Alertar para clima de revolta em Portugal
Enviado: quarta fev 11, 2009 1:05 pm
o ex-presidente da república mário soares voltou a alertar para um clima de revolta provocado pela crise, nomeadamente em relação à intervenção que tem ocorrido, por parte do estado, no sector bancário.
em declarações ontem à noite no teatro da trindade, no âmbito de uma conferência sobre novas políticas, organizada pelo inatel, mário soares criticou a impunidade dos bancos no contexto de crise e de como isso pode ser motor de descontentamento e revolta.
“as pessoas tiram as conclusões das coisas. como podem as pessoas aguentar que o estado vá salvar um banco onde se sabe que há roubalheiras absolutas e fique tudo na mesma depois do estado lá meter o dinheiro dos contribuintes. não é possível”, disse, mário soares, alertando para as possíveis consequências.
“espero que se saiba o que se passou no bpp e no bpn. tudo tem de ser esclarecido. é preciso transparência no país, senão é impossível haver confiança. isso gera revolta e não estamos imunes que isso aconteça em portugal”, declarou.
já em dezembro, num artigo de opinião publicado no “diário de notícias”, o antigo presidente tinha alertado para um clima de revolta e descontentamento na sociedade portuguesa.
«oiçam-se as pessoas na rua, tome-se o pulso do que se passa nas universidades, nos bairros populares, nos transportes públicos, no pequeno comércio, nas fábricas e empresas que ameaçam falir, por toda a parte do país, e compreender-se-á que estamos perante um ingrediente que tem demasiadas componentes prestes a explodir”, alertava então, acrescentando que nada fazia prever uma melhoria desse sentimento em 2009.
“com as desigualdades sociais sempre a crescer, o aumento do desemprego que previsivelmente vai subir imenso, em 2009, a impunidade dos banqueiros delinquentes, o bloqueio na justiça, e em especial, do ministério público e das polícias, estão a criar um clima de desconfiança - e de revolta - que não augura nada de bom», advertia soares, então.
ontem à noite, soares, mais uma vez, referiu o papel fulcral da justiça no alcance do equilíbrio. nunca referindo o caso freeport, sobre o qual terá sido interpelado, soares pediu celeridade na justiça.
“há investigações e há fugas da justiça que não se sabe de onde vieram. tudo isto são questões importantes que devem ser esclarecidas. acho que tudo deve ser rapidamente esclarecido, mas quem sou eu para pedir isso?”, concluiu.
http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... id=1364746
em declarações ontem à noite no teatro da trindade, no âmbito de uma conferência sobre novas políticas, organizada pelo inatel, mário soares criticou a impunidade dos bancos no contexto de crise e de como isso pode ser motor de descontentamento e revolta.
“as pessoas tiram as conclusões das coisas. como podem as pessoas aguentar que o estado vá salvar um banco onde se sabe que há roubalheiras absolutas e fique tudo na mesma depois do estado lá meter o dinheiro dos contribuintes. não é possível”, disse, mário soares, alertando para as possíveis consequências.
“espero que se saiba o que se passou no bpp e no bpn. tudo tem de ser esclarecido. é preciso transparência no país, senão é impossível haver confiança. isso gera revolta e não estamos imunes que isso aconteça em portugal”, declarou.
já em dezembro, num artigo de opinião publicado no “diário de notícias”, o antigo presidente tinha alertado para um clima de revolta e descontentamento na sociedade portuguesa.
«oiçam-se as pessoas na rua, tome-se o pulso do que se passa nas universidades, nos bairros populares, nos transportes públicos, no pequeno comércio, nas fábricas e empresas que ameaçam falir, por toda a parte do país, e compreender-se-á que estamos perante um ingrediente que tem demasiadas componentes prestes a explodir”, alertava então, acrescentando que nada fazia prever uma melhoria desse sentimento em 2009.
“com as desigualdades sociais sempre a crescer, o aumento do desemprego que previsivelmente vai subir imenso, em 2009, a impunidade dos banqueiros delinquentes, o bloqueio na justiça, e em especial, do ministério público e das polícias, estão a criar um clima de desconfiança - e de revolta - que não augura nada de bom», advertia soares, então.
ontem à noite, soares, mais uma vez, referiu o papel fulcral da justiça no alcance do equilíbrio. nunca referindo o caso freeport, sobre o qual terá sido interpelado, soares pediu celeridade na justiça.
“há investigações e há fugas da justiça que não se sabe de onde vieram. tudo isto são questões importantes que devem ser esclarecidas. acho que tudo deve ser rapidamente esclarecido, mas quem sou eu para pedir isso?”, concluiu.
http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... id=1364746