Óbidos: PDM suspenso para reduzir índices de construção
Enviado: domingo fev 10, 2008 4:32 pm
óbidos: pdm suspenso para reduzir índices de construção
a assembleia municipal de óbidos aprovou a suspensão do plano director municipal em 28% do concelho para poder construir um parque verde com 600 hectares e baixar os índices de construção em futuros empreendimentos turísticos.
a proposta da suspensão do plano director municipal (pdm), e a consequente entrada em vigor de medidas preventivas, foi explicada sexta-feira à noite pelo presidente da câmara aos deputados municipais tendo por base a apresentação de um plano de ordenamento do turismo, a aplicar em cerca de 4.500 hectares junto à lagoa de óbidos e à zona costeira.
«face à procura muito elevada [para a construção de empreendimentos turísticos] percebemos que se aprovássemos tudo íamos dar cabo disto», disse o presidente da autarquia, telmo faria (psd).
nesse sentido, afirmou o autarca, «nas áreas mais sensíveis a construção tem que ser zero». a ideia foi «encontrar uma solução que possibilite a criação de um parque verde municipal de 600 hectares, maior que o parque de monsanto, a ser construído de raiz e que afasta das áreas mais sensíveis toda a edificabilidade», disse telmo faria.
«ao edificar o parque bloqueiam-se em futuras operações quaisquer iniciativas de carácter imobiliário junto à lagoa de óbidos dando-lhe um carácter público numa área hoje privada e dominada pela exploração florestal de eucalipto», explicou.
«ao mesmo tempo criamos um sistema de cooperação aos proprietários», que ficam com a possibilidade de construir em zonas afastadas dos valores ambientais que a autarquia quer preservar.
do plano, que estipula as novas regras de intervenção naquele território, poderão ser aprovadas 20 mil novas camas turísticas (existem já 5.600 construídas) em vez das 39 mil permitidas pelo pdm aprovado em 1996.
segundo a autarquia, a zona do concelho onde o pdm foi suspenso já concentra muito investimento privado, «mais de mil milhões de euros» (em empreendimentos turísticos com hotéis de cinco estrelas, campos de golfe e turismo residencial) que garantirão a criação de cinco a sete mil empregos nos próximos anos.
a câmara «manterá os compromissos já assumidos» com promotores turísticos cujos projectos já estão aprovados mas garante que esta «é uma decisão de natureza estratégica com implicações a longo prazo», disse telmo faria.
«são medidas que visam qualificar e não prejudicar ninguém» concluiu aludindo ao facto de ter envolvido os proprietários no processo de elaboração do plano. as propostas foram elaboradas ao longo dos últimos dois anos «de forma concertada com a comissão de coordenação de lisboa e vale do tejo» e fazem parte do «plano de estrutura do bom sucesso», documento considerado inovador por telmo faria e que está em consulta pública nos próximos 30 dias.
diário digital / lusa
09-02-2008 12:53:56
a assembleia municipal de óbidos aprovou a suspensão do plano director municipal em 28% do concelho para poder construir um parque verde com 600 hectares e baixar os índices de construção em futuros empreendimentos turísticos.
a proposta da suspensão do plano director municipal (pdm), e a consequente entrada em vigor de medidas preventivas, foi explicada sexta-feira à noite pelo presidente da câmara aos deputados municipais tendo por base a apresentação de um plano de ordenamento do turismo, a aplicar em cerca de 4.500 hectares junto à lagoa de óbidos e à zona costeira.
«face à procura muito elevada [para a construção de empreendimentos turísticos] percebemos que se aprovássemos tudo íamos dar cabo disto», disse o presidente da autarquia, telmo faria (psd).
nesse sentido, afirmou o autarca, «nas áreas mais sensíveis a construção tem que ser zero». a ideia foi «encontrar uma solução que possibilite a criação de um parque verde municipal de 600 hectares, maior que o parque de monsanto, a ser construído de raiz e que afasta das áreas mais sensíveis toda a edificabilidade», disse telmo faria.
«ao edificar o parque bloqueiam-se em futuras operações quaisquer iniciativas de carácter imobiliário junto à lagoa de óbidos dando-lhe um carácter público numa área hoje privada e dominada pela exploração florestal de eucalipto», explicou.
«ao mesmo tempo criamos um sistema de cooperação aos proprietários», que ficam com a possibilidade de construir em zonas afastadas dos valores ambientais que a autarquia quer preservar.
do plano, que estipula as novas regras de intervenção naquele território, poderão ser aprovadas 20 mil novas camas turísticas (existem já 5.600 construídas) em vez das 39 mil permitidas pelo pdm aprovado em 1996.
segundo a autarquia, a zona do concelho onde o pdm foi suspenso já concentra muito investimento privado, «mais de mil milhões de euros» (em empreendimentos turísticos com hotéis de cinco estrelas, campos de golfe e turismo residencial) que garantirão a criação de cinco a sete mil empregos nos próximos anos.
a câmara «manterá os compromissos já assumidos» com promotores turísticos cujos projectos já estão aprovados mas garante que esta «é uma decisão de natureza estratégica com implicações a longo prazo», disse telmo faria.
«são medidas que visam qualificar e não prejudicar ninguém» concluiu aludindo ao facto de ter envolvido os proprietários no processo de elaboração do plano. as propostas foram elaboradas ao longo dos últimos dois anos «de forma concertada com a comissão de coordenação de lisboa e vale do tejo» e fazem parte do «plano de estrutura do bom sucesso», documento considerado inovador por telmo faria e que está em consulta pública nos próximos 30 dias.
diário digital / lusa
09-02-2008 12:53:56