2007-12-17
apesar da polémica que o programa nacional de barragens com elevado potencial hidroeléctrico tem suscitado, nomeadamente junto de várias organizações não-governamentais, as empresas nacionais estão já atentas aos novos negócios que podem surgir.
«a participação de empresas mais pequenas dependerá dos factores que pesarão na escolha do concessionário», refere jorge viegas, presidente da hidrocentrais reunidas. «estamos a estudar várias localizações para apresentarmos proposta e até já estamos em negociações com outras empresas tendo em vista a formação de um consórcio», adianta.
o governo deverá lançar concursos públicos internacionais para os aproveitamentos do fridão (tâmega), padroselos (beça/tâmega), gouvães (torno/tâmega), daivões (tâmega), vidago (tâmega), almourol (tejo), pinhosão (vouga), girabolhos (mondego) e alvito (ocreza).
no caso do aproveitamento do foz do tua será aplicado um «mecanismo concursal simplificado». «para este caso admitimos que a edp tenha alguma legitimidade, até porque é já um projecto antigo», acrescenta o responsável da empresa.
com os termos de referência dos concursos para nove das dez unidades que integram o programa a serem preparados, «é positivo que se tenha emendado a mão depois do que fizeram no caso de ribeiradio», cuja adjudicação foi feita ao agrupamento composto pela eviva energy e pela edp – gestão de produção de energia.
«neste concurso exigia-se que as empresas já tivessem construído barragens com 30 mw, quando por lei os produtores independentes só podiam construir infra-estruturas até dez mw. aliás, avançámos com uma acção judicial contra esta adjudicação, até porque temos interesse no troço do rio, no qual temos alvará para a central de paredes. antes do início do concurso já tínhamos informado o inag [instituto da água] de que nos sentíamos prejudicados. perante esta situação o que pretendemos com a acção em tribunal é uma indemnização ou a abertura de um novo concurso, onde tenhamos a possibilidade de concorrer», diz.
autor / fonte
tânia nascimento
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