Acordada agenda para reduzir emissões até 2009
Enviado: domingo abr 06, 2008 11:00 am
acordada agenda para reduzir emissões até 2009
mais de 160 países acordaram hoje num plano de trabalho para reduzir as emissões poluentes do transporte aéreo e marítimo, e chegar antes do final de 2009 a um novo acordo mundial em substituição do protocolo de quioto.
reunidos pela primeira vez desde as negociações-maratona de dezembro, na ilha indonésia de bali, representantes dos estados signatários da convenção-quadro das nações unidas sobre as alterações climáticas (cnucc) tentaram durante cinco dias atenuar as divergências que quase conseguiram frustrar a última conferência.
as negociações prosseguiram noite dentro sobre os termos de uma declaração que fixa um ambicioso plano de trabalho para os próximos 21 meses e a data-limite de dezembro de 2009 para concluir um novo acordo de redução dos gases com efeito de estuda (ges) que contribuem para o aquecimento do planeta.em banguecoque, onde um novo ciclo de negociações começou segunda-feira passada, os delegados de 161 países aprovaram por consenso uma primeira declaração que promete examinar as formas de limitar ou reduzir as emissões de ges libertadas para a atmosfera pelos aviões e barcos.
a indústria do transporta aéreo e marítimo representa cerca de três por cento das emissões de ges mas estes sectores tinham sido excluídos das reduções de emissões prometidas pelas nações industrializadas no quadro do protocolo de quioto. a declaração de banguecoque indica que os signatários de quioto examinarão «como os métodos para limitar ou reduzir as emissões» poluentes do transporte aéreo e marítimo podem ser utilizados «como um meio de atingir os seus objectivos de redução de emissões».
a noruega e a união europeia estiveram na vanguarda dos apelos para incluir o sector do transporte nos objectivos de redução de emissões.todaviam, defensores do ambiente indicaram que alguns países, como singapura e a austrália, procuraram diluir a declaração sugerindo que a indústria do transporte devia regular-se a si mesma.
grupos ecologistas saudaram este texto mas lamentaram o seu carácter vago e o facto de não dizer explicitamente que o sector do transporte será incluído em qualquer acordo vinculativo. «a boa notícia, é que ele figura lá mas a má, é que a linguagem (...) oferece uma margem de interpretação», disse marcelo furtado, da greenpeace brasil, acrescentando: «agora, o que temos de fazer é estar vigilantes».
o novo pacto sobre as alterações climáticas visa suceder à primeira fase do protocolo de quioto, que requer que 37 nações industrializadas reduzam em média cinco por cento das suas emissões dos gases com efeitos de estufa em relação aos níveis de 1990, até 2012. os estados unidos são a única nação industrializada que não ratificou quioto mas concordou com cerca de outras 200 nações numa conferência em bali, em dezembro, em negociar um novo acordo até ao final de 2009.
diário digital / lusa
04-04-2008 21:55:00
mais de 160 países acordaram hoje num plano de trabalho para reduzir as emissões poluentes do transporte aéreo e marítimo, e chegar antes do final de 2009 a um novo acordo mundial em substituição do protocolo de quioto.
reunidos pela primeira vez desde as negociações-maratona de dezembro, na ilha indonésia de bali, representantes dos estados signatários da convenção-quadro das nações unidas sobre as alterações climáticas (cnucc) tentaram durante cinco dias atenuar as divergências que quase conseguiram frustrar a última conferência.
as negociações prosseguiram noite dentro sobre os termos de uma declaração que fixa um ambicioso plano de trabalho para os próximos 21 meses e a data-limite de dezembro de 2009 para concluir um novo acordo de redução dos gases com efeito de estuda (ges) que contribuem para o aquecimento do planeta.em banguecoque, onde um novo ciclo de negociações começou segunda-feira passada, os delegados de 161 países aprovaram por consenso uma primeira declaração que promete examinar as formas de limitar ou reduzir as emissões de ges libertadas para a atmosfera pelos aviões e barcos.
a indústria do transporta aéreo e marítimo representa cerca de três por cento das emissões de ges mas estes sectores tinham sido excluídos das reduções de emissões prometidas pelas nações industrializadas no quadro do protocolo de quioto. a declaração de banguecoque indica que os signatários de quioto examinarão «como os métodos para limitar ou reduzir as emissões» poluentes do transporte aéreo e marítimo podem ser utilizados «como um meio de atingir os seus objectivos de redução de emissões».
a noruega e a união europeia estiveram na vanguarda dos apelos para incluir o sector do transporte nos objectivos de redução de emissões.todaviam, defensores do ambiente indicaram que alguns países, como singapura e a austrália, procuraram diluir a declaração sugerindo que a indústria do transporte devia regular-se a si mesma.
grupos ecologistas saudaram este texto mas lamentaram o seu carácter vago e o facto de não dizer explicitamente que o sector do transporte será incluído em qualquer acordo vinculativo. «a boa notícia, é que ele figura lá mas a má, é que a linguagem (...) oferece uma margem de interpretação», disse marcelo furtado, da greenpeace brasil, acrescentando: «agora, o que temos de fazer é estar vigilantes».
o novo pacto sobre as alterações climáticas visa suceder à primeira fase do protocolo de quioto, que requer que 37 nações industrializadas reduzam em média cinco por cento das suas emissões dos gases com efeitos de estufa em relação aos níveis de 1990, até 2012. os estados unidos são a única nação industrializada que não ratificou quioto mas concordou com cerca de outras 200 nações numa conferência em bali, em dezembro, em negociar um novo acordo até ao final de 2009.
diário digital / lusa
04-04-2008 21:55:00