípios que se ofereceram para albergarem essa central, na zona central do algarve», garante alfredo franco, escusando-se a revelar a localização.
o controlo do refinamento será feito pela universidade do algarve.
posteriormente, o óleo de cada município regressará ao concelho de origem em quantidades proporcionais às das recolhas, mas sob a forma de biocombustível b30, isto é, com 30 por cento de óleos usados refinados e 70 por cento de gasóleo tradicional.
o uso de biocombustíveis trará «evidentes benefícios económicos» para os municípios aderentes, sublinha o dirigente ambientalista, informando que só a frota da câmara de loulé gasta 600 mil litros de gasóleo e todos os camiões do lixo ao serviço da empresa intermunicipal algar gastam 1,6 milhões de litros.
numa primeira fase, já em 2008, vão integrar o projecto quase todos os municípios situados na zona mais central do algarve, entre lagos e tavira.
nesta primeira fase, esclareceu alfredo franco, o óleo será refinado e misturado em centrais que já se dedicam ao tratamento de óleos provenientes de cafés, restaurantes e hotéis, situadas no norte do país.
dentro de seis anos, quando o projecto estiver concluído, o consórcio entre os municípios poderá traduzir-se na criação de uma empresa sem fins lucrativos, adiantou alfredo franco.
o projecto da autoria da almargem, no valor de dois milhões de euros, tem como parceiros a junta metropolitana do algarve (amal), que integra os 16 municípios da região, mas também a águas do algarve, a algar (agência que promove o tratamento de lixos), a areal (agência regional de energia e ambiente do algarve) e a universidade do algarve.
diário digital / lusa
13-12-2007 10:46:00
as frotas automóveis das câmaras municipais algarvias poderão começar a ser abastecidas com óleo alimentar usado já a partir de 2008, graças a um projecto candidato a fundos comunitários, disse à lusa fonte da associação ambientalista almargem.
na origem do projecto está a necessidade de baixar o custo do consumo das frotas municipais, mas também a intenção de «ajudar a resolver o problema ambiental do destino dos óleos usados», disse à lusa o responsável pelo projecto, alfredo franco.
«em todo o algarve são produzidas mensalmente 100 toneladas de óleos alimentares usados, tanto como os espaços comerciais produzem», disse.
só que, acrescentou, ao contrário do que acontece com os hotéis e a restauração, em que o problema é resolvido através de um sistema legal de recolha selectiva, «em nossas casas cada um resolve o problema à sua maneira».
os estudos demonstram que 55 por cento dos óleos usados perdem-se no esgoto, enquanto 45 por cento vão para o lixo, isto é, acabam nas estações de tratamento de resíduos sólidos.
«tanto num caso como noutro a solução ambiental implica custos ambientais, já que uma pequena parte dos óleos acaba por ir para a natureza», disse, evocando também os grandes custos implicados na remoção de placas de gordura dos depósitos das etar (estações de tratamento de águas residuais).
tal como já acontece na cidade espanhola de valência e em sintra, e acontecerá brevemente em oeiras, os consumidores domésticos serão convidados a depositar o óleo em contentores que estarão junto dos recipientes para o vidro, papel e embalagens.
um camião-cisterna com capacidade para 10 mil litros fará a recolha dos oleões em todos os eco-pontos e levá-los-á para uma central de refinamento, a instalar num município ainda não escolhido.
«já temos dois municípios que se ofereceram para albergarem essa central, na zona central do algarve», garante alfredo franco, escusando-se a revelar a localização.
o controlo do refinamento será feito pela universidade do algarve.
posteriormente, o óleo de cada município regressará ao concelho de origem em quantidades proporcionais às das recolhas, mas sob a forma de biocombustível b30, isto é, com 30 por cento de óleos usados refinados e 70 por cento de gasóleo tradicional.
o uso de biocombustíveis trará «evidentes benefícios económicos» para os municípios aderentes, sublinha o dirigente ambientalista, informando que só a frota da câmara de loulé gasta 600 mil litros de gasóleo e todos os camiões do lixo ao serviço da empresa intermunicipal algar gastam 1,6 milhões de litros.
numa primeira fase, já em 2008, vão integrar o projecto quase todos os municípios situados na zona mais central do algarve, entre lagos e tavira.
nesta primeira fase, esclareceu alfredo franco, o óleo será refinado e misturado em centrais que já se dedicam ao tratamento de óleos provenientes de cafés, restaurantes e hotéis, situadas no norte do país.
dentro de seis anos, quando o projecto estiver concluído, o consórcio entre os municípios poderá traduzir-se na criação de uma empresa sem fins lucrativos, adiantou alfredo franco.
o projecto da autoria da almargem, no valor de dois milhões de euros, tem como parceiros a junta metropolitana do algarve (amal), que integra os 16 municípios da região, mas também a águas do algarve, a algar (agência que promove o tratamento de lixos), a areal (agência regional de energia e ambiente do algarve) e a universidade do algarve.
diário digital / lusa
13-12-2007 10:46:00