Governo alemão considera “injusta”
Enviado: quinta dez 20, 2007 11:25 pm
governo alemão considera “injusta” proposta da ue sobre emissões do sector automóvel
os ministros alemães do ambiente, sigmar gabriel, e da economia, michael glos, consideraram hoje “injusta” e “muito cara” para a alemanha a proposta da comissão europeia para reduzir as emissões de dióxido de carbono (co2) dos automóveis novos.
se o projecto da comissão for adoptado, “isso significa um peso cifrado em milhões de euros para os fabricantes de automóveis alemães”, declarou michael glos numa entrevista ao diário económico “handelsblatt”.
“será uma distorção insuportável da concorrência, que ameaçará empregos altamente produtivos”, acrescentou.
bruxelas propôs ontem infligir sanções – que podem ir dos 20 aos 95 euros por cada grama a mais de emissões - aos fabricantes de automóveis que não cumpram os seus objectivos de redução de emissões de co2, a partir de 2012. o projecto em cima da mesa é fixar objectivos diferenciados em função do peso das viaturas para chegar à média de 130 gramas de co2 emitidos por quilómetro (actualmente o valor recomendado é 160 gramas).
a alemanha não gostou porque as marcas alemãs – como a mercedes ou bmw - fabricam alguns dos carros mais pesados, ao contrário dos italianos ou franceses.
“é claro que é preciso ser-se justo na distribuição das sanções. é absurdo quando os veículos económicos da categoria passat sejam punidos”, denunciou o ministro sigmar gabriel em comunicado. “assim não existe estímulo para as inovações técnicas necessárias”, lamentou.
glos garantiu que o governo de berlim vai fazer “tudo o que for humanamente possível” para definir, nas negociações ao nível europeu, as bases que permitam preservar a competitividade dos fabricantes alemães.
também a chanceler angela merkel denunciou a proposta de bruxelas, à qual se opõe frontalmente. esta é “uma política industrial que prejudica a alemanha”, disse a chanceler, considerando que as sanções impostas penalizam injustamente os fabricantes alemães, especializados em carros de gama alta e grandes consumidores de combustível. esta posição já mereceu críticas do partido dos verdes alemão. “a senhora merkel não é a campeã mundial da protecção do ambiente; é apenas a campeã mundial das intenções”, disse a presidente do partido no parlamento renate künast, ao diário “berliner zeitung”.
a chanceler apoia o “lobby” do sector automóvel, adia a reforma dos impostos sobre veículos e impede a instauração de um limite de velocidade, detalhou a deputada e antiga ministra ecologista. “é uma apresentação embaraçosa para quem se autoproclama a chanceler do clima”, denunciou künast.
“a indústria automóvel alemã esqueceu as evoluções”, disse ao jornal “neue presse” claudia kemfert, especialista em clima do instituto alemão de investigação económica (diw). “a indústria alemã teve mais de dez anos para se adaptar às mudanças”, acrescentou.
in http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idcanal=92
os ministros alemães do ambiente, sigmar gabriel, e da economia, michael glos, consideraram hoje “injusta” e “muito cara” para a alemanha a proposta da comissão europeia para reduzir as emissões de dióxido de carbono (co2) dos automóveis novos.
se o projecto da comissão for adoptado, “isso significa um peso cifrado em milhões de euros para os fabricantes de automóveis alemães”, declarou michael glos numa entrevista ao diário económico “handelsblatt”.
“será uma distorção insuportável da concorrência, que ameaçará empregos altamente produtivos”, acrescentou.
bruxelas propôs ontem infligir sanções – que podem ir dos 20 aos 95 euros por cada grama a mais de emissões - aos fabricantes de automóveis que não cumpram os seus objectivos de redução de emissões de co2, a partir de 2012. o projecto em cima da mesa é fixar objectivos diferenciados em função do peso das viaturas para chegar à média de 130 gramas de co2 emitidos por quilómetro (actualmente o valor recomendado é 160 gramas).
a alemanha não gostou porque as marcas alemãs – como a mercedes ou bmw - fabricam alguns dos carros mais pesados, ao contrário dos italianos ou franceses.
“é claro que é preciso ser-se justo na distribuição das sanções. é absurdo quando os veículos económicos da categoria passat sejam punidos”, denunciou o ministro sigmar gabriel em comunicado. “assim não existe estímulo para as inovações técnicas necessárias”, lamentou.
glos garantiu que o governo de berlim vai fazer “tudo o que for humanamente possível” para definir, nas negociações ao nível europeu, as bases que permitam preservar a competitividade dos fabricantes alemães.
também a chanceler angela merkel denunciou a proposta de bruxelas, à qual se opõe frontalmente. esta é “uma política industrial que prejudica a alemanha”, disse a chanceler, considerando que as sanções impostas penalizam injustamente os fabricantes alemães, especializados em carros de gama alta e grandes consumidores de combustível. esta posição já mereceu críticas do partido dos verdes alemão. “a senhora merkel não é a campeã mundial da protecção do ambiente; é apenas a campeã mundial das intenções”, disse a presidente do partido no parlamento renate künast, ao diário “berliner zeitung”.
a chanceler apoia o “lobby” do sector automóvel, adia a reforma dos impostos sobre veículos e impede a instauração de um limite de velocidade, detalhou a deputada e antiga ministra ecologista. “é uma apresentação embaraçosa para quem se autoproclama a chanceler do clima”, denunciou künast.
“a indústria automóvel alemã esqueceu as evoluções”, disse ao jornal “neue presse” claudia kemfert, especialista em clima do instituto alemão de investigação económica (diw). “a indústria alemã teve mais de dez anos para se adaptar às mudanças”, acrescentou.
in http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idcanal=92