O mundo apagou as luzes de Sydney a São Francisco
Enviado: domingo mar 30, 2008 7:38 pm
in diário de notícias - 30/03/08
um pequeno gesto repetido por todos faz a diferença
um apagão que não foi causado por nenhuma cegonha, mas que teve como objectivo chamar a atenção para o aquecimento global do planeta. de sydney, na austrália, a são francisco, na costa oeste dos estados unidos, mais de 20 grandes cidades mundiais puseram às escuras os seus famosos monumentos, entre as 20.00 e as 21.00 locais, deixando apenas acesas as luzes essenciais. milhares de empresas e particulares juntaram-se à iniciativa.
há um ano, o movimento "earth hour" (hora da terra) tinha ficado circunscrito à maior cidade australiana. além da famosa ópera, o porto e a ponte de sydney, mais de dois milhões de residentes e duas mil empresas optaram pelo escuro. o resultado foi uma redução de 10,2% das emissões de carbono durante essa hora - o que se fosse repetido durante 365 dias equivaleria a retirar das estradas 48 616 carros num ano.
"apagar as luzes durante uma hora não vai diminuir de uma vez só as emissões", reconheceu à afp charles stevens, do fundo mundial para a natureza (wwf, na sigla em inglês), que organiza a iniciativa. "mas pode actuar como um grande catalisador para maiores mudanças. incita as pessoas a começar a consumir menos energia", acrescentou.
"independentemente de qual seja a visão sobre a magnitude do problema, podemos poupar dinheiro usando a energia com sabedoria e eficiência, e ainda ter o bónus extra de reduzir as emissões de gazes com efeito de estufa", disse à sky news o ministro do ambiente australiano, peter garrett.
de sydney a manila, nas filipinas, passando por banguecoque, na tailândia, por telavive, em israel, por dublim, na irlanda, por bogotá, na colômbia, ou chicago, nos eua. estas foram algumas das grandes cidades que aderiram oficialmente à iniciativa (nenhuma portuguesa segundo a lista dos organizadores), mas esperavam-se gestos simbólicos noutras, como londres ou seul. na suécia, por exemplo, o rei carlos gustavo apoiou a operação apagando as luzes de três castelos.
"juntos, as nossas pequenas acções podem fazer a diferença em relação ao aquecimento global", lê-se na página oficial http://www.earthhour.org. os organizadores lembram que "a nossa dependência por electricidade gerada a partir do carvão está a causar um aumento dramático na temperatura da terra, resultando no aumento do nível dos mares, um aumento das situações de seca ou de grandes tempestades, além de mudanças drásticas no ambiente de que todos dependemos para sobreviver".
mas uma hora por ano não é suficiente. a wwf pede aos consumidores para empreenderem medidas de poupança de energia diariamente, o que pode significar, por exemplo, trocar as velhas lâmpadas por outras de halogénio, mais eficientes, ou simplesmente não deixar os aparelhos como televisões ou computadores em stand-by.
em portugal, a associação ambientalista quercus considerou "interessante" a iniciativa, apesar de defender a poupança de energia no dia-a-dia. franscisco ferreira indicou contudo que "um dia destes a quercus vai promover uma acção de sensibilização do género". com agências
um pequeno gesto repetido por todos faz a diferença
um apagão que não foi causado por nenhuma cegonha, mas que teve como objectivo chamar a atenção para o aquecimento global do planeta. de sydney, na austrália, a são francisco, na costa oeste dos estados unidos, mais de 20 grandes cidades mundiais puseram às escuras os seus famosos monumentos, entre as 20.00 e as 21.00 locais, deixando apenas acesas as luzes essenciais. milhares de empresas e particulares juntaram-se à iniciativa.
há um ano, o movimento "earth hour" (hora da terra) tinha ficado circunscrito à maior cidade australiana. além da famosa ópera, o porto e a ponte de sydney, mais de dois milhões de residentes e duas mil empresas optaram pelo escuro. o resultado foi uma redução de 10,2% das emissões de carbono durante essa hora - o que se fosse repetido durante 365 dias equivaleria a retirar das estradas 48 616 carros num ano.
"apagar as luzes durante uma hora não vai diminuir de uma vez só as emissões", reconheceu à afp charles stevens, do fundo mundial para a natureza (wwf, na sigla em inglês), que organiza a iniciativa. "mas pode actuar como um grande catalisador para maiores mudanças. incita as pessoas a começar a consumir menos energia", acrescentou.
"independentemente de qual seja a visão sobre a magnitude do problema, podemos poupar dinheiro usando a energia com sabedoria e eficiência, e ainda ter o bónus extra de reduzir as emissões de gazes com efeito de estufa", disse à sky news o ministro do ambiente australiano, peter garrett.
de sydney a manila, nas filipinas, passando por banguecoque, na tailândia, por telavive, em israel, por dublim, na irlanda, por bogotá, na colômbia, ou chicago, nos eua. estas foram algumas das grandes cidades que aderiram oficialmente à iniciativa (nenhuma portuguesa segundo a lista dos organizadores), mas esperavam-se gestos simbólicos noutras, como londres ou seul. na suécia, por exemplo, o rei carlos gustavo apoiou a operação apagando as luzes de três castelos.
"juntos, as nossas pequenas acções podem fazer a diferença em relação ao aquecimento global", lê-se na página oficial http://www.earthhour.org. os organizadores lembram que "a nossa dependência por electricidade gerada a partir do carvão está a causar um aumento dramático na temperatura da terra, resultando no aumento do nível dos mares, um aumento das situações de seca ou de grandes tempestades, além de mudanças drásticas no ambiente de que todos dependemos para sobreviver".
mas uma hora por ano não é suficiente. a wwf pede aos consumidores para empreenderem medidas de poupança de energia diariamente, o que pode significar, por exemplo, trocar as velhas lâmpadas por outras de halogénio, mais eficientes, ou simplesmente não deixar os aparelhos como televisões ou computadores em stand-by.
em portugal, a associação ambientalista quercus considerou "interessante" a iniciativa, apesar de defender a poupança de energia no dia-a-dia. franscisco ferreira indicou contudo que "um dia destes a quercus vai promover uma acção de sensibilização do género". com agências